Tudo bem que a vingança não é meu ponto forte e que eu era mais para Sam de “iCarly” que Emily de “Revenge”. Mas Lindsay passou dos limites quando estragou tudo com o Danny.

Eu não sei por quê, mas eu o queria por perto. Não sei se foram seus olhos de cachorro perdido ou os cabelos que eu amaria analisar com os dedos, mas eu o queria bem comigo.

– Ei, Roxy... – ouço Danny me chamar, quando eu ia para a cafeteria sozinha, porque Leah já havia ido com Jonh.

– Eu não quero mais sermões – digo, tentando me esquivar da conversa.

– Quero falar com você – ele responde, com um sorriso amigável e lindo, que quase (quase) me faz ceder e deixá-lo conversar direito comigo.

– Não vai dar não – digo, já querendo sair dali. Mas ele segura meu braço sem forças, mas o suficiente para me manter ali.

– Eu quero me desculpar, Roxy. – Ele diz, me fazendo ficar incrédula – Eu... Não deveria ter dito aquilo de você.

Cruzo os braços, o fuzilando com os olhos nervosos, tentando ver aonde ele queria chegar.

– Eu quero te encontrar na sala de estar amanhã, preciso de contar uma coisa. Você topa? – Ele pergunta, com a expressão expectante.

Dou um meio sorriso, me animando com a ideia.

– Certo, topo – respondo, ainda sorrindo.

– Okay – ele citou e automaticamente sorri.

– Okay – respondo e seguimos caminho para a cafeteria.

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– Ai.Meu.Deus – sussurro, baixo, quando vejo Lindsay com a pior cara de sonho possível e com as roupas... Personalizadas. Assim como os cabelos coloridos e colados, parecendo cordas finas e entrelaçadas.

– O que você fez, sua idiota? – Ela pergunta, vindo em minha direção na cafeteria, com muitas pessoas nos olhando. Eu gargalho uma vez.

– Olha, flor, não foi eu que fiz, mas se fosse para ter esse resultado, eu faria de olhos fechados – eu rio, sem pensar, e continuo comendo.

– Você se meteu com a pessoa errada, Roxxany. – ela diz, com os olhos furiosos me encarando, a posição defensiva e pronta para qualquer resposta brutal do inimigo. No caso, eu.

Só rio, sem responder, e volto a comer meu lanche, enquanto observava as pessoas olhando para nós duas, enquanto ela saia marchando do local. Olho para meus amigos, sentados na minha mesa.

– O que foi? – Questiono para eles, que estão incrédulos.

– Ninguém nunca desafiou Lindsay – Leah explica. – A maioria das pessoas aqui, vieram de uma escola perto daqui, que prepara a gente para essa Universidade. Então, todos nós nos conhecemos bem. E todos sabem que com a Lindsay não se brinca.

– Bom, sempre tem uma primeira vez para tudo, certo? – Digo, sem medo.

– Achei bom Roxy fazer isso, estava na hora de Lindsay largar de ser tão mesquinha – Daniel diz, mandando um sorriso de confiança para mim. Aceno com a cabeça, num movimento positivo e sorrio.

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– Não pode ser... – Digo, incrédula encarando o mural de recados vendo minha foto.

Na manhã seguinte do episódio “cabelo de corda”, Leah disse que eu tinha que ver o que era o novo assunto da escola.

Encaro minha foto com Peter e sinto meus olhos marejados.

“A Novata

Ela sempre pareceu santa e prestativa, mas anda matando aula para se esconder com um menino desconhecido, quem será?”

Só ai, notei que só meu rosto parecia, não o de Peter. Sim, ninguém se metia com Lindsay.

– Que mentiras são essas? – Pergunto, sem saber como reagir.

As pessoas me olhavam com desdém e repulsa, notando que a “novata” não era o que aparentava ser.

– Não sabia que era assim...

– Queria ser sua amiga, mas acho que não vai dar muito certo agora, hein?

– Você não é o que parecia.

Respirei fundo com os comentários e me desviei do monte de pessoas, e corri para outro corredor, sem nem esperar Leah.

Percebi que paços estavam ficando claros atrás de mim, enquanto percorria o caminho para fora da ala de quartos.

– Eu avisei – ouço uma voz fanhosa e nojenta atrás de mim. – Eu avisei...

– Lindsay? – Pergunto, assim que vejo o rosto da maldita. As roupas não eram as mesmas, eram novas. O cabelo estava curto e com uma cor um pouco amarela. Mas ela continuava a princesa que todos diziam que ela era.

– É a vida, né, flor... – Lindsay diz, falsamente, saindo do meu campo de visão e me deu um sorriso de lado.

Queria correr atrás dela, mas algo me segurou.

– Roxy... – Sussurrou ao meu ouvido com a voz angelical.

– Danny... – respondo, sem saber como reagir com seus braços rodeando minha cintura de um jeito forte e protetor. Como eu estava de costas para ele, eu resolvi me virar, para retribuir o abraço.

– Ela fez algo com você? – Ele me pergunta. Eu nego com a cabeça.

– Preciso sair daqui – sorrio falsamente, tentando parecer normal.

– Ok, vamos – ele disse, e, então, me guiou para o jardim, onde prometeu contar a história.

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– Minha mãe, ela se magoou muito com um cara e... Eu não sei se posso dizer isso à você, mas ele fugiu assim que soube de mim. Hoje, eu até o conheço, e... Eu tenho que ser obrigado a conviver com o filho dele, com outra mulher.

– Eu sinto muito, mas o que isso tem a ver comigo e com o Peter? Quer dizer, eu não sou idiota de viver para sempre com ele ou...

– Não, eu sei... O problema, é que o filho do meu pai, é o Peter!