Meu Acampamento de Verão escrita por Diva Fatal


Capítulo 21
Capítulo 21: A filha fantasma chegou




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Algo úmido e molhado tocava a minha face. Ouvi um barulho de respiração próximo ao meu ouvido. Eram lambidas gigantescas no rosto. Abri os olhos me sentando com o espanto.

Um Pégaso branco estava me lambendo o rosto tentando acordar-me.

–Oi garota. –Falei me espreguiçando e bocejando.

Palha estava entranhada em meus cabelos, eu estava um caco só pensando no que tinha acontecido ontem. Vida dura, mas não se compara com a que os veteranos tiveram em suas missões durante todos estes anos...

Dizem que Percy salvou o Olimpo algumas vezes, que todos os veteranos no acampamento lutaram contra os titãs em New York. Jason destruiu o trono de Cronos em quanto Percy e os outros destruíam Cronos e seu exercito. Já me disseram até mesmo que Percy provocou um vulcão a entrar em erupção e também segurou o próprio céu para ajudar a deusa Ártemis.

Comparado a tudo o que ele já fez... eu não posso nem mesmo tentar me comparar a ele, já fiz isso nas atividades do acampamento, sempre tentei ser melhor do que ele, tentei supera-lo, mas nos esportes ele era melhor, assim como Clarisse.

–Que vida... –Bufei de frustração.

–É sim, que vida. –Annabeth surgiu na porta dos estábulos acenando com a cabeça.

–Annabeth! –Gritei de susto. –O que faz aqui? –Perguntei.

–Já olhou para onde esta dormindo? –Ela perguntou.

Levei meu olhar para baixo e vi a costa de Hoboken bem a baixo de mim.

–Ah! –Pulei correndo para o lado de Annabeth.

A filha de Atena começou a gargalhar sem parar, ela quase chorava de rir com a minha reação.

–É de vidro. –Ela continuou rindo e suspirou tentando parar com as gargalhadas e se focar no que estava acontecendo. –São portas de vidro, você não vai cair a menos que Leo abra as portas dos estábulos.

–Eu poderia ter morrido em quanto dormia. –Solucei pondo a mão no peito e vendo o perigo que corri.

–Sim, mas não morreu. –Annabeth prosseguiu. –Então vamos para o almoço.

–Almoço, já!? –Perguntei encarando-a.

–Você dormiu a manhã toda junto a Toff. –A filha de Atena seguiu saindo dos estábulos indo em direção as escadarias de metal que levavam ao restante do navio.

–Como consegui dormir tanto... –Perguntei a mim mesma.

–Não faço ideia, deveria estar bem cansada. Lhe observei dormindo a tarde. –Annabeth pôs a mão no queixo. –Você se remexia parecendo correr deitada, era engraçado e estranho. Já vi muitos “Percys” dormirem, mas uma “Phoebe” é a primeira vez, garanto que é algo de tirar o fôlego. –Ela começou a rir abrindo a porta do deck.

A claridade ardeu os meus olhos. Pisquei muitas vezes para me acostumar a luz. Era uma sala iluminada e oval. Nas paredes em 3D via-se imagens do acampamento de acordo com o horário, essas fotos me deixavam nostálgica.

Era dividido em sala e cozinha. No lado direito era a cozinha de mármore, linda, impecável, alguns armários feitos com uma tecnologia que eu não conhecia e nem sonhava em conhecer. Aparelhos eletro domésticos que eu conseguia distinguir mas eram diferentes e inigualavelmente potentes.

A sala eram um conjunto de três sofás brancos macios com massageado automático, dois um de frente para o outro e um que separava os dois bem de frente para a Tv tela plana gigante.

Era algo lindo e sofisticado.

A mesa oval que ficava na cozinha continha oito cadeiras de madeira feitas a mão, cada uma com detalhes diferentes uma da outra.

Annabeth seguiu para a cozinha pegando dois pratos de bronze que estavam em um dos armários brancos. Voltou a mesa e colocou-os um de frente para o outro. Ela sentou-se numa cadeira com uma coruja de madeira entalhada, o seu prato de bronze ilustrava uma coruja também. O branco que ela me deu era normal, não tinha nenhuma imagem gravada no fundo, nenhuma cadeira.

