A Nova Bela Adormecida escrita por LizaLeep


Capítulo 5
Capítulo 4- Acordando


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, queria agradecer a recomendação maravilhosa da Rolling Girl, muito obrigada. E também queria dar as boas vindas a minha nova leitora, bibiih. Também queria agradecer aos outro leitoress que estão acompanhando e pedir que deixassem um comentário, não custa nada né gente? Obrigada a todas(os) vocês. Beijos e abraços



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/404813/chapter/5

Quando acordei pela primeira vez não estava em um quarto, em uma casa, ou nada do tipo. Eu estava em uma ambulância, consegui perceber isso facilmente já que um barulho alto de sirene estava tocando acima de mim e onde eu estava se mexia muito, como em um carro.

Eu estava deitada em uma maca e minha respiração estava ofegante, como quando a gente tem um pesadelo muito ruim e acorda. Você demora algum tempo para se recuperar do susto que passou em quanto dormia, no meu caso a única diferença é que o que aconteceu não foi um pesadelo, foi realidade. Isso ajudava o meu medo aumentar.

Olhei para o lado a procura de alguém ou alguma coisa que pudesse me acalmar, até que consegui ver Paul deitado em outra maca, atrás de três pessoas com uniformes branco.

Tentei chama-lo algumas vezes mas por eu ainda estar ofegante e assustada com toda a situação, tudo que saia da minha boca era ar, nenhum som, nenhuma palavra.

Resolvi tentar toca-lo, infelizmente antes mesmo de eu levantar a minha mão, um barulho alto e agudo invade o meu ouvido. As pessoas de uniforme branco começaram a ficar mais desesperadas e consequentemente eu também fiquei desesperada. Então a escuridão que antes havia invadido tudo ao meu redor voltou, só que dessa vez eu não tinha um sorriso em meu rosto.



Eu tinha acordado, dessa vez, de verdade. Olhei em volta e vi que já não estava mais na ambulância e sim em um quarto, um quarto do hospital. Era grande, com paredes amarelo claro, piso branco, uma janela, um sofá de dois lugares e a cama onde eu estou deitada.

Tinha uma mulher no quarto, trocando uma bolsa que tinha um liquido branco e que estava preso em mim atraves de um tudo. Ela percebeu que eu tinha acordado e deu um sorriso amigavel.

– Como está se sentindo?-Ela pergunta pegando uma ficha que provavelmente tinha informações sobre mim.

– Eu estou péssima, o que aconteceu?

– Não se lembra?- Ela parecia surpresa.

– Não. Quero dizer... Lembro de estar em um carro com Paul e de uma luz branca forte, depois me lembro de estar na ambulância, só que não sei o que aconteceu depois. Paul está bem?

– Gostaria de poder dizer que sim, mas infelizmente seu amigo não teve a mesma sorte que você. Ele não resistiu, não conseguiu nem chegar ao hospital.- Ela parecia triste.

Paul havia morrido. Mesmo eu o conhecendo a algum tempo, se eu for sincera comigo mesmo tenho que admitir que além de saber que ele não gostava da familia, eu não sabia nada sobre ele. Paul era um desconhecido que não se importava se estava vivo o morto, ele me disse uma vez que não gostava de viver. Então talvez ele estava feliz agora, talvez esteja com Victória e talvez eles estejam me esperando pois sabem que não vai demorar muito para eu me juntar a eles.

– Meu corpo inteiro dói.- Reclamei e a enfermeira, o que eu acho que ela era, olhou para mim com pena.

– Não se preocupe senhorita Hughes, com os medicamentos que estamos te dando, você logo vai melhorar.

– Eu dormi por quanto tempo?

– Algumas horas. Tem uma pessoa querendo te ver, quando descobriu que a senhorita estava aqui, ficou desesperado. Posso deixa-lo entrar?- Perguntou a enfermeira, mesmo ela sendo um amor de pessoa, estava me deixando enjoada. Eu odeio pessoas boas demais, elas são ridículas.

– Pode.- Respondi, talvez a pessoa que estivesse me esperando fosse meu pai, talvez ele tenha mudado de idéia e resolvido agir como um pai de verdade. Quem sabe Britney, dizendo que a consciência pesou e resolveu agir como uma mulher melhor, dizer que irá sair da minha casa e irá parar de gastar o dinheiro do meu pai. Tinha uma chance de ser Bryce, mas aquela criança gorda não pode entrar em um hospital sem a presença de um responsável.

Mas todas as minhas opções estavam erradas, a pessoa que tinha entrado no meu quarto não era Bryce, ou o meu pai, muito menos Britney. Era Thomas, o ser insuportável que ultimamente quer dar uma de amigo legal.

– Oi Charlotte, você está bem?- Que pergunta clichê, bem a cara dele. Claro que eu estou bem, afinal eu não bati com o carro, não estou com o meu corpo todo dolorido e nem descobri que um amigo morreu. Não espera...

– Já estive melhor.

– Eu... Te trouxe umas flores.- Ele diz me entragando um buquê de tulipas brancas.

– Obrigada, mas eu sinceramente não queria que você estivesse aqui.- Eu digo e ele dá uma risada.

– Eu estou aqui Charlotte, por que sei exatamente como você se sente. Eu perdi meus pais em um acidente de carro, perdi meu irmão para as drogas e quase perdi meu tio...

– Por causa da sua chatice?- Completo a frase e ele dá um sorriso triste, com a cabeça abaixada. Eu confesso que me senti um pouco mal.

– Não, por causa do cancêr, mas ele conseguiu se recuperar.- Tudo bem, eu me senti muito mal agora. Talvez eu tenha que aprender a ter limites.

O que? Eu não preciso ter limites que ideia foi essa? Porra o garoto sabe que eu to mal e em vez de me deixar em paz vem me pertubar. Eu não tenho que ter pena dele, foda-se a familia dele. Acho que esse acidente tá mexendo demais com a minha cabeça.

– Que bom, é uma doença horrível.- Lá vai eu dar uma de boazinha de novo, que merda. Odeio pessoas boazinhas.

– Talvez a gente possa tomar um sorvete quando você sair desse hospital, o que você acha?

– Pode ser.- Não acredito que eu aceitei. Culpa desse sorriso encantador dele e... É definitivamente esse acidente mexeu demais com a minha cabeça.





Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!