O Conto da Holy Serenity escrita por Marjyh


Capítulo 15
A Caminho de Arquimídia - Parte 3


Notas iniciais do capítulo

Pronto pessoal x3

Finalmente temos uma capa o/ (apesar de ser puramente montagem, mas o que conta é a intenção, né? 'u')

Espero que curtam esse capítulo. Ele tem a maior cena de combate que descrevi até agora D:
Apesar que vai ter cenas de combates cada vez maiores nessa serie ~u~"

Bem, boa leitura! : D



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Parte 3: Jardim Vermelho

Acordei com gritos soando pelos corredores da base de Ellia. Levantei imediatamente, sentindo um arrepio percorrer toda minha espinha. O som chegava abafado ao meu quarto, graças à porta fechada. Sentei-me na cama e coloquei minhas grevas e manoplas, para então caminhar para a porta do quarto. Engoli seco, sentindo um pressentimento ruim, como se alguém estivesse falando para eu correr...

Não, se uma batalha estivesse acontecendo do lado de fora, eu precisava ajuda-los. Eu não era inútil e nem fraca. Apertei meus punhos e estendi minha mão para a maçaneta. No momento que eu a toquei, a madeira da porta a minha frente se estilhaçou numa pancada na altura do meu rosto. Recuei imediatamente, olhando a porta sendo atacada do lado de fora furiosamente.  Meu coração disparou, o meu quarto era iluminado somente com a luz do Eclipse que entrava pela minha janela aberta. A medida que os golpes continuavam, a porta cedia cada vez mais até ficar um buraco perfeito, o barulho da madeira sendo espancada parou por um instante e algo olhou para dentro do buraco.

Eu reconheci imediatamente aquele capacete negro com marcas roxas. Era um soldado de Cazeaje! Mas... Não era para ela estar morta?! O ponto branco que identificava o olho do soldado pareceu brilhar assim que me vira e então ele soltou um guincho agudo, voltando a espancar a porta. Engoli seco e olhei para o meu martelo encostado ao lado da cama, pegando-o imediatamente. Posicionei o cabo de modo que uma das minhas mãos ficassem na ponta e a outra mais ao meio. Expirei devagar, inclinando meu corpo para frente. Eu não iria correr.

Pelas Deusas, eu iria provar que eu não sou fraca!

A porta cedeu aos golpes, explodindo em milhares de farpas de madeira. O corredor mostrou dezenas daqueles soldados de armadura negra e roxa. Todos guincharam em uníssono, e senti que eles estavam se comunicando entre si. Aproveitei naquele momento então para levantar meu martelo com a mão que se encontrava mais ao centro enquanto o conduzia com a mão que se encontrava próxima sua ponta, realizando um arco ascendente em diagonal. O peso da cabeça da minha arma era quase equivalente ao meu, logo era por isso que eu normalmente demoro mais para conseguir atacar do que as pessoas que utilizam armas leves... Claro que, tudo tem sua recompensa...

A cabeça do martelo atingiu com força o primeiro soldado, derrubando-o no chão. Aproveitei o impulso que realizei para começar o movimento somado ao peso do meu martelo para girar o cabo sobre minha cabeça. Agora, com ambas as mãos eu puxei aquela arma absurdamente pesada para frente, caindo sobre o soldado que havia caído com o primeiro golpe. O impacto no chão fez com que o azulejo roxo quebrasse e o meu oponente soltou um guincho de dor. Mas, claro, ainda tenho que ainda tinha que fazer meu caminho para fora do meu próprio quarto...

Firmando a mão direita no meio do cabo e afastando a esquerda para o ponto, eu forcei o martelo contra o chão e para frente, empurrando todos que estavam a minha frente, apesar de ter quebrado um pouco mais o chão. Agora, eu me encontrava na batente da porta. Respirei fundo, aperando o cabo em minhas mãos, e deu um pequeno pulo para frente, ficando afrente da cabeça do meu martelo.

Senti uma energia percorrer meu corpo e logo ficou visível em uma aura azulada que também cobriu meu martelo. Vi os soldados de Cazeaje se preparando para me atacar, mas, sorri.

Já era tarde demais.

