Scars Of Love escrita por Simi


Capítulo 75
Capítulo 74


Notas iniciais do capítulo

Olá a todos! ^_^
Mais uma capítulo e no meu aniversário!
*eheheheh parabéns pra mim!*
Bem, deixe-mo-nos de brincadeiras e vamos ao que interessa!
Boa leitura! ^_^



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(Isabella)

Tudo o que se tinha passado no Palácio enquanto eu estive adormecida foi transmitido aos restantes por Petrus. Não me sentia com qualquer vontade relatar tudo outra vez, muito menos queria estar a levar um sermão de Catarina novamente. Não que isso importasse muito, mas tinha mais em que me concentrar. Infelizmente, não sabia por onde começar. Naquele momento, não sabia de nada. Não tinha quaisquer pistas. Deveria eu esperar que as coisas acontecessem do nada como sempre? Não… Acho que isso não iria resultar… Se algo semelhante acontecesse novamente, certamente não teria um final tão “feliz” como das outras vezes… Foi esse pensamento que eu tive em conta para começar a tomar uma atitude. Porém, não tinha pistas… Pensei em visitar a campa do amado de Artémis, mas eles já tinham vivido há tantos milhares de anos que era algo impossível de se encontrar. Pensei também em falar com Kiba, mas o que é que o rapaz poderia saber sobre tal assunto? Para além disso, o pai dele não gostava muito de mim, então preferi manter a distância. Se perguntasse algo à minha Rainha ela dar-me-ia a mesma resposta de sempre. Também não poderia perguntar nada aos outros Reis e Rainhas… Nunca desvendariam um pouco do mistério por muito que soubessem… O Espírito também não me parecia ser uma entidade que me fosse dar algum tipo de informação. Deu para perceber que ele era alguém fiel e que sabia guardar todos os segredos do mundo se fosse preciso… Assim, estava na estaca zero novamente…!

Baguncei o meu cabelo. Estava a ficar irritada! Para além disso, sentia-me completamente impotente… Não saber o que fazer é complicado, ainda para mais naquele tipo de situação. Pensar demasiado fazia-me mal… Logo eu que via tudo e mais alguma coisa pelo lado negativo. Era um mau vício, lá isso era… Não conseguia afastar tais pensamentos já que queria resolver tudo aquilo o mais rapidamente possível. Não dava e mesmo que desse, eu não queria. Não era só a mim que eu estava a ajudar, mas também Artémis; uma alma que vagueava pela Terra há tantos anos à procura de alguém que a ajudasse. Mas nunca tinha tido sucesso… Todas as Anciãs anteriores tinham sido massacradas, que nem tempo para cumprir a sua missão inicial tiveram. Era triste… Mais uma vez, sem que eu desse conta, Petrus adentrou o meu quarto. Ficou a observar-me da porta, sem nada dizer. Será que aquilo já se tinha tornado um hobby? Eu não era uma obra de arte para ele passar a vida a olhar daquela forma para mim. Mas bem, não me comportaria eu da mesma forma quando ele não estava alerta? Pois, era verdade.

— A pensar demais novamente? – ouvi-o da entrada.

— É o prato do dia, não é? – murmurei.

Encostou-se à secretária para me poder olhar de frente. Olhou-me de alto a baixo. Parecia que me estava a tirar as medidas e muito sinceramente, não fazia ideia para o que é que era.

— Não vale a pena estares assim, Isabella. Eu sei que não tens um ponto de partida para fazeres aquilo que queres, para seres tu a atacar, mas tens que ter paciência. – fiz de conta que ele nem me disse aquilo… – Vais ter que esperar como das outras vezes, por muito que não queiras, vai ser assim. Os outros estão prontos para te apoiar quando for preciso, não tens pelo que recear. Entretanto, aproveita estes momentos de “paz”. Só te vai fazer bem…

Eu sabia, eu tinha a perfeita noção de que ele só estava a tentar ajudar, mas naquele momento, dizer-me aquilo, era frisar aquilo que mais me frustrava. Olhei-o. Finalmente percebeu que falar comigo naquele momento não iria adiantar de nada. Eu tinha que resolver aquilo sozinha e ficar na esperança que os restantes me seguissem. Era a única solução, porque eu sabia que quem tinha tudo nas mãos era eu e que mais ninguém poderia resolve-lo. Vendo que não conseguiria nenhum progresso comigo, Petrus depositou um leve beijo na minha testa e saiu. Mais uma vez, fiquei sozinha, a afundar-me nos meus pensamentos. E de tanto me afundar que adormeci…

E então, aquele sonho real começou…

Após ter dormido pouco mais de uma hora, levantei-me. Quando saí do quarto, por muito estranho que tenha sido, ninguém estava em casa. Sendo assim, saí. Já não estava a aguentar mais estar dentro de casa com aqueles pensamentos a atormentar-me a mente. Para além disso, tinha a sensação de que, se saísse, conseguiria arranjar uma solução para tudo. No exterior, o sol raiava alto. Estava demasiado forte em termos de luminosidade, porque no que se tratava de calor, nem um pouco se sentia. Confiante, caminhei rua abaixo. Não tinha destino, não tinha caminho. Simplesmente andei. Ofuscada, via a rua ficar coberta de um visco negro que cobria tudo o que me rodeava. No entanto, aquilo não me incomodava nem me parecia um pouco estranho. Estava no mundo que sempre estive. Passado pouco tempo, algum daquele visco trepou o meu corpo, cobrindo-me até ao pescoço, vestindo-me com uma outra roupa. Então, acelerei o passo. Quando me dei conta, estava na praia. Mas não tinha sido sempre aquele o cenário principal de toda a minha tragédia? Pois bem, que fosse então o palco final. Ao observar o local, cheguei à conclusão de que a luz ofuscante que cobria o céu não pertencia ao sol, mas sim a uma espécie de corpo angelical que se encontrava no meio do mar, no meio do nada. Os seus pés mal poisavam a água, as suas vestes leves dançavam ao bom sabor do vento. Porém, o seu rosto não era visível, já que se encontrava virado de costas para terra. Sete mulheres encontravam-se ajoelhadas na areia. Dirigi-me àquele ser brilhante, sem que nada me impedisse. Caminhei sobre as águas como se caminhasse sobre o chão. Afinal, a água nunca tinha sido uma inimiga. Coloquei-me ao seu lado. Queria ver a sua reação.

— Parece que sempre vieste… – a sua voz angelical ecoou por todo o local.

— Não podia deixar-te sozinho, Luther…

— Parece que deixaste tudo muito confuso no teu caminho para cá…

— É… Parece que sim… – olhei para trás e um mar de chamas consumia tudo o que se atravessasse à sua frente.


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Notas finais do capítulo

Até ao próximo capítulo! ^_^



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