The Powerful escrita por rafa_s


Capítulo 42
Capítulo 40 - Como diz o ditado...




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Jasper bateu na porta e Rosalie veio abrir. Sua cara não era das melhores e Emmett não estava à vista – o que eu julgava preocupante.

Toda essa situação estava me deixando mais do que confusa; não sabia se ficava feliz por ter Edward perto de mim todos os dias, ou se me sentia triste pela situação em que o grandão estava. Eu imagino muito bem como ficaria meu estado de espírito se Alice me disesse que iria morar do outro lado do país – literalmente.

“Calma Bella, tudo vai se ajeitar” Edward tentou me acalmar pelo pensamento.

Suspirei e entrei no quarto atrás de Alice, que parecia super tensa. Emmett estava sentado de costas pra gente, no sofá que tinha num canto do quarto, de cara abaixada. Era totalmente estranho vê-lo daquela forma; quieto e sério. Na verdade, achei que nunca o veria assim.

Sentei no colo do Edward, no sofá de um lugar, enquanto Jasper e Alice sentavam no chão, em cima de umas almofadas grandes que estavam por ali. Rosalie se arrumou do lado do namorado e nos encarou, suspirando logo em seguida.

- Nós não queremos brigar – disse pro alívio de todos, mas isso não mudava o fato que sua cara ainda era séria. – Hoje vai ser um dia muito importante pra gente, talvez seja a coisa mais importante que vamos fazer – olhou pra um ponto fixo na janela. – É claro que nós sofremos com isso, mas não vamos ficar no meio de vocês.

O momento era tomado por uma nuvem de silêncio e constrangimento. Ninguém olhava realmente no rosto de ninguém, só fitavam – assim como eu. – algum ponto do quarto.

Ouvi um soluço contido e percebi que Jazz amparava a baixinha, que chorava copiosamente em seu colo, ainda tentando ao máximo conter as lágrimas. Emmett pela primeira vez levantou o olhar – antes grudado no chão. – e encarou Alice, deixando sua carranca desabar quase que instantâneamente.

- Por que vocês não vêm com a gente? – ela perguntou tão baixo que eu não sabia se estava lamentando pra si, ou pra nós.

O grandão se levantou, ajoelhou na frente dela e levantou seu queixo, fazendo com que Allie o encarasse de perto, com os olhos transbordando lágrimas.

- Nós não podemos baixinha – Emm disse e forçou um sorriso triste. – Eu tenho meu time e a Rose tem um estágio pro início do semestre. Não é como se nós pudessemos deixar isso de lado.

Alice se soltou de Jasper e abraçou Emmett pelo pescoço, chorando ainda mais. Depois de alguns minutos, ela levantou o rosto e olhou pra Rose, que olhava a cena sem mudar a expressão. Não que ela estivesse séria, parecia mais em choque.

Lentamente minha irmã se levantou e encarou Rosalie, a mesma só seguiu o movimento com o olhar. Com uma cautela excessiva, minha irmã foi até ela e sentou ao seu lado. Fechou os olhos e segurou a mão da amiga. De repente, vimos a mesma expressão “perdida” de quando Alma e Alice viam o futuro, mas dessa vez no rosto de Rose.

Olhei para os meninos e todos tinham um olhar preocupado no rosto, sem entender o que estava acontecendo. O que me acalmou, foi ver que um sorriso brotava nos lábios de Edward.

Soubemos que o transe terminou quando uma lágrima caiu do rosto de Rosalie e um sorriso sincero apareceu em seus lábios. Alice se adiantou e abraçou a amiga.

Eu estava perdida. Queria saber essa técnica pra ver se Emmett me perdoava também. Que droga! Por que eu não fui escolhida como vidente? Era uma baita de uma injustiça. Queria saber quem foi responsável por dividir os poderes.

Edward riu alto e chamou a atenção de todos, fazendo com que o clima emocionante se quebrasse e com que meu rosto ficasse vermelho – isso me entregou na hora, admito.

- Bella... – ouvir Emmett chamar meu nome foi uma sensação equivalente à de quando um professor te pega colando. Um frio subiu minha espinha e eu temi que agora ele começasse a gritar e me chamar de traidora, ladra de irmãos e vigarista. – Não estou chateado com você…

“Deus, obrigada por só colocar loucos no meu caminho” agradeci mentalmente enquanto ele continuava falando.

