Scars Of Love escrita por Simi


Capítulo 57
Capítulo 56


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas! :)
Um novo capítulo, um obstáculo ultrapassado e mais um que apareceu...
Boa leitura! ^_^



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(Isabella)

Os Elementos estavam a ficar fora do controlo. Não deviam ter tentado tocar em Petrus. Não deviam… A raiva que eu sentia dentro de mim estava a crescer de tal maneira, que os Elementos estavam a apoderar-se de mim. No cimo daquela rocha, o meu corpo estava em chamas, um grande remoinho de vento circundava-me, o chão tremia, raízes saíam do interior da terra e o pequeno rio que se encontrava por perto tinha as suas águas exaltadas. Continuava com o meu lado Violet Voice. Eu não queria ataca-lo, mas Inugami merecia-o, merecia-o e bem. Mesmo com todo aquele meu descontrolo, conseguia ouvir Petrus e Catarina a chamar-me repetidamente, a quererem chamar-me à razão. Era tarde demais… Isso pensava eu. Dentro de mim, ouvi:

“Acalma-te Isabella. Não é assim que vais resolver as coisas. Usa a tua arma, usa-a…” – o Elemento Espírito conseguia sempre acalmar-me, a sua voz suave, leve, conseguia com que uma pessoa ficasse pacífica.

“Elementos, por favor, é melhor pararmos por aqui… Ainda não sei como agir com as orientações do Espírito, mas agradeço a vossa ajuda.” – pedi, em pensamento. Ao longe, consegui ouvir as águas do rio a acalmarem-se, o chão parou de tremer e as raízes voltaram ao seu lugar, o fogo que rodeava o meu corpo e o vento que me circundava acalmaram-se e acabaram por desaparecer. Voltei à minha forma humana. Estava tonta, cansada, até um tanto fraca. Ouvi Petrus a correr na direção da rocha onde eu me encontrava. Não me virei para trás, mas disse-lhe, apontando na sua direção:

— Pára aí mesmo Petrus! Sou eu quem tem que resolver isto! – ao falar doía-me o peito e as costelas.

Afinal, parece que tinha partido alguma coisa.

— Mas Isabella…

— Já falei Petrus!

Não gostava nada de ser rude com ele…

— Isabella o que vais fazer?! Por favor não faças nada! Isabella! – pediu Kiba. Eu compreendia-o. Era o destino do pai dele que estava nas minhas mãos. Olhei novamente para o céu. Continuava negro mesmo depois de Valéria ter partido. Tinha primeiro que tratar daquilo antes de tratar de Inugami. Retirei o Punhal Lunar do seu coldre e gritei, para os céus:

Oh Lua, tu que foste criada para iluminar as trevas na noite
Tu que me dás força e poder para combater
Atravessa esse manto negro e ilumina as criaturas na escuridão
Ajuda-me, Oh Lua, a proteger quem mais amo!

O manto negro que se sobreponha sobre nós começou a estilhaçar-se, como se fosse vidro, acabando por se tornar em fumo negro. A Lua brilhava cheia lá no alto. A sua luz incidia bem no cimo da rocha onde eu me encontrava. Aquela agitação e toda aquela perda de energia estavam a deixar-me esgotada. Várias vezes senti-me a desfalecer, mas tentei sempre manter-me firme. O Punhal Lunar, que se encontrava na minha mão, começou a flutuar diante de mim. A safira ficou mais clara de tantos raios lunares absorver. Nesse exato momento, o Punhal transformou-se numa Espada Sai. Era uma arma tipicamente feminina, era das armas que eu mais apreciava. Senti. Senti o poder a crescer dentro de mim tal como na última transformação do Punhal. Este retornou à minha mão em forma de Sai. Sentia que parte da minha energia tinha sido renovada, mas mesmo assim as dores permaneciam.

— Luna!- a Sai dividiu-se em duas, ficando com uma em cada mão. Rodei-as várias vezes nas mãos. – Kiba, aconselho-te a não ouvires.

Todos os outros ficaram com uma expressão interrogativa, provavelmente questionando-se sobre o que eu estava a falar. Consegui ver Kiba a tapar os ouvidos com as suas mãos. Lancei as Sais ao ar e elas ficaram a levitar à minha frente. Deixei as palmas das minhas mãos debaixo das suas pontas afiadas e lancei um dó agudo. O poder da nota rodeou as Sais e consegui ver algo azul entrar dentro das safiras dos seus punhos. As Sais voltaram às minhas mãos. Com as suas pontas direcionadas ao chão, de um salto só, desci da rocha, enterrando as Sais no solo e gritando:

Restringunt!

