Fight For This Love escrita por Succubus


Capítulo 24
Capítulo 23 - Apostas.


Notas iniciais do capítulo

E aiiii pessoal!! Como é que vão?! Olha só quem finalmente voltou, retornamos das cinzas que nem a fenix(kkkkk não). Enfim, o que dizer? O mesmo de sempre, vocês já devem estar cansadas das nossas desculpas, mas por favor, nos perdoem dessa vez! Estava realmente impossível juntar e terminar esse capítulo, foi complicado, os últimos meses foram complicados e corridos para nós, porém, voltamos e olha, o capítulo está boom! ♥

Succubus



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No outro dia depois da noite no motel, voltamos ao Elementary, como se nada houvesse acontecido, mas na verdade aconteceu sim. Eu não sabia como seria daqui para frente, afinal, eu só tenho pensado em tudo o que vi naquela lembrança, o que já era estranho começando a partir daí e só piorava. Quer dizer, eu posso entrar na cabeça dele só tocando nas suas costas que aliás tem uma enorme cicatriz onde ficariam as asas de anjo que foram arrancadas quando ele caiu, porque ele é um anjo caído que me conheceu com o intuito de me matar. Ótima forma de começar um relacionamento.

Acordei do transe em que estava quando ouvi Agatha me chamar.

— Ashley! —Agatha falou alto tentando ser ouvida. — Eu estou falando com você.

Não era de se admirar que fosse difícil escutá-la, afinal, as músicas nessas festas realmente são ensurdecedoras. Quando o final de semana chegou, claro que tudo que eu queria era ficar em casa escondida.

Minha cabeça já estava explodindo com as teorias e as constantes lembranças de Patch em minha cabeça, eu só queria fingir que nada disso tinha acontecido pois se não teria de admitir que estava assustada e eu não queria nem pensar como seria quando o visse, o que tinha grandes chances de acontecer quando Agatha e Renata me arrastaram para uma festa na nova boate do centro que estava bombando e todos estavam querendo estar na estreia. Ou seja, havia grandes possibilidades de Patch aparecer lá e então eu não sei como agir.

— Quê? —quis saber a olhando interrogativa, eu não tinha sequer prestado a atenção.

— Eu perguntei se você queria tomar alguma porque nós vamos ir ali no bar, você quer ir junto ou não? — ela disse calmamente como se falasse com uma criança.

— Claro, por quê não? — o que queria dizer: não vou ficar aqui sozinha de jeito nenhum.

Então, nos esprememos entre as pessoas para conseguir chegar ao bar. Agatha e Renata se amontoaram ao balcão para fazer os pedidos enquanto eu sentei no banco observando tudo ao redor, me balançando levemente no ritmo da música.

— O que você vai querer, Ash? — Renata me perguntou rapidamente.

— Diet Coke. — respondi depressa também.

— Ok, três Red Bulls. — ela pediu ignorando completamente minha resposta.

— Eu não vou tomar. — declarei.

— Ah, qual é?! Você vai ficar cheia de celulites de qualquer jeito. — Renata insistiu revirando os olhos. — Deixa de ser chata!

— Dois Red Bulls e uma Diet Coke, por favor. — pedi me virando para o barman confirmando com a cabeça.

— Tudo bem. — o rapaz respondeu virando-se para as bebidas abaixo do balcão a sua frente e retirando os dois Red Bulls e meu refrigerante. — Aqui.

— Obrigada. — agradeci pegando minha Diet Coke já a abrindo.

Renata pegou o Red Bull com uma expressão tediosa e o abriu, virando-se para frente e empinando a latinha.

— Obrigada. — Agatha também agradeceu, alcançando o seu energético e fazendo o mesmo.

Virei-me, observando em volta tomando o refrigerante e olhando o movimento desatenta, quando em seguida, o silêncio breve foi cortado quando Renata voltou a falar.

— Uh, olha quem chegou! — ela chamou minha atenção e em seguida ressaltou: — Êi Ash, quem é o cara que está com o Patch? — perguntou olhando fixamente a sua frente com um sorriso malicioso.

— Que está com quem?! — quis saber sobressaltada, seguindo seu olhar imediatamente.

— Seu casinho. — ela sorriu piscando para mim. — Diz logo, quem é ele?

— Merda. — murmurei olhando para a entrada e vendo Patch entrar com aquele seu amigo que conheci no Boo. Gelei.

— Onde esses caras estavam o tempo todo nessa cidade? — perguntou ela indignada, com aquela sua expressão safada.

— Ah não... — virei depressa sobre o banco apoiando os braços no bar, dando as costas. Eu não sabia se estava mais desesperada, atordoada ou os dois juntos.

— Ah sim! — Renata discordou. — O que você está fazendo? Chama logo ele pra cá antes que eu chame.

— Parem de encarar eles suas assanhadas! — a encarei por sobre o ombro em reprovação tentando disfarçar meu nervosismo. — A propósito aquele é o Alexys e Renata, não!

— Só estamos olhando, ou melhor, só eu estou. — Agatha disse olhando sugestivamente para Renata.

— Por enquanto. — ela disse como se corrigisse com um sorriso sem vergonha de quem está tramando alguma coisa. Ai não...

Eu virei imediatamente para ela já pronta para repreende-la antes que fizesse algo estúpido, mas já era tarde. Quando percebi, notei que Renata estava fazendo um leve aceno naquela direção e olhei disfarçadamente sobre o ombro a ponto de ver que os dois já haviam nos visto e, que bom, eles estavam vindo para cá! Arregalei os olhos. Puta que pariu!

