Paper Plane escrita por Miss Venomania


Capítulo 1
Capítulo 1- Rin


Notas iniciais do capítulo

Primeiro caaap *.* AYE! Eu estava escrevendo essa fic só por diversão e resolvi postar aqui, não sei se continuo ainda, depende do feedback de vocês :P Enfim, espero que gostem *--*



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Simples manhã de sábado, flocos de neve caem do infinito acinzentado e repousam levemente no solo, criando uma fina camada branca aveludada. Sinto minhas mãos frias e dormentes tremerem com o vento gelado que sopra do lado de fora. Não era uma neve de inverno, era apenas uma queda de temperatura de um dia sofrido como qualquer outro. Me sento na cama, puxando meu cobertor, para que cobrisse também parte de meu tórax. Observo o lado de fora através da janela, tinha certeza de que não poderia sair de jeito nenhum. Não que eu pudesse sair nos outros dias, meu pai nunca me deixou sair do hospital para visitar seu trabalho. Eu compreendo sua preocupação, sem o medicamento injetado em minha veia, minhas chances de continuar viva diminuiriam ainda mais. Geralmente aproveito os momentos após tomar a dose, que tomo de duas em duas horas, para escapar daqui e visitar o campo de concentração onde papai trabalha. Claro que não vou á um lugar daqueles por diversão, muito pelo contrário, acho tudo àquilo horrível, pessoas sendo torturadas e até mortas dos piores modos possíveis... Só de pensar naquilo um calafrio toma conta de todo o meu corpo. Mas... Tudo aquilo vale á pena, qualquer coisa vale á pena... Se eu for capaz de vê-lo, de ver seu sorriso juvenil e ouvir sua doce voz, mesmo que por poucos segundos. Ele... É a razão de eu sentir que ainda quero viver um pouco mais, apenas para continuar vendo-o todos os dias possíveis.

- Seu almoço, senhorita! – Meus devaneios são interrompidos pela enfermeira, que entra em meu quarto trazendo meu almoço. Nada de novo, sempre sopa de legumes e frango desfiado e suco de laranja com algumas gotas de meu remédio dentro, o que o deixa com um gosto amargo como ter que viver com dezenas de agulhas enfiadas em seu corpo em média doze horas por dia, que é o meu caso.

- Obrigada...! – Agradeço, dobrando um pouco a ponta do lençol enquanto a mulher coloca a bandeja sobre meu colo. Pego a colher de prata e olho meu reflexo reluzido no material brilhante. Meus olhos não eram mais azuis como antes, estes possuíam apenas um fino brilho cinza e morto em suas íris. Fecho-os e abaixo o talher, colocando-o novamente na bandeja, assustada com o que vejo. O pequeno sorriso que a enfermeira sempre estampa no rosto apenas para me encorajar desaparece, e esta suspira baixo.

- Seu pai mandou você não sair daqui hoje e tomar seu soro por duas horas extras, senhorita! Parece que o resultado de seus exames... Bom... – Fala, cabisbaixa, me observando rasteira enquanto brinco com a sopa.

- Ele não faz ideia de quão torturante isso é...! – Respondo, tomando uma pequena colherada do alimento. O sal perfura um pouco a minha língua, deixando-a dormente por alguns segundos. Já que como apenas duas pequenas refeições por dia, sendo que a segunda é apenas uma porção de frutas amassadas com o medicamento dissolvido, somado com o clima frio, o tempero é como uma novidade diária para meu organismo.

-... Me chame quando terminar de comer!- Ela abre as duas portas brancas de madeira decoradas com flores que separam o quarto do lado de fora e se retira. Retiro a bandeja de meu colo e coloco sobre o criado-mudo ao lado da cama. Não tenho fome, não destas comidas. Tenho fome do meu sol. O sol que toda a flor precisa para crescer e viver. Neste quarto sem vida onde a luz não penetra, não poderei ver o meu precioso sol. Este vive tão perto, mas tão longe... Tão alcançável, mas tão inatingível... Mas sou capaz de fazer qualquer coisa por ele, de correr qualquer risco. Levanto-me da cama com cuidado, retiro o roupão branco que uso no hospital e visto meu vestido branco que ia até os joelhos. Penteio meus cabelos louros e coloco por cima dos mesmos um chapéu branco com uma fita rosa em volta, e cubro-me com um xale da mesma cor. Calço um par de sapatilhas baixas da mesma cor do vestido e chapéu, antigamente, quando costumava viver nas pradarias, eu usava saltos pequenos ou botas para caminhadas como esta, mas por conta da minha pequena dificuldade na locomoção, preferi usar algo mais simples.


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Notas finais do capítulo

:] Espero que tenham gostado, Minna- san! *u* Dependendo do feedback, continuarei a postar a fic, já que vou continuar a escrever de qualquer jeito xDD AYE!!

—T.F.