De Todos Os Loucos No Mundo escrita por Laranja


Capítulo 5
Eu, tu, ele


Notas iniciais do capítulo

hello hello guys, leiam com atençao e divirtam-se. Não esqueçam de mandar review no final, indicar a fanfic pros amigos (Se gostar) e pros inimigos (se odiar) =]
boa leitura.



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Nada melhor do que chegar em casa logo depois de uma boa maratona de filmes. Eu e Caio comentamos sobre as coisas certas que fizeram e as coisas super erradas e que revoltavam não só a mim como todos os fãs de Harry Potter. No dia seguinte, aconteceu uma das coisas mais estranhas e assustadoras que eu já vi. Aliás, o dia foi estranho.

Começou com:

Arthur Lopes sendo o mais novo aluno do terceiro ano. E dentre três turmas, a criatura foi entrar logo na minha. Mas o que mais me chocou foi ele ter entrado extremamente tímido, com os olhos brilhando por ter um lugar vago do meu lado.

- Você só pode estar zoando comigo – resmunguei. Arthur sorriu, sussurrando:

- Vamos ver quem é a Gabriela de verdade.

Continuou com:

- De onde você conhece o garoto novo? – Melissa perguntou, sentando do meu outro lado.

- Ele é meu vizinho.

- Ele é gato.

Revirei os olhos, fingindo vomito.

- Pera, Gabriela você pode não gostar dele mas você tem que admitir que ele é bonito.

Eu sentia que Arthur estava nos observando, então neguei com a cabeça e sorri ironicamente.

- Ele é tão idiota que não dá para ver a beleza por trás da camada de infantilidade

Com isso, ela revirou os olhos e virou para a frente. O professor entrou na sala sem dar oi nem nada e já foi dando a matéria. Esse tipo de professor me irrita profundamente, porque ele escolheu ser pobre e mal comido, a culpa não é de nenhum dos alunos dele se ele fez as próprias escolhas. Fui pegando meu caderno e meu estojo, quando Arthur voltou a me chamar.

- Ei, gata. Você poderia me emprestar uma das suas canetas.

Virei meu rosto para ele, com uma sobrancelha erguida.

- Gata?

- Que eu saiba você não é feia.

- Se eu te emprestar a caneta você vai parar de me irritar?

Arthur sorriu maliciosamente, e concordou com a cabeça.

No segundo tempo foi quando Caio chegou. Todas as cadeiras do nosso canto da sala já estavam ocupadas, então ele fuzilou Arthur com o olhar – já que ele sentara no lugar do próprio – e foi caminhando derrotadamente para o lado do grupo de Marcos Oliveira.

Eu já estava começando a aceitar psicologicamente que eu fui mais um nome adicionado a lista das garotas nas quais Marcos já ficou.

Mas definitivamente nada, NADA supera a coisa mais estranha que aconteceu no dia todo:

Foi na hora da saída, quando eu andava solitariamente até o meu prédio já que o João tinha treino de futebol. Eu me controlava para não cantarolar Gravity do John Mayer quando senti alguém segurando meu braço.

Obvio que eu pensei que seria roubada ou estuprada, quando na verdade era apenas Marcos sorrindo.

- Hm... Oi – eu disse, puxando meu braço.

- Olá.

Fiquei encarando ele, com meu coração a mil por hora. O que eu deveria falar? Obrigada por ser um completo idiota e ter me iludido? Bom, tecnicamente não porque você nunca disse que gostava de mim, e eu já deveria prever que você é um babaca que só se aproveita das...

- Desculpa – ele disse, coçando a nuca – Por todos os boatos que espalharam.

- Hm.

- Sério, não queria que tivesse... Hm... Tomado essa proporção ridícula. Você não merece isso.

- Você disse um bando de idiotices que não aconteceram.

- Eu não...

- Não minta Marcos. Só rolou um beijo.

Ele botou a mão no bolso e mordeu o lábio.

- Só um beijo...

- Isso. – por mais que meu coração estivesse batendo tão rápido a ponto de estar quase mandando em meu cérebro fazendo com que eu encostasse meus lábios nos lábios dele, eu tinha que aceitar o fato de que eu e Marcos não namoraríamos nunca.

- Eu não acho que tenha sido só um beijo, Gabriela.

- Am... O que?

- É, eu não acho. Pode parecer clichê adolescente, mas eu realmente acho que... Que foi mais do que um beijo. Eu nunca senti nada por nenhuma garota como eu sinto por você.

Ele estava mentindo, ele só poderia estar mentindo. Mas os olhos verdes dele olhavam no fundo dos meus olhos. Não conseguia acreditar que era mentira, não com ele tão sério e com os olhos brilhando.

- O que você quer dizer com isso tudo? – perguntei, agradecendo pela minha voz ter saído firme.

- Me dê uma chance, Gabi. Uma chance para fazer você feliz?

