POV Fatinha

Ele estava diferente desde a hora que eu toquei no assunto da mãe dele, mais não podia deixar isso estragasse a nossa ultima noite aqui.

No caminho de volta pegamos um táxi, ele estava em silêncio absoluto só olhando pela janela, eu peguei em sua mão, e ele olhou para mim.

Fatinha: Me perdoa...

Bruno: Pelo o que linda? –nós sussurrávamos

Fatinha: Por eu ter falado aquilo, não era para você ficar assim, eu só queria ajudar... –ele colocou o dedo indicador sobre a minha boca para que eu me calasse, e colou seu rosto junto ao meu.

Bruno: Você não tem que pedir desculpas, está tudo bem tá? –ele beijou minha testa, e eu o abracei e enterrei meu rosto em seu peito, não querendo nunca mais sair dali.

Quando chegamos ao Hotel, todo o pessoal que tinha vindo para cá do Brasil, estava no hall comemorando e nós fomos até lá também, chegamos a tempo de brindar, sinceramente foi lindo! LINDO, alguns choraram, porque não foi somente uma viagem, foi A VIAGEM, aquela que se faz amigos, que se vive momentos únicos, que todo o sonho se torna realidade, essa é a viagem perfeita, e foi assim para todos, todos que a valorizaram.

Até a Manu estava lá, eu abracei ela e agradeci por tudo.

Depois de ficar por ali muito tempo, resolvi subir para o quarto.

Fatinha: EI, eu vou subir ok?! Estou muito cansada.

Bruno: Tá bom, eu já vou também, só vou me despedir do pessoal.

Fatinha: OK! –já havia me despedido de todos, e além do mais eu veria eles amanhã novamente.

Enfim eu havia chegado ao quarto e fui me arrumar para dormir, mas esse vestido não estava cooperando, não conseguia abaixar o zíper, ótimo agora eu precisava de ajuda, ou eu dormia com ele, ou eu rasgava o zíper mais eu não queria estragar meu lindo vestido, foi quando eu escutei a porta abrindo.

Fatinha: Bruno?

Bruno: Oi?

Fatinha: Será que você pode me ajudar um minutinho?

Bruno: Posso sim, com o que? –ele apareceu na porta do banheiro.

Fatinha: Não consigo tirar o vestido. –ele riu, eu estava engraçada mesmo, toda descabelada e fazendo um contorcionismo danado para tirar o vestido.

Bruno: Sério? –eu fiz com que sim com a cabeça e ele veio me ajudar.

Ele abriu o zíper devagar, e com a outra mão ele afastou o cabelo que estava em meu pescoço e beijou de leve ali, e foi descendo até o meu ombro, ele me virou de frente com ele enlaçou a minha cintura e me colou no corpo dele, passei meus braços por cima de seu ombro e nós nos beijamos docemente e depois com um pouco de ferocidade, nós saímos do banheiro, ele me encostou à parede e o beijo continuava depois ele foi descendo, agora ele estava em meu pescoço, mordiscava minha pele e meus lábios e isso fazia com que o meu desejo por ele aumentasse cada vez mais, eu sabia o que estava por vir, sabia que era ele que eu amava, sabia que isso só aconteceria se fosse com ele, mas mesmo assim eu estava com medo, eu me afastei e olhei em seus olhos e ele se assustou.

Bruno: Ei o que foi? Você não quer continuar?

Fatinha: Não é isso... –eu disse envergonhada.

Bruno: Confia em mim? –eu dei um longo suspiro, e tomei coragem.

Fatinha: Eu confio em você. –ele sorriu, e eu o beijei.

Eu confiava nele, a única pessoa que eu confiava para me entregar, me entregar por inteiro. Ele logo se livrou do meu vestido, e de suas roupas, me deitou de costas para a cama e em cima de mim, a paixão por ele inundava todo meu corpo, e me tomou por inteira...

Suas mãos passeavam por todo o meu corpo, e eu nem sabia descrever a sensação dos seus carinhos em mim, eu podia ver que ele queria mais de mim e eu também, precisava mais daquilo, precisava urgentemente e intensamente dele... E aconteceu, fui levada as profundezas.

A sensação era tão boa, mais do que boa, era extraordinária, era algo que eu nunca havia sentido, meu corpo inteiro queimava de paixão. Eu não era experiente nesse assunto então deixei que ele me conduzisse, sua mão acariciava meu corpo e seus lábios me conduziam a loucura, cada beijo ele descia um pouco mais...  Meu corpo clamava por aquele amor, podia sentir a paixão quente e intensa que cada vez mais me arrebatava e tirava meus sentidos, seus lábios beijando meu corpo isso era perfeito, meu coração estava absurdamente disparado, minha respiração ofegante, eu apertava os seus braços e podia sentir sua pele queimando também e a cada movimento eu sentia que ele era a pessoa certa.

Aquele momento estava sendo mais perfeito do que tudo que eu podia imaginar sentir seu corpo colado no meu, seu toque, era inexplicável a forma com que ele me conduzia ao amor, sentia que ele estava gostando apesar da minha timidez, em fim fora minutos intenso de amor e muito prazer, foi tudo maravilhoso do começo ao fim, fiquei com muito receio quando acabou mais em seu rosto podia ver que ele também tinha gostado.