Virei completamente para o bar outra vez, queria fugir antes que eles chegassem, quis realmente sair depressa, sim eu estava apavorada. E ainda havia Alexys agora. Ele sabia quem... Ou o quê Patch é? E ele também é como ele, um... Eu nem conseguia pensar na palavra sem me achar uma louca, afinal, era mesmo loucura! Tinha de evitar de pensar nisso, com certeza tinha. Devia me concentrar em uma maneira de escapar logo.

— Olá, meninos. — Renata cumprimentou, eu nem precisava olhar para saber que ela já deveria estar desempenhando sua insinuação com aquele tom de flerte.

— Oi. — era a voz de Patch, eu estremeci.

Me contive para controlar a respiração e parecer normal, mas tinha a certeza que seus olhos estavam sobre mim com aquela expressão cafajeste dele.

— Se escondendo, anjo? — senti seu halito em minha orelha quando sussurrou. Eu arrepiei.

— Quem? Eu? — perguntei abrindo um sorrisinho e tomando um gole amargo do refrigerante. — Claro que não. E ai, como vai?

— Eu estou ótimo. — eu senti seu sorriso. — Cuidado, você não vai querer perder seu refrigerante tremendo desse jeito. — ele falou como se fosse um segredo. — Além do mais, você está disfarçando, lembra?

— É. — disse soltando a Diet Coke sobre o balcão e me erguendo do banco. — Então, já volto, vou ao banheiro! — anunciei me referindo a todos, já me distanciando.

— Eu vou... Ah, vocês sabem, ao banheiro. — Patch usou minha desculpa como mais uma de suas ironias, vindo logo atrás de mim.

Apressei o passo imediatamente tentando ser o mais rápida que podia enquanto não podia correr que nem uma doida. A porta do banheiro estava próxima de onde estávamos e não demorou para que eu a alcançasse. Entrei depressa no banheiro feminino, virando depressa para a porta, mas quando a empurrei fui impedida de fecha-la quando ele a segurou me impedindo. Eu sabia que era inútil tentar medir forças com ele, afinal eu não era um anjo caído!

Afastei-me da porta, recuando passos para trás apavorada e pensar que há alguns dias atrás eu amaria ficar trancada a sós com ele.

— Você não respeita regra nenhuma! — esbravejei recuando cada vez mais contendo minha respiração.

— É irônico ver você tão assustada quando antes adorava se gabar eu não tenho medo de você. — ele sorriu, fechou a porta atrás de si, o que só me deu ainda mais medo. — Eu já disse e vou repetir: não vou machucar você, anjo.

— O que você quer então? — o encarei séria. — Me deixa em paz!

— Conversar, jogar você nessa parede, te encher de beijos, etc. — Patch respondeu com aquele sorriso.

— Não tenho nada para conversar com você! — disparei me mantendo a uma distancia segura.

— Bom, eu tenho. — discordou. — Sabe, eu até pensei que a gente tivesse feito as pazes depois da noite no motel. Então, o que mudou?

— Mudou que você é um anjo caído, Patch! — soltei uma risada incrédula, indignada com tudo isso. — E isso é loucura, pelo amor de Deus!

— Shhh... As paredes têm ouvidos, lembra? — eu não sabia se era mais uma de suas ironias ou se ele realmente falava sério. — Não é tão louco quanto você dizer essa frase seguida com Deus.

— Eu não estou nem aí! Eu quero que as paredes se explodam! — esbravejei realmente indignada, isso não podia ser sério, não podia estar realmente acontecendo. — Quero que você se exploda!

— Entendo que você esteja irritada, mas as coisas não são assim. — Patch ergueu as mãos como quem se rende. — Eu era um anjo e eu perdi tudo, a única chance que eu tinha era mesmo matar uma garota que eu nem conhecia, e acredite, eu achei um preço pequeno a pagar pra quem já fez coisas muito piores. Mas tudo mudou, Ashley. — ele disse e infelizmente eu não pude negar o quanto parecia sincero e o quanto isso mexia comigo. — Eu realmente me apaixonei por você, nunca te machucaria.

— Eu estou furiosa! — gritei o corrigindo. — Ah, está bem Patch! Me diga porque agora eu deveria acreditar em você?! — perguntei debochada.

— Furiosa, certo. — ele sorriu irônico. — Por que eu estou pedindo com educação? — ele sugeriu com um sorriso sarcástico.

— Ah, cala a boca! — o olhei com ódio, ele realmente nunca fala sério. — Estou cansada de você!

— Cansada? — Patch repetiu. — Achei que estivesse furiosa. Então, estamos evoluindo!

Seu sorriso era o bastante para eu ter de desviar a atenção, eu não iria baixar a guarda.

— Você quer provas para acreditar em mim? — ele perguntou. — Sabe quantas chances eu tive de mata-la durante todo esse tempo? Na verdade, nem eu sei, até perdi a conta. — disse como se fosse para eu me sentir melhor. — E a cada vez que você desabou, quem estava lá?

Patch começou a se aproximar devagar, erguendo os braços em sinal de paz outra vez, como se mostrasse que eu não tinha porque ter medo, mas depois de tudo, aquele medo não iria desaparecer assim. Porém, ainda assim não me movi, o observei atentamente.

— Eu não estou dizendo pra você fingir que nada aconteceu e nem vou pedir pra você ficar comigo. — segurou gentilmente meu pulso, passando os dedos levemente sobre as cicatrizes. Aquele olhar, ah droga, ele está fazendo de novo! — Mas eu guardei o seu segredo uma vez. Agora, sou eu quem preciso que você faça o mesmo por mim, anjo.

— Primeiro: ninguém nunca acreditaria em mim e segundo, eu jamais faria isso. Se é essa a sua preocupação, fique tranquilo. — disse sincera puxando meu pulso delicadamente.