– Eu não iria aguentar ficar longe da minha ursinha e não quero que meu irmão passe por isso – seus olhos demonstravam a sinceridade daquelas palavras.

Sorri involuntáriamente perante tal atitude.

- Eu sei que você deve estar achando que eu estou com vontade de torcer seu pescoço e bater na sua cabeça com uma tora de madeira – engoli em seco e os outros riram. – Mas não é verdade, você já é como uma irmã pra mim. Será tão difícil ficar longe dele, quanto de você – sorriu de lado.

Senti meus canais lacrimais começarem a trabalhar e chorei igual uma velhinha ouvindo Frank Sinatra. Levantei e o dei um abraço forte, colocando minha testa em seu ombro.

- Eu juro… que carrego ele – funguei. – Todos os feriados pra NY – falei chorosa, olhando em seus olhos. – E nas férias também – ele sorriu. – Quando você e Rose quiserem ir pra Forks, até se for pra morar, eu dou meu quarto pra vocês.

- Acho bom, porque minha cama… - Alice resmungava baixinho, mas travou sem graça ou ver que todos tinham parado pra ouvir. Abriu um sorriso amarelho e Emmett gargalhou alto, do seu jeito de sempre. Claro que isso contagiou todo o grupo.

Olhei pro rosto de cada um deles. Rosalie dava uns cascudos em Alice, que rindo à plenos pulmões tentava se afastar. Emmett e Edward davam beliscões no Jasper – que também rindo. – tentava revidar. Meu sorriso se alargou mais quando Ed voltou pro meu lado e me abraçou pela cintura.

A situação me fez refletir sobre minha vida antes e depois da viagem. Eu achava que era completa; meus pais, minha irmã, minha faculdade e meus amigos. Mas isso não era totalmente real, já que hoje parecia que eles sempre estiveram ali comigo, como se fossemos uma família e eu não poderia me imaginar sem cada um deles.

Mesmo tão diferentes, era como se uma personalidade completasse a outra, e juntas, formássemos algo perfeito. Emmett a nossa alegria, Alice a nossa esperança, Jasper o nosso cérebro, Rosalie a nossa força e Edward o nosso vigor. Eu não sabia em que parte eu entrava, mas não me julgava menos importante que eles – apesar das qualidades.

“Você é o nosso anjo, a nossa proteção. Sem você nós nunca estáriamos bem” ouvi a voz de Edward soar na minha mente, só então, percebendo que o mesmo me fitava com um sorriso lindo, aquele pelo qual eu me apaixonei. Sorri tímida e encostei nossos lábios delicadamente.

- Ei, procurem um quarto – Emmett ralhou, fazendo com que todos sorrissem mais. Essas horas eram as que eu mais gostava de encarar o Jasper. Os sentimentos alegres faziam com que ele ficasse tão radiante quanto minha irmã nas ruas de milão fazendo compras.

Depois disso o clima tenso não voltou, com isso o tempo correu ainda mais e quando vimos já estava na hora do almoço. Descemos conversando alto e rindo a plenos pulmões.

Ao nos ver entrar na sala de jantar, Esme ficou radiante quando percebeu que estávamos de bem novamente. O ideal não era nos separármos, mas nós iríamos lidar bem com isso. Não é como se nunca mais fossemos nos ver.

O clima na mesa era o mais engraçado; ao mesmo tempo que todos estavam animados com o baile, a nostalgia do início das férias batia em todos. Leah e Ângela tinham os olhos vermelhos constantemente, já que toda hora que alguém falava as palavras “avião” ou “Estados Unidos” as duas caíam no choro. Seria cômico, se eu não estivesse a ponto de chorar cada vez que me imaginava longe de Rose e Emm.

Hoje nem Victória com o seu bando e James com seu cabelo seboso, nos encaravam, pareciam entretidos com seus amigos em assuntos animados. Mesmo sendo estranho, era ótimo saber que pelo menos agora não teríamos clima pesado.

Meus pensamentos voaram para a questão do nosso inimigo. Era alguém que estava no castelo, mas nós não fazíamos ideia de quem poderia ser. Devido ao longo tempo que separava um portal do outro, tinha chances de ser tanto um funcionário, quanto um visitante.

- O que vocês acham da gente ir passear na praia? – Alice perguntou animada. – Eu prometo que nós não vamos nos cansar! Já sei que o Emmett vai nos levar de jeep – abriu um sorriso enorme e seus olhinhos brilharam. Na última parte ela havia falado mais baixo.

