Radiação Arcana: Totem De Arquivo escrita por Lucas SS


Capítulo 11
Capítulo 10: A União Faz a Força


Notas iniciais do capítulo

Desculpe-me galera, a batalha não será agora, esqueci de um detalhe muito importante que estará apresentado nesse capítulo Mas sexta-feira já vem a batalha, um capítulo inteirinho de lava, punho, espada e tiro. Mas por enquanto, divirtam-se com isso.



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O caminho para o vulcão era tranquilo, mas cada vez o calor era maior. Descobri que dentro do jogo nós também suávamos. A cada passo eu repensava como poderíamos lutar contra um golem de lava no meu de rios e lagos flamejantes. Seria uma batalha difícil, muito mais que o normal. Já tínhamos tido uma pequena experiência lutando contra o golem da floresta, mas descobri que ele era do nível mais fácil de inimigo. Os chefões acompanhavam o nível da soma dos jogadores que iriam enfrenta-lo, então quanto mais forte ficássemos mais difícil seria.

No canto da minha tela uma mensagem apareceu. Abri e li quem estava falando comigo. Como eu imaginava, era o Jeff, dizendo:

O jogo atualizou, novas classes e raças foram adicionadas, adversários, poderes, itens e muitas outras coisas. Também quero avisar que três vezes jogadores da Lua e da Terra se encontraram e em todas às vezes teve guerra braba. Os caras da Lua só querem usar os caras da Terra como escravo, então se algum pedir para se unir com vocês, não aceite, ele irá lhes trair quando tiver a chance. Una-se somente a jogadores da Terra. Outra informação: agora para receber a missão para ir para a Lua só precisará ter 15 membros de nível 20 ou mais, então vocês devem se apressar para evoluir, pois somente 10 equipes irão para Lua. E por último o jogador mais forte da Terra está no nível 13 e o mais forte da Lua está no nível 25.

Quando acabei de ler avisei os meus amigos, que disseram:

- Caramba cara, temos que evoluir rápido, estamos ficando para trás. – disse Ked.

- Vamos destruir todos os jogadores da Lua. – disse Iron.

- A Terra vai mostrar que é melhor que aqueles riquinhos da Lua. – meu irmão retrucou.

- Se realmente quisermos passar de nível rápido, temos que achar mais membros e fazer as missões mais difíceis.

A sorte estava do nosso lado hoje, pois assim que Limcon acabou de dizer isso, um grupo de jogadores apareceu da curva a frente. Eles pareciam machucados e suas roupas tinham buracos chamuscados e rasgões. Vieram tropeçando nas pedras do caminho de terra, até chegar a alguns metros de nós. Em seguida, eles pararam e ficaram nos observando, até um deles, que parecia o líder, veio à frente e perguntou:

- Quem são vocês? Amigos ou inimigos?

Respondi de imediato:

- Somos da Terra, mas o que somos de vocês não é nossa decisão.

- Nós também somos, então iremos considerar amigos. Mas não respondeu quem são. Diga, por favor.

Sua voz irradiava um tom sério, mas convidativo. Sem medo, respondi:

- Somos a S-War, o grupo de jogadores protetores da cidade da floresta. E vocês?

- Somos Olimpo, mas não temos base.

- Vocês não sabem que se não tiverem base poderão deixar de ser um grupo em alguns dias e serão multados?

- Sério? Não sabíamos, obrigado por nos avisar.

Enquanto conversávamos, uma jogadora do grupo Olimpo se posicionou a frente do líder, segurando um escudo. Possivelmente era a jogadora de proteção do grupo, conhecida popularmente como tank. Percebi que Iron fez o mesmo, mas no lugar do escudo ela se colocou inteira. Por mais que só estivéssemos conversando, sabíamos que em jogos, as coisas poderiam virar guerras em questão de segundos e nós não teríamos muita vantagem, já que Olimpo tinha mais jogadores.

- Onde a base de vocês está montada? – O líder do Olimpo perguntou.

- Na cidade da floresta, protegida pelo exército da floresta, já que é o próprio quartel deles.

- Vocês parecem ser fortes, por isso devem ter conseguido uma base tão bem protegida.

Quando ele falou isso, uma ideia veio à minha cabeça.

- O que acham de se juntar a nós? Nós temos uma base, vocês tem jogadores, sabe, isso ajudaria os dois grupos. O que acham?

Os jogadores, tanto meus amigos quanto os outros se entreolharam e cochicharam. Parecia uma ideia idiota, mas no fim, os olimpianos responderam:

- Aceitamos.