— Obrigado. — ele sorriu.

Aproximou o rosto do meu e eu quase recuei, mas relaxei quando senti o calor de seus lábios em minha bochecha. Eu fechei os olhos, era difícil ter de fingir não sentir nada, por que tudo sempre tinha que ser assim?

Patch se afastou e caminhou em direção a porta, a segurou e girou a maçaneta mas ainda não a abriu.

— Só pra constar: eu disse que não vou pedir para você ficar comigo, não que não vou te convencer. — ele piscou e sorriu, antes de sair e fechar a porta novamente.

Soltei a respiração afinal havia percebido que estava em segurança. Encostei-me contra a parede e fiquei ali algum tempo respirando fundo pensando no que deveria fazer agora. Resolvi por fim voltar a festa e procurar as garotas após algum tempo parada ali.

Sai do banheiro um tempo depois e respirei fundo outra vez, tentando parecer o mais normal possível para voltar para as garotas. Porém, quando voltei ao bar, cadê elas? Olhei atentamente onde estávamos e nada. Suspirei entediada, para onde elas foram?

Passei os olhos pela pista de dança, para a multidão e nada, ainda que fosse muita gente, eu as reconheceria elas não estavam mesmo por ali. Apoiei as mãos na cintura, frustrada. Legal, essa não é a primeira vez que elas me deixam para trás!

— Êi, Ash! — ouvi um grito, era a voz da Renata com certeza. — Aqui!

Tentei identificar de onde vinha, olhei em volta e quando virei-me, as encontrei do outro lado do saguão, a qual um arco dava entrada a outra sala, uma pouco mais iluminada ainda que as luzes fossem foscas.

Haviam várias mesas de jogos, manuais e eletrônicos, outro bar com balcão de madeira e prateleiras de bebida atrás com refrigeradores. Haviam menos pessoas ali do que na pista, mas eu decididamente preferia mil vezes onde estava do que aquele lugar. Outra vez uma sala daquelas que só me fazia lembrar o fliperama e consequentemente, ele.

— Vem logo! — Renata gesticulou para mim apressando-me.

Revirei os olhos e engoli em seco, eu decididamente iria ter de passar por isso. Respirei fundo e fui até lá. Todos estavam em uma das mesas de sinuca, Dudu já tinha chegado, Agatha marcou com ele para os dois se encontrarem lá. Renata estava a frente de Alexys com um taco na mão, eu percebia que ela estava claramente flertando com ele, minha duvida era se ele tinha percebido.

E claro, Patch também estava lá. Notei que ele observava eu me aproximar, mas não tinha a mesma cara-de-pau para encara-lo de volta, era muito estranho agora e eu não gostava dessa situação, mas como sempre, teria de engolir.

— E ai, loira. — Dudu cumprimentou-me sorrindo.

Agatha já enlaçava sua cintura enquanto ele mantinha o braço ao redor de seu pescoço, mas no que reparei, era que ele também tinha um taco na mão assim como Renata e Patch. Mas o curioso, era como três tinham e, contando comigo, três não. Fechei a cara, eu aposto que não iria gostar nada do que isso significava.
Cheguei a mesa, apoiando-me a guarda, e forçando uma naturalidade.

— Como vai, bonitão? — brinquei forçando um sorriso, então desviei o olhar para Alexys. — Olá, Alexys.

— Ex. — ele me cumprimentou sorrindo, como se fosse óbvio que Patch e eu estávamos mal.

— Ah, olha quem falando. — ele me sorriu — Na frente da Agatha, não né! — ele adorava provoca-la assim como o contrário.

— Então, qual é a do jogo? — perguntei desconversando imediatamente.

— Que bom que perguntou, estávamos te esperando para começar! — Renata contou animada.

— É o seguinte, vamos jogar de dupla, então precisávamos de mais uma pessoa. — Dudu reforçou gesticulando com seu taco. — Sacou a parada?

— É, saquei. — respondi já vendo onde isso ia dar.

— Ótimo, então passa logo pra cá, pra gente começar logo. — Renata me chamou apressada.

— Formamos uma dupla contra duas loiras juntas? Hoje é nosso dia de sorte! — Alexys sorriu para Patch debochado.

— E nem é meu aniversário. — Patch concordou devolvendo o sorriso, nossa que engraçadinhos.

— Nossa Ash, a gente contra a dupla dinâmica, que medo! — Renata também zombou arqueando a sobrancelha.

— Quem vencer ganha o quê? — perguntei fazendo a volta na mesa.

— Os parabéns. — Alexys me zombou. Ah, então ele é assim agora?!

— Agatha, acho que a gente vai sobrar nessa! — Dudu cochichou para a namorada, risonho.

— Por que não faz assim, quem perder vai ter fazer o que o vencedor quiser! — Agatha sugeriu.

— Eu topo se os campões não derem para trás. — Renata disparou convicta. Eu a olhei incrédula.

— Acho que a gente está sendo desafiado, parceiro. — Alexys lançou a Patch um olhar cúmplice, eu sabia o que isso queria dizer, que a gente ia se ferrar!

— E a gente não resiste a um desafio, não é? — Patch concordou e eu podia ver aqueles sorrisos e olhares diabólicos. Fodeu.

— É isso aí, vamos se foder! — falei mais para mim mesma.

— Ah, deixa de ser medrosa, Ashley. — Renata realmente não estava entendendo no que a gente se meteu. — Afinal, o que pode acontecer?!

— Então a gente estava de saída né, amor? — Dudu cutucou Agatha.

— Sim, é a nossa deixa. — a garota concordou e eles já se prepararam para ir.

