Scars Of Love escrita por Simi


Capítulo 50
Capítulo 49


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas! :)
Eu nem me acredito que já chegamos até aqui... Capítulo 49, quem diria, hein? Bem, espero que gostem!
Boa leitura! ^^



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(Catarina)

Doía. Ardia. Queimava. A ferida tinha sido aberta novamente. Criei uma barreira com a minha bateria para que não me pudessem encontrar. Fui para junto do rio. Não quis ir para locais óbvios, pois sabia que Isabella me encontraria facilmente e também criei a barreira para que isso não acontecesse. Estava encolhida, agarrada às minhas pernas. Já me tinha cansado de chorar. Já tinha chorado tanto… Naquele momento e antes… Ele não me conhecia para dizer uma coisa daquelas. Isabella tinha mencionado qualquer coisa sobre ele, mas nem prestei atenção. A brisa era leve, fresca. Os meus longos cabelos, que estavam apanhados, balançavam levemente. Mas o meu momento de paz durou pouco tempo. Ouvi alguns passos, passos rápidos atrás de mim. Pensei que fosse Isabella, mas não… Levantei-me e baixei a barreira. Continuei de costas. Correu ainda mais rápido na minha direção e parou, derrapando, à minha frente. Estava ofegante.

— Deixaste-nos a todos preocupados tens noção disso? – perguntou Zach.

— Foste tu quem provocastes isto ou ainda não percebeste? – questionei-o friamente.

Ele baixou a cabeça e disse alguma coisa. Como não percebi e também não me interessava, cruzei os braços e virei-lhe costas. Nem cinco passos tinham sido dados quando…

— Desculpa! – gritou ele.

Ele teve que deixar o terrível orgulho dele de parte para fazer aquilo. Parei e virei-me para o olhar. Estava virado para o rio. Caminhei até junto dele e fiquei ao seu lado.

— Eu sei que sabes o que te vou dizer, mas não podes julgar dessa forma uma pessoa sem a conhecer minimamente.

— Eu sei perfeitamente disso, costuma-se dizer que não se deve julgar um livro pela capa… – continuava cabisbaixo, mas o seu tom de voz tinha mudado para comigo, era mais baixo, mais terno.

— Ainda bem que percebeste…

— Eu não sei nada do teu passado, mas eu já sofri muito, perdi sentimentos e emoções muito importantes para um ser humano. – gostava de saber o que se tinha passado com ele, mas não ia força-lo a falar…

Talvez, mais tarde, o que ambos tínhamos passado pudesse juntar-nos e até podíamos ter uma boa amizade. Costuma-se dizer que existem males que vêm por bem.

— Eu também poderia tê-los perdido se não tivesse a minha família e os meus amigos ao meu lado. Eu ter-me-ia afundado sem me dar conta…

— Mas eu não tive ninguém…

Ele parecia um ser humano seco de sentimentos. Bem, mas ele já não estava mais sozinho. Coloquei a minha mão no seu ombro e disse-lhe, muito calmamente:

— Zach, tu podes ter estado sozinho durante todo este tempo, mas agora vives connosco, tens-nos a nós que podemos apoiar-te e ajudar-te em tudo o que precisares. Tudo bem que não nos entendemos e nem parecemos amigos, mas eu aprendi a ser cordial para com as pessoas, mesmo que não as conheça bem.

Suspirou e passou a mão pelo seu cabelo prateado. Os seus olhos cor de ametista pareciam mais claros com os raios solares e mostravam uma tristeza infindável.

— Já passaram tantos anos que eu acho que já nada me pode “curar”.

— Ouve, nunca é tarde demais. Se nós pensássemos assim, porque estaríamos a lutar contra Luther, porque é que travaríamos esta batalha que já dura há tanto tempo? – coloquei as minhas mãos nos seus ombros e virei-o de costas para mim, empurrando-o para ele começar a andar.

— O…o que é… O que é que estás a fazer Catarina?

Comecei a caminhar a seu lado.

— Temos que ir ter com os outros, esqueceste-te que temos compromissos?

— Não, não me esqueci… Mas vou levar um sermão da Isabella…

— Talvez te surpreendas Zach! – disse-lhe sorrindo.

A distância do rio à grande planície não era nada pequena. Demoramos alguns minutos a encontra-los novamente. O vento soprava forte. Zach emprestou-me a sua gabardina. Bem, eu tinha saído a correr só com um colete de pele vestido, já ele estava com uma camisola de mangas compridas. Quando chegamos perto deles, reparei que o ambiente estava tenso. Petrus parecia-me estar na mesma posição desde que eu saí. Isabella estava encostada à sua mota, com os braços cruzados e um ar aborrecido. Eu e Zach entreolhamo-nos sem percebermos o que se estava a passar. Não dissemos uma palavra. Fui para junto da minha mota e retirei o meu casaco de cabedal da bagageira, entregando depois a gabardina a Zach. Eu e ele ficamos junto à minha mota, observando o que se passava ali. Passados uns minutos, Kiba apareceu. Também sem dizer uma palavra, sentou-se encostado a uma das enormes árvores que lá havia. Talvez tivesse percebido o “peso” na atmosfera. Só aí o silêncio foi quebrado.

— Eu não quero que ninguém interfira no combate. – o tom de voz de Isabella era frio, implacável. – Nem mesmo se Inugami não cumprir com a sua palavra e não lutar sozinho, eu não quero que se metam, perceberam-me?

— Mas Isabella, tu não vais conseguir combater com um clã inteiro. – Kiba mostrava-se bastante preocupado.

Ele sabia melhor que ninguém com que tipo de pessoas Isabella ia lidar.

— Não me disseste que hoje seria noite de Lua Cheia?

— Disse, mas isso vai beneficiar o meu pai! – ele estava a começar a ficar irado, mas pela determinação na voz da Isabella, eu tinha certeza de que ela tinha algum plano.

Olhando e colocando a mão no punho do Punhal, disse, sorrindo:

— E a mim também…

Eu sabia que tinha algo que ver com o Punhal, mas mesmo assim, não perguntei nada. Depois de arrumarmos as coisas, partimos em direção à floresta. Pelo que conseguia captar enquanto conduzia, a floresta não era muito densa, tendo várias clareiras. Talvez o combate fosse facilitado devido ao espaço que ela teria para se movimentar. Temia realmente por ela. Sabia perfeitamente a amiga que tinha, tal como também a sua fortaleza e poder, mas mesmo assim eu tinha quase a certeza que o pai de Kiba não ia jogar limpo. Mesmo que ela dissesse que não queria que nós interferíssemos, o primeiro a interferir seria Petrus. Ele não ia suportar perde-la, não daquela maneira e muito menos por causa do pai de uma pessoa que ele não gostava minimamente.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Qual será a razão para aquele ambiente pesado...? Esperem para ver! ;)
Reviews são bem - vindos! :3
Até ao próximo capítulo! ^^



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