- Aaaaaaah! – Liberei o ar dos meus pulmões junto com a tensão que cobriu meu corpo por aqueles breves instantes, impulsionando meu corpo para frente. – Martelo Explosivo!

Aquela energia azul explodiu a minha frente conforme eu ia contra meus inimigos. Todos foram carregados e atropelados por aquela energia que estava a minha frente. Segurei firme meu martelo e firmei meu pé esquerdo, parando minha breve corrida. A energia azul imediatamente sumiu da minha frente, mas a senti percorrer meus braços e descer para a cabeça da minha arma. Não consegui evitar um sorriso conforme movimentei meus braços impulsionando o martelo para frente, liberando aquela energia explosiva em um único movimento ascendente, jogando o restante dos inimigos contra a parede.

Apesar de ter conseguido criar minha chance de escapar com sucesso, ao olhar ao meu redor vi-me cercada por soldados. Engoli seco conforme o cerco se fechava ao meu redor. Onde será que estavam Edna e Grandark? O que estava acontecendo ali? Por que o lugar fora tomado por soldados de uma criatura que deveria estar morta? Balancei a cabeça. Não era hora de se perder em pensamentos!

Me preparei, sentindo aquela energia percorrer meus braços novamente, descendo para minha arma.

Aguardei o cerco se fechar um pouco mais ao meu redor e assim que notei que meus inimigos preparavam seus golpes, me abaixei, puxando o meu martelo com a força que pude, vendo aquela bela energia azul sendo liberada novamente da cabeça da minha arma, liberando uma onda na altura das pernas dos meus oponentes.

- Golpe Poderoso!

Ao receber o impacto, todos aqueles que estavam ao meu redor foram ao chão, sem equilíbrio. Naquele momento percebi que era minha chance. Eu já estava sem energia para realizar ataques como aqueles, e era perigoso demais eu tentar combate-los considerando que meus ataques na realidade são absurdamente lentos apesar de fortes. Levantei meu corpo novamente, pulando por cima dos soldados que ainda se recuperavam do choque e impulsionei meu corpo para frente pisando na cabeça de um soldado que estava começando a se levantar.

Com sucesso, consegui passar por aquele muro vivo que me cercava. Dei uma breve olhada para trás, vendo um dos soldados guincharem e apontar para mim. Engoli seco, me virando para frente e comecei a correr.

Se comparado à corrida dos meus companheiros, eu sou realmente lenta, já que meu martelo fica arrastando pelo chão e é pesado. Mas, eu sabia que era rápida o suficiente para despistar meus perseguidores. Virei à direita no primeiro corredor que vi, tentando me lembrar aonde que ficavam os quartos da Edna e do Grandark, ou pelo menos lembrar em que direção vi o demônio de olhos verdes seguir.

Apesar de não reconhecer o castelo de Kamiki o suficiente para me localizar, tentei lembrar do caminho que fiz para o meu quarto... Ao terminar de percorrer o corredor que eu me encontrava, me vi em uma encruzilhada. Parei alguns instantes. Reto, direita ou esquerda? Engoli seco, escutando o guincho dos soldados logo atrás de mim. Direita.

Continuei correndo e tomando caminhos aleatórios, eu já estava ofegando e suando, apesar de não escutar mais os guinchos dos meus oponentes, eu não estava disposta a parar e verificar se era seguro. Senti uma brisa morna vindo da minha frente e foi então que notei que eu estava me aproximando de uma ponte que interligava os prédios do castelo. Dei uma breve olhada para trás antes de prosseguir.

Ao chegar na ponte, notei então que, no jardim abaixo dele, os soldados da Edel estavam caídos. Cobri a boca com a mão, sentindo meu estomago revirar de ver o sangue daqueles homens derramado sobre as folhas.

- Pelas Deusas... – Murmurei, engolindo seco.

Desviei o olhar, continuando a percorrer aquela ponte até chegar ao próximo estabelecimento. Olhei brevemente ao meu redor, notando que a minha esquerda havia somente uma parede, me impelindo a percorrer o caminho da direita então.

Prossegui por aquele corredor, sem mais conseguir raciocinar direito. O sangue nas folhas me assombrava. Onde estavam todos? Por que eu não estava conseguindo escutar mais nada?

Será que eu estava sozinha?

