Night Rain escrita por ZeNieR


Capítulo 10
Death!


Notas iniciais do capítulo

Boooas galera õ/ Bem, eu demoro a postar mesmo porque eu fico meio com que preguiça e pá, mas as vezes me bate aquela empolgação pra escrever que eu me inspiro e muito. Mas eu não vou parar de escrever, aos poucos vou escrevendo e pá, ah uma coisa, compartilhem a fic :3 ficaria muito feliz e ficaria mais ainda se vocês comentarem, iriam me dar um incentivo ainda mais forte õ/ Boa leitura aee!



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[Narrador]

Nycry e Zenier abrem a porta do quarto de Mariana, e vê a mesma largada no chão, sujo de sangue ao seu redor. Eles não conseguiam acreditar no que estavam olhando, o local estava arrumado fora a poça que estava nele.

– Malditos cara... - Zenier se aproxima do corpo de Mariana, se abaixa encostando sua testa na dela e começa a chorar baixo. - Por que isso está acontecendo? Primeiro a Sophie e depois a Mari... Por quê?... - Nycry examina o local tentando achar alguma prova do acontecimento, a única coisa que realmente fez sentido na cabeça dele foi ter visto a janela aberta, "Provavelmente esses desgraçados entraram por aqui." pensou. Ele se aproxima da janela, logo nota que estava sujo de terra na sacada.

– Hm.. Z, um deles estava usando um calçado sujo de terra.

– Beleza cara, pra que eu vou querer uma informação útil dessas agora? - Zenier tenta manter seu choro junto com sua raiva.

– Talvez quem atacou a Mari tenha vindo de um lugar sujo ou escondido, acredito que eles possam estar perto das montanhas. - Zenier presta atenção no que Nycry tinha acabado de dizer, fazia todo sentido pois até agora eles só apareceram de noite, o sol é a fraqueza deles e eles fariam o possível pra se esconder ao máximo das pessoas e até mesmo achar um lugar onde possam residir.

– O que vamos fazer então? - O choro de Zenier foi interrompido por passos, os dois olharam um para o outro e encararam a porta que se abria lentamente, o som que a porta fazia deixava os corações deles cada vez mais preocupado até que simplesmente entra Gaby e Mark no quarto. - Pe-pessoal! - Zenier fica contente em saber que eles estão bem.

– O q-que ouve com a Mari?? - Gaby fica desesperada, ela encara o corpo branco de Mariana que estava estendido no local, então começa a chorar. Mark fica paralisado com o que estava vendo sem entender nada do que estava acontecendo. Nycry se aproxima diante dos dois.

– Galera, eu sei que vocês estão confusos mas o que esta acontecendo é quase inacreditável. - Os dois olham pra ele, Gaby se ajoelha do lado de Zenier, deixando suas lágrimas caírem no cadáver. Nesse instante, o celular de Gaby toca, ela puxa do bolso e atende.

– Alou? Gaby?

– Lisa... - Ela não conseguia parar de chorar.

– Gaby?? O que houve?? - Lisa começa a ficar muito preocupada.

– A Mari... a Mari... ela está morta!

– Co-como assim? Espera que eu já estou indo ai pro cen... - A chamada caiu. Mark se aproxima deles.

– Então... O que houve Nycry? - Ele questiona.

~~

Bobs estava na praça de alimentação junto com Nick, ambos comendo um Hambúrguer gigante.

– Manoooooo, Diana na Free Week cara, porra to loco pra testar ela! - Bobs fala de boca cheia.

– Também, mas primeiro vou testar o Zed que é mais ostentação. - Nick bebe sua coca-cola pelo canudo. - Mas ein, é verdade o que estão dizendo?

– O quê? - Bobs chama a garçonete pra pegar a conta.

– Estão falando que o colégio será fechado por falta de professores... Eu não estou acreditando nisso, acho que são só boatos.

– Hmm... não sei né, afinal todo mundo ta tomando na bunda por causa dessa epidemia, mas se for verdade cara, fudeu né. - Bobs falava como se não estivesse preocupado com a situação, mas por dentro, Nick sabia que ele se cagava de medo. A moça passou na mesa deixando a conta, estava escrito vinte e oito reais. Bobs ficou angustiado ao ler o quanto deve pagar à moça. - Poorrra, um pedaço de pão e um cocô de carne é isso tudo? - Nick rir junto com a morena alta. Bobs tira o dinheiro da carteira e paga. A morena entrega o troco e recolhe a bagunça que eles fizeram. - E o pessoal? Cadê eles?

