A Realeza - Casamento Real escrita por Mia Golden


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

A trilha desta história é dos Beckstreet Boys "Safest Place To Hide".
Ouçam e depois me digam o que acharam!
Eu acho linda!
E é a música que escolhi para Maxon e America para esta história que estou escrevendo :)

Observação: Procurem a música legendada para entenderem a letra.



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Capitulo 13

“Eu e Maxon estávamos sentados no jardim, em nosso banco. Estávamos abraçados. Ele acariciava minhas costas e beijava minha cabeça. Sentia-me bem. De repente Maxon me largou e escorou os braços nos joelhos e ficou olhando para o chão.

- O que foi meu amor? – perguntei a ele. Percebi que ele não me olhava só ficava olhando para baixo.

- Maxon? – o chamei outra vez. Quando ele me olhou, estava chorando. Senti meu coração se partir.

- Maxon! Por que está chorando? – disse acariciando suas costas.

Ele respirou fundo e disse olhando para baixo outra vez: - Sei que você me ama e faria tudo por mim – ele me olhou finalmente e continuou – mas quero lhe dizer uma coisa – ele pegou minha mão –, não tenha medo America. Só quero que siga seu coração.

- Do que está falando Maxon? – disse me engasgando com o choro.

- Você me ama? – perguntou ele.

- É claro que eu amo.

- Então isso já é o bastante – disse ele com um pequeno sorriso.”

Me acordei. Percebi que ainda estava na cama com Maxon. Ele dormia profundamente. Me virei para ver as horas, e vi que era três da manhã. Me levantei e pensei em voltar para o meu quarto. Não sei por que, mas, não podia ficar mais ali. Me inclinei e deu um beijo em seu rosto e fui para o meu quarto. Chegando lá, logo me joguei na minha cama por que ainda estava frio e me enrolei nas cobertas.

Minha cabeça logo vagou pelo sonho que tive há pouco. Mais um sonho esquisito? Pelo menos este não dava medo e não tinha o rei. Mas Maxon apareceu outra vez, e como sempre chorando. Tentei tirar aquilo da minha cabeça e voltar a dormir. Nunca mais me apegaria a sonho nenhum.

Pela manhã, minhas criadas entraram em meu quarto. Pela naturalidade das três, percebi que elas não vieram ao meu quarto na outra noite, assim, não precisava me preocupar com desconfianças.

- Como dormiu esta noite senhorita America? – perguntou Anne.

- Err... bem . – disse tentando disfarçar.

- Percebemos que o príncipe não desceu para jantar ontem à noite – disse Mary – então não subimos por que achávamos que estavam juntos.

- É verdade – disse – nós ficamos conversando ontem e jantamos juntos –continuei – nós nos desentendemos, e estávamos tentando fazer as pazes.

- Por isso que a senhorita chegou chorando aquele dia? – perguntou Lucy.

- Sim, foi isso.

- Que bom que se entenderam – disse Anne – por que não gostamos de ver a senhorita triste.

- Obrigado meninas – disse emocionada. Anne, Mary e Lucy sempre foram minhas melhores confidentes. E saber que elas sempre me apoiariam em tudo me deixava mais feliz.

- Então, não vai contar a novidade Lucy? – perguntou Mary dando um empurrãozinho em Lucy.

- Que novidade? – perguntei curiosa.

- Conte Lucy – insistiu Anne.

- Esta bem, eu vou contar. – disse Lucy se sentando.

- O que é para me contar Lucy? – disse insistindo.

- Bem... – ela começou – ontem quando a senhorita estava jantando com o príncipe Maxon, eu, Anne e Mary ficamos na sala de costura, então, sai para ir até a cozinha para pegar algo para nós três comermos quando me deparei com... – disse ela corando.

- Com quem Lucy? – perguntei me sentando também.

- Com o Cabo Leger, senhorita. – disse ela com brilho nos olhos.

- Lucy! Isso é uma ótima noticia, então, como ele está? – perguntei.

- Ele esta muito bem – disse ela se levantando e sentando ao meu lado – está mais bonito e mais forte.

- Viu só? E você preocupada se ele não viesse. – disse batendo com o ombro nela.

- Acredita senhorita America, que Lucy não trocou nenhuma palavra com ele? – disse Anne.

- Mas por que Lucy? Ele estava com pressa? – perguntei.

- Não, é que... – ela começou a esfregar as mãos – fiquei sem palavras, aquilo me pegou de surpresa. – disse ela tímida.

- E ele também não disse nada? – perguntei.

