A Coleira Vermelha Do Destino escrita por Nathalie Chan


Capítulo 4
London - Parte II


Notas iniciais do capítulo

Com este capítulo termino a fic que conta mais a respeito de Regulus e Atla. A história deles continuará na próxima side, Insólito Amor, a qual terá como casal principal Hakurei e Asmita. Regulus já aparecerá no capítulo 11 de Encanto Grego, que sairá na próxima semana. Espero que tenham gostado, muito obrigada! ^-^



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O cérebro de Regulus, apesar de notavelmente excepcional e astuto, demorou mais tempo para raciocinar sobre a pergunta de Atla do que demoraria para resolver um cálculo complexo. Chegou a pensar que poderia ter interpretado erroneamente as palavras de Atla, e que seu aprendizado de tibetano talvez estivesse aquém do que imaginava. Mas o brilho nos olhos verdes e a expressão séria no rosto pálido, agora avermelhado pelo nervosismo, demonstravam que Atla estava seguro de que Regulus havia compreendido adequadamente suas palavras.

- Eu sou um garoto, assim como você. Posso repetir em inglês se ainda não tiver entendido o que eu disse. – Atla suspirou, ansioso, tomando a mão de Regulus em sua face e retirando-a dali para pousá-la sobre a perna dele. Os olhos azuis estavam arregalados diante da declaração tão direta, e a imagem de Mu logo veio à lembrança de Regulus."Então é por isso que algo no primo do Atla me chamou atenção apesar de eu ter percebido desde o início que ele era um garoto? Atla será idêntico a ele quando crescer? Como podem dois primos serem tão parecidos assim? Mu é tão lindo, tão andrógino... mesmo sendo um garoto, não tem como não me encantar por ele... porque instintivamente sei que ele tem a mesma imagem que Atla terá daqui a uns anos."

- Você tem certeza de que você e Mu são apenas primos? – Foi a primeira coisa que Regulus conseguiu dizer, ainda impressionado demais com a descoberta e a semelhança entre os dois para se lembrar de responder à pergunta de Atla.

- Outra hora eu te respondo o motivo de sermos tão parecidos. Primeiro quero escutar a sua resposta.

- Eu... sinto muito, Atla... eu realmente pensei que você fosse uma garota. E... não escutei o que você tinha para me falar... e... beijei você... – Atla engoliu seco ao escutar a voz lamuriosa do outro, preparando-se para escutá-lo dizer que havia sentido nojo em descobrir que tinha beijado outro garoto. - Perdoe-me... mesmo sabendo que você é um garoto, eu... ainda assim...não consigo deixar de pensar em você como quem eu quero comigo para sempre! Mas com certeza você me odeia agora porque eu te obriguei a me beijar...

- Eh? – Atla estreitou os olhos, irritadíssimo com a falta de percepção de Regulus. Fixou seu olhar no olhar dele e o puxou para mais perto de si pela gola da camisa. – O que você acha que eu sou?! Um fracote que não saberia se esquivar de um garoto se não quisesse ser beijado por ele? Ou um garoto que beijaria outra pessoa qualquer mesmo que fosse outro garoto? Para sua informação, eu sou campeão mundial de kendo, e você roubou o meu primeiro beijo! Acha que eu permitiria isso se não tivesse sentimentos por você? E mais! Meu pai odeia gays! Você consegue calcular quantas vezes eu já imaginei meu pai me olhar com desprezo e dizer que não sou mais filho dele? Ainda não percebeu que eu estou sofrendo por gostar de você mesmo sabendo desde o princípio que você é um garoto? Não tire suas conclusões sobre mim sem me perguntar sobre o que eu sinto e o que eu quero!

- Atla... foi mal.– Regulus estava boquiaberto, simultaneamente surpreso e encantado pelo ar bem-resolvido e decidido de Atla. De fato, o havia idealizado como garota e imaginado que ele se tratasse de alguém frágil e indefeso. – Então me deixe aprender... sobre quem é você. Quero saber tudo sobre você!

