エレメント ガルス - Garotas Elementais escrita por ChrisAguiar


Capítulo 1
I.


Notas iniciais do capítulo

Como eu disse antes, é minha primeira fic sem ser exclusivamente do gênero romance! Ela vai ser a mais séria que eu tive até agora. Não que séria signifique alguma coisa para mim, mas okay XD
Also: os nomes das personagens serão exclusivamente em japonês, porque... Porque é mais legal huehuehuehue
Boa leitura!
PS: Esse capítulo é só introdutório, a ação de verdade começa no próximo (duh)



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O despertador tocou, indicando que eram 5:00. Mal movi um músculo. Estava muito cansada depois de passar a noite trabalhando naquela porcaria de loja de conveniência. Tenho que arrumar um emprego melhor... Mas quem empregaria uma garota de 16 anos sem experiência?

Ah, esqueci de me apresentar. Meu nome é Yuuki Aoi, e eu não sei o que significa ter dinheiro.

Eu mal consigo me alimentar com o que eu ganho, e ainda tenho que sustentar minha irmã maior, que não serve para absolutamente nada. Pelo menos ela ganha dinheiro extra com os namorados dela, mas ela não divide nada comigo. Eu que tenho que manter a nossa casa. Maldita!

Mas eu não posso evitar. Mamãe me deixou no comando antes de morrer, justamente porque não confiava em minha irmã. Ela me fez prometer a ela. E eu estou arrependida por ter feito isso, mas fazer o quê...

Suspirei. Tinha que ir àquela escola maldita, ou não iria adquirir qualificações o suficiente para trabalhar com algo que ganhe muito dinheiro. Mesmo que me tratem muito mal lá. Sim, eu sofro bullying, mas só porque eu me recuso a viver minha vida como aquelas patricinhas idiotas dali.

Só existe uma pessoa que eu realmente consigo conviver lá. Uma garota por quem eu estou coincidentemente apaixonada, mas isso não vem ao caso. O resto dos alunos me tratam como uma aberração, mas isso é problema deles.

Talvez a única outra pessoa que me trate diferente é a minha auto intitulada “rival”. Mas ela me odeia.

Pouco me lixando com isso, vesti meu uniforme escolar e logo saí do minúsculo cômodo que era meu quarto, para outro menor ainda. Nossa casa é composta de 4 cômodos: um quarto, uma sala, uma cozinha e um banheiro. Minha irmã dorme no quarto, e eu na sala. “Privilégio” de irmã mais velha, diz ela. Maldita.

Suspirei, nada disso importava agora, nem o fato de eu estar atrasada. Fui tranquilamente até a cozinha. Nenhum sinal da minha irmã, nem em seu quarto. Deve ter dormido na casa do namorado atual dela. Ela troca toda semana.

E eu aqui sem nem ter beijado.

Dei uma olhada em um espelho na cozinha. Meus longos cabelos castanhos estavam presos em uma trança, como de costume. E a única coisa bonita que eu acho em mim, meus olhos verdes, estavam escondidos com um óculos para míopes extremos. 6 graus de miopia não são poucos. Mas fora tudo isso, nada de errado comigo. Os outros que não sabem reconhecer minha beleza.

… Só que não.

De qualquer forma, tomei café da manhã calmamente e fui andando até o ponto do ônibus em passos curtos. Quanto mais tarde eu chegar lá, melhor. O porteiro já me conhece, e me deixa entrar sem problemas. A diretora me adora, pois sou a garota mais inteligente daquela escola.

Tenho certos privilégios por isso, mas acaba ali, pois quando dou o primeiro passo na sala, já sou atacada por uma bolinha de papel.

Permaneci calma, pois aquilo não me irritava. Afinal, já estava acostumada com aquilo e com as falas esnobes daquelas patricinhas irritantes. Me sentei na frente, como de costume. Ao meu lado esquerdo, uma das patricinhas me olhava extremamente irritada.

O motivo? Mesmo que eu sempre chegue atrasada, ainda sou melhor que ela em relação as notas.

Ela era diferente das demais. Mesmo se vestindo igual a elas, não era tão fútil quanto as outras, e suas notas eram realmente boas. Só não melhores que as minhas, e ela odiava isso. Ela odeia perder para quem quer que fosse, e especialmente, perder para mim, alguém que ela se autodeclara “rival”.

Seu nome? Touko Nagasawa.

Ela é a garota mais rica e invejada da escola, mas não a mais bonita. Este título vai para a minha melhor amiga, mas isso não vem ao caso agora. Touko me odeia mais do que todo mundo, e eu me pergunto qual o motivo de tanto ódio. Eu sei que não é só pelas notas, afinal, este é um motivo fútil.

Mas, pensando bem, até que pode ser...

A professora chamou nossa atenção e continuou a aula. Eu coloquei fones de ouvido e fiquei escutando música ali, na cara dela. Claro que isso aumentou o ódio de Touko, que passou um bilhetinho para mim. Que cafona.