— Até mais, garotada. — Dudu despediu-se.

— Tchau pessoal, e não façam nada que eu não faria. — isso foi mais para nós, mas eu acho difícil depois dela nos meter nessa furada e agora sair de fininho.

Depois do casal pular fora e abandonar o barco, depois de terem sido eles os filhos da puta que deram essa maldita ideia, Alexys e Patch se dispuseram ao redor da mesa, preparando-se.

— Que comecem os jogos. — Alexys provocou.

— As garotas querem começar? — Patch ironizou, os dois estavam nos zombando mesmo, só pode.

— Se vira. — disse para Renata, cruzando meus braços. Foi ela que nos meteu nessa, agora tinha a obrigação de pelo menos encaçapar uma bola.

— Ok! — Renata aproximou-se da mesa com o taco em mãos.

Inclinou o corpo sobre ela e ergueu a mão direita aberta sobre a mesa, enquanto segurou o taco posicionando-o com a esquerda. Ergueu o indicador da mão direita e o usou como apoio para o taco. As bolas estavam todas unidas formando um triângulo e quando Rê bateu na bola branca contra as outras, todas se espalharam, batendo umas as outras e se distribuindo pela mesa.

Observei quase que de dedos cruzados quando, pelo menos, uma bola vermelha entrou no buraco. Meu peito chegou a aliviar um pouco. Fosse sorte, ou técnica, pelo menos não iríamos perder de dez a zero!

— Até que foi uma boa jogada. — Alexys observou intrigado. — Pra uma loira.

— Nossa, que engraçadinho, isso tudo é medo? — ela devolveu recuando e me alcançando o taco. Então sussurrou para mim: — Valeu a pena ter namorado o Mike do terceiro ano, ano passado. — nós rimos, é verdade que ele jogava muito essas coisas.

— É isso aí! — eu sorri concordando.

Me aproximei da mesa, é eu deveria ter ido primeiro. Ainda que fosse tudo o que eu queria evitar, me obriguei a pensar e tentei lembrar de como Patch havia me ensinado a jogar quando fomos no Boo.

Inclinei o corpo sobre a mesa e pensei em como ele havia me posicionado para a jogada. Claro que evitei de me concentrar na parte em que ele estava atrás de mim tão próximo daquela forma, e me foquei na posição. Uma das mãos deveria ficar sobre a mesa, assim fiz com a esquerda, enquanto a outra posicionasse o taco, ajeitei o cotovelo, aproximei o taco de minha mão esquerda sobre a mesa e nela, formei um circulo para a ponta do taco, como me ensinou, com o polegar e o indicador.

Respirei fundo e me concentrei, mirando a bola branca na azul que estava mais próxima do buraco. Ouvi o leve riso de Patch a minha frente, mas não dei atenção a isso ou com certeza iria errar. Empurrei o taco contra a bola branca, ela foi exatamente a direção indicada e acertou a bola azul. As duas caíram ao buraco, eu nem acreditei. Encaçapei mesmo? Eu consegui. Encarei a cena sorrindo.

— Olha só! — Renata provocou, não provoca muito que a gente está com sorte! — Parece que a gente está ganhando.

— Dá próxima vez coloca menos força. — Alexys me aconselhou. — Mas foi boa jogada, eu daria um cinco, assim, por amizade. — ele brincou.

— Ah, deixa eu ver aqui quem se importa, hum.... Opa, ninguém se importa! — disparei arqueando a sobrancelha com um sorriso debochado.

— Minha Nossa Senhora das Bolas no Buraco, encaçapou uma e já está se engrandecendo. — ele sorriu. — Metida!

Patch pegou da gaveta a bola branca que foi para o buraco junto com a azul, estava perto o bastante para cochichar.

— Está precisando de novas aulas, anjo. — ele sorriu com aquele sarcasmo antes de voltar para a mesa com a bola branca.

Renata tomou a dianteira, a gente estava indo bem até. Ela se posicionou outra vez sobre a mesa preparando-se para jogar. Ela também mirou em uma das bolas que estava perto do buraco e impulsionou o taco. No entanto, dessa vez eu percebi como um conselho que Patch me deu uma vez, ás vezes as que estão mais perto são as mais traiçoeiras. E era verdade. A bola branca bateu contra a outra mas apenas a fez bater contra a extremidade da mesa e rolar por ela, afastando-se do buraco.

Renata afastou-se da mesa decepcionada. Que ótimo, agora que a gente iria começar a perder.

— É meninas, parece que a sorte acabou! — Alexys zombou abrindo os braços.

— Quer fazer as honras? — Patch perguntou entregando o taco a ele.

— Vai ser um prazer! — Alexys o pegou animado, eita caralho.

Alexys aproximou-se da mesa, eu já sabia como ele era experiente no assunto então nem fiz muita questão de prestar a atenção, sabia que ele iria acertar, tudo o que podia fazer era agorar. Ele tinha a postura relaxada, mas de mestre, empurrou o taco com rapidez e maestria contra a bola branca e bateu contra a extremidade da mesa e diminuiu o ritmo, alcançando uma outra verde e a jogando diretamente no buraco, e eu não esperava diferente, embora torcesse para que desse errado.

— Agora, o jogo realmente começou. — ele comemorou afastando-se.

Mais partidas se sucederam, e de vez em quando eles erravam propositalmente para que pudéssemos tentar jogar, por pena mesmo, afinal, eu mesmo podia ver como nós estávamos sendo humilhadas naquela partida. Como se eu esperasse diferente. Ao final o placar era sete á três, para eles é óbvio, e só aconteceu o inevitável e o que eu já esperava. Nós perdemos.

