Imprevistos E Surpresas Da Vida escrita por Liz


Capítulo 46
Integrando-se à família


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Paulina e Carlos Daniel rapidamente se olharam alarmados com a pergunta de Carlinhos. Entre a viagem e a reconciliação, haviam esquecido completamente o fato da semelhança entre Paulina e Paola.

– Não filho, ela não é a Paola. - explicou

– Muito prazer, me chamo Paulina. Você deve ser o Carlinhos, acertei? - apresentou-se ela, sorrindo

– Sim, mas como sabe meu nome? - perguntou o menino, sério

– Seu pai me falou muito sobre você! - exclamou

– E de mim ele não falou nada? - perguntou Lizete, tristonha

– Claro que sim Lizete! - disse Paulina

– Viu só, ela também sabe meu nome! - Lizete provocou o irmão, o que causou riso em Paulina e Carlos Daniel

– Não me importa! - afirmou Carlinhos

– Crianças, não briguem! - pediu Carlos Daniel

– Desculpa, papai. - falaram os irmãos juntos

– Preciso contar algo para vocês dois. - disse Carlos Daniel enquanto se abaixava, ficando assim na altura dos filhos

Paulina não sabia se esse era o momento adequado para essa conversa, no entanto não questionou o amado e ficou silêncio, pois preferiu não interferir no diálogo dele com as crianças.

Vovó Piedade e Estephanie também observavam tudo, um pouco confusas.

– O que é, paizinho? - perguntou Lizete, com curiosidade

– A partir de hoje a Paulina vai morar aqui, e em breve vamos nos casar! – relatou Carlos Daniel

Ao ouvir a afirmação do pai, Carlinhos saiu correndo para dentro de casa.

– Acho melhor eu morar em outro lugar, pelo menos por enquanto. Depois ajeitaremos as coisas. - disse Paulina ao perceber a atitude do menino

– Não é necessário Paulina, logo isso passa. - disse Carlos Daniel, ficando em pé

– Tem certeza? Não quero ser estorvo para ninguém. - argumentou preocupada

– Não diga isso! É coisa de criança, depois ele vai entender.– afirmou Carlos Daniel

– Paulina? - chamou Lizete, interrompendo o diálogo deles

– Sim querida, pode falar. - respondeu sorrindo

– Se você vai casar com o papai, posso te chamar de mamãe? A Paola nunca deixou. - disse Lizete

Paulina percebeu o olhar triste da menina e só então se deu conta do quanto Lizete e Carlinhos precisavam de um carinho de mãe, e lhe cortou o coração saber que as crianças também tinham sido vítimas do egoísmo e das maldades de Paola.

– Claro que pode! - respondeu Paulina com os olhos marejados, pegando Lizete no colo em seguida

– Promete que vai ser minha mãezinha? - perguntou a menina

– Prometo! - confirmou Paulina

– Que bom!–Lizete deu um lindo sorriso- Mãezinha, posso brincar com a Carolina? - pediu

– Pode meu amor! - afirmou Paulina enquanto largava Lizete no chão, que logo saiu correndo contente até a irmã

– Te disse que iria se sair bem! - disse Carlos Daniel, feliz

– Carlos Daniel, explique toda a história para Vovó Piedade e Estephanie, que não devem estar entendendo nada. Enquanto isso, vou lá dentro conversar com o Carlinhos, tudo bem? - falou Paulina

– Como quiser, amor meu. - disse e lhe deu um selinho

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Assim que Paulina entrou na casa, avistou Carlinhos sentado no canto de um dos sofás da sala, em silêncio.

– Carlinhos? - chamou ela, sentando-se ao seu lado

– Me deixa sozinho!

– Só quero conversar com você, confia em mim! - insistiu

– Se você tem o rosto igualzinho ao dela, também deve ter a mesma maneira de ser. - disse, referindo-se a Paola - Não adianta ser boazinha só na frente do meu pai como ela fazia. Ele vai ficar sabendo mesmo assim, pois não tenho medo de contar.

Paulina sentiu um nó se formar em sua garganta ao ver a angústia de Carlinhos e imaginar o que devia ter sofrido tendo Paola como madrasta.

– Só somos iguais na aparência, te garanto que em todo o resto somos muito diferentes. Olha pra mim, Carlinhos. – ela virou o queixo do menino vagarosamente para que ele a olhasse nos olhos - Me dá uma chance? - pediu

Mesmo um pouco receoso, Carlinhos percebeu a sinceridade no olhar de Paulina.

– Tá bom, mas só se garantir que vai ser legal comigo. - pela primeira vez desde que a havia visto, Carlinhos esboçou um sorriso

– Trato feito! - respondeu Paulina, abraçando-o em seguida

– Por que não brinca com suas irmãs? Elas estão lá no jardim! - disse Paulina ao cessarem o abraço, e logo ele a obedeceu

O resto do dia foi tranquilo. Paulina telefonou para Célia e contou as novidades, o que deixou a amiga muito feliz. Mais tarde, Carlos Daniel reuniu a família toda em um jantar e todos celebraram contentes a volta de Paulina. Vovó Piedade era só sorrisos, e tudo estava na mais perfeita harmonia.

– Sabe de uma coisa? - disse Carlos Daniel enquanto abraçava Paulina por trás.

Já era tarde de noite, Rodrigo e Patrícia haviam ido para casa após o jantar e os outros Brachos estavam dormindo. Paulina e Carlos Daniel admiravam as estrelas, na sacada do quarto dele.

– O que? - perguntou Paulina, intrigada

– Juntamente com meus filhos, você foi o melhor presente que recebi da vida. Nem acredito que está me dando essa segunda chance! - disse próximo ao seu ouvido, fazendo com que Paulina se arrepiasse

– Te amo! E espero não me arrepender de ter tomado essa decisão. - disse sincera

– Não se arrependerá, eu juro meu amor! -falou depositando leves beijos em sua nuca– Saiba que nunca mais vou te deixar ir para longe dos meus braços. - afirmou

– E quem disse que eu quero sair daqui? - Paulina virou-se de frente para Carlos Daniel– Você é meu porto seguro, não sei como pude suportar tanto tempo longe de ti.

Carlos Daniel colocou suas mãos na cintura de Paulina e uniu seus lábios aos dela, em um beijo intenso e desejoso.

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Uma semana depois:

A casa Bracho nem de longe parecia-se com aquela que havia sido nos últimos tempos. Agora tudo era mais alegre, Paulina definitivamente iluminava dia após dia a vida de todos naquela mansão. Tudo parecia finalmente estar dando certo.

– Senhorita Paulina! - chamou Lalinha agitada, enquanto batia na porta do quarto da mesma

– Entra, Lalinha!

– Tem uma mulher lá no portão que está a sua procura. Achei melhor deixá-la esperando por lá, caso não a recebesse. - disse a empregada

– Está bem, já vou descer. - respondeu Paulina, sem imaginar de quem se tratava

Paulina assim o fez. E quando chegou ao portão...

– Boa tarde! - disse a mulher, observando Paulina dos pés a cabeça


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Notas finais do capítulo

Comentem!!