Não. Tudo menos isso. Por favor... Não tirem de mim tudo o que eu amo novamente!

Eu estava tão absorta e desesperada, que acabei soltando um grito ao sentir meu braço sendo puxado para a esquerda. Minha boca logo em seguida foi tampada e senti um braço forte me segurando logo em seguida. Tentei me debater para me soltar, sentindo lágrimas começando a cair dos meus olhos.

- Ei, calma!

Escutei uma voz logo atrás de mim falando e ao reconhecê-la, parei. Olhei para cima, vendo os cabelos brancos e os olhos vermelhos de Azin me olhando de forma séria. Parei de me debater. Ele afastou a mão da minha boca e fez sinal para ficar em silêncio para mim, me soltando devagar em seguida.

- O que está acontecendo? – Murmurei, respirando fundo para retomar meu controle próprio.

- Eu não sei. – Ele espiou o corredor que eu vim. – Eles simplesmente invadiram o portão da frente.

- Você viu os outros?

Azin me olhou demoradamente e então suspirou, acenando negativamente. Senti meu coração apertar no peito.

- Mas, acho melhor tentarmos sair daqui. – O guerreiro começou a andar pelo corredor que ele me puxou, acenando para que o acompanhasse. – Vem, melhor não demorarmos!

Olhei para trás meio hesitante, mas... Ele parecia, de alguma forma, saber o que estava fazendo. Comecei a acompanha-lo.

Corremos pelos corredores no maior silêncio que conseguíamos. Agora, mais calma, eu conseguia escutar que ainda haviam batalhas pelo castelo. Sorri de leve. Talvez eles ainda estivessem vivos! Percorremos os corredores, há muito já não fazia mais ideia de onde eu estava indo, mas... O Azin realmente parecia perfeitamente para onde estava indo. Chegava a ser... Estranho.

Mas, se ele sabia, era melhor, não? Em breve iriamos nos reunir novamente com nosso grupo, eu iria ver Grandark e Edna novamente. Tudo iria ficar bem.

Tudo iria ficar bem...

Estávamos percorrendo um corredor cujo seu lado direito dele era aberto, quando uma bola de ferro acertou bem a nossa frente. Sem ter sustento, o lugar onde estávamos acabou cedendo e caindo. Azin pulou na minha direção e me envolveu com seus braços, jogando o corpo para frente e tomando o impacto da queda por nós dois, no entanto ao rolar no chão com as costas, acredito que ele não tomou tanto dano quanto deveria. Ele me olhou brevemente, ofegando.

- Tudo bem?

- Si-Sim... – Olhei então para trás dele, vendo uma criatura gigante girando um mangal de ferro. – Azin, cuidado!

O guerreiro deu uma breve olhada para trás, a tempo de ver a bola de ferro vindo na nossa direção.

- Merda!

Azin jogou o corpo para o lado, usando as costas dos braços que me segurava para poder criar um apoio enquanto suas pernas estavam no ar. Senti ser apertada de leve quando ele fez um impulso com as mãos, o que resultou em um breve salto no ar. Por fim ele caiu de pé no jardim, comigo em seus braços e olhando o nosso oponente de maneira absurdamente séria.

Olhei então para o que quer que tivesse nos atacado enquanto se recuperava do golpe que executara. Parecia ser uma espécie de “homem” extremamente grande e gordo, mas, pela coleira de ferro e madeira que ele usava no pescoço e suas vestimentas desgastadas, parecia ter sido um prisioneiro. A bola de ferro em questão que ele estava usando para atacar, parecia ter sido um dia unido pela corrente que agora balançava na sua coleira, provavelmente era para ter segurado ele... Claro, apenas provavelmente.

- Nossa, que problemão temos aqui... – Escutei Azin falando num tom de riso, e quando o olhei, me surpreendi de vê-lo sorrindo. – Consegue ficar de pé, Holy?

- Sim. – Imediatamente ele me colocou no chão.

- Certo. – Apesar de estarmos em perigo iminente, o guerreiro agia de maneira despreocupada, movimentando os braços para se aquecer. – Vamos ver se o grandão dura. Consegue lutar?

- Sem meu martelo, não.