Imediatamente um convite para união de grupos apareceu em minha tela. Aceitei e vi o total de membros do grupo subir para 11. Fazendo uma conta rápida (11 menos 5, sou um gênio) descobri que os nossos novos aliados eram 6 no total. O nome dos jogadores apareceu sobre suas cabeças. Na nova atualização os nomes ficavam ocultos até os jogadores contarem, trocarem mensagens de amizade ou se unirem em grupos. O ex-líder do Olimpo se chamava Salocin PrimusDux e a garota a sua frente se chama Troiana. Logo atrás, outra garota, que parecia estar falando com Salocin por mensagens particulares enquanto eu e ele estávamos conversando se chamava Zoey. Possivelmente era a diplomata deles, mas ela não devia ter visto necessidade de intervir, mas tinha um espírito forte, que marcava sua presença. Mais 3 jogadores ficavam de prontidão para lutar, logo atrás dos diplomatas e da tank. O mais da esquerda se chamava Supreme (o cara nem devia se achar). Ele parecia um ótimo jogadores, talvez um perigoso inimigo. Era um dracônico que usava manoplas, mas, diferentes das minhas, elas brilhavam em um tom roxo claro. Deduzi que era do elemento raio. Ele também segurava uma alabarda, uma fusão de machado e lança, que brilhava levemente em um tom vermelho. Talvez fosse uma arma com um pouco de encantamento flamejante. Suas escamas eram vermelhas e seu olhar muito agressivo, mas algo nele parecia ser bondoso, como se ele fosse uma pessoa confiável. Sua armadura era de couro (nenhum jogador conseguiu algo melhor que armadura de ferro, então era normal todos usarem couro). Do seu lado, um humano brutamonte segurava uma espada de folha larga. Ele era moreno, quase negro, usava uma armadura de ferro que brilhava em um tom verde muito claro, o que indicava que ele tinha um elemento perigoso, radiação. Por último, no lado da direta da estrada, um feiticeiro (era óbvio por ele segurava uma varinha e suas roupas eram claramente de feiticeiro) nos encarava. Ele era um transformante, então sua pele era branca como a neve e seus cabelos eram verdes. Ele usava um anel com dois subníveis, mas de longe eu não consegui identificar.

O guerreiro radioativo coçou sua cabeça careca e disse:

- Bem... será um prazer fazer parte dessa família.

Sua voz era grave, potente. Em seguida, ele disse:

- Sou Murrada, o guerreiro humano. Esses são: Salocin, o ancião fada; Supreme, o bárbaro dracônico; Santelock, o feiticeiro transformante; Troiana, a guardiã elfa e sua amiga, também elfa, Zoey, a arqueira da névoa. E vocês? Especialmente esse docinho robótico.

Seu tom era de quem dava uma cantada. Ele parecia tentar ser um garanhão, mas não dava muito certo. Felizmente, Iron respondeu sem se estressar:

- Sou Iron, robô de ferro. Esses são Fear, o ladino helmen; Balazar, o demmarc flamejante; Limcon, o atirador de piche e o mago curandeiro, Ked.

Zoey caminhou junto com Salocin até nós. Seu vestido de seda aparecia por baixo da armadura de couro. Seus cabelos escuros eram cortados até seus ombros, parecidos com os da troiana, só que os da guardiã iam até metade das costas. Salocin, enquanto caminhava, se camuflava com as folhas, pois, por ser uma fada, era feito de folhas secas. Pelo que eu li identifiquei-o como uma fada em seu aspecto mais esperto. Talvez ele não gostasse tanto de lutar como de falar, pois somente jogadores inteligentes usam seus bônus para dar vantagem na diplomacia. Zoey e Salocin pararam na minha frente, estenderam as mãos e disseram:

- Vamos ser bons aliados.

Os dois sorriram ao dizer em uníssono. Eles pareciam ser bons amigos. Ou talvez mais que isso. Senti uma leve vontade de usar a fúria flamejante, sem motivo aparente. Estendi minha mão e cumprimentei os dois. Em seguida disse:

- Estamos indo derrotar o golem de lava, podem nos ajudar?

- Vocês são loucos?! Ele é muito forte e com tantos jogadores poderia ficar mais ainda. – disse Zoey.

- Por favor, entendam. Para chegarmos aqui tivemos de prometer a uma sereia cobra maldita que mataríamos o golem e levaríamos a cabeça dele de presente. Se não fizermos isso um exército de homens-macacos irá nos matar. Por favor, nos ajudem.

Eles pareceram ponderar. Depois de alguns segundos, Salocin gritou:

- Equipe, o que vocês acham de lutar de novo contra a dona do vulcão?

- Espere. – Gaguejei. – Vocês lutaram contra o golem? Ou melhor, é uma golem fêmea?

Comecei a imaginar a gigante fera feita de pedras escuras e escorrendo lava pelos dentes, usando um sutiã e um vestido apertado, segurando uma flor na mão e nos deixando passar livremente, mas olhei para a troiana, que segurava seu escudo e vestia uma armadura, por mais que decotada, muito intimidadora e perdi as esperanças. Falando nela, a troiana, ela já estava do lado de sua amiga. Notei que Zoey tinha um anel da névoa e outro do psíquico, então possivelmente estava falando mentalmente com seus amigos. Troiana se aproximou de mim e me cumprimentou com um beijo na bochecha. Se no jogo eu podia corar, eu corei. Não estava acostumado a esse tipo de coisa. A última namorada que tive no mundo de verdade me causou muito sofrimento antes de terminar comigo e morrer durante a guerra. Mas não quero falar do mundo antigo, me causa dores e fica difícil continuar a fazer essa mensagem que estou escrevendo. Continuando...

