Batalha Da Lua escrita por Mika, Yui


Capítulo 15
Longe do conforto... Novamente.


Notas iniciais do capítulo

Bom, antes de tudo nós dedicamos este capítulo ao Jimmy Lawnder, que recomendou nossa fic e comentou em todos os capítulos *0* sem palavras, sério. E nós também dedicamos a você, caro leitor fantasma que nem deixa um review sequer ç.ç mas tudo bem. Sem mais nem menos, vamos lá!

Abraços, Mikachan e Yui



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Ponto de Vista - Katsuo

Eu acordei com um barulho ensurdecedor, pensei que devia ser algo que nos ameaçasse, por isso eu sacudi Chiharu, era impressionante como ela conseguia dormir tão tranquilamente com um barulho desses.

-Chiharu, acorda. - eu sussurrei.

Ela se virou para mim e sussurrou tão baixinho que eu quase não ouvi "o que é este barulho".

-Eu não sei, venha comigo. - eu a chamei e a puxei pelo braço para fora da cabana, eu estava com a espada em mãos e ela também, para minha surpresa não havia ninguém, mas havia um enorme recado para nós escrito com alguma coisa indistinguível, estava escrito "abram o pingente da pulseira". Como eu sabia que quem fez isso era quem criou essa competição infeliz, eu abri sem exitar, e Chiharu fez o mesmo. Eu fui imediatamente transportado à mesma caverna do início, e a mesma luz forte e a mesma voz tranquila e meiga começou a falar:

-Seu tempo nesta floresta acabou, agora é hora de tentarem sobreviver a um clima mais extremo, vocês irão para uma floresta com temperatura abaixo de 0. Acho melhor vocês se esquentarem.

Então cada um de nós recebeu uma bolsa com nossos nomes e devia haver, dentro dela, algum item para nos ajudar a sobreviver. Eu fiquei pensando e tentei imaginar como sobreviver numa floresta com temperatura abaixo de 0. Antes que eu pudesse raciocinar, fui novamente transportado a um local totalmente estranho, uma floresta cheia de neve e com uma temperatura realmente muito fria, parecia que alguém estava lhe dando alfinetadas na pele, pois o frio era até mesmo cruel. Eu abri a bolsa no desespero e encontrei roupas mais quentes, fui até um lugar mais fechado e troquei as antigas por essas, e guardei as que eu usei outrora na mochila. Não havia ninguém por perto e eu decidi que seria melhor procurar um lugar para acampar, e fazer fogo também.

Ponto de Vista - Mamoru

Na primeira arena (acho que posso chamar assim) eu não encontrei ninguém e espero que aqui seja diferente, parece um pouco assustador, mas eu realmente estou ansioso para ver minha arma suja com o sangue daqueles idiotas. Fui redirecionado a um lugar qualquer da floresta e fui o mais rápido possível para trás de uma árvore trocar de roupa, quando eu já estava aquecido e estava indo procurar abrigo, uma garota apareceu.

Ponto de Vista - Kaye

A minha roupa ainda estava um pouco molhada e ficar resfriada neste lugar tão frio não é nada favorável, eu posso pegar uma pneumonia a qualquer momento e como eu não tenho como tratar, posso morrer, eu não quero ter uma morte tão... Insignificante. Fui transportada a um local da floresta que não tinha tantas árvores, pude ver um local com diversos galhos, fiquei o mais escondida possível e abri a mochila, havia um vestido curto como o meu anterior, mas com uma textura que parecia ser boa para o clima que eu vou ter que enfrentar, tinha a gola alta e as mangas compridas, uma meia calça grossa e uma calça, além de botas de combate com uma espécie de pele para esquentar mais. Desesperada para tirar aquele vestido encharcado, eu me troquei bem rápido e fui caminhando, e então cruzei com um rapaz usando uma lança torta. Peguei a minha arma e apontei para ele, o mesmo tentou me acertar e acabou cortando meu rosto, eu consegui fazer com que ele ficasse inconsciente, e corri o mais rápido possível para longe, esperando que ele não me encontrasse. O sangue que caía do meu rosto foi manchando a neve, e eu tentei cobrir o máximo possível, espero estar segura, e achar abrigo.

