Taken escrita por Alessandra


Capítulo 3
O ínicio


Notas iniciais do capítulo

Bom, gente.. Consegui responder vocês agora só porque se ainda não contei pra vocês, eu sou uma universitária, pois é, faço Produção Multimídia e isso está relacionado diretamente com Web Designer e enfim, ontem e hoje fui/vou ir á um evento de Java Script internacional que acontece aqui na minha cidade (O BrazilJS, conhece? hahaha) são palestras o dia inteiro, por isso não estou conseguindo resolver as questões aqui da fanfic, mas sábado eu volto a escrever, ok? Enquanto isso, curtam esse capítulo (ou não, hehe) besusssssss.



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Annabeth ficou sentada na sala de estar – a única das salas que tinha visibilidade para a porta principal da casa – e ficou fingindo ler um livro esperando Percy sair para seu encontro. Ele passou por ela acenando e deu um pequeno sorrisinho, até cruzar a porta de entrada – nesse caso, de saída – da mansão.

– Todo perfumado, né? Ai ai ai, Percy. – Annabeth murmurou enquanto jogava o livro em qualquer canto do sofá e pegava sua bolsa que estava estrategicamente escondida em baixo de uma das almofadas. Já tinha pedido para seu motorista particular deixar o carro pronto, então foi muito fácil conseguir seguir Percy. Ele parou em frente ao que Annabeth pensou ser o prédio de Helena, e ela estava certa, pois uma mulher morena e alta – provavelmente mais alta que Percy – saiu do mesmo e deu um beijo no garoto que a esperava encostado no carro, antes dos dois entrarem no Citroen C4 preto de Percy. E deixar Annabeth com muita, mas muita, raiva.

– Segue eles, Joe. – Annabeth deu umas batidinhas no ombro do motorista e se afundou no banco da limosine dos Chase, com uma expressão nada boa e a fúria de um leão.


Xx


Helena e Percy entraram de braços dados no restaurante e para a não surpresa de Annabeth, era realmente o mesmo que ele sempre levava todas as suas conquistas. Esse fato a alegrou um pouco, pois agora tinha certeza – apesar de já desconfiar – de que Percy não estava levando Helena nada a sério. Mas, não aguentava mais ver Percy todo animadinho com ela, então, decidiu que aquela noite faria com que a morena nunca mais quisesse ver o seu garoto novamente. Sentou-se na mesa mais escondida possível, o que coincidiu com a mesa mais perto da cozinha, fato que deixou a garota muito feliz. Annabeth sorriu com o feito e se não tivesse que estar camuflada e muito bem escondida, poderia fazer muitos passinhos de dança ali mesmo, na frente de todo mundo. Era o lugar perfeito para executar seu plano.


Annabeth esperou pacientemente que o casal escolhesse o pedido. Quase se levantou e socou a cara de Helena quando ela – em minutos realmente contados por Annabeth – levou, pelo menos, dez minutos até se decidir do que escolheria. Mas, isso não era parâmetro, pois Annabeth quis se levantar e socar a cara de Helena muitas vezes aquela noite, só que, precisava se controlar. Então, depois de muita espera, Annabeth percebeu que o pedido de Percy estava pronto e colocado no mármore de madeira pelo cozinheiro, apenas esperando que o garçom o levasse até o casal. Anne deu seu sorrisinho mais maligno e cuidou para que nenhum garçom resolvesse levar o pedido até Percy antes que ela chegasse até o pedido. Estava com um laxante em mãos e quando chegou até o pedido de Percy, despejou tudo na comida dele, torcendo para que ninguém a visse ou todo seu plano iria por água a baixo. Quando terminou, voltou ao seu lugar e agora era só esperar o show começar. Ela mal conseguia se aguentar imaginando qual cena estava por vir e invadir a pseudo paz do casal.


Percy foi cavalheiro e esperou até que o pedido de Helena chegasse também, para que começassem a comer os dois juntos, fato que irritou um pouco Annabeth – que estava ansiosa para saber se seu plano daria certo.

