Scars Of Love escrita por Simi


Capítulo 56
Capítulo 55


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal! :)
E confusão vai ficar instalada no sítio... :3
Boa leitura! ^_^



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(Isabella)

Suspeitava de quem seriam aqueles olhos. Não, eu não suspeitava, eu tinha a certeza, eu sabia perfeitamente de quem era aquela presença. Petrus estava ao meu lado, petrificado, não se conseguia mover. Eu sabia que tinha algo que ver com ela, por isso ele não me queria contar. Mas essa conversa ia ficar para depois. Naquele momento era mais importante a nossa segurança.

— Petrus aconteça o que acontecer, não saias daí. – disse-lhe calmamente.

Não ia gritar com ele, muito menos discutir. Percebi perfeitamente o porquê dele não me ter dito nada. Ele nada me respondeu. Estava mesmo paralisado. Desembainhem Sakura, mas nesse preciso momento, os ramos das árvores mexeram-se bruscamente e aqueles olhos escarlate desapareceram. Ela ia estar envolvida no combate. Ela tinha tramado alguma coisa juntamente com Inugami. Não tinha problemas com isso. Do nada, o Elemento Espírito veio até mim.

“Isabella tem muito cuidado. Ela já não é a mesma. O seu poder aumentou drasticamente. O poder de Tenebris encontra-se dentro dela, pude senti-lo…”

“Agradeço-te o aviso Espírito, mas não te preocupes, eu ficarei bem.”

A sua leve presença desapareceu. Zach e Catarina vieram a correr ter connosco. Estavam ofegantes. Preocupados perguntaram-nos imediatamente se algo de anormal tinha ocorrido. Em poucas palavras lhes expliquei. Naquele momento era mais importante tentar acalmar Petrus. Coloquei-me diante dele, que ainda se encontrava encostado à minha nota, cabisbaixo e sem reação, segurei-lhe o rosto e ele sussurrou, baixinho:

— Desculpa-me Isabella…

Abracei-o fortemente. O seu corpo estava frio. Aninhou a sua cabeça na curva do meu pescoço e chorou suavemente. Sentia as suas lágrimas geladas percorrer-me o pescoço. Segurei-lhe novamente o rosto e limpei as suas lágrimas com as pontas dos meus dedos.

— Está tudo bem Petrus, vai ficar tudo bem… Confia em mim, por favor.

Voltou a abraçar-me. Catarina e Zach estavam perto da mota dela a conversar. Kiba veio ter connosco. Petrus limpou as lágrimas e tentou recompor-se. Kiba estava um tanto incomodado, não era para menos.

— Isabella… Está na hora…

— Já vou.

Dei um beijo ao de leve na testa de Petrus, retirei o meu casaco de cabedal e levei no tronco só um colete do mesmo tecido. Certifiquei-me de que tinha todo o material de combate necessário. Segui Kiba e os outros seguiram-nos também. A noite estava mesmo muito escura, ia ser complicado, mas eu tinha as minhas ajudas. Seguimos até à chamada “Grande Clareira”. Inugami estava transformado em cima de uma grande rocha. Provavelmente aquela clareira era usada para combates corpo a corpo. Com grande impulsão e de um salto só, saltei para o cimo da rocha que estava no lado oposto da de Inugami. No chão, Petrus, Catarina e Zach encostaram-se a umas árvores que se encontravam de perto, sempre alerta. Inugami ia lutar transformado. Ia ser interessante. Outros membros do clã, todos homens, protegiam a sua retaguarda. Desembainhei Sakura e coloquei-me em posição de ataque. Inugami fez o mesmo e saltou na minha direção. Provavelmente o seu objetivo era saltar para cima de mim, fazendo com que eu não me pudesse mexer. Fleti as pernas um pouco e rodei sobre mim mesma, empunhando Sakura com as duas mãos acima da minha cabeça, o que fez com que eu fizesse um grande golpe no abdómen de Inugami. Saltei para o chão. Estar no cimo daquela rocha já me tinha dado a vantagem suficiente. Inugami caiu sobre si dando várias cambalhotas. O golpe não foi muito profundo, mas foi o bastante para o deixar um pouco desorientado. Rosnava continuamente. Aquele combate só acabaria quando um de nós não pudesse mais lutar, quando caísse no chão e mal pudesse respirar.

Algo se mexeu atrás de Inugami. As ervas rasteiras e algos galhos secos estalaram. Seria ela? Ou seria outra pessoa? Enquanto pensava nisto, Inugami já estava a correr novamente para mim. Não tive tempo para me desviar. Uma das suas grandes patas acertou-me com uma força inigualável nas costelas e fui contra a rocha. Bati com as costas e a cabeça. Fiquei com alguma dificuldade em respirar. Inugami derrapou junto da sua rocha e voltou a dirigir-se a mim. A dificuldade em respirar não me estava a dar jeito nenhum… Saltei, dei uma cambalhota no ar e aterrei no cimo da rocha. Precisava recuperar o fôlego. Ouvi novamente uns barulhos atrás de mim. Aquilo não me cheirava bem. A tatuagem que eu tinha juntamente com o Petrus começou a arder. Eu sabia. Não tive tempo para me transformar. Um grande lobisomem estava a saltar para cima de Petrus, sem dar-lhe tempo para ele se desviar. Kiba não podia fazer nada. Estava no lado do pai. Inugami até me podia matar enquanto protegia Petrus, mas eu tinha que protege-lo. Retirei o Punhal Lunar do coldre que se encontrava na minha coxa direita e lancei-o para junto de Petrus.

— Luna! Protege!- gritei.

Enquanto seguia o seu trajeto o Punhal foi ganhando luz e acabou enterrado no chão junto de Petrus, o que fez com que a pequena barreira repelisse o lobisomem que se dirigia a ele. A barreira era fraca. A Lua estava escondida. A barreira foi feita com os raios lunares que ainda estavam armazenados no cabo do Punhal que restaram da luta anterior. O lobisomem que tinha tentado atacar Petrus embateu contra uma árvore de costas e caiu no chão a ganir. O Punhal retornou à minha mão e voltei a guarda-lo. Inugami estava estático. Tinha voltado à sua forma humana. Olhei para trás novamente para me certificar de que Petrus estava em segurança. Vi novamente aqueles olhos escarlates, mas desta vez semicerrados, a olhar-me, com raiva, com ódio.

— Porque não te mostras…Valéria…? – gritei eu, em direção aqueles olhos. Nesse preciso momento desapareceu. – Sabe Inugami, não devia ter feito isso… – disse com a voz rouca, cheia de raiva. – Nunca se meta com alguém que me é querido.

Estava a fazer o que nunca esperei fazer: atacar alguém com o meu lado Violet Voice. Os Elementos tomaram conta de mim e manifestaram-se em meu redor.

— Por favor Isabella, pára, sou eu quem te estou a pedir! – gritava Kiba.

— Não te metas! – gritei.

O negro do céu estava a desaparecer, mas não completamente. Eu estava a ficar fora de mim…


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Notas finais do capítulo

Até ao próximo capítulo! ^_^



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