Scenes Of Our Lives escrita por EvansPotter


Capítulo 10
No Salão Principal


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeeey amores!!!
Estava até com saudades do Nyah depois dessa manutenção eterna... Bom... obviamente não deu para postar o cap na quarta... então.. Vai na sexta mesmo kkkkkk
Comentem por favor e leiam minhas outras historias!!



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Ainda se podia ouvir o baixo sibilar da voz de Lorde Voldemort ordenando a retirada de seus comensais. Jorge Weasley, nos gramados da escola, ainda conseguiu estuporar dois comensais que corriam em direção a floresta. Podia ter feito mais, no entanto decidiu tentar encontrar sua família.

O ruivo correu para dentro do castelo, aonde, no Salão Principal, as pessoas iam chegando agitadas e preocupadas em busca de parentes e amigos. Alguns traziam os feridos e também os mortos na batalha.

– Jorge! – Arthur exclamou quando viu o filho e correndo até ele o abraçou. - Viu mais alguém? Não achei ninguém e tenho certeza de que a Gina saiu da Sala Precisa.

– Não. Eu...

Antes que Jorge pudesse terminar de falar, no entanto, Gui apareceu acompanhado de Fleur e pouco depois Gina corria em direção à família no grande salão.

– Estão todos bem? Cadê os outros?

– Ainda não apareceram, Gina. – O pai informou. – Devem... eles... eles devem estar chegando.

Arthur mal tinha terminado de falar e Molly apareceu entrando apressada no salão. Assim que avistou a família a mulher correu e abraçou todos os filhos presentes ao mesmo tempo.

– Onde estão os outros? Percy? Fred? Ron? Harry? Hermione?

– Não apareceram.

Os Weasleys permaneceram em silencio. Esperando. Sem saber onde os outros poderiam estar. O que poderia ter acontecido. O medo e a insegurança cresciam a cada momento dentro de cada um deles.

– Harry, Rony e Hermione devem estar fazendo outra coisa. – Gui disse depois de um longo silencio. – Eles provavelmente vão demorar bastante para aparecer, mas devem estar bem. Se... se tivesse acontecido alguma coisa saberíamos.

“Provavelmente ele está certo.” Pensou Jorge, mas o ruivo não podia deixar de se perguntar onde estava seu gêmeo. Por que ele demorava tanto. Não podia estar tão longe do Salão Principal. O medo de Jorge de perder seu irmão aumentava.

– Não... Não! – Gina disse balançando a cabeça no momento em que dois garotos entravam pela porta do grande salão. Os dois carregavam outros dois.

Neville Longbottom abaixou-se e colocou o corpo de Remus Lupin no chão, inerte. O outro garoto fez o mesmo, deixando perto da família Weasley o corpo de uma jovem mulher de rosto em formato de coração e cabelos rosas. Ninfadora Tonks não poderia criar seu pequeno filho. Ela fora brutalmente impedida de fazer isso, assim como Lily Potter, anos atrás também fora.

Os dois jaziam lado a lado. Molly, que já chorava, se ajoelhou perto dos corpos, sendo seguida por Gina e Fleur.

– Quem fez isso? – Arthur perguntou a Neville, sem acreditar que dois guerreiros tão fortes podiam ter morrido.

– Dolohov matou Lupin. E Bellatrix a Tonks.

– Já perdi a conta de quantos Bellatrix matou, se eu tiver a oportunidade farei questão de fazer o mesmo com ela. – Molly disse com seu típico tom de voz que antecede uma explosão de fúria.

– Você viu Fred? – Jorge perguntou com um ar de preocupação muito atípico dele. – Ou o Percy? Ou aqueles outros três idiotas?

– Não, desculpe. – Neville disse abaixando um pouco os olhos. – Ah... eu... eu preciso ir. Tem mais... mais gente pelo castelo que... bom... tenho que ir.

– Pai... acho que vou procurar por eles. – Carlinhos disse.

– Vou junto! – Gina se levantou rapidamente.

– Não. Vocês vão ficar aqui! – A matriarca Weasley falou enérgica. – Ninguém vai sair de perto de mim agora!

– Mamãe, temos que acha-los.

– Eu não vou deixar nenhum de vocês saírem daqui, Gina!