— Olha só, parece que a gente venceu. — Alexys vangloriou-se, Renata também mereceu, mas eu não! — Quem iria imaginar?! — zombou.

— Ah, não valeu! — Renata reclamou emburrada. — Vocês praticam esse jogo e a gente não!

— Cala a boca, Renata e aceita que nós perdemos! — disparei indignada, revirando os olhos.

— Pelo menos você é boa perdedora, anjo. — Patch sorriu zombeteiro.

— Eu acho que não valeu, mas... — Renata soltou o taco, não aceita que por causa dela a gente se fodeu!

— Ok, vamos embora agora! — disse por fim erguendo os braços em desistência e me preparando para sair dali.

— Que linda anjo, já quer... Como é mesmo? Ah sim, dar para trás! — Alexys ironizou as palavras de Renata. — A gente ainda não decidiu o que vamos fazer com vocês.

— Ai não! — murmurei sem saco. — O que vocês querem?!

— Pra começar um pedido de desculpas, vocês foram rudes. — Patch zombou, eu sabia o quanto ele gostava de jogar na cara quando vencia. — Me magoou.

— Ah, não! Qual é,vocês estão brincando não é? — Renata resmungou, orgulhosa do jeito que é, eu sabia que ela não tinha gostado nada dessa parte.

— É isso aí, loirinha. — reforçou Alexys debochado. — Provocou agora, vamos. Você também anjo, e sejam sinceras.

— Tudo bem... Nos desculpem. — disse apenas. — Agora, vamos Renata.

— Desculpa, donzelas. — Renata ironizou.

— Êi, elas estão liberadas? — Alexys virou para Patch desconfiado.

— Eu lembro de ter mencionado um para começar nessa frase. — Patch disse com um sorriso sarcástico — E para ser sincero vocês se desculpam tão bem quanto jogam. — ele debochou.

— Ah é? — Renata perguntou sorrindo com um arquear de sobrancelha. — E o que mais vocês querem?

— Que saco, hein. — resmunguei fechando a cara. — Falem logo!

— Você tem algum pedido especial, Alexys? — Patch debochou fazendo a volta na mesa e parando no espaço entre mim e Renata, sorriu e encarou-me, me provocando.

— É na verdade, eu acho que tenho sim. — o outro concordou cúmplice.

— Assustada, anjo? — ele sussurrou para mim com uma expressão maliciosa.

— Agora eu não tenho medo de mais nada! — o encarei desafiadora devolvendo o sorriso já que agora eu sei da história de ele não poder transar com humanas.

— Que bom. — Patch andou ficando atrás de mim e sussurrou em meu ouvido com uma voz sedutora embora irônica. — Porque eu vou querer um strip.

Então ele passou por mim voltando ao seu lugar, como se nada tivesse acontecido. A casa caiu. Um strip? Uma porra de um Striptease? Não sei nem dançar direito quanto mais fazer essa merda de lingerie! Eu paralisei, não sabia se ficava apavorada, nervosa ou indignada com a Renata que foi quem provocou tudo isso e vai sair melhor do que eu dessa!

— Êi Ash, vamos? — Renata me chamou e eu parecia ser puxada para a realidade de meus pensamentos.

— S-sim... — concordei ainda tonta, que droga!

— Tchau, tchau garotos. — Renata se despediu enquanto nos encaminhávamos para fora do salão.

— Tchau. — Alexys devolveu com um belo sorriso.

— Até mais, anjo. — Patch me disse com aquele sorriso canalha. Eu estou perdida!

Renata me levou para casa de carona e eu insisti para que ela dormisse, então eu teria uma desculpa para me livrar de Patch pelo menos por essa noite. Porém, infelizmente ela não podia, ótima hora para os pais decidirem proibir! Então me despedi decepcionada e caminhei para a varanda de acesso a minha casa enquanto ela buzinou antes de ir embora.

Entrei em casa e tranquei a porta, me encostei nela por um momento pensativa. Tudo bem Ashley, disse a mim mesma, talvez ele nem venha. Mas eu sabia como aquilo provavelmente estava errado, perdi mais alguns minutos ali, como se me recuperasse, então tirei o salto, meus pés vibraram aliviados. Os segurei e subi as escadas em direção ao segundo andar e mais precisamente, ao meu quarto.

Entrei nele e nem liguei a luz só fui soltando os sapatos no chão e indo direto para o meu banheiro, acendi a luz e tirei os acessórios. Quando passei novamente pela porta de volta ao meu quarto, tomei um susto.

— Já está tirando a roupa, anjo? Nem me esperou. — Patch estava lá.

Ele encostou-se a minha janela aberta, com as cortinas esvoaçando, de braços cruzados me admirando com aquele sorriso irônico e sexy.

— O que... — quase cai com o susto, meu Deus ele não podia ficar fazendo isso, meu coração continuava a palpitar. — Patch! Você está querendo me matar de susto?

— Por que a surpresa em me ver? — perguntou como se não devesse realmente. — Eu disse o que queria, vim buscar meu prêmio.

— Olha, você tem certeza? Porque eu não sei fazer isso então... — disse sentindo meu rosto esquentar, que ótimo eu ainda ia corar na frente dele!

— É claro que tenho. — decidiu convicto. — Tente, vamos ver o que você sabe.

— Se você rir, eu mato você! — intimei apontando-lhe o dedo exigente.

— Acredite, rir não está na lista das coisas que eu pretendo fazer. — Patch manteve aquele sorriso malicioso.

— Ok... — disse espremendo os olhos desconfiada dele.