Me aproximei da mesa e instantaneamente um acento de uma cadeira normal de madeira surgiu do chão. Aquilo chegava a ser um ambiente estra terrestre para os meus olhos.

–Mas que bruxaria é essa? –Perguntei a Annabeth que ria aos soluços.

–Você é cómica. –Ela continuou com a crise de risos até conseguir reestabelecer sua pose de “garota inteligente”.

–Onde estão todos? –Perguntei.

–Percy foi com Jason buscar Tyson em algum dos caís. Leo, Milena e Piper foram procurar uma colega que também esta aqui em Hoboken. –Annabeth estudou minha expressão. –Jhefrey esta lá em cima, eu acho, mas pelo menos sei que ele não saiu do navio. Acho que esta falando com Piper dês de manhã.

–Certo. –Sentei-me à mesa.

O prato de coruja de Annabeth tremeluziu e uma pequena porção de espaguete à moda francesa surgiu no prato dela.

Alguns pontinhos brilhantes surgiram pairando ao lado do prato como pequenos vagalumes. De pouco em pouco foram se unindo até uma taça de vidro com u líquido dourado surgir a mesa, algumas pequenas bolinhas amareladas quase translucidas estavam no fundo da taça.

–Néctar... –Sussurrei para mim mesma.

–É, e com uma leve porção de margarida de ouro. –Ela sorriu dando uma golada na sua bebida.

–Como eu faço a comida aparecer? –Perguntei meio desanimada.

–Pense e ela vai surgir. –Falou Annabeth dando uma garfada moderada em seu espaguete.

Pensei em um milk-shake de chocolate e uma salada gratinada com uma leve porção de frango desfiado temperado a pimenta calabresa. O meu prato brilhou e logo surgiu o que eu havia imaginado e ao lado o milk-shake de chocolate.

–Só vai comer isso? –Perguntou Annabeth vendo a pequena porção de frango e a grande porção de salada.

–Sim, se precisarmos lutar de novo seria melhor não estar cheia para não ter dor ou a comida me atrapalhar na hora da luta. –Os talheres surgiram nas minhas mãos, dei uma garfada pequena no alface e tomei um gole de milk-shake.

–Entendo. –A filha de Atena deu um sorriso de canto. –Você é bem esperta, para uma filha de Afrodite. –Ela desviou o olhar e continuou a comer seu espaguete.

–Mesmo antes de saber que eu era uma meio-sangue, eu sempre fui fascinada por mitologia grega. –Falei. –Estudava os métodos de lutas, cultura, militarismo, vestimenta, tudo, absolutamente tudo. Sempre adorei história e sempre tive facilidade. –Sorri terminando de comer o frango e a salada. Só restava a minha frente milk-shake de chocolate para ajudar a descer o almoço.

Annabeth pegou um celular preto de um modelo que eu não conhecia, parecia ser muito mas avançado do que os do século 21.

–Meu pai não me deixa ter celular. –Observei a cena em quanto Annabeth fazia algo com o celular.

–É normal que ele não queira que use um. –Ela explicou.

–Por que? –Perguntei.

–As linhas telefônicas ficam carregadas com nossa energia quando usamos celulares, isso vale também para a internet. –Ela suspirou. –Esse contato emite um tipo de sinal, como uma bomba luminescente para o alto. Os monstros poderiam lhe localizar em quanto usa celular ou a internet.

–Mas Iryena usou na aula.

–Sim, existem aparelhos especiais criados pelo acampamento para que nosso “sinal” não seja rastreado. –Os olhos cinza dela pousaram sobre mim, podia ver engrenagens rodando dentro de sua mente, sua cabeça sempre trabalhava, sempre.

–Entendi.

Piper e Jherfrey desceram as escadas sorrindo de alguma coisa que havia acontecido. Foram até a cozinha e pegaram seus pratos, logo sentaram-se a mesa e nos acompanharam naquela refeição.

Ela chegou. –Falou Piper.

–Ela? –Perguntei.

–Sim, aquela drogada acaba de chegar, prepare-se para os piores momentos de sua vida. –Falou Annabeth se levantando e limpando a boca com um guardanapo branco pérola.