“Pare de ser idiota e preste atenção à aula”, dizia o bilhete. Quem diria, a líder das patricinhas dizendo a garota mais nerd para prestar atenção à aula... Aquilo me fez dar um pequeno riso, e eu pude ouvir ela bufando de raiva do meu lado.

Quando a aula acabou, mal tive tempo de tirar meus fones, ela já veio batendo com sua mão em minha mesa.

— Dá pra parar de ser tão irritante? - ela disse com os dentes serrados. Parecia com muita, muita raiva. Mas porquê tanta raiva, Jesus?

Definitivamente, aquela raiva não combinava com seu rosto. Ela era loira pura, e seus olhos azuis eram realmente muito lindos. Ela parecia um anjo por fora, por mais cafona que isso fosse. Não é à toa que muitos são apaixonados por ela, garotos ou mesmo garotas.

Mas por incrível que pareça, ela não liga para nenhum deles... A única coisa que ela diz o tempo todo é...

— Aoi! Vê se presta atenção em mim! — ...é o meu nome.

Suspirei.

Vê se me deixa, Nagasawa. – me levantei da carteira e a ignorei, indo embora. Claro que isso a irritou ainda mais, tanto que ela começou a me seguir. Mas eu comecei a correr e me escondi no meu local favorito, onde nunca poderiam me encontrar.

Afinal, poucos sabem da passagem secreta que tem no corredor do bloco C.

Essa passagem leva à uma espécie de jardim, muito bem cuidado por sinal. Isso porque eu e a Keiko cuidamos muito bem dele. Ah, Keiko é a minha melhor amiga. Lembro quando nós duas encontramos esse jardim, estava extremamente mal cuidado. Então nós cuidamos dele e ele está lindo. Eu sorri. Aquele era o símbolo da nossa amizade.

“Amizade...”

Suspirei. Sim, era só amizade, para a minha infelicidade.

Se tem alguém que eu realmente gosto em minha vida, este alguém é a Keiko...

Seu nome completo é Keiko Fukuzawa. Ela é uma garota comum, nem pobre nem rica, mas extremamente linda. Muito, muito linda mesmo. Todos babam por ela, inclusive eu, confesso. Mas ela não deixa ninguém ultrapassar a barreira que ela criou contra pessoas. Ela as odeia mais do que eu. Acho que o único ser humano que ela não odeia sou eu.

E foi só eu pensar nela que ela apareceu.

Realmente, ela é muito linda... Seus cabelos negros eram longos e perfeitos, assim como seus olhos cor-de-mel. Ela parecia uma boneca, a mais perfeita que existisse. Toda vez que a vejo assim, de repente, abro a boca que nem uma idiota, babando por ela. E ela? Ela apenas ri.

— Você tem que parar de fazer isso, bobinha. — disse ela, me abraçando. Seus grandes seios vieram em cheio na minha cara, e isso me fez corar ainda mais.

Droga... Odeio não ter controle sobre mim mesma!

Ainda bem que ela quebrou o abraço, pois já não conseguia mais me controlar. Ela passou a observar o jardim, e aquilo a tornou ainda mais perfeita. Sacudi a cabeça. Não podia pensar em coisas assim, naquela hora. Tínhamos um assunto a tratar.

Ela que me chamou para conversar, afinal.

— Yuu... — era assim que ela me chamava, afinal, éramos muito íntimas. – Lembra daqueles pingentes estranhos que você encontrou nas coisas da minha avó?

Ela olhou direito em meus olhos e meu coração parou por alguns segundos. Ela estava muito séria. Não era por menos, afinal aqueles pingentes eram realmente suspeitos. Eles continham uma energia muito estranha, e eu sou boa em captar essas energias.

Minha vó costumava mexer com essas coisas de magia, mas minha mãe me proibia de tocar no assunto. Anos depois que as duas morreram, descobri três pingentes muito estranhos nas coisas da vó. Tinham cores diferentes; azul, amarelo e vermelho. Estranhamente, quando eu toquei no amarelo, senti que ele tinha ficado mais quente...

Keiko achou que aquilo merecia mais atenção, e como seus pais eram cientistas, ela possuía muitos equipamentos em sua casa, então ela os levou para examiná-los. Ela deve ficar tão sexy usando jaleco...

Argh. Foca na situação, Yuu!

Assenti com a cabeça. Ela parecia muito séria, então fiquei com um pouco de medo. Aquilo parecia um assunto muito importante.

— Yuu... — recomeçou ela. Eu adorava quando ela dizia meu nome com sua voz fina — Esses pingentes não são normais.

Bem, claro que não, afinal eles são muito feios. Mas evitei fazer esse comentário.

— O que tem eles? — queria que ela dissesse logo, ao invés de fazer aquele suspense todo. Ela está vendo muito seriado por sinal.

— Eles tem um poder misterioso. — disse ela muito séria.

Que poder? De te deixar muito cafona e feia? – eu não conseguir me conter, e comecei a rir. Ela ficou ainda mais séria. Eu realmente estou ficando muito perto daquelas patricinhas.

