Me Acorde Pra Vida escrita por Bellatrix


Capítulo 1
Prefácio


Notas iniciais do capítulo

Tenho que admitir que esse prólogo está estupidamente grande. Eu particularmente odeio prólogos grandes, mas não tive escolha, pois foi necessário para o entendimento da história.
Essa história foi baseada em personagens de amor doce, tentei fazer com que os personagens tivessem o mais próximo do jeito dos originais, e tem alguns personagens meus no meio, e tem também personagens criados por docetes do amor doce.

Bom gente é isso espero que gostem.



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"Eu sei que, quando a minha hora chegar, as memórias daquele dia serão as últimas imagens que cruzarão a minha mente."

(Um amor pra recordar)



Meu tataravô era o mandarim do reino Gõnghuì que significa União, um reino muito grande, tão grande que no fim de sua vida ele teve que dividi-lo em 10 partes, ou seja, 10 aldeias, ele entregou uma aldeia para cada um de seus filhos, mas isso fez com que eles se afastassem um pouco, por anos houve alguns conflitos entre eles, e ate hoje existem algumas aldeias rivais, principalmente porque agora a maioria delas não esta mais entre a família do meu tataravô, eu e o meu pai somos uns dos 7 últimos descendentes da linhagem dos Hitate. As aldeias são: a Aldeia da Noite que é a minha terra natal, a Aldeia do Vento, da Água, do Gelo, da Névoa, da Terra, da Mata, da Chuva, do Fogo, e do Ferro, cada uma com seu mistério. Na Aldeia do Ferro eles tem o dom de transformar seus próprios corpos em ferro, ficando invulneráveis a quase todo tipo de ataque; na Aldeia do Fogo eles podem controlar e produzir o fogo; na Aldeia da Noite eles podem controlar as emoções das pessoas, fazendo-as sentirem medo, dor mental, saudade, calma, tranquilidade e assim por diante; na Aldeia do Gelo eles podem congelar o que quiserem com apenas um toque, ou criar estacas de gelo que servem como arma na hora do ataque; na Aldeia da Mata eles podem entender e mandar nos animais e fazer com que a natureza crie vida e os obedeça; na Aldeia do Vento eles podem criar furacões do nada; na Aldeia da Água eles controlam a água por menor ou maior que seja sua quantidade; na Aldeia da Terra eles podem controlar a terra, podem criar montanhas, abismos e etc.; na Aldeia da Névoa eles podem criar neblinas do nada, atrapalhando a visão do inimigo; e na Aldeia da Chuva eles controlam o tempo; e em todas as aldeias eles são incrívelmente rápidos, incluindo eu, mas claro que tinham uns que eram mais rápidos que outros, cada um com sua velocidade, o que nos da esse dom é um poder chamado Nèilì, que significa força interna ou força interior, é um tipo de força que todos tem dentro de si, ela tem que ser treinada ate que você encontre seu ponto central, também é chamado de ponto Nèilì, que é o que vai dizer qual será seu poder, mas esse ponto deve ser encontrado antes dos 5 anos, ou nunca mais poderá encontra-lo.

Há alguns anos antes de eu nascer, na época em que meu bisavô Ibirate Hitate era o líder da aldeia que hoje pertence ao meu pai, a Aldeia da Noite foi atacada por um monstro terrível, ele se denominava Akachi, mas por todos ele era conhecido como o monstro das doze azas, ele era imensamente grande, tinha garras de um tipo de aço tão resistente quanto diamante e tão afiadas quanto navalha, dentes enormes, cuspia fogo, era incrivelmente forte, seus olhos vermelhos demonstravam toda maldade que ele possuía, e tinha doze azas enormes a justificar seu apelido, todas elas com a penugem negra, seu corpo era todo peludo e preto com rajados vermelhos, e ele se mantinha em pé sobre suas quatro patas, e pra completar ele tinha cura rápida, sem falar que a maioria de seu poder era desconhecida. O líder de uma aldeia é sempre o mais forte de todos, pois a segurança da aldeia fica em suas mãos, porem meu bisavô Ibirate sabia que mesmo que ele lutasse com todas as suas forças ele não conseguiria vencer Akachi, ele sabia que por todo lugar que esse monstro havia passado não restou ninguém, e a essa altura metade da aldeia já havia sido dizimada, e ele só tinha uma escolha, ele teria que aprisionar o mostro dentro de uma outra pessoa, meu bisavô sabia que teria que ser em alguém de sua geração, ele só não sabia quem seria, todos os aldeões estavam lutando com todas as suas forças, muitos estavam morrendo, meu bisavô teve que fazer um sacrifício pela aldeia, mesmo que lhe custasse a vida, então ele acumulou todo o Nèilì que ainda lhe restava, e abriu um portal de prisão, aprisionou Akachi nele, e selou com o selo das 27 espadas, e a aldeia esteve em paz novamente. Antes de o meu bisavô morrer ele pediu que tratassem bem a criança de sua linhagem que nascesse com Akachi, e pediu que eles entendessem que essa pessoa não seria Akachi, que apenas o estava aprisionando, e essa pessoa era pra ser considerado um herói.

