Nothing Is Bigger Than Love escrita por Sophia Santos


Capítulo 6
Capítulo 6 - Tatuagem?


Notas iniciais do capítulo

Oi lindas e lindos *-* demorei, mas vim kk espero que gostem! estou sem criatividade hoje para escrever em notas entao é isso kk beijos!



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Lucas



Depois de ter ficado a tarde inteira fazendo absolutamente nada, eu fui para a sala de televisão, no andar de cima. Fiz pipoca e comecei a assistir ao filme “Finalmente 18”. Era até que engraçado.



O filme nem tinha chegado à metade quando Zara chegou do SPA com a minha mãe. A garota subiu com uma cara perversa e sentou ao meu lado.



—Não tem nenhum filme melhor passando não? –Aff, ela já chega reclamando!



—Não. Quer pipoca?



—Esta louco? Eu sei lá onde você colocou essa mão antes de coloca-lás na pipoca? –Deu de ombros.



—Ok, sobra mais para mim.



Ao decorrer do filme inteiro resumiu nisso: Eu rindo das partes engraçadas e ela me xingando por que não achava aquilo engraçado.



—Você só pode ser retardado! Não sei como podem considerar isso um filme de comedia. Só idiotas gostam disso. –Disse assim que os créditos finais começaram a passar



—Já riu alguma vez na vida? –Perguntei.



—Só das desgraças dos outros. –Zara sorriu. –Quer me fazer rir?



—Não, valeu. –Peguei o controle para ver o que estava passando. –Você chora em filmes?



—Claro que não! –Acho que isso significa um sim...



—Ok, então não vai se importar se eu colocar um drama né? –Sorri. Achei um ponto fraco.



—Na verdade vou. Não curto dramas.



—“Agora e para sempre” é um ótimo drama. Você vai amar! –Tirou o controle da minha mão.



—Eu odeio dramas! Assista sozinho. E alem disso, já vi esse filme. –Provocar mais um pouco não faz mal a ninguém...



—Ah, serio? Você não chorou quando a garota morreu? Ou quando ela...



—Para! –Virou de costas e entrou no quarto. Seria muito legal a ver chorando, mas eu teria que enfrentar dois problemas: ela chorando e eu apanhando. Então vamos ignorar e fingir que nada aconteceu.



Vou assistir a esse filme mesmo, até porque Zara pode entrar a qualquer momento e ter de enfrentar uma cena triste. Deveria ser quase meia noite quando o filme acabou. Acho que todos da casa estavam dormindo, porque não tinha nenhum barulho alem da TV. Estava escolhendo outro canal, mas escuto a porta do quarto da Zara abrir. Fechei os olhos e ela passou por mim.



Desceu as escadas bem devagar. Eu claro, não resisti à tentação de ir lá e saber o que a maluca iria aprontar.



—Bu. –Sussurrei perto do ouvido dela. Arrependi-me disso, porque logo em seguida levei um murro no estômago. –Aí!



—Idiota. –Disse e continuou andando.



—Aonde a senhorita vai?



—Para o quinto dos infernos, quer ir junto? –Ironizou. –Eu te levo lá rapidinho. –Sorriu.



—Super tentador. –Só agora percebi que roupa ela estava usando. Era um short Jens rasgado, muito curto e uma regata preta colada ao seu corpo. O short deu quase para ver a tatuagem inteira da coxa dela. Era uma coruja segurando um livro e um por do sol atrás. Eu imagino que todas as tatuagens dela apareceriam agora, quer dizer, as que eu acho que ela tem.



—Estuprada com um olhar. –Zara arqueou as sobrancelhas.



—O que?!



—Não me encare desse jeito. –Foi involuntário. Não percebi que estava fazendo isso... Mas enfim, seria inútil explicar para ela. –Você não quer ir comigo.



—Quero sim. –Sorri. –Quer dizer, eu sou muito barulhento para subir escadas sabe, posso acabar acordando alguém...



—Se meu pai souber que saímos, você esta morto. –Ameaçou. Por que será que eu nunca duvido quando ela fala isso?



—Para onde vamos?



Não me respondeu. Continuou andando abriu a porta delicadamente e foi até o carro. Zara sentou no banco do motorista e arrumou seu cabelo azul em um coque. Percebi que ela tinha mais piercings na orelha. Caramba!



—Lembra quando eu disse que você não queria ir comigo? –Eu acenei positivamente a cabeça. –Não diga que eu não avisei.



Depois de uns dez minutos no carro, ela estacionou em um lugar qualquer e desceu do carro. Estávamos em um comercio em frente a uma loja escrito: Carlos Tattoo.



—Que diabos vai fazer? –Arqueei as sobrancelhas.



—Outra coruja. Mas desta vez nas costas. –Sorriu animada. –Ou talvez uma caveira... Ainda não decidi.



—Ainda tem espaço para tatuar alguma coisa em você?



—Tem, por quê? Era isso que estava procurando quando me encarou? –Fez uma careta. –Enfim... Preciso te fazer algumas perguntas.



—Sim senhora. –Falei enquanto ela me guiava ao interior do estúdio.



