Além De "irmãos" escrita por Quézia Martins


Capítulo 20
Uma Ideia Nociva


Notas iniciais do capítulo

Oie gente!!! Dia de postar hoje õ/ ~pequenas vibrações rs'... Bem, queria pedir uma coisa a vocês -meus caros leitores- comentem "perfavore?" ... Não para me dar crédito, é que da última vez eu tinha 45 leitores e eu gostaria de saber quem são vcs... Desde já, bem vindos *_*

And... Agradeço DudaMendes 119 pela favoritação.

Vamos ao cap? Boa leitura amorecos :p



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POV Samanta

Eu olhei para ele. Minha visão estava embaçada mas vi meu pai o socar. Tentei gritar com minhas forças restantes, eu sabia ter gritado, mas não conseguia ouvir minha voz. Isso era sufocante. Ouvi gritos. Meu pai gritava algo que eu não conseguia entender ou ordenar. E depois ele saiu. Vi quando Luan passou a mão na boca e limpou o filete de sangue que saía devido ao golpe de meu pai. E essa foi minha última visão antes dos meus olhos se fecharem completamente...

POV Carlos

Cheguei em casa exasperado. Onde já se viu? Dois irmãos? Bati a porta com força e gritei por Carmem, minha mulher.

-Oxe homem... _Ela disse assim que me viu _Você não ia dormir na casa de nossos filhos?

-Eu ia _Disse enquanto esticava os braços pra trás para que ela tirasse meu pesado casaco.

-E no que aconteceu que fez-lo mudar de ideia? _Eu revirei os olhos como um perfeito adolescente. Da onde ela arranjava aqueles termos? Fez-lo? Meu Deus!

-Se eu contar você não vai acreditar! _Eu vi ela me olhar curiosa.

-Pois tente. _Ela deu um meio sorriso e sentou na poltrona de visitas.

-Pelo menos você já está sentada. Eu mando Luan pra morar com Samanta na esperança de que eles se entendessem e quando cheguei lá eles estavam aos beijos! Aos beijos! _Eu ressaltei. Estava inconformado com aquilo.

-E isso é ruim? _Ela me perguntou. Como se beijar um irmão fosse a coisa mais comum do mundo.

-Mais é óbvio que isso é ruim, Carmem! Eles são irmãos!

-Para que tanto foco nisso? Eita, foi apenas um beijo.

-Um beijo?_eu a interrompi. A posição que eles estavam, eu e você nunca fizemos nesses dezessete anos de casados!

-As coisas mudaram muito. E eles nem são irmão de sangue... _Ela não dava nenhuma importância para que ocorrera.

-Como você pode não ligar pra isso? Para o que aconteceu? Eu senti vontade de espancar os dois!

-Mais não fez né? _Ela perguntou levantando e passando a mão no vestido justo.

-Bom, talvez eu tenha batido um pouco...

-No Luan né? _Ela perguntou insistente. Samanta sempre fora a "protegida" dela. Apenas neguei com a cabeça _Como assim você encostou na Samanta? Neles, aliás? Nós não batemos em nossos filhos, Carlos! Não é essa educação que combinamos passar para eles.

-Isso não vai mais se repetir garanto. _Eu disse cortando ela.

-Isso o quê? Eles se beijarem ou você tocar neles? _Ela cruzou os braços abaixo dos seios e contraiu o maxilar.

-Nenhum dos dois.

-E como você vai evitar que eles se beijem? Não dá pra tirar uma atração assim... _Pronto. Agora eu surtei. Atração? Aquilo era o cúmulo!

-Que atração porra nenhuma! Aquilo é fogo no rabo. Sua filha é uma vadia. Mas, ela vai aprender a se comportar como gente! _Eu disse

-E como você pretende fazer isso? _Me preparei para a reação dela assim que eu contasse minha ideia.

-Samanta vai para um internato.

-Mais nem sobre meu cadáver! _Ela disse silabicamente. _Eu acho que nem existe internato aqui no Brasil.

-Mesmo que houvesse... Eu não pretendo deixa-la aqui no Brasil. _Eu disse devagar e ela me olhou de boca aberta.

-Se eu disser mais alguma coisa você vai mudar de opinião?