Podia ouvir um alvoroço vindo das escadas, eram botas batendo contra o chão.

Bla, bla, bla, bla. Garoto, você nunca para de falar!? –Ouvi a voz feminina descendo as escadas.

–Não pode fumar no deck. –Berrou Leo.

–Too pouco me fuden#* para o que pode ou não fazer no deck. –A menina surgiu nas escadas.

Ela possuía cabelos loiros no tom de oxigenados quase prateados e estava pranchado. Seu rosto estava carregado de maquiagem, o batom vermelho sangue bem escuro quase no tom de preto, seus olhos com a maquiagem no estilho “guaxinim” completamente escuros em volta carregados de preto púrpuro; a cor dos seus olhos era de um tom cinza morto, bruxuleava como neblina por dentro da íris. Sua camisa era listrada, um cinza escuro com listras cinza mais escuras ainda bem rasgado na bainha deixando seu umbigo a mostra. Seu pescoço pesava com um crucifixo de prata, colares de contas feitos de madeira, um colar de bronze com uma caveira e na testa da caveira 666 em triangulo. Uma jaqueta preta de couro estilo motoqueiro quase escondia sua camisa. Shortinho rasgado jeans da coxa ao joelho. Seus pulsos pesavam com braceletes pretos e pulseiras de ouro. Um par de luvas rasgadas aos fiapos em suas mãos. Sua bota preta de couro pesava contra o chão deixando o forte barulho ecoar pelo deck.

A oxigenada pegou um isqueiro em formato de dois seios, acendeu-o e a chama saiu pelo bico do seio direito, ela acendeu um cigarro e levou-o a boca. Inspirou profundamente e espirou pela boca fazendo uma nuvem de fumaça do cigarro.

–Nossa Leo, não sabia que andava com garotinhas virgens. –A garota posou passando por Piper.

Todos estavam em pé olhando ela andando como uma modelo, rebolando e cheia de arrogância. Lentamente ela foi até Jherfrey e desceu a mão apalpando-o por cima da calça bem entre as pernas.

Na mesma hora Jherfrey se encolheu e recuou. A garota continuou caminhando trocando olhares assassinos com Annabeth.

–Calma, amorzinho, seu namorado ainda não esta aqui. –A diaba loira gargalhou olhando fundo naqueles olhos cinzas de Annabeth.

–Acho que esses produtos químicos estão afetando sua cabeça, Karen. –Annabeth prosseguiu insultando a garota que deveria ter uns 18 ou 20 anos. –Se chegar perto do Percy, eu lhe arranco os olhos em quanto dorme.

–Nossa, irritadinha como sempre. Boa sorte, eu nunca durmo. –Ela piscou para Annabeth e soprou a fumaça do cigarro na cara dela.

Annabeth abanou-se tossindo e coçando os olhos tentando não respirar a fumaça do cigarro.

Percebi que a filha de Atena ia socar a garota, corri segurando-a.

–Acalme-se. –Cochichei em seu ouvido segurando seu braço.

–Chase, por que não me falou que tinha feito uma ménage? –Karen brincou rindo olhando a cena. –Sua nova namoradinha até que é bonitinha. –Ela continuou insultando. –Mas não tem peitos grandes como o da mamãe aqui. –Ela apalpou-se e seguiu rindo pelo corredor.

–Karen, seu quarto é... –Leo foi interrompido.

–Eu sei, eu sei, eu vou lá pros estábulos. –Ela acenou com a mão. –Me chame quando for hora do jantar, quero dormir em paz.

Essa tal de Karen é uma grande vadia, só de olhar pra essa garota me dá raiva.

–Ela não muda. –Falou Leo.

–Somente os extremamente sábios e os extremamente estúpidos é que não mudam nunca. –Falou Annabeth dando mais uma das suas lições de vida.

–Realmente. –Concordei.

A garota sumiu no corredor junto a sombras enevoadas e brancas, ela me dava arrepios e além de tudo era uma tremenda vadia. Como Leo podia conhecer alguém como ela?

–Ela é filha de quem? –Perguntei.

–Melinoe, a deusa fantasma.


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Notas finais do capítulo

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