- Tudo bem – concordei querendo aproveitar ao máximo aquele fim de férias.

- Se a Bella vai eu também vou – Edward sorriu pra mim e bagunçou o cabelo.

- Então vamos todos – Rosalie deu o veredicto final.

Quando terminamos a refeição, fomos pros nossos quartos trocar de roupa. Entrei sozinha no meu e constatei que Dorothy me esperava sentada na cama seu semblante estava alegre.

- Olá – cumprimentei feliz., fazendo com que ela abrisse um sorriso.

- Oi Bella, como você está? – perguntou com sua voz musical.

- Estou bem – fui andando até meu armário para pegar um biquini. – Nós vamos dar uma volta na praia, mas Alice prometeu que nós não vamos nos cansar – peguei um azul e branco e fui até o banheiro me trocar.

Mesmo sendo uma fantasma, ela tinha olhos então eu não me sentia a vontade pra ficar nua em sua frente.

Quando saí, percebendo que Dorothy brilhava ainda mais, como se estivesse super feliz, fiquei super curiosa.

- O que deu em você? – perguntei jogando minhas roupas de qual quer jeito dentro do armário e pegando minha bolsa de praia.

- John descobriu uma coisa – falou animada e brilhou ainda mais.

- Diga logo mulher – quase bufei de ansiedade. Pra que tanto drama?

- Ele descobriu onde e como Roisia morreu – se levantou num rompante.

Nossa! Que mulher mais mórbida. Descobre como a amiga morreu e age como se a festa do ano estivesse pra começar. Eu ficaria no mínimo de luto e deprimida pelos cantos.

Ia responder, quando percebi o que aquilo significava.

- AAAAAAHHHHHH – comecei a gritar animada. Parece que finalmente as coisas estavam mudando pro nosso favor. Pela primeira vez vi a fantasma, geralmente séria, igual uma criança feliz no natal.

- BELLA? – ouvi um grito e batidas na porta. – BELLA, VOCÊ ESTÁ BEM? – Edward.

- BELLINHA, ME RESPONDE! – Alice também estava lá fora.

Sorri pra Dorothy e fui correndo abrir a porta. Eles sorriram ao me ver, mas depois fizeram uma cara espantada. Não era pra menos. Eu devia estar parecendo uma lunática bêbada que acabou de ganhar um copo de cachaça de graça.

- O que deu em você? – ouvi a voz de Rosalie vindo de trás do Edward. Emmett e Jasper estavam lá também. Por incrível que pareça, todos prontos pra ir pra praia.

- Eu tenho uma ótima notícia – falei dando passagem e fazendo um gesto pra que eles entrassem. – Vamos, temos companhia.

Todos entraram e se arrumaram pelo quarto. Segundos depois Alme e Johannes apareceram também, ambos brilhantes e animados.

- Então, me contem logo – Emmett pediu ansioso. – Não aguento esses mistérios que mais parecem filme de suspense – disse.

- Tudo bem, vamos direto ao assunto – Alma começou a falar e se virou pra Rosalie. – Nós descobrimos o que aconteceu com Roisia – disse contida.

Olhando pra eles, pude ver cada rosto se iluminando, menos o da loira, que parecia em pânico.

- Que máximo, ursinha! Você vai conhecer sua versão “old times” – Emmett deu um tapa nas costas dela, que nem pareceu sentir. – Rose? – ele chamou. – Você ta bem? – passou a mão na frente do rosto dela.

Nesse momento a mesma bufou e deu um tapa na cabeça dele.

- Claro que estou – disse. – Perfeitamente bem, eu diria – completou não muito feliz, digamos que até... Irritada.

Todos a olhavam como se ela fosse um ET. Qual é? Nós finalmente teríamos reforço e ainda dariamos mais felicidade pros nossos amigos fantasmas.

- Bem – Johannes chamou a atenção, quebrando o clima estranho. – Parece que ela morreu de uma doença, talvez uma pneumonia, pelo o que andei lendo. Não foi muito velha, devido às condições da época, mas creio que ela voltará na mesma idade que estava quando estávamos juntos. Assim como nós – apontou pra si e pras duas fantasmas ao seu lado.

- É verdade, pelo que me lembro, eu já não tinha mais esse corpinho quando bati as botas – Alma falou e todos riram, menos Rosalie.