- Quando ele me viu, sorriu e me cumprimentou... – disse ela – mas eu fiquei feito uma estatua ali, parada sem me mexer. Que vergonha! – disse Lucy batendo a palma da mão na testa. Comecei a rir.

- Lucy? Não precisa se sentir assim, na próxima vez tenho certeza que falara com ele sem problemas.

- Será que ele vai falar comigo outra vez? – disse Lucy.

- Mas é claro. – disse.

- Se ela não paralisar outra vez! – disse Mary rindo. Logo Anne também começou a rir. Lucy corou.

- Meninas! – chamei a atenção de Anne e Mary – parem com isso.

- Desculpe senhorita. – disse Anne limpando as lágrimas.

- Devem pedir desculpas a Lucy e não a mim. – disse me levantando.

 Elas pediram desculpas a Lucy, e ela como sempre as perdoou. Lucy sempre foi um coração mole, é muito difícil vê-la de mal com alguém.

     ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Tomei café com Maxon e a rainha Amberly. O rei Clarkson pelo que soube, estava ocupado com outras coisas, provavelmente, resolvendo questões envolvendo os rebeldes. Até foi bom ele não estar ali, fiquei mais confortável.

- America querida. – disse a rainha. – sua família volta na semana que vem, não é?

- Sim alteza, eles voltam na segunda. – disse.

- Bem, já que eles voltam, você já pensou no seu vestido?  – perguntou ela.

- Ainda não – disse – mas não se preocupe alteza, quando minha irmã May chegar, ela vai me ajudar na escolha. Ela concordou.

- Posso ver também? – perguntou Maxon com um ar bricalhão.

- Não. – disse eu, e a rainha juntas. Começamos a rir.

- Meu filho, o noivo não pode ver o vestido da noiva antes do casamento. – disse ela adoçando seu café.

- Isso é uma besteira. – disse ele.

- Querido, você verá a America vestida de noiva, só no dia do casamento. – disse a rainha.

- Creio que ela será a noiva mais linda que as pessoas viram. – disse ele se virando para mim e beijando minha mão.

Depois que terminamos o café,Maxon foi se juntar com seu pai. Que novidade! A rainha foi conversar com Silvia sobre como estava o andamento dos preparativos para o casamento. Já estávamos a uma semana de Maxon e eu nos tornarmos marido e mulher. Amanhã teríamos o Jornal de Illéa, eu estava nervosa por que teria que aparecer outra vez para o pais inteiro. Teria que me acostumar a aparecer todas as sextas ou, quando, teria que falar alguma coisa ao vivo. Só de pensar sentia meu estomago embrulhar.

Não quis voltar para o meu quarto, então, decidi ir para o jardim. Me sentei e fiquei ali, aproveitando o sol agradável daquele dia. Cheguei a fechar os olhos de tanto prazer do sol na minha pele.

- America? – alguém chamou. Me virei para procurar o dono daquela voz, que na verdade era conhecida. Quando consegui achar a pessoa, vi Aspen vindo em minha direção. Me levantei.

- Aspen? – disse com um sorriso.

Aspen realmente estava diferente como Lucy disse. Ele estava mais forte, parecia mais maduro. Seu cabelo estava um pouco mais comprido, mas, estava impecável. Ainda tinha aqueles belos olhos verdes que me lembrava bem. Ele usava uma farda muito mais bonita, e também tinha algumas medalhas penduradas em seu casaco.

- Como vai senhorita? – disse ele se aproximando e sorrindo. Pegou minha mão e a beijou.

- Estou muito bem, e você? – perguntei.

- Estou bem melhor agora – ele disse – muita coisa mudou nestes meses que passei fora e, subi de nível.

- É! Eu percebi. Meus parabéns! Você merece. – disse.

- Muito obrigado Mer... err... quer dizer, senhorita America. – disse ele. Sorri.

- Não tem problema em me chamar de Mer, Aspen. – disse colocando a mão em seu ombro.

- Eu sei – disse ele – mas é que não posso ter mais este tipo de intimidade com a nossa futura princesa – Aspen falou aquilo com um ar brincalhão.

- Aspen! Não esqueça que mesmo eu me tornando uma princesa, você sempre será meu amigo. – disse a ele.

- Eu sei, me desculpe. Você também se tornou minha melhor amiga. – disse ele.

- Fico tão feliz por você, tenho certeza que agora vai dar uma vida melhor para sua mãe e seus irmãos. – disse com sinceridade.

- Com este meu novo cargo, agora ganho mais – disse ele – e posso comprar uma casa para minha família – ele continuou – e não me preocupar em passar fome.