—Qual é o hotel que meu pai e a drogada vão passar a lua de mel, o que sua mãe mais gosta de comer, onde ela encomendou o vestido, qual é o inseto que ela mais odeia, o animal e a cor? –Pergunta disparada.



—Uma coisa de cada vez. –Eu reviro os olhos. O que ela vai aprontar?



—Qual é o hotel da lua de mel? –Sorri e fala com um cara todo tatuado e com dois alargadores de devem passar uns três dedos em cada.



—Qual é a da vez? –O tatuador pergunta para ela sorrindo.



—Eu estava pensando em fazer uma caveira ou uma coruja. –A Zara suspira antes de continuar. –Mas como já tenho uma coruja, vou dar prioridade para a caveira.



—Ok. E como vai querer a caveira? –O cara pergunta ignorando completamente minha presença. A maneira como o tatuador olha para ela é... Aterrorizante.



—Quero uma caveira vermelha com umas flores pretas em volta, igual à desta foto. –Mostrou para o cara enquanto eu assistia os dois esquecerem que eu existo.



—Vai ficar super maneiro. Será no mesmo lugar da foto? –Ela acena com a cabeça. –Então fique a vontade, só irei desenhar a tatuagem e já volto.



—Eu não me importo se for a freehand. –Ela sorriu. –É mais rápido. Alem disso, se fizer alguma besteira em mim eu te mato. Então tenho certeza que será bem feita.



Eu já não estou entendendo mais nada, então vou ficar quieto. A Zara deitou na maca enquanto o maluco ia pegar as agulhas.



—Que diabos você vai fazer e o que é freehand? –Pergunto aproveitando a oportunidade que o tatuador não esta perto.



—Irei fazer uma caveira e freehand é tatuar direto na pele. –Arqueei nas sobrancelhas. –Sem nenhum molde para ajudar o tatuador.



—E você confia nele para fazer isso?



—Não tenho escolha, não pode demorar muito. –Ela sorri. –E alem disso, pode ir me respondendo.



—Ah... Eu não sei onde vão passar a lua de mel. Não sei onde minha mãe encomendou o vestido. Ela ama chocolate, pizza, coca cola, carne... Ela gosta de todas as cores, mas não curte nada muito escuro e talz... E não lembro o resto das perguntas.



—Nem eu. Valeu. –Sorri.



—O que você vai aprontar? –Não curti muito a expressão dela de “vou ferrar a vida de todo mundo”.



—Irá descobrir.



—Pronto. –Chega o tatuador com um bando de paradas estranhas que eu não conheço e nem sei para que serve. –Você vai precisar tirar a blusa. –Ele sorri. Não gostei do jeito que esse cara sorriu para ela, e pelo jeito, nem a própria Zara gostou.



—Não preciso. É só puxar um pouco que dá. –Falou e puxou as alças da blusa para baixo. Zara deitou novamente e ele começou a tatuar. A tatuagem se estendia do final do pescoço ate o meio dos seios.



Ela não parecia estar sentindo dor. Seu rosto estava sereno. E eu realmente me arrependi de vir aqui. Já tinham se passado umas duas horas e nem estava na metade. Depois de mais um tempo, Zara estava meio desconfortável.



Quando estava pronta, já eram cinco e meia da manha. Eu dormi um pouco no sofá da recepção, mas Zara parecia estar acabada. Pelo menos estava feliz com a tatuagem.



Pagou e saiu de lá, arrastando-me. A tatuagem ficou muito massa, e hoje eu descobri que a Zara é mais “macho” que muito homem por ai. Tenho certeza que se fosse eu, estaria me contorcendo de dor. Mas isso é um detalhe insignificante que ela não precisa saber.



O homem tinha colocado um plástico em volta da tatuagem, o que dificultava um pouco de ver direito.



—Eu amei! –Falou animada quando já estávamos quase chegando em casa. –Ficou maravilhosa! Você deveria experimentar um dia fazer uma.



—Dói muito? –Perguntei.



—Nada! Nadinha. –Ela olha para o relógio do carro. –Merda...



Pisa no acelerador do carro e fica xingando baixinho.



—Merda merda merda.



—O que foi?



—São quase seis horas! Se meu pai acordar um pouquinho mais cedo eu estou ferrada.



Ela deu um soco na própria perna e continuou reclamando. Vou mandar fazer tatuagens mais vezes para ver se tenho mais minutos sossegados em que a Zara não esteja xingando ou reclamando.



Estaciona de qualquer jeito e sai correndo, deixando-me para trás. Mas então ela para de repente, sussurrando as palavras “estamos ferrados”.



—O que foi dessa vez?



—Meu pai esta na cozinha com a drogada. –É. Estamos definitivamente ferrados.




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Notas finais do capítulo

OBS: essa é a tatuagem que a Zara fez, nao consegui explicar direito lá em cima *-* http://3.bp.blogspot.com/-b7yVoAkiOsw/UANTsvmCXuI/AAAAAAAAAPQ/8yUxaMeLNQE/s640/475506-Tatuagem-de-caveira-fotos-12.jpg



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