Give Your Heart A Break escrita por Leo Guedes


Capítulo 5
Capítulo 5- Isso era... Atrativo?


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores...
Mil perdões pela demora, mas eu tava dando um pouquinho de atenção a minha outra fic (MVCS) que tava meio esquecida, mas eu voltei e o cap. tá um pouco maior que os outros...
Enfim, boa leitura...



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Cheguei em casa e passei direto pela minha mãe para demostrar que não estava no melhor humor para aturar hostilidade. Tomei um longo banho e desci para almoçar, pouco depois minha mãe entrou na cozinha.

Laura: _Ei, “nerd”, tá de mal humor hoje, é?

Danielle: _Boa tarde, mãe. O meu dia foi normal e uma colega vem aqui a noite.

Laura: _Contato humano? Isso não é nem um pouco normal pra você.

Danielle: _Obrigada pela sinceridade. Vou subir.

Laura: _Espera. O que essa sua amiguinha “nerd” vem fazer aqui?

Danielle: _ “Nerd”? (risos). Romer Simpson é mais “nerd” do que a Ana Paula. Ela me encheu o saco até eu concordar em ajuda-la com os estudos.

Laura: _Sabia que não podia ser amiga sua mesmo.

Danielle: _Vou subir, mãe.

Laura: _Vai, sai da minha frente.

Previsível, quando cheguei no meu quarto, havia dinheiro na minha cama. Nojo foi a sensação que me invadiu, apenas peguei aquele dinheiro, coloquei em uma caixa e guardei junto das demais que já estavam cheias por estarem em uso a dois anos.

Danielle: _Nojo.

Peguei os meus livros de sétima série que estavam empoeirados, já que fazia muito tempo que eles me deixavam entediada. Comecei a ler e formular uma forma de ensinar a Natasha e irrita-la ao mesmo tempo pra não ter que fazer isso por muito tempo. Certo, eu tinha ficado com pena, mas ainda tinha um mau pressentimento sobre aquela punk e ela podia arrumar uma “nerd” com menos problemas pra ajuda-la.

Não demorou muito a dar 20h00min e eu estava saindo do banho quando ouvi o meu celular tocar, o que era estranho porque isso nunca acontecia, meu celular era um enfeite de bolso.

“Alô?” –D

“Ei, Damasceno, to na frente da sua casa” –N

“Ana Paula? Onde conseguiu meu número?” –D

“Isso não vem ao caso. Eu to aqui e não me chame de ‘Ana Paula’, loira” –N

“Espera um minuto que eu to descendo” –D

Desci enrolada em uma toalha e abri o portão pra ela. Quando a vi, quase esqueci como se respirava. Ela não estava com uma camisa preta e frouxa de alguma banda como AC/DC ou Capital Inicial como de costume, estava com uma camisa verde que era de mangas longas, mas era colada e tinha um decote estonteante que a deixava com um corpo de uns 16/17 e não 14. Estava com uma calça preta justa, mas usava uma saia preta rodada por cima. Não estava com seus clássicos all stars pretos com caveirinhas que deviam ser brancas, mas em grande parte dos dias, eram marrons. Não, ela estava com botas pretas de cano alto. O cabelo solto como sempre caia de forma sedutora sobre os ombros, o que não estava diferente sua clássica maquiagem escura, excerto pelos lábios que eram cobertos por um gloss labial rosado. Isso era... Atrativo? Pra minha surpresa, sim. Eu nunca tinha reparado em garotos mesmo, mas eu achava que era por ser muito nova e não por gostar de garotas. Não que eu tivesse algum tipo de preconceito, longe disso, mas... Com tantas garotas existentes no mundo pra eu me sentir atraída, eu tinha que me sentir atraída por Natasha Zambianchi, a senhorita encrenca?

Ana: _Uau, me recebendo desse jeito você vai me levar pra o mau caminho. –ela demorou um pouco pra abrir o sorriso gaiato e dizer essas palavras. Ela parecia ter reagido a mim da mesma forma que eu reagi a ela, mas, na época, eu achei que estivesse “viajando na maionese”.

Danielle: _Eu não disse ás 20h00min, eu disse DEPOIS das 20hmim.

Ana: _Foi mal, Damasceno. Mesmo assim, não devia brincar desse jeito com uma garota que gosta MUITO de garotas.

Danielle: _Mas fique a uma distancia segura DESTA garota, por favor. A cozinha é por ali, me espere lá enquanto me visto e pego alguns livros.

Ana: _Se quiser só pegar os livros, eu não me importo. –dito isto, ela piscou pra mim safadamente. Na época eu pensei que era brincadeira, mas depois eu descobri que a Natasha tinha mesmo um jeitão meio cafajeste.

Depois de me vesti, pentear o cabelo e pegar os livros, eu fui pra cozinha e sentei ao lado da Natasha para ensina-la.

Danielle: _Sabe, garota, fica difícil ti ensinar se você não presta atenção. –já fazia meia hora que eu tava falando e ela ainda estava com os braços cruzados e com cara de paisagem.

