Beyond Broken Souls escrita por Haunted House, Angel of Silence, Angelika Malfoy


Capítulo 21
Freddie Weasley


Notas iniciais do capítulo

Escrito por Anna.



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Estava sentado no fundo da sala. Vários ingleses e búlgaros conversavam entre si, riam. E eu nada tinha além de uma cadeira vazia a meu lado e alguns dias sem dizer uma palavra. Não tinha ninguém para conversar e não me importava. Ninguém se interessaria pelo que eu tenho a dizer. Acho que realmente eu era o único ali que estava me sentindo em um lugar completamente diferente. Eu era o estranho ali, apesar de ninguém saber da minha real história. Remexi o bolso da calça a procura da carta escrita pela minha doce e adorável avó que deveria estar pulando de alegria por eu estar bem longe dela e em um país com os mesmos ideais que os dela.
O professor Slughorn mandou todos os alunos ficarem em silêncio no mesmo instante que uma garota baixinha e parecendo muito tímida abria discretamente a porta.
– Ah! Senhorita... - começou Slughorn se dirigindo para a garota.
Ela correu em sua direção tentando não chamar a atenção e entregou-lhe um papel.
– Tudo certo, senhorita Volkov. Você pode se sentar com o senhor Weasley. Faremos agora uma competição de duplas!
Não prestei muito mais atenção em Slughorn, e virei minha atenção para a incomum garota que seria minha dupla. Não que eu fosse comum também, então talvez esse trabalho em dupla até poderia dar certo. Ela se sentou, silenciosa, e deu um sorriso para uma garota de olhos muito azuis e cabelos pretos ondulados sentada na mesa na nossa diagonal. Não pude deixar de notá-la. Ela era realmente bonita. Não. É só mais uma inglesa capitalista idiota como todos os outros alunos naquela sala. Ou talvez nem todos... Olhei o broche na roupa da Volkov e era o símbolo do comunismo.
– Bonito broche. - comentei.
Ela me olhou com seus profundos olhos acinzentados e sorriu.
– Então... Você sabe alguma coisa sobre poções? - perguntei.
Ela me olhou como se dissesse: "Lógico que sim!" e me entregou uma faca e algum tipo de raiz que eu não sabia o nome e nem precisou dizer nada pra que eu começasse a cortar os ingredientes. Preciso admitir que ela era realmente boa em poções, e, apesar de não ter dito uma palavra, era visível que ela era muito inteligente. Terminamos nossa poção e estava impecável. Era óbvio que iríamos ganhar. Peguei o caldeirão e comecei a caminhar pela sala em direção da mesa de Slughorn. De repente senti algo se enroscando no meu pé. Tropecei e caí em cima da mesa ao lado derrubando o conteúdo do caldeirão da garota de cabelos pretos e olhos azuis.
– Ei! - ela gritou parecendo irritada.
Dois garotos na mesa ao lado riam.
– Olhem só! Qual é o problema, irlandês? Ou deveria dizer, socialista? - um deles disse e todos os outros em volta dele riram.
– Qual é o seu problema? Você destruiu a minha poção! - a garota retrucou.
– Tanto faz. - eu estava com tanta raiva que nem conseguia pensar em bons modos naquele momento.
– Nem vai se desculpar? - ela se levantou, segurou meu braço impedindo que eu andasse e me olhou nos olhos. Não sei se foi impressão, mas acho que vi a cor de seus olhos escurecer.
– Não. Não foi culpa minha. - respondi indiferente.
– Mas seria o certo a fazer, não acha? Sua mãe não lhe deu educação?
Puxei meu braço com força me livrando dos dedos firmes dela e saí em direção da porta.
– Grosso! Mal educado! Volte aqui seu covarde! - ouvi ela gritando. Que garota irritada. Nem olhei para trás. A única pessoa que senti pena de deixar sozinha foi Evelyn, mas ela com certeza estava melhor do que eu. Depois disso tudo, eu tive certeza que nunca me adaptaria a esse inferno. A única coisa que eu queria era voltar para casa. E isso eu nunca mais poderia fazer.


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