Imprevistos E Surpresas Da Vida escrita por Liz


Capítulo 33
Sonho ou pesadelo?


Notas iniciais do capítulo

Passamos dos 200 comentários! Obrigada meninas :)

Vou viajar nesse fim de semana, acho que só terá capítulo novo dentro de uns 10 dias :( mas farei o possível pra postar antes.

Boa leitura!!



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Carlos Daniel acordou em pulo, totalmente desorientado, perguntando-se o que aquele sonho queria dizer.

– Foi só um sonho, nada mais! - tentava se convencer, mas no fundo sabia que não era verdade

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Passaram-se 48 horas. Paulina recebeu alta, assim como Carolina, e assim foram embora do hospital.

* Preferia passar treze anos aqui, pelo menos sei que minha filha estaria bem melhor cuidada, mas infelizmente não me resta outro remédio...* pensava Paulina, entristecida

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Carlos Daniel não havia comentado com ninguém sobre o sonho. No entanto, o mesmo não saía de sua mente. Em meio a devaneios incertos, lhe passou algo pela cabeça.

*Será que a Paulina estava grávida quando foi presa?* - perguntou-se em pensamento, mas logo recriminou-se.

* Não, é loucura!*

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Assim que Paulina chegou de volta ao presídio, atraiu olhares de todas as detentas. Algumas diziam: "Que mordomia!" e frases relacionadas, referindo-se ao fato dela ter dado a luz em um bom hospital.

Mas Paulina simplesmente ignorava, para ela só importava aquele pequeno ser que carregava nos braços.

Coincidentemente, aquele era um dos dias de visita e ela não demorou a ser informada que Célia estava a sua espera.

– Olá Paulina! - disse com um sorriso no rosto

– Oi Célia! - respondeu Paulina, retribuindo o sorriso

– Sabe, desde que... –ela procurava as palavras certas- bom, desde que está aqui, nunca tinha te visto tão feliz. - concluiu

– Carolina deu um novo sentido a minha vida, desde que vi seu rostinho, me sinto diferente, não sei como explicar! - confessou Paulina, enquanto ninava a menina em seu colo

– Eu quis te visitar no hospital, mas não deixaram. Quando soube que vocês duas tinham recebido alta, vim correndo conhecê-la! - explicou-se

– Ela é linda, não acha? - disse Paulina, com um sorriso bobo

– Sim, idêntica a mãe!

– Ainda é muito pequena para dizermos se ela se parece comigo ou com o... - Paulina engoliu em seco e logo ficou em silêncio, percebendo o que ia falar

– Trouxe um presente para essa princesinha. - disse Célia, mudando de assunto e alcançando-lhe uma caixinha

Paulina abriu-a e ficou encantada. Era uma pulseira de ouro com o nome "Carolina" gravado.

– Quero que ela use sempre, é uma forma de nunca esquecer quem é. - completou Célia

– É perfeita! - disse Paulina finalmente, e em seguida a colocou no pulso de sua pequena, que dormia como um anjo - Obrigada!

As duas conversaram durante algum tempo, até que a presença de alguém fez o coração de Paulina disparar.

– Oi... - cumprimentou Carlos Daniel, sem jeito.

Há um tempo ele as observava de longe, e assim que viu aquele bebê nos braços de Paulina, sentiu um arrepio percorrer seu corpo. Ele não entendia o porquê disso, mas levou seu tempo para se aproximar. E agora que havia tomado coragem, precisava ser direto. Tinha ido àquele lugar para descartar a ideia que ele considerava maluca, mas que ao chegar percebeu que podia ser bem real.

– Eu vim... - tentava dizer algo concreto, mas as palavras fugiram

Célia apenas olhou para Paulina, que estava visivelmente surpresa com a presença dele ali. As duas ficaram em silêncio, esperando que Carlos Daniel completasse a frase.

– Essa menina é... - tentou mais uma vez

– A Célia teve a gentileza de trazer a filha dela para que eu a conhecesse. – mentiu Paulina, em um impulso. Foi a primeira coisa que lhe ocorreu para fugir da situação.

Célia a olhou espantada, mas entendeu que deveria apoiar a amiga.

– É. - confirmou Célia. Limitou-se a isso, não queria acabar falando demais e se enrolando na mentira.

– Ah sim, entendo... - disse Carlos Daniel, sem graça

– O que te traz aqui? - perguntou Paulina, da forma mais fria possível. Seu coração batia em um compasso totalmente acelerado, mas ela tentava disfarçar

– Queria conversar com você.

– Para o bem de nós dois, é melhor que vá embora. Não temos mais nada para conversar. - afirmou

– Me escute Paulina, é importante! - pediu ele

– Por favor Carlos Daniel, vai embora. - insistiu

Carlos Daniel então resolveu se retirar, acreditando na mentira da amada.

Assim que ele saiu, Paulina não pôde controlar algumas lágrimas teimosas que insistiam em cair sobre seu rosto.

– Por que inventou isso? Era sua chance de dizer a verdade! - afirmou Célia

– Obrigada por não dizer nada. Me entenda Célia, não posso contar! A maneira como ele me tratou das últimas vezes me fizeram perceber que se ele soubesse só me criticaria mais. Eu e Carolina estamos bem assim. - disse Paulina, tentando acreditar nas próprias palavras

– Se você diz, quem sou eu para discordar? Mas pense bem Paulina, só lhe peço isso.

A conversa durou mais um curto tempo, já que as regras do presídio não permitiam que a visita fosse longa demais. Assim, Célia se despediu e foi embora.

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Quatro meses de passaram. Mesmo com as condições precárias em que se encontrava naquele local, Paulina cuidava da melhor maneira possível de Carolina, que crescia muito saudável e já possuía uma notória semelhança física com a mãe.

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Nesse tempo todo, Carlos Daniel continuava tendo o mesmo sonho, uma e outra vez. Cada dia estava mais confuso com isso, mas só havia desabafado com Vovó Piedade, que desta vez tampouco soube lhe aconselhar.

Era madrugada, Carlos Daniel estava em seu quarto assistindo televisão, quando foi vencido pelo cansaço do sono.

" O mesmo bosque, os mesmos detalhes, tudo se repetia. Mas dessa vez, ele havia finalmente conseguido alcançar a criança e pegá-la no colo. Ainda via seu rosto embaçado, apesar dos esforços para visualizar aquela menina que insistia em chamar-lhe "papai". "

Ele acordou agitado, levantou-se e bateu na porta do quarto de sua avó. Como imaginou, ela estava dormindo. Mas precisava acordá-la, tinha que lhe comunicar algo de extrema importância.

– Vovó? Acorde Vovó! - disse sacudindo de leve os braços de Piedade

– Que horas são? - perguntou sonolenta

– 03:30, desculpe por acordá-la!

– Não me diga nada. Mais uma vez o sonho, não é?

– Sim vovó, mais uma vez. Com a diferença de que agora eu pude segurá-la em meus braços.

– E isso o fez chegar a alguma conclusão? - disse com curiosidade

– Mesmo não conseguindo ver claramente o rosto, senti com essa menina a mesma coisa que senti quando peguei em meus braços o Carlinhos e a Lizete pela primeira vez... - dizia quando foi interrompido pela ansiedade da avó

– E então? O que pretende fazer?

– Vovó, vim comunicar à senhora que eu quero adotar uma criança! afirmou sorrindo


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Notas finais do capítulo

Comentem!!!!! :D