Stay Alive escrita por Giullia Lepiane


Capítulo 38
Arena


Notas iniciais do capítulo

Hello :3
Vejam onde chegamos! Agora sim a coisa vai ser para valer. E, a partir do próximo capítulo, começam as mortes. Sei que isso é a coisa que vocês mais estão esperando, e, bem, eu também kk.
Boa leitura!



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Dormir e comer bem antes de ir para a arena era essencial para todos os tributos – mas, embora parecesse um dever básico, isso era um verdadeiro desafio para a maioria. Como conseguir descansar e se alimentar sabendo que poderia ser a última vez? Sabendo que, em poucas horas, poderia haver uma lança no seu estômago ou uma faca em sua garganta?

Assim, naquela última noite no Centro de Treinamento, os tributos rolaram por horas em suas camas macias e confortáveis, sem conseguir dormir. Poucos se sentiram seguros o suficiente para descansar bem e sem preocupações. Alguns não conseguiram adormecer nem mesmo por um segundo, o que iria colocá-los em uma situação perigosa na arena. Todos os outros dormiram pelo menos por três ou quatro horas.

Mesmo assim, quando foram acordados bem cedo pelos seus estilistas, foi impossível para todos não imaginar quando e se dormiriam novamente. Atordoados, eles vestiram roupas confortáveis e foram esperar os aerodeslizadores que iriam levá-los até a arena.

Apesar da abertura dos Jogos ser apenas às 10h, acabava de amanhecer quando os tributos se puseram a caminho. Os aerodeslizadores eram rápidos e eficientes, e o percurso até a arena durou menos de uma hora – tempo o suficiente, todavia, para que eles praticassem alguns exercícios de respiração e tivessem seus rastreadores injetados em seus braços por uma seringa.

Logo, o céu azul do lado de fora da janela escureceu, até estar totalmente escuro dentro dos aerodeslizadores. Eles haviam adentrado o subsolo da arena, onde se localizavam as Salas de Lançamento, que seria o último lugar onde os tributos ficariam totalmente em segurança.

Havia um longo percurso a pé pelos corredores até as salas. Cada tributo foi acompanhado por seu estilista até a própria Sala de Lançamento, que se tratava de um aposento pequeno, mas ricamente equipado. E, então, começou a corrida para se fazer todo o necessário antes da abertura dos Jogos Vorazes.

Os tributos se banharam, já que não tinham tido tempo para isso quando acordaram, e receberam o uniforme daquela edição, que, como sempre, havia sido mantido em segredo até o último segundo: uma regata de malha confortável, de cor bege clara; um agasalho marrom bem fino, que não parecia que seria muito bom para proteger do frio, mas que tinha bolsos bem espaçosos e úteis; uma bermuda marrom e resistente como o casaco, que ia até abaixo dos joelhos; e tênis de corrida escuros, fazendo contraste com as meias brancas.

No tempo restante, eles foram penteados e puderam comer – havia uma mesa posta com frutas, bolos, sucos, tortas, pães e outras comidas em todas as Salas de Lançamento. Era bem importante se alimentar antes dos Jogos, embora o nervosismo não permitisse que muitos dos tributos fizessem mais do que engolir um pãozinho com manteiga. Eles precisariam de toda a energia possível.

            E quando a hora chegou, uma voz feminina soou pedindo para que os tributos se preparassem para o lançamento. O momento tinha chegado. Mas se aquilo significava um começo ou um final, dependia de cada um.

Eles subiram na plataforma circular que os levariam para a arena, e, pouco tempo depois, um vidro se fechou em torno deles. Quando a plataforma começou a se erguer, eles só puderam dar uma última olhada para a Sala de Lançamento ficando para trás, abaixo deles, antes de ficarem no escuro absoluto por longos segundos.

Por fim, todos os tributos emergiram do chão da arena ao mesmo tempo.

Uma onda de calor os atingiu no momento em que saíram, e a claridade intensa os cegou por alguns segundos. Apenas quando seus olhos se adaptaram, eles conseguiram identificar as características do lugar onde estavam.

O céu era de um azul claro e límpido, completamente sem nuvens. O sol brilhava com vigor, e, pelo que parecia, não pretendia dar trégua, o que evidenciou o verdadeiro objetivo dos casacos: proteger os tributos de queimaduras e problemas de pele, pelo menos na área dos braços. Se eles quisessem uma proteção melhor, precisariam pegar um bom protetor solar na Cornucópia.

O ar era úmido e salgado, e o som de ondas se quebrando na praia era o barulho predominante, assim como o canto das gaivotas, que voavam alto pelo céu da arena. No chão, a areia fina e clara formava um fofo e grosso tapete, que em breve confortaria incontáveis cadáveres.

A praia era extensa, com a brilhante Cornucópia dourada bem no centro dela, com tudo o que um tributo poderia desejar – kits médicos, armas, comidas e, principalmente, água. Não demoraria para alguém morrer Mais adiante havia o mar, que se entendia até o horizonte com suas ondas grandes e poderosas. E, atrás dos tributos, estava uma densa mata, repleta de palmeiras, coqueiros altos e diversas outras plantas tropicais, em sua maioria carregadas de frutas e flores bonitas, coloridas e chamativas.

A arena era, basicamente, uma perigosa e mortal ilha paradisíaca.

— Senhoras e senhores – a voz de Claudius Templesmith soou por toda a arena -, está aberta a quinquagésima oitava edição dos Jogos Vorazes!


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulo! Usem o tempo até lá para se preparem para o sangue ;)



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