Marcos se aproximou de mim, botando a mão na minha nuca e encostando nossas testas. Eu sentia o calor do corpo dele esquentando o meu que ainda estava com frio por causa da sala de aula. O perfume dele misturado com o cheiro natural do próprio que fazia com que minhas pernas falhassem. Mas ele me apertou contra si. Ele havia me dado tempo para me afastar, mas como não fiz, Marcos juntou nossos lábios em um beijo.

Quando nos separamos, Marcos me acompanhou até em casa, entrelaçando nossas mãos. Nós ficamos conversando sobre coisas idiotas tipo o porquê do passarinho do Twitter ser azul entre outras coisas. Ele se despediu com um beijo, me deixando parada em frente a porta do meu prédio que nem uma idiota.

E é obvio que eu fui esbarrar em alguém quando virei-me pra entrar no prédio. E é claro que esse alguém seria meu irmão Rafael.

- Quem era aquele? – ele perguntou, tentando reconhecer Marcos.

- Hm, ér... – não gagueja, crie uma mentira.

- E porque diabos vocês estavam se beijando? – Rafael ergueu uma sobrancelha – Me diz o nome do garoto, Gabriela, me diz.

- Eu não te pergunto quem são aquelas duas garotas que você anda por aí, então...

- EU SOU SEU IRMÃO MAIS VELHO! É meu direito e DEVER te proteger desses garotos maus que só querem se aproveitar do seu corpo. – ele cruzou os braços – Me diga o nome dele, Gabriela. Vai ser melhor eu descobrir por você do que pela minha gangue.

- Sua gangue? Um drogado, um nerd e um que largou a faculdade faltando dois períodos. Aliás, a mamãe sabe que eles são os seus amigos e não aqueles que você mentiu falando que era a “sua gangue”?

- Se eu menti quer dizer que... – Rafael arregalou os olhos e apontou o dedo indicador para mim – Não mude o rumo da história! Quem era ele!

Rafael tinha umas atitudes tão suspeitas de vez em quando. Eu não me importaria se ele fosse gay, na verdade. Eu acredito que se você se apaixona por alguém pra valer, não deve se importar se é homem ou mulher, e sim se aquela pessoa é do bem e te faz feliz. No dia que Rafa se assumisse gay, eu até agradeceria.

- Okay, vamos fazer um acordo, você conta dos seus amigos para a mamãe e eu digo o nome do garoto.

Ele botou a mão na cintura, depois revirou os olhos.

- Só me diga se vocês estão namorando ou não.

- Não sei se estou.

Rafael arregalou os olhos e resmungou antes de sair andando/xingando:

- Isso não é homem que se preze. Isso é um viadinho que não assume o que quer.

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Já no elevador, Arthur apareceu com uma cara bem animada.

- Hmm, tava fazendo o que para ter esse sorrisinho no rosto, ein? – perguntei, com um sorriso malicioso.

- Eu estava aproveitando a beleza que Deus me deu, Gabriela – ele parou do meu lado, apoiando o ombro na parede do elevador – Diferente de você que desperdiça sua beleza com caras que não te dão o valor.

Suspirei, apoiando meu ombro e minha cabeça no outro lado do elevador.

- Você não sabe o que está falando.

- Sei sim. Ele foi falar com você, não foi? Aquele Oliveira. As garotas babam por ele, eu sei. Sei da fama, e sei como ele provavelmente pensa. Não duvido nada que o pedido de namoro tenha sido mais um dos jogos de conquista dele.

- Pera, você viu o pedido? E foi de namoro?

- O que importa?

- Você estava me seguindo! – eu disse. A porta do elevador abriu, mas eu parei na frente da casa dele para que ele não me deixasse falando sozinha.

- Eu moro no mesmo andar que você. Obvio que eu passo pela mesma rua que você passa.

- Sim, mas... Como eu não vi você?

Arthur bufou, cruzando os braços. Ele franziu as sobrancelhas negras dele, o nariz fazia umas três ondinhas quando ele fazia isso.

- Você estava ocupada demais apaixonando-se cada vez mais por um cara que não importa se você é inteligente ou não. Ele vai se aproveitar de você, só te digo isso. – Ele descruzou os braços e disse seriamente – Agora se me dê licença, eu vou adicionar a Melissa no Facebook porque quero conversar com ela.

Dei um passo para frente, deixando ele passar.

- Você e a Melissa?

Ele sorriu maliciosamente, mas os olhos dele o traiu, pois eles estavam frios.

- E você e Marcos. João e Laura. E Caio... Bom, Caio tem o videogame dele.

Arthur fechou a porta me deixando parada no elevador sem saber como ele sabia tanto da gente.


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Notas finais do capítulo

eu espero que vocês tenham gostado do capítulo e que criem o grupo Team Marcos e Team Arthur (Talvez até Team Caio) e me digam para quais casais torcem, não só relacionado a Gabriela porque é legal saber o que vocês estão achando. Obrigada por lerem, e não se esqueçam dos reviews. bjoca.



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