- Tsc... – Pude notar que Azin queria dizer alguma coisa, apesar de não ter dito-o. – Fique atrás de mim então, limãozinho.

- Ei! – Senti meu rosto ficar quente. – Eu não preciso do meu martelo para ser útil em batalha!

- Ah é? – Ele deu um sorriso de canto para mim. – Então o que você pode fazer?

Respirei fundo. Fechei os olhos brevemente e rezei, uma aura esverdeada surgiu em minha mão e ao movimentar minha mão para frente, a aura se estendeu ao meu redor, cobrindo tanto a mim quanto ao Azin. Ele piscou os olhos e depois me olhou, dando um sorriso debochado.

- Ah claro, muita diferença. – O guerreiro deu de ombros. – Fique atrás de mim.

Eu ia brigar com ele, no entanto, vi a bola de ferro descendo na nossa direção. Corri para o lado, mas vi Azin apenas colocando os braços numa espécie de posição de defesa. Arregalei os olhos. Ele estava mesmo achando que aquilo iria parar uma maldita bola de ferro gigante?! Eu já havia saído de perigo de ser atingida, mas não iria conseguir chegar a tempo de salva-lo.

- Azin, cuidado! – Tentei gritar.

A bola de ferro o atingiu. Eu já podia ver o corpo do guerreiro caindo do outro lado do campo praticamente inerte, com diversos ossos quebrados, no entanto... Assim que a bola estava prestes a atingi-lo, o guerreiro deu um salto para cima, usando a própria bola de ferro como apoio e passou por cima do prisioneiro enfurecido, caindo logo atrás dele. Eu podia ver que ele continha um sorriso nos lábios o tempo inteiro.

O oponente estava olhando ao redor, tentando entender o que aconteceu quando Azin deu o primeiro golpe em suas costas. Parecia ser inútil se comparando o tamanho do punho do rapaz com o tamanho do nosso oponente, mas, de onde eu estava eu pude ver que a energia dele estava sendo liberada a cada golpe, provavelmente guiada pela vembrassa que o rapaz estava utilizando. O prisioneiro fez uma careta de dor a cada golpe, mas não parecia estar tendo tanto efeito quanto esperado. A energia azulada se intensificou numa sequência de golpes, mais rápidos do que os anteriores, e em um instante que tudo pareceu ficar um pouco mais lento, ele moveu os braços para junto do peito, acumulando aquela energia azul em ambas as mãos e estendeu os braços para frente, impactando contra as costas do gigante, o suficiente para fazê-lo arquear-se para frente.

- Investida do Infinito! – O guerreiro anunciou logo após terminar o ataque.

O gigante estava se recuperando da sequência de golpes, visivelmente irritado. E foi então que o Azin afastou as pernas, entrando numa espécie de posição ofensiva. Aquela energia de antes se acumulou em suas pernas, e então ele deu o primeiro impulso levantando a perna em um chute, a energia começou a se dispersar naquele momento, no entanto, enquanto ele estava no ar, ele impulsionou a outra perna, completando a dispersão da energia em um circulo continuo de chutes.

- Inversor de Correntezas!

Estava boquiaberta quando dei por mim, no entanto, apesar do nosso oponente estar gemendo de dor a cada golpe que recebia, era claro que somente aquilo não iria derruba-lo. Mordi o lábio inferior e dei a volta ao redor daquele gigante enquanto Azin ainda não havia terminado sua sequência de chutes.

Olhei os entulhos do que restou do corredor e vi meu martelo caído para o lado, inclinado entre a grama e a pilha de concreto e azulejo. Corri na direção da minha arma, pegando-o novamente. Foi então que vi a sombra do gigante se movimentando.

Fitei a situação por cima do meu ombro, vendo que o ataque do Azin havia terminado e o gigante segurava a corrente da bola de ferro conforme começava a girar ao seu redor. Corri imediatamente para o canto mais afastado antes que aquela bola gigante me acertasse, mas, eu acabei tropeçando na minha própria perna enquanto corria e cai de cara no chão. Talvez foi exatamente isso o que me salvou, quando olhei para cima, vi a bola de ferro passando poucos centímetros do meu rosto, destruindo as paredes ao nosso redor. Cobri minha cabeça com as mãos para me proteger dos detritos e fechei os olhos. Escutei um grito do Azin se afastando, seguido do som de um corpo caindo no chão. Espiei com os olhos e vi, para meu temor que o meu companheiro estava caído no chão, atordoado.