Ele olhou em meus olhos deu um sorriso para mim, beijou a minha testa e descansou em mim, levei a mão em seus cabelos, e assim nós dormimos.

Quando eu acordei, ele já havia levantado, resolvi levantar também e fazer minha higiene diária, quando olhei no espelho minha aparência estava diferente, meus olhos estavam brilhando, eu me sentia diferente, me sentia extraordinariamente apaixonada, sentia que ele era o homem da minha vida, eu ainda podia sentir seus lábios juntos ao meu, o calor do seu corpo encostado no meu, suas mãos explorando meu corpo...

Bruno: Bom dia... –eu levei um susto com ele.

Fatinha: Ai Bruno que susto! Bom dia. –eu me virei e sorri para ele.

Bruno: Você está bem?  -olhei pelo espelho para ele.

Fatinha: Por que não estaria?

Bruno: Você sabe o que eu estou querendo dizer...

Fatinha:Estou mais do que bem, e você? –ele não respondeu e saiu dali e eu fui atrás dele.

-Bruno o que está acontecendo? Já entendi... Não fui o suficiente para você, você se arrependeu... –senti um nó na minha garganta.

Bruno: AAh por favor, não pense nisso, eu não me arrependi de nada faria tudo de novo, essa noite foi a melhor que eu já tive... Você se encaixa perfeitamente em mim, você é perfeita para mim. –ele sussurrava e veio mais perto de mim.

Fatinha: Qual é o problema então? –eu não entendia a expressão dele.

POV Bruno

A nossa perfeita noite, era assim que eu denominei essa noite. Ela era perfeita, mesmo toda tímida, ela era doce, estava com medo e eu sabia a razão disso, mais podia ver e sentir que ela confiava em mim, por isso deixou que acontecesse... Essa noite havia sido a melhor de todas para mim.

Ela estava perguntando qual era o problema que me deixava triste nesse momento, mas nem eu sabia responder, então eu fui até ela e dei um abraço bem apertado, querendo protegê-la de todo mal, de toda dor... Que eu mesmo causava e nem percebia isso.

Bruno: Não é nada meu anjo, nada, eu só não quero que você fique mal.

Fatinha: Não fique assim você! Não estrague esse momento.

Bruno: Me perdoa, me perdoa, prometo que não vou estragar mais nada, a partir de agora eu só vou concertar. –ela ficou em silêncio, e depois nós fomos tomar o café.

Sim, apesar de ter sido o melhor momento da minha vida, com a melhor pessoa que poderia existir, eu não sabia fazer ela feliz, sempre que acontecia algo bom eu estragava, eu não servia para ela.

 Apressamos-nos para arrumar as coisas senão perderíamos o voo, o meu sairia primeiro. Descemos, eu fechei a conta com o Hotel, e a van que levaria a Fatinha e a sua turma para o aeroporto já havia chegado.

Manuela: Fatinha! Que bom que te achei... Vamos? –ela deu um longo suspiro, e olhou para mim.

Fatinha: Vamos sim. –ela me deu um abraço.

Bruno: A gente se vê no Rio anjo.

Fatinha: Nos vemos no Rio... –ela se soltou de mim e se virou para ir embora, cada passo ela ficava mais longe de mim e eu sentia uma vontade de gritar para ela ouvir que eu queria ficar para sempre com ela... Mas não consegui.

POV Fatinha

A viagem havia sido tranquila, eu conversei um pouco com a Manuela ela me contou sobre a semana dela, e eu bom eu contei em partes, eu não via a hora de chegar no Brasil para conversar com meus amigos, precisava me sentir perto deles.

Quando desembarquei, peguei as minhas malas e quando sai no portão de desembarque internacional eu tive uma surpresa, estavam todos eles o Guilherme, a Alice, a Julia e até o Alex esperando por mim, o Gui foi o primeiro a vir até mim e me dar um abraço daqueles de urso, daqueles que chegam a faltar o ar.

Gui: AAAAH menina, mas que saudade que eu senti de você!

Fatinha: AAAh seu paia, nunca imaginei que sentiria tanta saudade suas desse jeito.

Alice e Julia: Faaatinhaaaa. –as duas vieram e me abraçaram também, depois ganhei um abraço coletivo.

Fatinha: Senti tanta saudade de vocês, GENTE tenho tantas coisas para contar a vocês...

Gui: Sim vamos escutar tudo, mais você não vai querer contar as coisas aqui no meio do aeroporto né?

Fatinha: Claro que não, vamos embora então, me ajudem aqui cavalheiros. –o Gui e o Alex me ajudaram com a bagagem e eu fui com as meninas, elas me especulavam sobre detalhes da viagem mais eu disse que só contaria quando eu estivesse em casa.

Eles me deixaram no meu apartamento e eu estava com uma saudade enorme dele, a primeira coisa que eu fiz foi tomar um banho colocar uma roupa e confortável e comer alguma coisa, como hoje era domingo e amanhã teria aula eu resolvi ir dormir mesmo sendo 19h da noite, e as meninas, bom elas que esperassem até amanhã, porque hoje eu estava esgotada.