– E então, como foi seu dia, amor? – Helena perguntou a Percy, enquanto os dois davam a primeira garfada na comida.
– Estressante, você sabe, estagiários são como escravos e aquela coisa toda que falam que, infelizmente, é verdade.
– Hum, entendo – Mais uma garfada na comida – E alguma estagiária nova, digo, do sexo feminino e tudo o mais? – Helena perguntava com um tom inocente, como se aquilo fosse alguma coisa banal. Percy deu uma longa risada, mas antes que pudesse responder à pergunta, seu estômago começou a roncar e a barriga a doer. O que mudou a expressão do rapaz, e Helena percebeu isso.
– Então tem uma nova estagiária lá? – Perguntou a morena, unindo as sobrancelhas. Percy, não estava se sentindo NADA bem.
– Ai meu Deus! – Aos mãos estavam depositadas na barriga, numa tentativa de segurar a dor ou o que quer que fosse que quisesse sair dali e os pés contorcidos, davam uma imagem um pouco estranha ao garoto, e aos poucos, as pessoas à volta foram começando a notar que algo estava estranho.
– Me diga, Percy Jackson, quem é essa fulaninha? – O tom de Helena que antes era ingênuo, estava totalmente autoritário agora, fazendo Percy suar frio e ficar um pouco irritado.
– Ai, meu, Deus – Percy se contorcia de dor e já suava, tamanha era sua vontade de ir ao banheiro.
– Pare de dizer “Ai meu Deus”, Jackson. – Helena gritava, irritada. E agora a atenção estava definitivamente neles, Annabeth se finava rindo e ainda filmava tudo com seu celular da última geração.
– Eu não vou aguentar. Uh, uh, uh – Percy tentava respirar, mas foi tarde demais, o primeiro barulho de gases foi ouvido, seguido por mais uma longa sinfonia.

Percy, que cheiro é esse? Ew. – Helena perguntou levando uma das mãos até o nariz e o tampando.

– Sabe que eu não sei! Que péssimo ambiente, não é mesmo? Será que eles não se dignam nem a limpar o estabelecimento antes de receber os clientes? – Percy apoiava uma das mãos no queixo, tentando parecer interessado no assunto de Helena, mas, a verdade era que ele estava realmente muito mal. – Achei que fosse um restaurante bom. – Mas, então o barulho foi maior do que Percy pode disfarçar e ele saiu correndo para o banheiro mais próximo, só que Helena já tinha percebido tudo e o escândalo já estava todo armado. Annabeth batia as perninhas no chão, já lhe doía a barriga das gargalhadas que dava e elas, para a infelicidade de Annabeth, foram altas demais, fazendo Percy olhar diretamente pra ela e fechar a cara. Annabeth o encarou de volta assustada e ficou aliviada quando ele desviou do seu caminho e foi direto para o banheiro.

– Droga – Ela piscou nervosamente e foi pegando suas coisas para sair dali o mais rápido possível.
– Hey, mocinha. Você tem que pagar a conta! – Foi puxada por um dos garçons e praguejou muitas vezes.
– Cara, quanto custa uma água? Toma aqui – E foi despejando algumas notas em cima dele – Eu estou com pressa.
– Senhora, isso pode me servir de gorjeta, se a senhora quiser me dar tudo isso, mas a senhora tem que passar ali naquele balcão e pagar, eu não posso fazer isso...
– Ok, ok, ok.. Fica com esse dinheiro ai, argh! – Annabeth bufou e foi correndo até o balcão apontado pelo garçom. Tinham dois velhinhos – que pareciam ser um casal – muito simpáticos em sua frente, mas Annabeth estava nervosa e batia os pés em um claro sinal de ansiedade.
– Annabeth Chase! – Reconheceria a voz de Percy mesmo que ele estivesse tentando camuflá-la de voz de Michael Jackson e isso fez com que seu corpo todo congelasse. Ah, como estava ferrada. Se virou para trás e encontrou um Percy todo suado, com a gravata e as roupas soltas, o cabelo bagunçado e muito, mas muito irritado atrás de si.
– Ops! – Murmurou Anne, tentando dar o melhor sorriso que pode para o garoto.

Annabeth percebeu o exato momento em que Helena saía apavorada do restaurante e o olhar perverso que Percy lhe lançava. “Calma, ele não tem como saber que foi você, ele não tem prova alguma, calma, Anne”, ela pensava consigo mesma.


Logo depois que pagaram a conta, Percy saiu arrastando Annabeth pelo braço do restaurante e a colocou dentro de seu carro.

