Nothing Is Bigger Than Love escrita por Sophia Santos


Capítulo 7
Capítulo 7 - Confissões dramáticas


Notas iniciais do capítulo

Oi *-* Amanha a fanfic faz um mês uhuuuul (geralmente eu posto um capítulo por mês e agora postei 7! isso é um milagre) enfim kkk Boa leitura...



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                Zara

                —Ah merda! Merda. Merda. Merda. Merda. Merda. –Eu repeti até o meu fôlego acabar. –Santa merda.

            —Não podemos dizer que saímos rapidinho e...

            —Ah claro. “Oi papai, eu sai com o drogadinho Junior aqui e voltei com 500 tatuagens que você nunca viu. Mas não esquenta, fomos só tomar um sorvete.” –Eu disse irônica. Como Lucas sabia ser estupidamente burro em algumas horas! (Ok, o tempo inteiro...)

            —Não tinha pensado nisso... –Ele olhou para o lado. Que inteligente, estamos parados aqui enquanto podemos ser brutalmente assassinados e encontrados pelo meu pai.

            —Você não esta entendendo. Meu pai não pode sonhar em ver minhas tatuagens antes do casamento! –Falei desesperada e deixei transparecer mais do que realmente estava. –Podemos sair para comprar umas roupas?

            —Ainda sim, como vamos entrar em casa? –Pergunta com aquela cara entediada e idiota que ele sempre tem.

            —Resolvemos isso depois.

            E lá vamos nós: voltamos para o carro e seguimos para o shopping. Continuamos ferrados, o que eu acho que vou ganhar com tudo isso? Também não sei. Ah merda, por que eles acordaram antes?

            —Você é meio maluca. Sabia disso não é? –Perguntou sorrindo enquanto eu passava pelo quinto sinal fechado.

            —Bem, já me chamaram de coisas piores... –Dou de ombros. –O carro não é meu mesmo. Afinal, você deveria saber dirigir também, tem 17 anos.

            —Minha mãe não confia em mim com o volante. –Lucas falou meio sem graça e eu não consigo conter a risada. Até nisso a mamãezinha dele não deixa. Coitadinho (só que não.)

            —O filhinho de mamãe não pode dirigir. Que dó. –Eu fiz um beiço debochado.

            —E o que você não faz? –Arqueei as sobrancelhas não entendendo a pergunta. –Por que faz tudo o que quer?

            —Eu sou livre. Tomo minhas decisões e arco as consequências. Simples assim. Você deveria aprender mais comigo.

            —E Jack aceita isso facilmente? –Lucas perguntou indignado.

—Mais ou menos...

—Por quê? Por que diabos é tão fácil para você ser, sei lá, livre? –Confesso que me deu dó. Eu lembro como é ser controlada até meus menores passos.

—Meu pai deixou de ser tão controlador desde que... –Não consigo completar a frase. Por que é tão difícil falar isso em voz alta? Por que eu quero me abrir com o Lucas?

—Desde que...? –Incentivou-me a continuar.

—Desde que minha mãe morreu. –Falei seca e estacionei perto do shopping. Mas nenhum de nós saiu do carro, não sei o porquê.

—Eu... Eu sinto muito Zara. Eu realmente... –Não sei o que ele ia dizer, provavelmente eu nunca saiba. Mas não preciso escutar mentiras de mais uma pessoa dizendo-me que vai passar e eu irei superar. Por que é mentira. Ninguém sente muito e ninguém sabe a verdade. Caso perdeu alguém, sabe que nunca irá superar o fato de nunca poder ficar com ela de novo.

—Você não sente. Mas tanto faz. –Sai do carro e ele me acompanhou.

—O que aconteceu? Sem pressão. –Voltou a sorrir igual sempre fazia. Aff, por que isso me irrita tanto? Poder sorrir desse jeito é algo meio estranho em certas situações.

—Minha mãe descobriu que estava sendo traída. –Tentei dizer o mais ríspida possível, mas acabou saindo como um choro engasgado. –Ela tentou seguir uma viagem que meu pai fazia de carro, dizendo ser de trabalho. Mas estava muito nervosa e bateu o carro. –Eu não pude evitar e comecei a chorar. Muito. Lucas me abraçou levemente, mas eu o afastei. Abraços não trarão minha mãe de volta. –Me diz uma coisa...

—O que? –Pergunta com pena de mim. Eu odeio que tenham pena de mim!

—Meu pai costumava ir para a casa de vocês, cerca de um ano atrás?