Ana: _Foi mal, mas matemática é um saco.

Danielle: _Eu sei. Só porque eu uso rabo de cavalo não quer dizer eu gosto de matemática, apenas entendo e quero que você entenda também, assim você melhora suas notas e não enche mais o meu saco.

Ana: _Mas eu não to enchendo o seu saco. Alias, eu to até quietinha.

Danielle: _Só presta atenção, tá?

Ana: _Tá. –ela revirou os olhos, descruzou os braços e se inclinou pra frente, aí ficou difícil pra EU me concentrar. Aquele decote na camisa apertadinha dela não ajudava nem um pouco.

Laura: _Danielle, eu posso falar com você? –dei graças a Deus pela primeira vez em dois anos por ver a minha mãe, só depois eu pude processar e estranhar o fato de ela ter me chamado pelo meu nome.

Danielle: _Claro. –eu levantei mais que rápido e fui até a sala com ela.

Laura: _Quem é essa criatura?

Danielle: _Ana Paula. Eu disse que ela vinha aqui.

Laura: _Mas não disse que ela era adoradora de satanás. –me segurei pra não rir.

Danielle: _Não exagera, mãe. Ela só é rock.

Laura: _Rock? Tá mais pra heave metal.

Danielle: _Ok, já entendi. Ela é total black, mas precisa de ajuda e sabe ser mais irritante que eu. Só vou ajuda-la por esse bimestre e depois a senhora nunca mais vai precisar ver a cara dela nessa casa.

Laura: _Espero. E, da próxima vez, manda ela vir de dia. Não quero que ela venha em um horário em que possa fazer um ritual com sacrifício humano. Se você morrer e seu corpo sumir, sua avó me mata.

Danielle: _ (risos). Ok.

Laura: _Garota estranha. Garota muito, muito estranha. –acho que minha mãe tava meio bêbada naquela noite porque ela ficou resmungando consigo mesma e ela fazia muito isso quando tava de “porre”.

Respirei fundo e voltei pra cozinha. “Livros, não decote” –repeti pra mim mesma durante o caminho. Quando cheguei, a Natasha estava olhando pro livro de matemática como se fosse um manual de computador em chinês.

Danielle: _Complicado?

Ana: _Complicado é vestir as duas pernas da calça ao mesmo tempo. Isso... –ela apontou o livro com um mix de nojo e reprovação. –é tortura desnecessária.

Danielle: _Também detesto isso, mas tem uns macetes que deixam essa “tortura” mais fácil. Só que você tem que prestar atenção.

Ana: _Acho que posso tentar. –por incrível que tivesse me parecido, ela realmente prestou atenção por duas horas. –Ai meu cérebro. Podemos pausar?

Danielle: _Tá bom. Daqui a pouco você vai ter que ir embora.

Ana: _Tá ficando tarde, né?

Danielle: _Já ficou tarde.

Ana: _Posso fazer uma pergunta?

Danielle: _Tecnicamente já fez, mas, que seja, não tenho nada pra fazer mesmo.

Ana: _C tem alguma treta com a tua mãe?

Danielle: _Deixa quieto essa “treta” com a minha mãe. Eu não costumo falar dos meus problemas pra estranhas.

Ana: _Não sou uma estranha, estudamos na mesma escola e estamos estudando juntas.

Danielle: _É, mas isso não muda o fato de você usar preto 25h por dia, 8 dias por semana, o que ti faz parecer bem estranha pra mim.

Ana: _ (risos). Ah tá. Nesse sentido. Sabe, eu usar roupa preta não tira a minha qualidade de ser humano.

Danielle: _Mesmo assim. Se eu tenho problemas com a minha mãe, isso não é da conta de ninguém.

Ana: _Eu também tenho problemas com a minha mãe, sabe? E, ás vezes, conversar com alguém que ti entende ajuda. –como não estávamos mais estudando, eu voltei a prestar atenção exclusivamente nela e não consegui me impedir de olhar pro corpo dela naquela roupa. Ela era sexy mesmo sendo tão punk. –Loira?

Danielle: _Talvez outro dia. Agora tá tarde, você tem que ir pra casa.

Ana: _Ok. Amanhã no mesmo horário?

Danielle: _Tá louca que eu vou ti aturar dois dias seguidos? Claro que não. Depois de amanhã depois das 16h30min.

Ana: _Mas...

Danielle: _Tchau, Ana Paula.

Ana: _Não me chama de...

Danielle: _Cai fora, punk.

Ana: _Mas não dá mesmo de...

Danielle: _Cai fora.

Ela foi embora parecendo meio desconcertada e eu fiquei lá inteira desconcertada. Como aquela punk tinha me deixado atraída. “Isso com certeza vai me causar problemas” –foi o meu cérebro me disse, e eu devia ter ouvido porque causou mesmo.


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Notas finais do capítulo

E então? Ainda tá legal?
Xoxo
by: SCF



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