O giro parou e o gigante olhou furioso para o Azin que ainda estava se recuperando, arrastando a bola de ferro no chão enquanto se aproximava. Me levantei o mais rápido que pude. Rezei brevemente enquanto me aproximava, liberando uma aura vermelha ao meu redor. Eu pude sentir meus braços ficando mais fortes, a energia fortalecendo meu corpo.

Corri o mais rápido que pude, ficando na diagonal com o monstro e respirei fundo, segurando firmemente o martelo com ambas as mãos. A energia azul ao meu redor explodiu novamente e saltei na direção daquela criatura, caindo logo ao seu lado. O impacto liberou uma pequena parte da magia, levantando alguns pedaços da terra e o próprio gigante sentiu aquele impacto. Eu podia sentir que meus golpes estavam mais potentes...

Segurei o martelo firmemente e girei ao meu redor. A força da magia levantou a terra conforme penetrava dentro do solo. Expirei o ar dos meus pulmões.

- Martelo Demolidor!

Dei um giro ao meu redor e movimentei o martelo na direção do gigante, erguendo-o alguns centímetros do chão e então a energia que penetrou a terra se ergueu, junto com ele pilastras de terra também se levantaram, atingindo aquela criatura. A magia estava seguindo o fluxo que eu criei com o meu martelo, então o gigante foi lançado contra o chão. Derrubado.

Parei alguns instantes, respirando fundo e me recompondo. Aquele golpe realmente consumia muito de mim se comparado ao Golpe Poderoso e o Martelo Explosivo... Mas... Sorri ao ver que aquela criatura caiu para não se levantar mais. Apesar de cansada, olhei para Azin que agora estava de pé, olhando boquiaberto para a situação e depois me olhou. Não pude evitar, e acabei colocando as mãos na cintura e sorri orgulhosa.

Bem na sua cara, Azin.

- Holy!

Surpreendi-me ao ouvir aquela voz ecoando e olhei para o que restou do corredor que eu e o Azin estávamos percorrendo. Escutei passos ecoando, claramente era uma corrida. Meu coração começou a bater mais rápido e involuntariamente sorri ao ver o brilho verde da armadura do Grandark na escuridão do corredor.

Minhas expectativas foram compridas quando vi o corpo do Zero aparecendo, seguido de Edna que imediatamente pulou para fora e correu na minha direção, me segurando pelos ombros. Pude notar que a asmodiana estava verdadeiramente ocupada, me olhando da cabeça aos pés.

- Você está machucada?!

- Nã-Não. – Sorri meio sem jeito, mas contente.

- Que bom! - Edna disse aliviada, me abraçando em seguida. – Eu estava preocupada!

Abracei-a de volta, sorrindo meio sem jeito ainda e vi então que Edel e Dio também estavam ali.

- Onde está a Mari?

- Ela está no dirigível. – Edel respondeu de forma passiva, mas parecia incomodada por algo.

- Por que ela está lá?

- Precisamos sair daqui, Holy! É perigoso ficar aqui! – Edna me soltou, me puxando pela mão para o corredor.

- O-O que?!

- As tropas do Maligno estão cercando esse lugar. – Me surpreendi de ouvir uma voz diferente de todas que escutei até agora, vendo que o dono dela era um cavaleiro de armadura negra com uma máscara de dragão. – O único jeito de fugir é pelo céu.

- Uhm... E você, quem é? – Perguntei meio hesitante.

- Bem... Eu sou um aliado.

- Ou é isso que ele diz. – Edel interveio, olhando de canto para o homem da armadura negra. – Mas, ele não tentou nos atacar até agora e nos avisou sobre o ataque... Apesar de ele ter acontecido de qualquer forma.

O homem suspirou por de baixo da máscara.

- Você que não queria me escutar.

A capitã simplesmente desviou o olhar.

- De qualquer forma, temos que fugir daqui o mais rápido possível. Vamos.


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Notas finais do capítulo

E ai, curtiram? Espero que sim!

Até a próxima. ;3