Fui em direção a entrada de meu quarto, peguei meus sapatos e voltei para o banheiro fechando a porta. Calcei o sapato outra vez, me olhei no espelho, baguncei mais o cabelo e conferi minha maquiagem, não estava borrada mas ainda poderia ajeitar. A retoquei concentrada, ajeitei os seios dentro da roupa e me olhei no espelho uma última vez, respirando fundo. Agora já era, que Deus me ajude...

Apaguei a luz e sai do banheiro, fechando a porta atrás de mim. E encarando a escuridão atrás de Patch.

— Até que enfim, eu já estava indo ver se você não tinha se afogado lá dentro. — ele sorriu irônico.

— Você quer mesmo estragar o clima? — perguntei me encostando contra a porta.

— Ah, você sabe como eu adoro o nosso clima. — Patch devolveu em provocação.

— Já vi que sim. — soltei um suspiro cansado, me preparando para tirar os sapatos.

— Eu estou esperando. — ele sorriu, encaminhando-se a minha cama e jogando-se sobre ela com as mãos atrás da cabeça. — Me mostre os seus dons, anjo.

— Se você faz tanta questão! — disse no fim sem tirar os sapatos e indo em direção ao som.

Liguei e comecei a procurar uma música já imaginando o que iria fazer e como iria fazer. Passei algumas musicas sem dar muita atenção, e foquei em uma que tivesse o bom ritmo, por fim, escolhendo a música Partition, da cantora Beyoncé. Fui ouvindo a batida da música e entrando no clima me envolvendo no ritmo e começando com movimentos leves me mordendo para não rir.

Me direcionei ao baú colado a minha cama e subi sobre ele. A única iluminação vinha das luzes da rua pela minha janela, que vinham diretamente para aquele lugar e consequentemente, focavam em mim. A música ficava cada vez mais ritmada, e as batidas mais fortes e envolventes, aumentei a sensualidade dos movimentos e o rebolado começou a ficar mais sexy e provocante. Comecei a usar mais minhas mãos, mexendo no cabelo, deslizando pelo meu corpo.

Segurei a barra de meu vestido justo e o ergui no limite máximo entre não mostrar minha calcinha. Virei de costas para ele e comecei a rebolar passando as mãos por minhas coxas, bunda, costas, o encarando por sobre o ombro com sensualidade, mexendo nos cabelos. Deslizei as mãos pelo meu corpo até a barra de meu vestido outra vez e comecei a levanta-lo rebolando devagar.

Fui subindo-o para meu quadril, mostrando as meias 7/8 e minha calcinha, continuando a subir o vestido pelo meu corpo finalmente lembrando-me de um pequeno/grande detalhe. Eu tinha colocado a droga do corset. Porra! Por que caralho eu coloquei isso? Sou uma idiota!

Estremeci, eu realmente me arrependia, mas não tinha jeito, se parasse agora iria parecer uma retardada e ele já me zoava o bastante normalmente. Engoli em seco, morrendo de vergonha, mas tentei disfarçar e continuei, passando o vestido por minha cabeça e livrando-me dele para joga-lo ao chão. Virei-me de frente para ele outra vez disfarçando e continuando a dançar tentando manter-me firme, o que não foi fácil quando o vi rindo ao notar meu corset, nada discreto. E ele prometeu!

Fechei os olhos por um momento, mas ele logo parou e continuou me encarando, aquele sorriso malicioso não sumiu, mas pelo menos ele parou de rir. Então eu finalmente o encarei fixamente, olhos nos olhos e aquele seu olhar, irônico mas cheio de desejo, em mim, foi o bastante para mudar o que até agora era só uma bobagem e transformar em algo que eu realmente queria fazer. Agora, eu não queria fazer apenas para cumprir a aposta, queria excita-lo, queria deixa-lo com ainda mais desejo, queria deixa-lo louco por mim. Eu queria ver aquele olhar em chamas, queria vê-lo me desejar como nunca.

As batidas começaram a ficar pesadas e excitantes enquanto eu dançava, desviei brevemente o olhar para os dois pilares de madeira que sustentam o teto de minha cama estilo colonial, não era realmente o poste de uma boate de pole-dance, mas ele seria um. Me segurei em um deles e comecei a dançar do jeito mais sensual que pude. Subi sobre a cama e tirei os sapatos, segurando-me de costas no pilar de madeira descendo, subindo e rebolando contra ele com a expressão mais safada que podia, encarando-o entre as mechas de meus cabelos bagunçados pelo meu rosto. Mordi meu lábio inferior pois aquilo estava realmente começando a me excitar de verdade.

Dancei um pouco mais assim, e então retornei ao baú. Segurei a meia e comecei a desce-la devagar o encarando sedutoramente, parei na metade do caminho.

— Por que você não vem me ajudar? — sussurrei sorrindo minimante.

Patch sorriu como o perfeito cafajeste que é e veio em minha direção. Ajoelhou-se próximo ao baú, examinou meu corpo meticulosamente e eu estava amando a sensação de ser examinada e desejada por ele.

— Peça. — ele mandou me olhando nos olhos deslizando os dedos sensualmente a minha pele. Eu arrepiei.

— Tire minha roupa, Patch. — mandei e foi aí que notei o tom mais excitado em minha voz.

Patch segurou meu quadril com força, o que só me deixou com ainda mais desejo, roçou os lábios em minha barriga e mesmo sobre o corset eu não pude deixar de sentir a vontade de tomar logo sua boca para mim. Então ele foi se erguendo mais sobre o colchão, passando os lábios pela peça, depois por minha clavícula e meu pescoço, até ficarmos cara a cara, nossos olhares demonstravam o quanto estávamos loucos para arrancar a roupa um do outro. Ele aproximou os lábios dos meus, eu encarei aquela boca deliciosa, mas antes de qualquer movimento, ele segurou e puxou meus cabelos com força de repente.