- E por que eu deveria contar tudo sobre mim se eu mesmo ainda não sei nada sobre você?

- Regulus Julius Femanis, treze anos, estudante, órfão de pai e mãe, vivo com o tio Sisyphos no Hotel Femanis de Creta, não tenho irmãos, tenho dois primos que moram em Athenas, odeio lagosta, adoro M&M, amo matemática e física, tenho preguiça de educação física e redação, ado- Atla segurou o rosto de Regulus entre as mãos e aproximou-se mais dele, colando seus lábios e roubando um beijo mais intenso de Regulus, com um pouco mais de confiança e perícia do que apresentou no beijo anterior. Os olhos azuis fixaram-se nos verdes com admiração, hipnotizados pelo inesperado e delicioso atrevimento do outro.

- Tolo. Eu não quis dizer que queria saber tudo sobre vocêagora. Posso descobrir mais aos poucos,Regulus Julius Femanis. – Atla riu da expressão confusa do outro e o abraçou, sentindo os braços dele envolverem sua cintura carinhosamente. Recostou sua cabeça no ombro dele, apertando o abraço ao sentir Regulus beijar sua bochecha exposta.

- Então... você vai se casar comigo?

- Ahn? Casar?

- É, casar. Digo... não agora, mas quando eu tiver passado no vestibular e puder cuidar de você.

- Como assim? Você nem me pediu em namoro e quer se casar comigo? Ficou louco?

- Quer namorar comigo?

- Não!

- Não? Por que não? Você não disse agora mesmo que gosta de mim?

- E-eu... sou muito novo para namorar! E meu pai só me deixa namorar se aprovar o namoro!

- Então eu peço a aprovação dele!

- Você quer morrer?

- Não! Por quê?

Duas batidas na porta do quarto foram ouvidas, no que Atla deu um pulo e correu até a porta. Abriu-a imediatamente, sua pele ligeiramente mais pálida do que de costume. Regulus permanecia sentado no tapete quando viu a figura de Dohko na porta. Abriu um largo sorriso ao reconhecê-lo e se levantou rapidamente, pulando no adulto e dependurando-se no pescoço dele como se ainda tivesse idade para isso.

- Quase não te reconheci de tão alto... e pesado! Hahaha! – Dohko apertou o garoto nos braços antes de descê-lo sob o olhar atônito de Atla. – Wow, quem diria que aquele filhotinho de leão já se tornou um filhotão? – Os cabelos de Regulus foram bagunçados como de costume, e o garoto ficou radiante por ouvir o 'tio' chamá-lo de filhotão.

- Tio Doh, o que você faz aqui?

- Ora, mas que pergunta atrevida... eu moro aqui!

- Aqui? Na casa do tio do Atla?

- É, eu sou marido dotioShion.

- É sério? – Regulus arregalou os olhos, rindo animadamente em seguida. - O pai do Atla não tentou matar você por isso?

- Hahahaha, bem que ele quis! Mas acho que já desistiu da ideia... Sou abençoado e destemido como o Bonzo Takuan!

- Como quem?

- Um monge que tinha o poder de amansar até mesmo os tigres!

- Então isso funciona com o pai do Atla? Você me ensina, tio Doh?

- Para que você quer amansá-lo?

- Para me casar com Atla!

- Ah, faz todo sentido! – Atla sentiu o rosto queimar ao notar que Shion e Sisyphos haviam se aproximado da porta naquele momento e ouvido o comentário de Regulus.

- Mas você já perguntou ao Atla se ele aceita?

- Já. – Regulus baixou os olhos, e Dohko deu-lhe dois tapinhas nos ombros.

- Não fique assim, leãozinho. Você acha que Shion aceitou se casar comigo da primeira vez que eu pedi? – Foi a vez de Shion sentir o rosto queimar, pigarreando para sinalizar ao marido a sua presença e a de Sisyphos no recinto.