Lucas não disse nada. Nada precisava ser dito. O olhar dele confessou tudo e isso só me deu mais vontade de chorar. Eu só não aguento mais chorar por isso... Limpei minhas lagrimas e fui em direção ao shopping. Tenho muitas coisas para fazer: Roupas para comprar e um casamento para destruir.

Pego meu celular e faço uma lista nas notas.

COISAS QUE PRECISO FAZER:

1- Comprar roupas. 2- Livrar-me do meu pai, com uma boa desculpa. 3- Ir à costureira. 4- Cancelar reservas. 5- Encomendar doces. 6- Ligar para os arranjos de flores. 7- Comprar mel.

Conferi minha lista para ver se não estava esquecendo-me de nada. Lucas da um de espião e tenta ver o que estava fazendo. Como eu sou gentil, ele foi recebido com um lindo soco no estomago.

—O que precisa comprar? –Lucas pergunta tentando esquecer a dor.

—Uma calça e uma blusa. Mas como torrei meu dinheiro pagando a tatuagem...

—Eu não vou te emprestar dinheiro! –Diz com raiva. –Preciso dele para outras coisas.

—Vou te devolver! Só preciso de um tempo para conseguir o dinheiro. Por favor...

—Vai me pagar em dobro? –Eu acenei a cabeça bufando. –Então tá. Fique a vontade. –Apontou para o shopping e eu fui a algumas lojas.

Provei varias roupas, mas a maioria era muito cara e eu não tenho grana para pagar em dobro. Fui a uma loja diferente e peguei uma calça azul que ficou muito estranha em mim, no estilo “pintei meu cabelo e ganhei a calça junto de promoção.”

Infelizmente essa era a roupa mais barata que tinha, então tive que comprar ela mesma. Na mesma loja eu encontrei um casaco preto bonitinho e coloquei por cima da regata. Agora eu posso voltar para casa.

Voltamos para o carro e eu tirei da lista “Comprar roupas.” Lucas permaneceu calado o trajeto inteiro. Assustadoramente calado...

—É por isso que odeia ela? –Perguntou olhando para frente. –Minha mãe. Você acha que foi por culpa dela que a sua...

—Eu não acho nada. E não a odeio. Só não gosto de pessoas infiéis.

—Não gosta do seu pai?

—Gosto por que tenho obrigação de gostar. Afinal, ele é o meu pai. Mas isso não significa que eu não o culpo.

—E quanto a mim? –Ele pergunta e eu estaciono o carro.

—Quanto a você o que?

—Por que me odeia? Eu não sou infiel. –Sorriu de uma maneira diferente... Como se estivesse me seduzindo. Ele não tem o direito de fazer isso!

—Até que se prove ao contrário. –Sorri também. Ai meu deus! Por que eu estou sorrindo para o filho da drogada?!

Lucas se aproximou de mim e nossos lábios quase se tocaram. Quase... Eu fechei meus olhos e cedi. (Por que eu cedi? Ele é um idiota!) Mas não chegamos a nos beijar, graças a deus! Alguém nos interrompeu.

—Filho? Onde estavam? Eu já liguei para a polícia e... –Tinha que ser a drogada. Ligar para a polícia? Fala serio! Pelo menos ela não pareceu perceber que o filhinho drogado estava prestes a... Nada. É melhor nem pensar que eu quase beijei esse cara.

—Eu precisava comprar uma calça nova e o idiota me seguiu. Acabamos ficando para ele olhar as bonecas da loja de brinquedo e depois para tomar um sorvete de chiclete, é o seu preferido não é Lucas? –Me segurei para não rir com o olhar que ele me lançou.

—Ficamos preocupados... –A drogada suspirou e segurou a mão do meu pai. –Vamos querido, precisamos tirar a queixa de desaparecimento. –Ela realmente fez uma queixa? Pelo amor de Deus!

Quando o casalzinho nhé nhé nhé saiu, Lucas se aproximou de mim e sorriu. ok, essa proximidade não é muito confortável. Aproximou-se mais e isso começou a ficar estranho.

—Aonde nós estávamos mesmo? –Perguntou sarcasticamente enquanto aproximava seus lábios dos meus.

—Em nenhum lugar. –Eu sussurrei baixinho e tirei a mão dele do meu rosto, que eu nem havia percebido que estava lá. Então virei de costas e entrei em casa. Deixando Lucas para trás perplexo.


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Notas finais do capítulo

Eu sei que ficou meio sem graça esse cap, mas eu queria deixar para o proximo a realização da lista... espero que tenham gostado e até o proximo cap :) vejo voces nos comentários *-*



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