Ponto de Vista - Riki

Fui redirecionado a um local da floresta, este lugar é escuro, extremamente frio, e assustador, sobreviver aqui parece ser um grande desafio. Troquei de roupa e continuei caminhando, quando encontrei uma pessoa: minha irmã Chiharu.

Ponto de Vista - Chiharu

Fui redirecionada a um local escuro e quase um labirinto de árvores, Katsuo estava comigo ainda esta manhã e agora eu estou sozinha, de novo. É impressionante como a certeza nesta coisa parece uma palavra proibida, e por mais que eu queira sobreviver, ver que vinte jovens (agora são menos, obviamente) aceitaram sem exitar isto, sem nem ao menos organizar uma rebelião ou uma mísera tentativa de fuga. Abri a mochila e vi uma roupa, um body de couro e uma meia grossa o suficiente para esquentar as pernas, um casaco de lã igualmente grosso e uma bota que ia até os joelhos, eu me troquei e fui caminhar, até que encontrei meu irmão gêmeo, Riki,

-Chiharu. - ele falou e me abraçou.

-É bom te ver. - eu respondi, ele falou o mesmo.

Nós fomos então procurar comida e por sorte eu consegui uma caça pequena, bem pequena, ele fez uma fogueira depois de algumas tentativas e nós tentamos dividir a comida da melhor forma possível, espero que Reiko e Katsuo estejam bem.

Ponto de Vista - Sachiko

Estou no meio de muitas árvores altas e sentindo um frio agoniante, tenho medo do frio, já senti muito frio na minha vida e até morri por sua fúria implacável.

Olhei ao redor e não havia ninguém por perto, estava sozinha novamente, como sempre fui. Senti meu coração apertar e acabei sussurrando:

-Hiro

De repente percebi, não estava mais sob seus cuidados, ele não estava ali. Me senti estranha, a realidade daquele momento caiu sobre mim como uma onda, me afogando em solidão e agonia. Não podia ficar ali assim, o frio estava congelando meus pés.

Corri sem rumo e parei diante de umas rochas, abri minha mochila e encontrei minhas novas vestes, um casaco verde de lã grossa, calças de alpinistas e botas marrons próprias para neve, além de luvas de lã verdes. Me vesti e me senti um pouco melhor, fiz um inventário de tudo que tinha, mas não havia muito. 

Ainda sem saber o que fazer me encolhi entre umas árvores e chorei, não entendia porque me sentia tão desamparada, sempre estive sozinha já devia estar acostumada com essa sensação, mas meus pensamentos estavam longe. era ele que não saia de minha mente, comecei a pensar em como ele devia estar, a única pessoa que já cuidou de mim não está mais aqui, por que? É mais fácil acreditar que ele é produto da minha mente do que aceitar que eu não tenho comigo a única pessoa que já me protegeu.

Ponto de vista - Hiro

Quando dei por mim e essa nova realidade, logo notei que tudo havia mudado, Sachiko e nós não estávamos mais juntos. Peguei minhas novas roupas e vesti rapidamente, preparei minha espada e tentei subir numa daquelas árvores, mas foi inútil, a neve e a umidade me fizeram escorregar, tinha de traçar uma nova estratégia. Decidi que não importava o quanto demorasse, eu iria encontrar Sachiko, não iria abandoná-la jamais. Espero que ela esteja bem e que ninguém coloque as mãos nela.

Continuei caminhando, embora a neve estivesse me castigando, não podia parar, encontrei pegadas e segui os rastros, mas não era ela. Não podia perder tempo, continuei andando até não aguentar mais, o cansaço e o frio me venceram depois de horas e acabei desmaiando de exaustão.


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