— Eu mandei você pedir. — ele sussurrou roçando os lábios nos meus, ameaçando me beijar mas sem realmente fazer. Eu mal podia me conter.

— Por favor, Patch... — gemi. Aquela mão puxando meu cabelo daquela maneira era desconcertante, eu gostava e ele sabia.

Então ele sorriu, segurou a meia na metade de minha perna e começou a desce-la lentamente, abaixou-se e começou a beijar minha coxa sensualmente, me deixando ainda mais louca. A cada centímetro que baixava a meia, ele descia mais sua boca, beijos e chupões marcavam minha pele, até que tivesse livrado-se completamente dela. Assim, ele se voltou a outra perna e repetiu o mesmo processo, acariciando minha pele e livrando-se da outra meia também.

Senti sua boca em minha barriga, suas mãos subiam pelo meu corpo, até a borda do corset em minhas costas. Patch voltou a beijar minha clavícula para se deter em meu pescoço, deixando novas marcas de seus beijos e aqueles chupões deliciosos em minha pele, enquanto, ao mesmo tempo, descia o zíper de meu corset abrindo-o lentamente.

— Patch... — sussurrei segurando sua mão em meu corset lentamente impedindo-o de abri-lo, o fazendo me encarar para logo em seguida lançar meus lábios nos seus e beija-lo.

Patch sorriu entre nosso beijo e segurou firme minha cintura outra vez e eu senti rapidamente o vento no balanço em que ele inverteu nossas posições, deitando-me sobre o colchão e mantendo-se sobre mim. Ainda nos beijávamos até que então, mordeu meu lábio inferior e deixando minha boca para se apoderar de meu pescoço, depois para minha clavícula e então escorregando os lábios pelo corset, deslizando as mãos pela lateral de meu corpo.

Alcançou o cós de minha calcinha e começou a puxa-la, livrando-se dela segundos depois lançando o olhar para aquele espaço entre minhas pernas. Me encarou uma última vez e então aproximou-se de meu íntimo antes que eu pudesse dizer ou fazer qualquer coisa, só sentir logo depois, sua língua deslizar por toda minha extensão para em seguida parar e me encarar sorrindo fodidamente provocante. Estremeci dos pés a cabeça, o olhando chocada e excitada ao mesmo tempo, dobrando os joelhos e esperando por mais. Patch sorriu mais ainda ao ver meu movimento e então, fez o que eu pedia, me deu mais, baixou a cabeça na altura de minha intimidade e repetiu o movimento, com mais vontade e sem parar dessa vez, não deixando de quebrar o contato visual comigo, aquilo sim, era a cena mais sexy e excitante que já vi em toda minha vida.

Gemi. Gemi alto. Cerrando os olhos completamente desesperada, mordendo o lábio para não gritar. Não havia sensação melhor do que aquela, ser completamente dominada e desejada de tal modo, me perguntei porque ele demorou tanto para aparecer em minha vida. Deslizei as mãos por minha cintura até encontrar seus cabelos macios e perder-las entre eles, ora puxando-os ora empurrando-os para minha intimidade, querendo mais. Patch não me decepcionou, na verdade nunca decepciona, quebrou o contato visual e se concentrou ainda mais no que estava fazendo, segurou minhas pernas e as jogou para cima de seus ombros, tendo assim maior acesso a minha vagina. Já não conseguia compreender ao certo o que ele fazia, só que estava muito, muito bom, e que não queria que parasse, me contorcia sobre o colchão e seus ombros, em certo momento ele teve que segurar minha cintura com força para que eu parasse quieta no lugar, eu sorri com aquilo.

— Patch... — chamei gemendo começando a ficar com a visão turva.

Ele sorriu, aumentando ainda mais a intensidade e o ritmo de sua língua em minha vagina, me fazendo ir ao delírio quase não aguentando mais, até por fim, parar. Gemi em reprovação enquanto ele soltou minhas pernas e passou a subir o corpo sobre o meu, roubando meus lábios para os seus em um beijo tórrido e intenso, me fazendo sentir o gosto salgado de minha excitação.

— Acho... Que é melhor... Parar... — fui sussurrando com dificuldade entre o beijo.

— Acha? — ele sorriu me duvidando. — Você quer... Mesmo?

Ao mesmo tempo, avançou mais com a boca sobre a minha em provocação, ele sabia como eu mal conseguia resistir a aquilo.

— Não... — resmunguei indignada comigo mesma.

— Então... Por que parar? — sussurrou mordendo meu lábio inferior com uma força estimulante.

— Porque... Não podemos... — o lembrei começando a beijar seu pescoço.

— Você é má, anjo. — ele soltou uma curta risada. — Muito má.

— Me diga... Por que sou má?... — pedi erguendo o quadril bem contra o seu e cruzando as pernas em sua cintura.

Patch gemeu em aprovação, jogou a cabeça para trás com um sorriso canalha, então baixou o rosto me encarando outra vez. Segurou meu rosto e me analisou com aquele sorriso encantador que eu ainda não havia descoberto uma forma de resistir.

— Você é o meu carma. — disse acariciando meu rosto e seu sorriso pareceu maior.

— Por que comigo você simplesmente não faz que nem as outras? — perguntei o encarando apoiando o rosto em sua mão.

— Porque você não é como as outras. — ele respondeu me observando. — Você é especial.

— Nessas horas eu queria ser como as outras. — disse mau-humorada. Ele riu.

— Como você está ficando cada vez mais pervertida, anjo. — brincou.

— E tem como não ficar? Você me leva para o mal caminho. — constatei deixando uma trilha de beijos por sua mandíbula.