- Ah... o-obrigado? – Gaguejei.

Ela deu uma risada de leve, falando algo no ouvido de Zoey. Eu estava cada vez mais encabulado, então mudei o assunto para algo que eu dominava.

- Vamos galera, quando antes chegarmos ao vulcão, antes poderemos ganhar daquela monstra de lava.

Todos concordaram e caminharam rumo ao chefão. Em meia hora já tínhamos chegado ao país da lava.

Vou tentar descrever o inferno que é esse lugar. Imagine uma vale, cheio de morros, rios, lagos e uma grande montanha no meio. Pontes de pedra passam pelos rios e animais correm pelo campo. Agora troque tudo que é verde por uma rocha escura, toda água por lava, que viaja em meio as rochas ferventes, o céu azul é coberto por nuvens de enxofre, o leve calor do verão na verdade parece gelo perto do calor do vulcão. Bem, se você conseguiu imaginar, então sabe como o vulcão se parece em uma perspectiva positiva. Esse país poderia ser confundido com o inferno facilmente, já que demônios, entre eles alguns demmarcs, caminhavam, lutavam e vivam nesse lugar. Os peixes dos lagos de lava eram esqueletos de piranhas (os animais, não aquele outro tipo). Os coelhinhos que deveriam viver em vales aqui eram trocados por cães de fogo. Uma ponte levava direto ao vulcão e foi por ela que seguimos.

Ao atravessar a ponte, lutamos contra alguns cães de fogo, que foram facilmente destruídos pela maçã feita de ouro da troiana. Ela os matava sem se esforçar, mesmo tendo que carregar o escudo de prata em um dos braços. Enquanto isso, Salocin dava apoio, atirando flechas. Ele tinha um Arco do Sol, que iluminava o caminho e causava dano flamejante. As vezes o guerreiro ia dar alguma ajuda, mas isso tirava a graça de ver a Troiana lutar, já que ele matava eles muito rápido com sua comprida espada larga.

Ao chegarmos ao outro lado da ponte, demos de cara com uma caverna, que levava ao covil do golem. Não tínhamos outro caminho para passar pelo vulcão a não ser esse. O vulcão expelia muita lava e isso fazia dois rios que cortavam a paisagem, cada um viajando (ou seja lá qual for o verbo que os rios usam para se locomover) para direções opostas, norte e sul. Não tínhamos como passar pelo lado do vulcão já que os rios eram um pouquinho quentes demais para nós. Fizemos o inevitável, entramos na caverna.

Nossos passos ecoavam lá dentro. Essa era a segunda caverna que eu entrava nesse jogo, e eu não tinha gostado da última visita aos orifícios da terra (essa palavra é horrível, orifícios, mas descreve bem o que eu sinto por cavernas). Logo avistei um trono de lava, onde uma mulher, usando um vestido vermelho-sangue, estava sentada. Uma coroa enfeitava sua cabeça. A coroa era feita inteiramente de rubi, então brilhava ainda mais com a luz da rocha líquida. Ela olhava para baixo, mas ao notar que estávamos nos aproximando, levantou a cabeça, nos presenteando com um rosto de louco de hospício. Seu sorriso estava escancarado, seus olhos abertos ao máximo, nos olhando fixamente, seus cabelos escuros estavam amarrados em um rabo de cavalo. Se colocassem mais maquiagem ela iria ser considerada o Golem do elemento Palhaço. Se levantando bem devagar, a rainha do vulcão nos disse:

- Ninguém vai passar pelo meu vulcão, nem os novatos, nem esses que eu já tinha quase derrotado.

Então seu rosto muito, queimou e cresceu. Em alguns segundos elas era um demônio feito de rochas negras, coladas por finos rios de lava, tinha a altura de uns quatro de mim, alcançando facilmente uns doze metros de altura. Sua mão podia agarrar a Troiana inteira, mesmo ela sendo forte e relativamente grande, tendo quase minha altura. Talvez até o Murrada, que tinha quase dois metros de altura pudesse se carinhosamente agarrado pela mão da princesinha demônio. Nossa inimiga era mais assustado do que eu tinha imaginado. Então sua voz nos informou:

- O vulcão tem fome e ele gosta de jogadores assados!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e reforço o aviso, capítulo que vem começa a batalha, dessa vez não tenho como errar. Comentem, publiquem em sites, digam o que gostaram e não gostaram, quanto mais retorno eu tiver, melhor ficarão os capítulos. Se quiserem ter uma ideia de como o golem é, procurem no google. Também pedirei a um amigo meu para montarmos um site com imagens dos personagens, golpes e lugares da história, para dar uma ilustrada, claro, tudo no tempo dele, que não é muito rápido pois desenhos demoram para acabarem, principalmente se você tem que estudar ao mesmo tempo. Valeu garela e bom jogo c;



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