— Estou falando sério, Yuu. — ela pegou em minha mão, e eu fiquei mais vermelha que sangue – Eles são mágicos.

Eu poderia muito bem falar “que besteira”, mas aquela era a Keiko que estava falando. Ela não falaria isso a não ser que estivesse 100% certa. Deve ter sido horrível para ela admitir aquilo, pois ela foi sempre tão cética...

Abri a boca para falar alguma coisa, mas fui cortada por uma explosão bem na minha cara.

Voei alguns metros para trás, e a Keiko foi parar no outro lado do jardim. Meu deus, o jardim! Ele foi completamente danificado por aquela explosão... Negra...?

Pisquei. Aquilo não foi feito por uma arma.

— Ela está certa. — uma voz feminina grave preencheu todo aquele espaço — Esses artefatos realmente tem poderes. E eu os quero para mim.

Keiko permanecia desacordada, e eu estava ferida no ombro. Acho que mais alguns centímetros e eu podia muito bem ter morrido.

Tudo por causa daquela garota ali, em minha frente. Ela se vestia muito, muito estranha. Suas roupas eram todas pretas e de couro, mas o que mais me chamava a atenção eram aquelas orelhas de raposa e rabo também negros.

Repetindo: Orelhas de raposa e rabo.

Fiquei um pouco zonza com aquilo tudo, mas consegui me levantar para analisar a situação. A única coisa que eu realmente percebi era que aquela garota era tão linda quanto Keiko. Seus olhos vermelhos (o que era no mínimo estranho) me olhavam com desprezo total, e seus cabelos negros pareciam ter saído de um comercial de shampoo. Só que aquelas orelhas e rabos a tornavam tão...

— Ridícula. — foi só o que eu consegui ouvir Keiko dizer, antes que aquela cosplayer nos atacasse novamente. Tive que rolar para o lado para não ser atingida. Keiko pareceu que não se machucou também.

Mas que coisa que ela fez, hein?! Ela não tem conhecimento daquela situação, não?!

A garota de rabo parecia mais irritada ainda. Droga, iríamos morrer com aquilo. Eu tinha que fazer alguma coisa! Mas o quê...?

De repente, tive uma ideia.

— Você! — gritei, apontando para ela. — Você quer isso né?

Mostrei os três pingentes na minha mão. Com sorte, eu os tinha pego de Keiko antes que ela nos atacasse. Eles eram perfeitos para meu plano!

A garota estranha só levantou as sobrancelhas.

— Pensei ter dito isso pela primeira vez. — suspirou. Parecia um tanto apressada.

Enquanto ela falava, eu tentava fazer contato visual com a Keiko.

— Então... Por que você quer eles mesmo? — sentei no chão e cruzei os braços, pronta para uma conversa. Ela pareceu mais surpresa ainda.

— Isso não importa. Me dê eles, antes que alguém aqui se machuque. — ela desceu do muro onde estava (sim, ela estava em um muro) e veio caminhando até mim.

— Alto lá! — gritei, fazendo-a parar, surpresa — Você nos machucou, então não preciso te entregar nada!

Ela devia estar me achando uma idiota, porque ela fez um facepalm digno de foto de facebook.

Naquele momento consegui fazer contato visual com a Keiko. Fiz um sinal antigo, de emergência, que só nós duas conseguiríamos entender. Ela entrou em pânico. Obviamente, não queria correr o risco.

Na verdade, que eu não corresse o risco.

— Então, o que isso faz? — recomecei o falatório, me levantando. Eu tinha que ganhar tempo. Keiko demoraria a fazer aquilo, mas eu sabia que iria fazer muito bem. Eu só tinha que ganhar tempo.

Mas a garota estava muito irritada, e já vinha dando passos em minha direção. Droga!

— Ei, pelo menos me responda... — antes que eu terminasse, ela se moveu tão rápido que já estava na minha frente. Ela era bem mais alta que eu, então tive que levantar a cabeça para olhar seus lindos olhos. Pareciam carregar uma espécie de sofrimento...

Parece que aquela garota não tinha vindo atrás daqueles pingentes por nada.

Sua boca estava a centímetros da minha. Eu pude sentir sua respiração quando ela falou:

— Me dê os pingentes. 

Eu sabia que se não fizesse o que ela tinha me ordenado, morreria aqui e agora. Engoli em seco. Keiko com certeza não teve tempo de terminar nosso plano ainda. E eu estava impotente naquele momento. E eu só podia fazer uma coisa naquela distância.

Sem pensar mais um minuto, peguei seu rosto com as mãos e a beijei, a pegando extremamente de surpresa.

Foi o tempo que Keiko precisou para terminar o nosso plano.


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Notas finais do capítulo

Yaaaay, terminou o capítulo! O que será tal plano? E como a cosplayer irá reagir ao súbito beijo da Yuu? Por que estou usando palavras complicadas? Quando irei terminar minhas fics? Tudo isso será explicado no próximo capítulo, neste mesmo horário, neste mesmo site!
Até a próxima!
PS: Pessoal das minhas outras fics, atualizo nessa semana mesmo! XD