– Sei lá, sei que daqui a pouco irei jogar um pouco de xadrez com a Lisa lá perto de casa.

– Sua casa é perto da dela?

– Nem tanto, a dela tem que andar mais um cado, a minha é depois do ponto do busão, tem a pracinha, só entrar na rua à direita e seguir reto que já é minha casa. E a sua Bobs? - Ele fica com uma cara de desprezo.

– Bem vei... eu moro na merda cê sabe. - Nick abre a boca pra soltar uma gargalhada épica. - Moro aqui no centro mesmo, não muito longe da praça de alimentação.

– Compreendo, então... vou ir pegar meu ônibus antes que seja tarde. - Nick deixa a mesa, ajeitando a cadeira onde estava sentado. - Depois a gente se fala.

– Beleza Nickudo. - Bobs se levanta também, observando Nick andar em direção ao ponto de ônibus, ele se vira e anda em linha reta até o final da praça.

~~

Era o final de tarde, todos os amigos e parentes de Mariana estavam reunidos em seu funeral, todos estavam vestidos de preto, Zenier estava no meio das pessoas, aquele sentimento não correspondido corroia o coração dele, ele queria dizer tanta coisa para ela mas acabou sendo tarde de mais, Nycry estava isolado de todo mundo encostado numa árvore perto da cova, Lisa, Nick, Mark, Gaby e Bobs estavam juntos um pouco mais atrás do povo. Chegaram os quatro homens carregando o caixão da Mariana, Zenier não parava de olhar pro lugar onde ela estava, ele fazia o possível para segurar seu choro, pensava se ela estava num lugar melhor agora. Os homens encostam perto da cova e o padre começa a fazer o discurso, tinha bastante gente mas nem tanto quanto das primeiras mortes que haviam acontecido desde o início do ano. Aquele bla bla bla enchia a cabeça de Nycry, que ainda na árvore, pensava sobre algo a mais, como quem poderia ter sido o assassino de Mariana, pensava que talvez poderia ter sido a Jasmie pois ela sabia onde ela morava e quem ela era. Depois de um tempo do padre fazer seu discurso, começam a colocar o caixão na cova.

– Eeeeei, espera um pouco! - Zenier grita, levantando a mão e indo em direção ao padre, atropelando quem estava na sua frente.

– Sim meu jovem. - Responde o padre, calmamente.

– Será que vocês podem enterrar ela junto com isso? - Ele tira do bolso dois anéis de prata, eles brilhavam com o sol e em um estava escrito "Z" e o outro "M".

Quando eram pequenos, Mariana e Zenier sempre foram bem ligados um com o outro, sempre brincavam juntos e sempre estudavam juntos. Ainda no primário, no colégio durante o recreio, eles estavam juntos com alguns colegas brincando de futebol de botão e bafo.

– Vem cá Z. - Mariana pega um dos braços de Zenier.

– Ah, o que?

– Quero te mostrar uma coisa.

– Mas o jogo está tão legal. - Ele olha pro rosto dela que simplesmente enchia seu pulmão de ar, os dois começam a andar pelo vasto pátio até um lugar do colégio onde tem uma árvore grande e perto desta árvore, um banquinho de madeira. Ambos se sentam no banco e um fica encarando o outro. - O que era?

– Tenho uma coisa pra te dar, mas você tem que me prometer ta?

– Ok ok, digas Mari. - Mariana tira do bolso uma caixinha, ela abre e tem dois anéis de prata com as iniciais de seus nomes encravada neles. Ela retira o que estava escrito "Z" e coloca na palma da mão dele. - Um anel?

– Sim sim, promete que vamos ficar juntos para sempre? - Mesmo sendo uma promessa inocente das crianças, pro Zenier era algo importante pois saberia que nunca ficaria só. Ele pega da caixinha o outro anel com a inicial "M" e coloca na palma da mão da Mariana.

– Sim Mari, eu prometo, vamos ficar juntos pra sempre. - Os olhos de Mariana brilharam após ouvir as palavras que foram ditas.

~~

– Por que não? - O padre responde, Zenier coloca em cima do caixão a caixinha com os anéis. Os homens se preparam para colocar a defunta na cova. Todas as pessoas do local estavam abaladas pois mais uma pessoa jovem foi vítima da doença que estava atormentando toda a população de Ranchou. Zenier anda em direção à Nycry que ainda mantém sua posição no mesmo lugar.

– E agora? O que faremos? - Ele se senta do lado dele.