– Percy, para. Eu estou com o motorista, ele vai ficar mofando ai. – Annabeth gritava enquanto ele a colocava dentro do carro.
– Depois eu resolvo isso, agora nós vamos ter uma conversa séria, mocinha.
– Por quê?
– Eu sei que foi você quem fez alguma coisa para meu encontro dar errado. – Percy agora já estava dentro do carro, colocando o sinto de segurança.
– E eu tenho culpa da sua diarreia? Acontece, é super normal, sabia?
– Acontece que eu sei que isso foi alguma obra sua, além do mais, não seria a primeira vez que você tenta acabar com um encontro meu. Qual seu problema, garota?
– Ah, qual o meu problema? Jura que você não sabe? – Annabeth agora também estava irritada.
– Não me diga que é aquela sua coisa de paixonite por mim? Por favor, Annabeth, nós somos praticamente irmãos, você tem que parar com isso.
– Não é uma paixonite, Percy. Por que você não pode me dar uma chance? – Ela tinha um tom melancólico.
– Porque nós crescemos juntos, Annabeth. Porque eu tenho com você uma relação de irmandade, seu irmão é quase como se fosse meu irmão também, eu não consigo sentir atração carnal homem/mulher por você e além do mais, você tem 17 anos e eu 21.
– E dai? Eu faço 18 anos daqui um mês, menos, ou mais, sei lá. Qual o problema da idade?
– Você não ouviu todo o resto?
– Argh, Percy. Você vai se arrepender por isso.
 

Xx


Annabeth chegou em casa e nem quis entrar acompanhada de Percy, estava tão revoltada com os motivos tolos dele para que eles não pudessem ficar juntos que chegou batendo a porta de seu quarto e tentando se controlar porque algumas lágrimas teimosas insistiam em cair pelo seu rosto. A menina tomou um banho e colocou um pijama para tirar todo o cansaço do corpo. Quando foi se deitar, percebeu que chovia e trovejava. Se existia uma coisa que Annabeth tinha muito medo na vida, essa coisa com certeza eram trovões, desde pequena esse medo a perseguia. Ela se enfiou de baixo de todas as cobertas e cobriu a cabeça com dois travesseiros, mas a cada barulho, seu corpo se tremia mais e mais de medo. Resolveu levantar e buscar alguma coisa para comer ou beber, talvez a distraísse, ao sair do quarto, se deparou com a porta do quarto de Percy aberta e com as luzes acessas iluminando parte do grande corredor dos dormitórios da casa, foi direto pra lá, achando que ele poderia lhe proteger ou talvez conversar com ela até que dormisse. Quando entrou no quarto, Percy estava dormindo com um monte de papeis e o notebook por cima do corpo. Annabeth foi até seu lado e retirou toda a papelada de cima dele, depois foi até o outro lado da cama e se enfiou em baixo das cobertas, se abraçando em Percy. Então, tudo ficou bem novamente. Quando ela estava com Percy, parecia que todos os problemas da sua vida desapareciam. Desde que eles eram pequenos ela sentia isso, Percy sempre arranjava um jeito de fazê-la sorrir. Mas a relação deles mudou muito desde que ela tinha quinze anos: Annabeth resolveu contar a Percy seus reais sentimentos em relação a ele. O garoto não aceitou isso muito bem e começou a se afastar dela. Annabeth sentia tanto a falta dele, mas estar ali abraçada com ele, mesmo depois de tanto tempo sem encostar um dedinho que fosse nele, a trazia a melhor sensação do mundo, uma sensação que ela jamais poderia explicar.

– Que diabos você está fazendo aqui, Annabeth? – Percy perguntou ainda meio sonolento, com a voz misturada em espanto e irritação.
– Me deixa ficar aqui, por favor. Eu estou com muito medo dos trovões.
– Deixa de ser criança, Annabeth. Vai pro seu quarto, vai. – Percy fazia sinais com as mãos pra ela sair, ele estava um pouco irritado com ela ainda, depois de Annabeth confessar no carro, que realmente tinha colocado laxante na comida dele.
– Por favor, Percy. – O tom era de súplica.
– Não, sai daqui Annabeth, eu não aguento mais você infernizando minha vida. – Ele foi grosso, o que fez as lágrimas de Annabeth caírem desesperadamente. Tanto pelo medo de trovões quanto pelo jeito que Percy tinha falado com ela.
– Eu nem queria ter vindo mesmo, eu não preciso de você – Annabeth se destapou rapidamente e quando colocou um dos pés pra fora da cama, mais um trovão. Ela deu um pulo na cama, seguido por um gritinho abafado com as mãos. A loira estava apavorada e Percy acabou se sentindo penalizado. Ele puxou Annabeth para perto de si e colocou a cabeça dela em seu peitoral. Envolvendo em seus braços, o braço e a cintura da garota. Estava surpreso com o tanto que Annabeth tremia, achava que ela já tinha superado esse medo que tinha na infância, mas pelo que via, não. E ele conhecia Annabeth, ela não seria capaz de fingir tão bem daquela forma.


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