“Qual é o problema dela?” apertei o braço do Edward e perguntei.

“Ela só está com medo de que a Roisia não goste dela” respondeu despreocupado. “Se ocorrer tudo certo, ela vai ficar normal novamente.”

Sorri.

- Mas onde foi isso? – Jasper perguntou curioso.

- Na praia, perto da parede de pedra – foi Dorothy quem respondeu e sorriu para nós. – Eu nunca soube disso, porque é óbvio que ela não ficou presa aqui, teremos que libertá-la assim como fizemos com Alma e Johannes.

- Você já pensou se ela está em um lugar melhor? – Alice perguntou.

Só aí parei pra refletir. Dorothy devia estar aqui por não ter completado sua missão, ou alguma coisa assim. Pelo menos, era isso que eu tinha aprendido com uma mixagem de filmes, religiões e livros. Mas pelo que me parece, Johannes e Alma não estavam por aqui durante todos esses anos.

- Ah, ela está – respondeu sem tirar o sorriso da cara. – Descobrimos que se ela não quiser ficar, não precisa.

- E o onde… - Emmett ia começar mas Johannes o cortou.

- Não me venha fazer perguntas que você nunca vai entender a resposta – disse sério, mas todos riram. Bem, Emmett coçava a cabeça e refletia sobre o que significava aquilo.

- Então o que estamos esperando? – Alice se levantou animada e já foi puxando Jasper.

Assim como Allie havia previsto, estávamos indo de jeep para a praia, só que nosso destino era a antiga “torre de comando”. Não sei como Roisia foi morrer logo alí, mas estava feliz de saber o lugar em que ela estava.

Rosalie permaneceu tensa durante todo o caminho – o que não passava despercebido pelo grupo. Os três fantasmas nos esperaríam lá, eles estavam pesquisando o lugar exato da morte. Não é como se a gente jogasse o anel pro alto e ela aparecesse.

Ta, poderia ser meio isso.

Assim que paramos no lugar mais próximo, saltamos e continuamos a pé até o local – que ficava um pouco embranhado na mata. – Fiz sinal pra que o Edward fosse na frente e entendendo o que eu queria ele puxou o Emmett, deixando Rosalie livre pra mim.

- Rose – toquei seu braço, chamando sua atenção. Esperei um pouco pra tomar uma pequena distância dos outros e só então comecei a falar. – Não acho que você deva ficar preocupada – falei calmamente. – Tenho certeza que você e Roisia vão se dar muito bem.

Ela suspirou infeliz e fechou os olhos, abaixando a cabeça.

- Acredite em mim, Rose. É impossível não amar você – falei com uma mão em seu ombro direito.Ela me olhou e sorriu, seus olhos cheios de lágrimas.

- Obrigada, Bella – me abraçou gentilmente. – É muito bom ouvir isso de alguém tão especial pra mim – disse chorosa.

Sorri.

- Agora deixe de ser sentimental e vamos libertar a “loira 2” e quebrar a cara daqueles fantasmas idiotas – levantei minha mão em punhos, fazendo com que ela risse.

- Tudo bem, vamos – pegou minha mão e me rebocou pelo caminho que os outros tinham feito.

(...)

- E então, o que nós temos que fazer? – todos pareceram espantados com a exitação de Rosalie em um momento em que todos estavam pensativos.

- Nós temos alguns lugares que… - Johannes ia falar, mas foi interrompido.

- Quais? Eu jogo em todos – a loira respondeu rápido fazendo com que os outros expectadores ficassem ainda mais surpresos.

Durante quinze minutos Rosalie ficou jogando seu anel pra lá e pra cá. Não é querendo desanimar, mas eu já estava farta de passar meu tempo olhando Rose brincar de tiro ao alvo.

- Mas que droga! – esbravejou mais uma vez ao ver que não tinha dado certo no centro do local, onde havia uma pedra. – Onde essa bendita foi morrer? – perguntou aos céus e esperou uma resposta durante uns segundos. – Merda! Nem isso dá certo – bufou irritada.

Todos já tinham superado a mudança dela nesse meio tempo, o que deixava tudo mais chato, já que não tinham mais caretas engraçadas. Ela saiu de perto e fui pra uma parte do lado das árvores, onde o sol não batia e os fantasmas estavam.

- Rose… - Emm tentou novamente.