– Não sei... temos que pensar em alguma coisa para podermos impedir mais mortes. - Zenier pensava em algumas coisas, mas se falasse pro Nycry ele iria discordar da ação. - Acho que procurar a base deles seria perigoso demais, por enquanto vamos esperar até que um deles apareça e tentamos sequestra-lo para obtermos informação.

– Isso que é perigoso cara, não seria melhor fugirmos daqui? Eu só quero vingar a Sophie e Mariana! - Nycry olhava seus olhos enfurecidos, por fora ele estava calmo porém por dentro estava fervendo de ódio.

– Se quisermos nos vingar, fugir seria a ultima opção.

– Concordo... - O caixão foi fechado por terra e o funeral estava chegando ao fim.

~~

Depois de todos seguirem seus rumos, Zenier andava pela rua cobenta pela noite, seus passos faziam evacuar um alto som grave por onde passava, o sereno deixava seus braços arrepiados, ainda com o pensamento de fazer algo a respeito por tudo que estava acontecendo. Ao andar um pouco, um jovem estava encostado num muro de uma casa, a aparência dele não estava nada legal, parecia que ele não comia à séculos.

– Você é o grande Zenier né? - O rapaz fica de frente à ele, Zenier continua caminhando ao encontro dele.

– Sim sou eu, e você ?

– Sou Richard, tenho um enorme prazer em conhecê-lo, sabia que você é muito falado no lugar onde vivo? - Eles ficam se encarando, Zenier não estava com o menor medo muito pelo contrário, queria acabar com a cara desse indivíduo.

– E tu é um deles né ? Que medo tenho de você, vai fazer o que comigo? Me devorar até eu morrer como você fez com a Mariana?! - Richard podia sentir o que ele estava transmitindo, agora entendia perfeitamente porque ele era tão especial assim. O clima fica mais frio, chegava a formar uma pequena névoa onde eles estavam.

– Tem que ser um dos nossos... - Ele fala baixo, e avança na direção de Zenier, revelando seus afiados dentes. Zenier com um reflexo rápido se joga pra direita esquivando assim da investida que quase lhe acerta. Richard parecia mais ágil, tanto que logo em seguida Zenier foi surpreendido por um chute nas costas "Como?" pensou, ele cai no chão e sem muito esforço se levanta. - Anda, mostra sua raiva. - Zenier anda lentamente fechando seus dedos em suas mãos, suas unhas encravaram em sua pele fazendo pingar sangue das suas mãos. Richard fica paralisado e Zenier começa a bater em seu rosto com vários socos seguidos um atrás do outro.

Depois do quinto soco, os dois trocam olhares devastadores, Richard sabia o potencial que ele tinha, e também sabia do poder dele. Zenier se afasta um pouco, Richard limpa seu rosto sujo de sangue com um paninho que tinha no bolso de trás das calças.

– Isso não acaba por aqui. - Foi a ultima coisa que ele disse depois de sumir numa névoa que dominava o local.

~~

Dois dias se passaram...

Mariana abre os olhos devagar, logo fica desesperada em saber o lugar que estava, trancada numa caixa, "Meus Deus, onde estou?", o lugar onde estava era o caixão dela, quase não tinha espaço para ela fazer qualquer movimento brusco, estava deitada no mesmo e, sem muito esforço ela olha suas mãos, "Eu estou viva?" Depois desse pensamento ela percebe que não está respirando, "Não, não pode ser, eu não estou respirando!" ela faz o máximo de esforço mas não consegue respirar, e no desespero, ela tenta gritar pedindo socorro mas não consegue falar uma letra, "O que está acontecendo comigo? Eu vou morrer!!" Ela começa a bater pra cima tentando sair daquele lugar devastador. Depois de alguns segundos de desespero máximo ela começa a ouvir alguns barulhos, de imediato ela não consegue identificar o som mas percebe que ele está próximo, e fica cada vez mais alto a cada segundo, ela já não conseguia ficar mais assustada do que já estava. O som ficou mais forte e algo começou a bater em seu caixão, fazia um som alto de um martelo. Depois disso o som parou, e passos começaram a ser ouvidos por ela, "Alguém está aqui!" O caixão dela foi aberto, ela fecha os olhos, tampando-os com às mãos.

– Calma. - Ela ouviu uma voz fina. Lentamente ela tira umas das mãos e observa o buraco onde estava e, no topo, duas pessoas, um homem e uma mulher. - Não vamos fazer nada de mal com você, nossa preciosa parceira.


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Notas finais do capítulo

Beeem, deixem nos comentários o que vocês acharam :3 E até o próximo capítulo!



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