- Regulus, eu tenho reunião com os investidores daqui a pouco... – Sisyphos mirou o relógio com pesar, sabendo que acabaria com a diversão do sobrinho em razão de seus compromissos.

- Eu não posso ficar aqui, tio Sys?

- Deixe-o aqui conosco por hoje, Sisyphos... será um prazer cuidar do filhote de um amigo.

- Mas.. ele não vai dar trabalho? Realmente não há problema em deixá-lo aqui?

- É claro que não. – Shion respondeu com um sorriso.

- Muito obrigado. Então vou pegar a mochila dele no carro. – Atla assistia à cena em estado catatônico, ainda sem acreditar que o tio de Regulus havia aceitado deixá-lo na casa de seu tio Shion.

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Meia noite e trinta minutos. Mu abriu a porta de casa e puxou Shaka para junto de si antes que ele pudesse retrucar algo como"Preciso voltar logo para casa",beijando-o avidamente quando esbarraram no interruptor de luz. Shaka apertou a cintura do namorado, chamando a atenção dele para os dois garotos adormecidos no sofá enquanto um filme passava aleatoriamente no televisor. Mu sorriu de lado ao ver a cabeça de Regulus recostada na coxa de Atla e este adormecido por cima do tronco dele.

- Céus, tão novos e tão precoces? Já posso ouvir os gritos do seu tio diante de uma cena dessas... esses garotos correm sério risco de vida.

- Eles só estão dormindo, Shaka...

- Com as mãos entrelaçadas?

Mu suspirou, desistindo de argumentar com Shaka. Carregaram os garotos e os deitaram nos colchões dispostos para eles no chão do quarto de Mu, lado a lado. Atla resmungou algo incompreensível em seu sono e rolou para o lado, abraçando Regulus como se ele fosse seu leãozinho de pelúcia. Shaka ergueu uma sobrancelha, encarando Mu com uma feição irônica enquanto este segurava o riso.

- Você sabia desde o princípio.

- Shhhh... por que não me ajuda a arrumar as almofadas do sofá?

- Sei. No escuro? – Shaka suspirou longamente, sabendo do apreço de Mu por situações perigosas.

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- Casa comigo? Eu juro que deixo você me abraçar assim todos os dias! – Foram as primeiras frases que Atla escutou naquela manhã, quando mal havia despertado e encontrava-se sonolento demais para dar-se conta da realidade. Regulus o abraçava já há algum tempo, velando seu sono atentamente.

- Regulus... – Atla esfregou os olhos e recostou a testa no peito do outro, pensando que ainda sonhava. Ronronou com os carinhos em seus cabelos e aconchegou-se mais ao corpo maior, no que sentiu um volume no baixo ventre do outro lhe pressionar uma das coxas. O acontecimento estranho alarmou seus pensamentos, e Atla logo abriu os olhos novamente, assustado, dando-se conta da situação lhe pareceu no mínimo constrangedora. Lembrava-se apenas de que assistiam a um filme no televisor quando Regulus adormeceu com a cabeça recostada em sua coxa, no sofá da sala de estar, e de que teve pena em acordá-lo para dormirem no quarto.

- Pervertido! – Atla resmungou entre os dentes, empurrando o corpo de Regulus para se desencostar do seu, fuzilando o olhar dele.

- Mas... eu... só fiquei assim porque você me apertou! Eu só estava mexendo nos seus cabelos! – Regulus tentava se explicar, desesperado, quando notou que Mu havia acordado e os observava com uma expressão entre o tédio e o cansaço.

- Vocês dois... por que tanto alvoroço logo de manhã quando estavam tão melosos ontem?

- Porque ele me desrespeitou!

- O que ele fez com você? – Mu perguntou, bocejando em seguida, sem dar atenção à reclamação de Atla por saber que o primo é tão exagerado quanto o tio.