- Não me venha pedir para ficar calma, Emmett Cullen, ou eu trato de chutar isso que você tem entre as pernas – apontou o indicador pra ele.

O grandão levantou os braços e caminhou de volta pra nós – que olhavamos a cena de um canto.

- Essa mulher só pode estar de TPM, não é possível – resmungou baixo enquanto se posicionava atrás do Edward.

- Rosalie, nós dissemos que não tínhamos certeza quanto ao local exato – Johannes disse.

A loira o fuzilou com seus orbes, geralmente claros, numa escuridão profunda.

- Pelo amor de Deus! Vocês saíram de um quadro! – jogou na cara deles, que franziram o nariz.

- É, não sei – ele disse meio sem graça. – Mas o quadro estava no mesmo aposento naquela época – a explicação fez Rose sorrir diabólicamente.

Se virou pra onde nós estávamos e eu pude sentir os outros – assim como eu. – prenderem a respiração por alguns segundos. Ela nos fitava decidida e caminhou em passos largos até nós.

Fechei os olhos quando vi que estava chegando, mas ela passou direto. Não só por mim, mas pelos outros também, indo para onde nossos “acentos” estavam posicionados.

Nos viramos curiosos.

Rosalie fechou a mão e encarou o anel de perto, depois fechou os olhos, respirou fundo e entao socou o banco de pedra com tudo.

As coisas acontecerem muito rápido. Alma mudou de posição, enquanto Rosalie era arremeçada pra trás, pegado-a antes dela chegar no chão. Uma fumaça vermelha e densa surgiu, como se uma bomba tivesse acabado de explodir ali.

Os segundos passaram lentamente, Alma colocou Rose no chão e foi pro lado de Johannes e Dorothy, enquanto uma forma ia surgindo em meio a nuvem rubra.

- Por Deus! O que eu estou fazendo aqui? – uma voz linda soou contida e espantada, como se falasse consigo mesma. – Ei, quem são vocês e o que está acontecendo? Me respondam logo! – pediu autoritária.

Todos estavam bobos. Ela nos olhava furiosa, o que dava medo, mas sua confusão não conseguia ser escondida de seus olhos. Foi olhar para o lado, que toda aquela máscara caiu. Seus olhos arregalaram e seu queixo caiu.

Sabe, eu já estava ficando enjoada de ver essas cenas. Poderiamos achar logo todos de uma vez e poupar momentos como esse.

- Eu não acredito – colocou a mão no peito e saiu correndo em direção dos outros fantasmas. – Eu estou tão feliz – se pudesse, ela estaria chorando.

Depois de mil “que saudades!” e trezentos “Oh my Lords” – que gíria horrível que eles usavam na época. – ela finalmente pareceu lembrar de nossa presença.

- Então, quem são esses? – perguntou pra Alma.

- Preste atenção em cada um deles – foi Dorothy que respondeu.

Primeiro seus olhos caíram sobre Jasper, ela não estava dando muito atenção, mas algo nele fez com que ela franzisse o cenho. Olhou pra Johannes e balançou a cabeça. Depois passou pra Alice, que sorriu pra ela, a fantasma logo virou pra Alma. Tudo parecia mais claro conforme ela olhou pra mim e pra Edward.

Seus olhos caíram em Emmett. Sua expressão ficou triste e a cabeça pendeu pro lado, como se estivesse admirando uma miragem.

- Ih, o que essa loira ta olhando, ursinha? Eu não to gostando nada disso – Emmett perguntou indo pra trás de Rose, que mantinha os olhos fixos na fantasma.

- Você… - Roisia deu um passo, mas parou. – O que isso quer dizer? – ela perguntou se virando pra Dorothy.

- Que temos trabalho a fazer hoje – a fantasma rosa sorriu e deu de ombros. – Juntos fazemos a força.

- Yey! – Alma gritou animada, acompanhada de Alice. Todos riram alto, quebrando o clima tenso que nem chegou a se instalar.


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Notas finais do capítulo

Bem, eu tinha dito que ia começar a batalha nesse capítulo, mas além de achar que ficaria muito grande, me pediram pra colocar toda a luta em um post só. Vou tentar acatar isso

Obrigada a todos os comentários meninas, vocês me dão ânimo pra continuar.

Próximo capítulo será a batalha. Não sei quando vou postar, mas vou tentar ser rápida!!

Beeeeijos, Rafa.