-Não. Já tomei minha decisão. _Ela me lançou um olhar e saiu da sala em passos rápidos.

POV Luan

-Foi por pouco. Muito pouco. Garota de sorte! _O médico disse olhando sobre um óculos na ponta do nariz. Ele era baixo, rechonchudo e de pernas pequenas. Quase um anão. Mas, pelo brilho nos olhos, se dedicava ao trabalho com amor e compaixão.

-Mais ela vai ficar bem? _Insisti mais uma vez.

-Sim. Pelo tanto de sangue que perdeu, ela está bem. As coisas poderiam ter sido piores. Como aconteceu mesmo? _Ele perguntou me olhando.

-Ela colocou muita força na mesa de jantar e a mesa não aguentou e se partiu, levando Samanta junto que usava a mesa como apoio. _Eu menti tentando ser convincente.

-E você é o que dela? _Ele perguntou.

-Irmão.

-E os pais? _Aquilo parecia um interrogatório.

-Eles viajam muito.

-Algum responsável? _Num tô dizendo?

-Eu sou o responsável. _Disse com firmeza.

-Hum _Ele murmurou escrevendo em um papel. _Amanhã mesmo Samanta recebe alta, ela só precisa ficar em observação essa noite. E, ela vai se recuperar facinho pelo que estou vendo. _Eu sorri.

-Posso vê-la? _Ele me lançou um olhar que não me dizia nada.

-Não. Só amanhã. Eu te aconselho ir pra casa e descansar um pouco, dormir pra ver se cura essa sua cara inchada. Parece que a mesa caiu na sua cara. _Ele disse brincando. Eu não achei graça, mas ri com ele.

-Então eu vou pra casa. Estarei aqui pela manhã.

-Ok. Até logo. _Ele me estendeu a mão e eu saí depois de dar a mão.

***

Cheguei em casa e olhei toda aquela bagunça. Havia sangue no tapete e milhares de cacos de vidro. Aquilo daria um trabalhão. Eu estava tão cansado. Mas, depois de pensar em Samy e que ela estaria ali no dia seguinte. Baixou uma faxineira em mim e eu comecei a limpar tudo. Me preocupando em não deixar nenhum vestígio do que tinha acontecido ali.

Quando terminei tirei a camisa e limpei o suor da testa. Pensei em Samy e uma sensação de remorso tomou conta de mim. Eu queria ter feito algo. Não ter sido tão covarde! Ter enfrentado meu pai. Que ódio! Que fúria me subia. E como se não bastasse, apanhei na frente de Samanta. Pura humilhação!

Pensando nisso me dirigi ao meu quarto e procurei uma roupa para depois, seguir para o banho.

POV Renan

Eram mais de duas horas da matina. E eu ainda estava acordado imaginando coisas que -na maior parte das vezes- nunca aconteceriam. E em todos esses devaneios tinha Samanta. Eu sempre arranjava um modo de encaixá-la. Resolvi mudar meu método. Cansei de ficção. Agora eu aperfeiçoaria meus momentos já vividos ao lado dela. No dia que a achei no corredor desmaiada. Que conspiração do universo! Era um aviso divino avisando que ela estava destinada a ser minha desde de sempre. Ok. Não quero aperfeiçoar nada. Quero apenas reviver a emoção de tê-la tão próxima de mim. Piscando aqueles olhos redondos... ~Suspiro apaixonado~ ...

De repente eu ri. Céus! Eu não podia ser tão burro! Me lembrei de ficar desesperado em ver minha musa ali caída no chão e não leva-la ao apartamento dela -naquele mesmo andar-.  Como fui idiota! Ainda bem (Risos) ! Se eu tivesse simplesmente a levado no apartamento dela, não teríamos conversado, ela não teria me fitado tão claramente ou me observado por inteiro. Ainda bem, Senhor! Obrigado por me fazer desse jeito burro.

Era esse meu jeito "meigo" que iria conquistar ela. Eu já estava vendo. Samanta e Renan... Nossos nomes não combinam? Está escrito nas estrelas esse nosso romance... Se for pra ser será e se não for... Será do mesmo jeito.

[...]


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Notas finais do capítulo

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