— Admita que no fundo você já era safada, só precisou de mim para revelar isso. — disparou mordendo meu lábio sensualmente.

— Tudo bem, eu admito. — confessei rebolando sem querer contra o seu quadril.

— É isso. — ele sorriu e aproximou os lábios dos meus e sussurrou em tom brincalhão, me provocando. — Vadia.

— Porque você não fica com a sua vadia esta noite? — perguntei sorrindo contra os seus lábios.

— Isso é um convite? — Patch não perdeu a oportunidade de me provocar outra vez.

— Sim, isso é um convite.

— Me convença. — brincou com um olhar indeciso e um sorriso sexy.

— Meu strip não vale? — perguntei com a expressão pidona.

— Hm... — ele fez uma expressão pensativa e depois sorriu. — É, me convenceu.

Patch me deu mais um beijo, então voltou a me observar, alisando meu cabelo.

— E o que o Jared vai achar disso? — perguntou com um sorriso provocante.

— O Jared não está em casa. — relatei risonha.

— Eu desconfiei. — Patch observou em concordância. — Se ele estivesse, eu nem estaria aqui agora, certo?

— Estaria, só que aí nós teríamos que ser muito silenciosos. — declarei após refletir alguns segundos.

— Então você está me escondendo do seu pai? — ele sugeriu com aquela expressão cafajeste.

— Nessas condições sim. — concordei.

— Ou seja, o Jared já sabe de mim? — concluiu com um sorriso sacana. — Quer dizer que vocês já tiveram aquela conversa.

— Na verdade, não. — admiti sem graça e expliquei: — Ele desconfia, mas não que seja você.

— Então está na hora de contarmos a ele, não acha? — ele sugeriu. — Eu poderia vir jantar aqui no fim de semana. — propôs.

— Quê? — arregalei os olhos. — Você não está falando sério, está? — quis saber surpresa.

— E eu pareço estar brincando? — ele retrucou um sorriso debochado. Meu Deus, eu não acredito que ele está falando sério mesmo.

— Patch, eu... Não sei se é uma boa ideia. — falei já apavorada, pensando em todo o escândalo que meu pai iria fazer e em como seria contar a ele.

— Por que? Para mim parece uma ótima ideia. — discordou determinado. — Eu estou livre no sábado, além do mais, vai ser bom me apresentar formalmente ao senhor Claflin. — ironizou.

— Tudo bem. Se você faz tanta questão. — concordei desviando os olhos meio contrariada.

— Ah não ser que você ainda pretenda me esconder por mais tempo. — zombou com aquele seu tom sarcástico.

— Não! Eu vou falar com ele. — disse rapidamente, me dando por vencida.

— Ótimo. — ele concordou satisfeito, deitando-se ao meu lado na cama e puxando-me para o seu peito, com um sorriso safado. — Talvez depois eu pule sua janela outra vez.

— Eu iria adorar. — admiti, feliz.

— Eu também. — ele sussurrou com um sorriso.

— Agora acho que preciso de uma roupa. — falei envergonhada com uma risadinha.

— Nisso eu discordo totalmente. — ele sorriu tentando me puxar de volta enquanto me levantava.

Sorri e me pus em pé, e ele jogou-se, folgado, em minha cama novamente me admirando.

— Pare de me olhar. — retruquei pegando um travesseiro e jogando contra ele sorrindo, Patch o segurou. Fui em direção ao banheiro.

— Pode esquecer. — negou-se com aquela expressão cafajeste. — A visão daqui está tão agradável.

— Idiota. — disse antes de entrar no banheiro.

Fechei a porta e fui logo tirando o corset e prendendo os cabelos em um coque, entrando para baixo do chuveiro. Tomei um banho rápido, lavando só o corpo e rosto para tirar o máximo possível da maquiagem. Terminei e saí do banho, secando-me e vestindo meu pijama, pensando em como uma vez Patch comentou sobre meu pijama ser broxante, bom, ele decididamente não poderia dizer o mesmo deste pois eu o escolhi especialmente para isso.

Após escovar os dentes deixei o banheiro e retornei ao quarto, percebendo a claridade vinda da rua pela janela aberta e a fechei antes de voltar para a cama. Observei Patch, ele já estava dormindo e definitivamente seria difícil de acreditar que ele é do jeito que é só em vê-lo dormir, afinal, ele é quem parece um anjo quando dorme. Sorri o encarando enquanto dormia, tão calmo como se fosse outra pessoa.

Me aproximei devagar para não acorda-lo e deitei em seu peito, ajeitando-me ali. Ergui a cabeça, olhando-o uma última vez e depositando um beijo suave em seu rosto, antes de descansar a cabeça sobre si para enfim, dormir com ele pela primeira vez.


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Notas finais do capítulo

Uhulll! Finalmente uma pegação boa, aleluia irmãos!
Ah, só para não esquecer, SUCCUBUS ESTÃO DE FÉRIAS! Férias não, Succubus estão na vagabundagem porque sim nossas queridas, nós acabamos de concluir o ensino médio e por fim o colégio!!! yEAH!
Agora o tempo livre reina, é claro que não vamos postar quase todo final de semana até porque precisamos viver né anjos, mas vamos tentar ser rapidíssimas, porque ALGUMAS de vocês merecem, nem todas, afinal mais de 100 visualizações no cap anterior e só 12 comentaram, obrigada inclusive a todas vocês, vocês são nota 1000! As demais, francamente, estamos decepcionadas! Meta do cap por enquanto 10, se não, não voltamos e vocês viram que podemos ser bem más quando queremos. Beijinhos. ♥

Succubus