Imprevistos E Surpresas Da Vida escrita por Liz


Capítulo 45
A sombra do inimigo


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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– Aconteceu alguma coisa meu amor? - perguntou Paulina ao perceber a expressão facial do amado

Carlos Daniel, sem dizer uma só palavra, mostrou-lhe a tela do telefone. Paulina rapidamente leu a pequena frase escrita ali.

"O inimigo pode estar mais próximo do que imagina."

– Quem enviou isso? - questionou Paulina, preocupada

– Número desconhecido, mas já tenho minhas suspeitas. - respondeu sério

– Paola?

– Exatamente.

– Aquela maldita! - esbravejou Paulina, deixando Carlos Daniel visivelmente surpreso

– A odeia? - perguntou. Carlos Daniel nunca havia escutado a amada dizer algo assim sobre quem quer que fosse

– Meu Deus! Será que ela não vai nos deixar em paz? Por sua causa vivi os piores dias da minha vida. E por ironia do destino, é minha irmã. –respirou fundo- Nunca pensei que chegaria a odiar meu sangue. Mas ela é a principal culpada por minhas desgraças, então não consigo sentir outra coisa a não ser ódio. - argumentou

– Sei que meu sofrimento não pode ser comparado ao seu, mas também odeio a Paola. Ela conseguiu me envenenar contra você, armando aquele crime sujo. E isso eu nunca vou perdoar. - afirmou Carlos Daniel

A conversa do casal foi interrompida pela chamada do vôo. Depois disso, nenhum dos dois voltou a tocar no assunto, mas ambos ficaram com uma certa inquietude ao imaginar a possibilidade de ter a presença de Paola novamente em suas vidas.

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No avião:

– Assim que chegarmos na capital, preciso falar com a Célia para perguntar se posso ficar mais um tempo na casa dela, até eu me estabilizar. - disse Paulina, com a cabeça recostada no ombro de Carlos Daniel

– Nada disso. - ele, que estava olhando para frente, virou-se para a amada e a olhou nos olhos

– Como assim? - Paulina levantou sua cabeça e sentou-se corretamente na poltrona, franzindo a testa em sinal de dúvida

– A partir de hoje você vai morar lá em casa. Acha mesmo que eu ia te deixar escapar de mim mais uma vez? - disse sorridente

– Carlos Daniel, não sei se isso é o mais adequado agora. - argumentou incerta

– Por que não? Não há nada mais que possa nos impedir de ser uma família.– Carlos Daniel colocou uma pequena mecha de cabelo da amada atrás da orelha e beijou-lhe a bochecha - Temos um tesouro para cuidar, nossa filha. Além disso, sei que serás uma ótima mãe para os meus outros dois tesouros. - completou

– Será uma honra poder cuidar de todos. Posso estar me precipitando, mas já sinto Carlinhos e Lizete como meus filhos, mesmo que ainda não os conheça. –sorriu– Bem, Lizete eu já conheço, mas quero ter a oportunidade de me aproximar.

– E terá, meu amor. Só precisa me dizer que sim. Aceita morar lá em casa? - perguntou esperançoso

– Aceito! - respondeu Paulina, dando um curto beijo nos lábios do amado - Mas acha que me aceitarão?

– Tenho certeza que sim, eles sentem muita falta de uma presença materna. E você sendo tão doce, os conquistará muito rápido.

– Obrigada pelo elogio! - disse Paulina com um sorriso tímido

– Doce, linda, meiga, carinhosa... quer que eu continue? - disse sorrindo ao ver a face ruborizada da amada

– Não é para tanto Carlos Daniel, eu... - ele a interrompeu

– Você é isso e muito mais. Sabia que fica mais linda ainda assim, envergonhada? - disse, e em seguida deu vários beijinhos seguidos em suas bochechas

– Seu bobo! - protestou, brincalhona

– Está bem, se prefere assim... admito! Você me faz ficar assim, eu te amo! - exclamou ele

Carlos Daniel capturou os lábios da amada e assim iniciaram mais um beijo, dessa vez mais longo.

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Algum tempo depois, o avião aterrizou. Paulina e Carlos Daniel desceram de mãos dadas e foram em busca do motorista da casa Bracho que estava a sua espera, pois Carlos Daniel já havia avisado com antecedência o horário em que estariam na capital.

Entraram no carro e foram em silêncio durante todo o caminho. Paulina estava ao mesmo tempo pensativa e ansiosa, com muitas saudades de Vovó Piedade e claro, de Carolina. Pensava em como seria seu futuro dali pra frente, já que agora sentia que o amor dela e Carlos Daniel havia superado todos os obstáculos. Ele, por sua vez, não cansava de admirar a beleza da amada, e vez que outra acariciava o rosto dela.

Depois de alguns minutos, Paulina foi tirada de seus devaneios pela voz de Carlos Daniel, a avisando que tinham chegado.

Assim que o carro adentrou o enorme pátio casa, Carlos Daniel desceu e abriu a porta para que a amada fizesse o mesmo.

– Antes de entrarmos, podemos caminhar um pouco pelo jardim? - pediu Paulina

– Claro meu amor! - Carlos Daniel pegou na mão de Paulina e entrelaçou os dedos de ambos.– Pedro, por favor leve as malas de Paulina para o quarto de hóspedes, e as minhas para o meu quarto.

– Sim, senhor. - respondeu o motorista

– Agora sim, vamos! - disse Carlos Daniel

Não foi preciso andarem muito, e logo Paulina avistou Vovó Piedade e Estephanie sentadas em uma sombra. Baixando um pouco o olhar, percebeu que Carolina estava sentada na grama, em cima de um cobertor, brincando com alguns ursos.

Sem pensar duas vezes, soltou sua mão da do amado e correu até a filha. Ajoelhou-se em frente a ela e abraçou-a com emoção.

Carlos Daniel, encantado com a cena, logo aproximou-se e percebeu que sua avó e irmã olhavam surpresas, mas não importou-se e simplesmente juntou-se a Paulina e Carolina.

Os três ficaram abraçados um certo tempo, até que vozes fizeram com que o casal se levantasse.

– Paizinho, você voltou! - gritaram Carlinhos e Lizete ao mesmo tempo, correndo para abraçarem Carlos Daniel

Assim que cessaram o abraço, Carlinhos percebeu que uma mulher acompanhava o pai.

– Paola? - perguntou o menino, olhando fixamente para Paulina

Não muito longe dali, uma pessoa observava a cena sem ser notada.


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Notas finais do capítulo

Quem será essa pessoa?

Comentem!!