Anos depois eu nasci. Uma garota da linhagem de Ibirate, aparentemente comum. Fui treinada para encontrar meu ponto de Nèilì, como minha mãe era da Aldeia da Chuva e meu pai da Aldeia da Noite, eu recebi o dom de controlar o tempo e a emoção das pessoas, mesmo isso sendo raro de acontecer, eu era filha única e minha mãe morreu no parto, meu pai me treinou rigorosamente e sem descanso pra que eu fosse a melhor guerreira de todos os tempos, mas esse treinamento teve que ser interrompido, pois quando eu completei 5 anos meu pai recebeu a pior notícia de sua vida, ele estava meditando quando uma das serviçais do palácio chegou ofegante ao seu encontro, ele não acreditou no que ela lhe dissera, não queria acreditar, então levantou de onde estava e foi correndo ate o meu quarto, e quando chegou la viu que era verdade, eu estava sentada na minha cama, havia acabado de tomar banho, estava vestida com um vestido leve, e uma serviçal aparentemente apavorada penteava meus longos cabelos pretos e molhados que agora estavam com uma única mecha vermelha do lado esquerdo, e no meu antebraço direito havia uma marca que parecia uma tatuagem, eram 27 espadas, todas com as pontas direcionadas umas para as outras formando um circulo, ela já estava vermelha de tanto que eu a coçava, meu pai me abraçou forte e soluçava de tanto chorar, dizendo:

_ Por que você? É só uma criança, é uma menina! Por que você?

Eu não entendi nada é claro, mas o abracei dizendo que iria ficar tudo bem.

Depois disso eu andava sempre com uma fita no antebraço, para tampar a marca do selo, ela era colorida sempre de uma cor que combinava com a túnica que eu estava usando, geralmente não precisava pois passei a usar apenas túnicas de manga longa, mas não foi o suficiente pra esconder esse segredo, aos poucos todos os aldeões já estavam sabendo, eles tentavam agir normalmente comigo, mas eu via medo nos olhos deles, e como nós da Aldeia da Noite podemos controlar as emoções das pessoas, naturalmente também podemos saber qual a emoção que ela esta tento no momento, e eu só via medo, raiva, nojo e dó, por toda parte, elas estavam sempre me olhando de rabo de olho, e mesmo que por ordem do meu pai eles não pudessem contar nada para os seus filhos para que eu não ficasse sem amigos, eles mantinham seus filhos longe de mim, eu não sabia que o monstro das doze azas vivia dentro de mim, eu era ignorada e não sabia por que. Ficou mais difícil de esconder depois que meu pai descobriu que parte do Nèilì de Akachi se misturou com o meu formando um novo dom, se eu encostasse em uma pessoa, ou ela encostasse em mim, mesmo que com a ponta dos dedos, por 5 segundos, eu absorvia uma pequena parte de seu dom e seu talento por uma hora e ela desmaiava por 5 minutos; 10 segundos tocando nela eu absorvia seu dom por uma semana e ela entrava em coma por tempo indeterminado; 15 segundos tocando nela seu dom e talento seria meu, e ela morreria; meu pai descobriu isso quando ninjas da Aldeia do Fogo invadiram a nossa aldeia e tentaram mata-lo, fiz alguns desmaiarem, alguns entrarem em coma, e um morreu, por isso agora também posso controlar e produzir o fogo. Isso era algo que na época eu não podia controlar, eu fiquei apavorada quando aconteceu, então tive que começar a andar toda tampada também, pra evitar que eu encostasse em alguém sem querer.


A família Hitate tem um dom sanguíneo chamado Shisgan, com ele nós podemos ver através das pessoas, ver por dentro se ela é uma pessoa com boas ou más intenções, com ele também podemos ampliar a visão, vendo tudo o que esta a nossa volta, podemos ver nitidamente coisas que estão a quilômetros de distância do lugar de onde estamos, precisamos apenas dizer a palavra Shisgan, nossa pupila muda de forma, ficando fina como olhos de águia, e então poderemos usar o dom, e a mistura desse dom com os olhos de fogo de Akachi me deu um poder de hipnose, eu podia fazer com que a pessoa a quem eu olhar fizesse o que eu mandasse, mas eu também não sabia controlar esse dom, então eu estava sempre de óculos escuros, depois disso tudo eu já não queria mais sair de casa, até que as aldeias vizinhas ficaram sabendo de tudo, então começaram a tentar me matar, meu pai já não estava mais conseguindo proteger a mim e à aldeia de todos aqueles ataques, pois os que vinham a mando de seus líderes ou também chamados de mestres, eram os melhores ninjas, e os ninjas da Aldeia da Noite já não estavam mais conseguindo lutar contra todos eles. Eu tinha apenas 7 anos e meu pai teve que fazer uma escolha, me manter sob sua proteção, ou me afastar para a proteção da aldeia, foi ai que meu pai resignou seu melhor ninja, que também era de sua confiança, um rapaz chamado Irã, meu pai ordenou que Irã me tirasse da China, me protegesse, me ajudasse a controlar meus dons, e que depois que eu já estivesse pronta que me trouxesse novamente para a aldeia, que me trouxesse novamente para ele, Irã ficou satisfeito em ser escolhido para essa missão, e ate hoje eu não entendo isso pois Akachi matou os pais dele a muito tempo atrás, mas mesmo assim ele me protege ate hoje. Mas nessa história toda, ninguém perguntou como eu me sentia ou o que eu queria, eu apenas tive que aceitar, e no fundo eu sabia que todo esse treinamento era porque seria tudo o que eu poderia fazer pra salvar minha vida.



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Notas finais do capítulo

Depois disso tudo, eu espero que o modo como tudo começou tenha ficado bem claro u.U



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