- Não foi nada não... – Atla baixou os olhos, envergonhado em contar a Mu o que havia acontecido.

- Boa noite então.

- Já é dia.

- Bom dia então. – Mu rolou para o outro lado da cama, voltando a dormir. Regulus sentiu um aperto no peito em observar como Atla parecia desconfortável ao lado dele, e afastou-lhe os cabelos que ocultavam os olhos verdes.

- Me perdoe, Atla. Eu não quis te desrespeitar... não foi por querer. Eu não tenho controle sobre isso... – Regulus murmurou baixo para que apenas Atla escutasse, surpreendendo-se ao sentir o corpo menor colar ao seu novamente e abraçá-lo. Alguns instantes depois, Atla selou os lábios dele e se afastou novamente, constatando que as reações de Regulus eram rápidas e automáticas, pois o baixo-ventre dele havia se enrijecido mais com o novo contato.

- Pelo menos você não mentiu... – Atla murmurou em resposta e ergueu-se do colchão, deixando Regulus sem entender se estava apenas sendo testado ou não.

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Hakurei estava cansado da viagem à Índia, especialmente por ter concordado em levar consigo Asmita, um amigo de Mu que desejava visitar a mãe. Não que levar o garoto de dezessete anos consigo fosse por si cansativo, mas Asmita insistiu em tratar Hakurei como um turista e levá-lo para conhecer vários pontos turísticos e restaurantes que ele nunca havia conhecido. O ourives jamais assumiria, mas apesar de tudo, a viagem havia sido muito gratificante. Afinal, toda a mistura de cores vívidas e figuras vistas em diversos locais antes desconhecidos serviram de inspiração para a elaboração de novas jóias que ele já esboçava. Enquanto retornavam do aeroporto, teve a triste notícia de que seu cliente Ilias Femanis havia falecido. Era de se estranhar que o grego não o tivesse procurado nos últimos anos, mas Hakurei imaginava que ele estivesse ocupado demais em suas habituais viagens para visitar o amigo Dohko e encomendar jóias novas.

Hakurei deixou sua mala e a de Asmita num canto da sala de estar, e então chamou alto o nome do filho. Deu um sorriso largo e se agachou ao ver seu garotinho surgir pelo corredor apressadamente, abraçando-lhe com carinho e enchendo seu rosto de beijos. Franziu o cenho ao ver o outro garoto que surgiu do corredor junto a Atla, fazendo com que ele ficasse estático e amedrontado.

- É a primeira vez que vejo um filhote de leão medroso. Você era ainda mais nanico, mas era destemido quando o conheci! – Hakurei suspirou em reprovação, observando o garoto se aproximar aos poucos, como se realmente tivesse receio de se aproxiar dele.

- O senhor me conhece? – Regulus se aproximou ressabiado.

- É claro que conheço! Seu pai levou você na minha joalheria algumas vezes... você adorava brincar com Atla!

- Ele me conhecia, papai? – Atla estava ainda mais surpreso do que Regulus, pois não conseguia se lembrar de nada do que o pai dizia.

- Acho que vocês eram pequeninos demais para se lembrar, mas ficavam se esgoelando de tanto chorar quando Ilias levava Reggie embora.

- Ah! – Regulus se lembrou de que sempre pedia ao pai para levá-lo para brincar com a

'filha' do joalheiro, mas ele dizia que estava ocupado e que o levaria quando tivesse mais tempo."Definitivamente, Atla é minha alma gêmea! Não tem como eu estar errado! Nos conhecemos desde bebês!"

- Mita! O papai cuidou bem de você? - Atla beijou a face do pai e se esquivou dos braços dele para cumprimentar o loiro, abraçando-lhe animadamente.

- Devo dizer que fui eu quem cuidou bem dele. Seu pai ainda seria um turista frustrado sem mim! – Brincou, fazendo Atla gargalhar das feições irritadiças do pai.

- Quem é você? – Regulus perguntou, curiosíssimo.