Raios lunares percorreram o solo, criando fendas brancas como a luz da Lua e paralisando Inugami e os outros lobisomens, à exceção de Kiba. Os seus corpos estavam paralisados, mas conseguiam falar.

— O que é que nos fizeste Anciã? – perguntou Inugami, enfurecido.

— Eu?! – perguntei num tom de gozo. – Nada. Somente preciso que fique quietinho para que ouça umas verdades. Aliás, vou tentar ser o mais rápida possível, porque se permanecer assim durante muito tempo, é capaz de ir desta para melhor. – disse com um riso malévolo nos lábios.

Kiba correu até mim e os restantes vieram para o meu lado. Petrus colocou-se à minha retaguarda, perguntando-me, baixinho:

— Isabella tens a certeza de que estás bem?

— Não te preocupes… – era verdade, eu pedia-lhe coisas impossíveis. Inugami mexia-se e contorcia-se como se quisesse desprender-se de umas cordas. – É melhor não se mexer muito, é pior… – disse, continuando com aquele tom de gozo e ia continuar com ele até ao final daquela conversa.

Mesmo depois do seu plano ter falhado não conseguia compreender o porquê dele continuar a resistir.

— Diga-me Inugami, porque é que continua a resistir? Diga-me o porquê de querer esta luta? – perguntei, caminhando até ele.

— Porque eu não quero ver o meu filho sofrer por uma mulher como tu, que não seja da espécie dele!

— E o senhor diz isso porque também já passou pelo mesmo não é? Desde que aqui cheguei ainda não vi a mãe do Kiba e sei bastante bem que ela era da vossa espécie, só que deixou este clã aquando Kiba ainda era pequeno. É por isso que odeia tanto as mulheres? – nada me respondeu. – Se é líder deste clã é porque os seus súbditos acham que merece, não só pelo seu poder, mas também pela sua personalidade. Eu sei que foi Isaac que atacou o Petrus e também sei que você quer fazer o Isaac como seu sucessor ao invés do Kiba, só por ele gostar de uma humana, mas para sua informação, o Isaac também já gostou de uma humana, mas foi de tal maneira estúpido que acabou por feri-la. – Isaac apareceu, ainda transformado, do lado esquerdo da densa floresta. Dirigiu-se até a mim. Estava cansada e sem paciência para aquele seu feitio. Coloquei-me de frente para ele. – Para que é que estás a rosnar diz lá?! Não vai ser isso que me vais impedir de dizer a verdade! – Ele rosnava cada vez mais. Se ele me atacasse não podia usar as Sais, pois ainda estavam a ser utilizadas. Teria que usar Sakura. Com as garras afiadas, tentou arranhar-me. Desembainhei Sakura e coloquei-a na diagonal para me poder proteger. A força que Isaac exercia sobre Sakura, fazia com que as suas garras e a lâmina da espada fizessem faísca. Só havia uma maneira de o afastar. – Fogo! – todo o meu braço direito se envolveu pelo Elemento tal como toda a espada. Isaac afastou-se um pouco. Ficou com a sua pata um pouco queimada, por isso estava a ganir. Mantive a proteção do Fogo. – Tu és tal e qual Inugami. Não gostam de ouvir as verdades, mas eu só tenho uma última coisa a dizer: nunca mais tentem magoar alguém que eu ame, pois as coisas não ficarão bem para o vosso lado.

Virei costas e dirigi-me para perto da rocha para retirar as Sais do solo. Quando as retirei, Kiba gritou:

— Isabella, cuidado atrás de ti!

Não tive tempo para me virar. A minha primeira reação foi lançar as Sais para ambos os lados para proteger Petrus, Catarina e Zach. Enquanto saltava para o cimo da rocha novamente, garras afiadas arranharam-me as costas. Só me dei conta de tal quando aterrei no cimo da rocha. Levei a mão esquerda às costas e senti que tinha três grandes garras marcadas. Pequenas lágrimas foram brotadas. Desfaleci. Enquanto estava a cair de costas olhei para Petrus. Estava a correr na minha direção. Só tive tempo de brotar uma última lágrima e de lhe dar um último sorriso antes de perder a consciência.


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Notas finais do capítulo

Até ao próximo capítulo! ^_^



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