– A ultima vez que vi Frred e Perrcy estavam juntos. – Fleur informou. – Estavam um pouco longe, deve serr por isse que estan demorrande.

Por mais que quisesse se apegar a qualquer fio de esperança Jorge pensou que por mais longe que estivessem, os irmãos não deveriam demorar tanto assim. Ele não suportaria viver longe de seu gêmeo. Viver sem ninguém para completar suas frases. Sem ninguém para rir de suas piadas, para criar os produtos junto com ele.

“Não. Não aconteceu nada.” Era o constante refrão dentro da cabeça de Jorge.

De repente Molly Weasley se levantou de súbito, enquanto Arthur olhou petrificado para a entrada do Salão Principal, mas logo segurou Jorge com força pelo braço. Este não entendeu o gesto do pai. Um alivio o preencheu. Não entendeu por que todos seguraram a respiração por um momento.

Percy Weasley trazia Fred nos braços, que tinha um sorriso estampado no rosto de olhos muito abertos. E cegos.

Molly gritou em desespero e correu até os dois filhos. O senhor Weasley parecia colado no chão, sem capacidade de se mexer, apenas segurando fortemente o braço do outro filho. O filho que parecia tanto com aquele que sorria de uma piada inacabada.

Jorge sorriu para o irmão. Ainda sem entender a realidade, ou talvez sem querer entender a realidade. Mas, então, a dura verdade se chocou cruelmente com ele. Fred não se mexia, seus olhos estavam abertos demais. Percy chorava, todos seus irmãos choravam, e seu pai também. Sua mãe estava em completo desespero caminhando ao lado de Pecy, que trazia o corpo do irmão para perto da família.

– NÃO! FRED, NÃO! – Jorge gritou antes mesmo de perceber o que estava fazendo.

Arthur o segurou ainda mais forte, sendo amparado por Gui na tarefa de impedir um gêmeo de chegar até o outro. Mas de alguma forma, Jorge acreditava que tudo se resolveria quando ele alcançasse o irmão. Tudo ficaria bem, Fred piscaria os olhos e continuaria aquela risada interrompida.

– NÃO! ME LARGEM! ME SOLTEM! FRED!

Percy colocou Fred gentilmente no chão. Molly se largou sobre o peito do filho, sacudindo por fortes soluços. A mulher viu seu maior medo realizado. A dor de perder o filho era enorme, ela tinha absoluta certeza de que não iria suportar. Mas ela precisava suportar. Mais seis filhos precisavam dela.

Jorge caiu de joelhos à cabeça do irmão gêmeo, e finalmente percebeu que ele não mais acordaria. Não percebeu, porem, que os gritos de agonia, desespero e dor que enchiam o salão eram majoritariamente dele.

Jorge não queria acreditar. Fred não podia tê-lo deixado, ele nunca faria isso. Certamente devia ter entendido alguma coisa errado. Talvez Madame Promfrey pudesse fazer o irmão acordar. Ela tinha que faze-lo acordar. Jorge não se sentia nem um pouco capaz de fazer todos rirem sem a ajuda de Fred.

– Jorge. – Gina, com a voz extremamente embargada, passou o braço por cima dos ombros do irmão mais velho. O garoto olhou para ela, fitando- a nos olhos, castanhos e brilhantes de lagrimas. Tão diferentes dos de Fred, opacos e sem vida. – Jorge. Não se esqueça de que ainda estamos todos aqui com você.

Mas, inevitavelmente, para Jorge todos eles pareciam tão distantes naquele momento, como se o jovem os visse da extremidade de um túnel muito, muito longe. Os sons pareciam distantes, até mesmo o som do próprio choro parecia distante, como se uma outra pessoa que estivesse ajoelhada à cabeça do irmão. Jorge observava tudo como que fora de si próprio.

Só conseguia pensar: “Como esperam que eu fique longe dele? Não posso! Simplesmente não posso! Prefiro ir junto. Não adianta ficar aqui sem o Fred! Não conseguiria fazer nada sem o meu irmão. Nem rir, nem fazer outros rirem, nem cuidar da loja, nem implicar com o Rony. É impossível. Nós fazemos tudo juntos! Ele não pode me deixar aqui! Se for para ele ir quero ir junto! Preciso ir junto! E pelo menos essa dor passaria.

Eu estaria com o Fred.”.


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