- Ora, Atla não falou sobre mim? Sou a esposa de Hakurei!

- Asmita! – Hakurei rosnou entre os dentes, querendo esganá-lo por lhe forçar a se lembrar de que quantas vezes vendedores e atendentes confundiram Asmita com mulher e se dirigiram a ele como sua "esposa" durante a viagem. Regulus coçou a cabeça, sem entender a brincadeira, e decidiu fazer a pergunta fatídica antes que perdesse a oportunidade e a coragem.

- Senhor Hakurei. O senhor deixaria eu me casar com Atla... quando eu crescer?

- Eh? Você? Casar com Atla quando crescer? – Hakurei arregalou os olhos e ficou mudo por alguns instantes, pensando no que responder ao pedido do garoto tão novo e que aparentava tão certo do que dizia. Caso Regulus fosse um garoto mais velho, o pai certamente reagiria com violência, mas a fala "quando eu crescer" havia despreocupado Hakurei quanto a uma 'ameaça' imediata.

- De onde você tirou essa ideia? Não acha que é novo demais para pensar em se casar com alguém?

- Atla é minha alma gêmea, eu tenho certeza! Por isso vou me esforçar para que ele me aceite, e o senhor também!

- Quer dizer que faria qualquer coisa por ele?

- Sim!

- Então está decidido. Deixo você se casar com meu filho com uma condição. Você precisa vencê-lo no kendo. E sem trapaças ou incorreções, pois eu serei o juiz.

- Kendo?

- Sim. Meu filho é campeão mundial de kendo, e eleodeiaperder. – Hakurei sorriu de canto, orgulhoso do filho. Atla trincou os dentes de raiva ao escutar a condição do pai, nada disposto a perder sua reputação como campeão mundial.

- Isso é ridículo! É claro que ele nunca vai ganhar de mim no kendo! Por que não diz de uma vez que nunca vai permitir que ele se case comigo? Não é isso o que você está fazendo desde o princípio?

- Atla, é impossível que ele ganhe. E justamente por isso, é este o preço justo que eu posso oferecer a ele para conseguir a minha aprovação. Você é meu único garoto, e também meu caçula. É o único dos meus filhos que se interessa pela joalheria e leva o kendo a sério. Acha que eu concederia meu precioso filho em casamento? Esperar isso de mim é igualmente impossível, meu filho.

- Então o senhor me promete que se eu conseguir ganhar do Atla no kendo eu posso me casar com ele?

- Você não prestou atenção no que eu disse? Ele só colocou essa condição porque sabe que você não vai conseguir. – Atla suspirou, irritado. Preferiria discutir abertamente com o pai e tentar convencê-lo no futuro do que fazer Regulus se submeter a um esforço enorme por nada.

- Tem a minha palavra. - Asmita arregalou os olhos ao escutar as palavras de Hakurei, surpreso."Ele não é tão turrão quanto parece ser... não colocaria uma condição ao garoto, por mais impossível que lhe parecesse, se não estivesse disposto a abrir uma exceção. Ele está testando o garoto, e com isso está adiando a tomada de uma decisão definitiva. É realmente um grande homem e um grande pai."

- Atla, e você? Aceita se casar comigo se eu ganhar de você?

- Você ainda não entendeu. Eu estudo kendo desde que me entendo por gente, pratico por horas todos os dias, e estou anos de estudo à sua frente. Tenho o melhor professor, aprendi a melhor técnica, compreendo a filosofia que é a essência do kendo. Não é como aprender um idioma, é preciso ter amor ao kendo para ter sucesso. Não pense que eu vou fingir perder, porque eu nunca vou deixar você ganhar de mim. Você terá que me derrotar, de verdade. Se você conseguir vencer, eu aceito me casar com você.

- Então aguarde, porque eu irei ganhar.


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Notas finais do capítulo

Chegamos ao final desta sidestoy,

Muito Obrigada,

Grande abraço a todos,

Até mais!