Quando Aspen disse isso, me lembrei de tantas vezes que eu lhe dava comida em nossos encontros na casa da arvore. Só eu vi o quanto ele se sacrificou pela sua família para levar comida para casa.

- Agora não terá que se preocupar quando eu dava comida para você na casa da arvore – disse sorrindo

-Pois é, me encontrava com você morrendo de fome – ele disse –  e morrendo de saudade de ficar com você.

Fiquei vermelha com seu comentário. Aspen voltar a se lembrar dos momentos que namoramos era tão estranho agora. Me sentia desconfortável.

- Aspen, por favor! – disse envergonhada.

- Mesmo hoje nós sendo amigos, nunca vou me esquecer do que passamos juntos America. – disse ele.

- Eu sei. – disse.

- Você foi a primeira menina que eu amei – disse ele – tudo o que passamos juntos – ele continuou – nossos encontros na casa da arvore a meia noite, a comida que fazia para mim, nossa separação, a minha vinda para o palácio e revendo você e nossos encontros em seu quarto.

- ASPEN – falei mais alto – já chega! – disse. Ele começou a rir.

- Estou brincando com você. – disse ele rindo da minha cara de pânico. Já estava achando que ele ainda não tinha superado o fim de nosso relacionamento.

- Seu engraçadinho. – disse dando um tapa em seu ombro.

- E o Maxon, como esta? – perguntou ele.

- Esta bem! Ele esta com seu pai na reunião. Estão planejando uma maneira de dar um jeito nesses rebeldes – disse.

- Pois é, rebeldes. Achei que eles já estavam eliminados. – disse ele se sentando no banco. Me sentei ao seu lado.

- Não sei o que eles ainda querem. –disse.

- Provavelmente insistir com o fim das castas. – disse ele olhado para mim.

- Talves sim – disse

- Você e Maxon tem que pelo menos tentar fazerem isso quando se tornarem rei e rainha. – disse ele pegando minha mão.

- Temos tantas coisas para pensar ainda. – disse olhando para baixo.

- Você está bem? – perguntou ele.

- Mais ou menos, mas... não se preocupe, talvez seja ansiedade pré casamento – disse sorrindo.

- Se é o que você diz, tudo bem. –disse ele dando uma batidinha no meu joelho e se levantando.

- Ei! Espere! – disse também me levantando. Ele olhou para mim – e a Lucy? Já pensou sobre vocês dois?

- Sim. – ele disse.

- Então...

- Isso ainda é segredo – disse ele com uma cara de malandro.

- Isso não é justo! – disse cruzando os braços.

- Vai ter que ter paciência senhorita America – disse ele apertando meu nariz – já pensei em mim e Lucy mas, também, tenho que me preocupar com esta nova fase que acabei de começar.

- É claro! Você está certo – disse pegando suas mãos – só quero que você seja feliz Aspen.

- Também desejo o mesmo para você America – disse ele beijando minhas mãos. Ele continuou – Preciso ir, tenho muitas coisas para fazer.

- Esta bem. Bom trabalho Cabo Leger! – disse a ele.

- Obrigado alteza. – disse ele fazendo uma reverencia. Sorri.

Aspen desapareceu do outro lado do castelo. Fiquei feliz em revelo, e mais feliz ainda por nos tratarmos como amigos, com direito a brincadeiras e tudo. Aspen foi fiel com sua promessa de respeitar meus sentimentos por Maxon. E desejo tudo de bom para ele. Espero que ele fique com Lucy por que ela também é uma ótima pessoa.

Me sentei outra vez no banco. Esperava que Maxon aparecesse para me fazer companhia. Mas demorava. Percebi que fiquei no jardim por meia hora, até ouvir alguns passos atrás de mim. Será que era Maxon? Me levantei e me virei.

- Desculpe senhorita. – disse um soldado. Provavelmente um novato.

- Sim.

- Venho por ordens do rei Clarkson senhorita, ele deseja vê-la em seu gabinete. – disse o soldado.

- E por que ele quer me ver? Você sabe?

- Não senhorita, só recebi ordens para busca-la e leva-la até ele. – disse ele.

Não sei por que, mas, não gostei disso. Ficar sozinha com o rei? Fiquei um pouco zonza, tinha que ser forte. O que ele queria comigo? Será que era para me ofender outra vez? Tinha que estar preparada.

- Esta bem, eu vou – disse ao soldado. Ele me guiou para dentro do palácio.

Minhas pernas estavam um pouco fracas. Não sei o que queria comigo pessoalmente, mas, coisa boa, vindo dele, não era bom sinal. 


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