The Powerful escrita por rafa_s


Capítulo 38
Capítulo 36 - O mistério do anel




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- Vocês sabem que cada um desses anéis foi de um de nós, certo? – Johannes fez a pergunta retórica. A resposta era óbvia. – Quando nós descobrimos a história do castelo, já éramos cientes de nossos poderes – explicou.

“Alma já tinha visões, Edward já era irritante lendo nossos pensamentos, Eu sempre fui…”

- Ta, ta, pula logo esse lenga-lenga – Emmett estava impaciente sentado no chão. Ele estava entre as pernas de Rose, que estava no sofá ao meu lado.

Alma riu e Belatriz também.

- E eu ainda tinha esperanças disso ser mais simples – Lamentou o Jasper fantasma. – Porém tínhamos muito mais contras do que vocês tem hoje – isso fez com que eu ficasse mais atenta.

Toda aquela história do passado, me fascinava de uma maneira inexplicável. Era incrível tanto tempo depois conseguir saber a história na íntegra, pelos próprios protagonistas. Até ver, eu já tinha visto.

- Por exemplo; nós não enxergávamos os fantasmas – levantou um dedo. – Também não tínhamos tanto poder quando vocês tem agora – levantou outro dedo. – E pra finalizar, não sabíamos que tinha um humano ao lado deles.

Eu estava boquiaberta. Sério. Eles eram fodas – por falta de palavra melhor.

- Os dois primeiros problemas, nós resolvemos com um só elemento – sorriu.

- Qual? Me diz – Emmett saltou do chão e ficou igual um retardado pulando na frente do fantasma. Eu ri alto, acompanhada dos outros.

- Nós descobrimos essa pedra – apontou pro cordão que Emm usava. – Agora senta e deixa eu contar a história.

Emmett arregalou os olhos e correu pro lado da Rose. Jasper riu muito, em sinfonia com Johannes. Piada interna, pelo visto.

- Deixa eu contar um pouco – Alma, que estava parada ao lado de Belatrix, fez um biquinho à la Alice. Ou Alice faz igual a ela... que seja!

- Tudo bem, querida – e fez sinal pra que ela tomasse seu lugar.

Sorridente, a fantasma com seus longos cabelos negros se posicionou onde o seu amado estava antes. Limpou a garganta e sorriu.

- Nós sempre sentíamos a presença deles, e também podíamos saber onde eles estavam graças ao poder de Roisia – explicou. – Com ela enxergando o Edward acabava vendo também. O que pra gente era uma vantagem enorme – fez uns gestos com a mão.

“Um dia, o John estava lendo um livro e descobriu que uns anos antes havia acontecido algo muito estranho, onde fantasmas apareciam e assombravam todo mundo” sorriu pro namorado e pra amiga. “Ao pesquisar mais e mais e…”

- Parece até o Jasper – dessa vez foi Rose quem resmungou, fazendo com que eu, Edward e Emmett rissemos. Como Alice e Jasper estavam no outro sofá, nem escutaram.

Dorothy também sorria, o que indicava que eles também tinham ouvido – isso explicava a cara de Alma, que tentava não rir, olhando pra um ponto fixo no meu quarto.

Ela forçou uma tosse, e continuou:

- Foi aí que ele descobriu o portal – disse num tom de mistério. – Pelas pesquisas que ele fez, descobriu que no ano seguinte, seria mais um ano em que os fantasmas ganhariam forças e sairíam assombrando todo mundo.

“Mas nós estávamos perto de uma guerra, e se isso acontecesse poderia abalar o nosso reino de forma incorrigível” nesse momento ela parecia imersa em lembranças. “Nós não podíamos deixar que isso acontecesse, então resolvemos usar nossos poderes.”

Foi só falar neles que ela sorriu.

- Cada um de nós já tinha total controle do poder que portava, mas ainda tinha a questão de ninguém enxergar os malditos – lamentou. – Bela, continua? – pediu.

Dorothy sorriu e chegou pra frente.

- Dessa vez nós fizemos um mutirão e pegamos vários livros na biblioteca – contou. – Ficamos no meu armário por meses, até achar alguma coisa que pudesse ajudar no nosso caso.

“Até que um dia, eu achei” sorriu triunfante. Os outros dois fantasmas a olhavam sorrindo. “Eu descobri essa pedra rara, que existia no norte da Irlanda. Era distante, mas nós ainda tínhamos apróximadamente 90 dias até o portal ser aberto” agora ela contava a história como se fosse das princesas da Disney.

Fazia gestos com a mão, voz de místério e até mímica. Eu estava prendendo a risada, e acho que os outros também.

“Meu amor, por favor para de pensar e se concentra” Edward iria explodir em gargalhadas a qual quer momento.

- Foi aí que conhecemos Thomas Glow, o diplomata do castelo – disse sorrindo. – Por acaso nós descobrimos que ele era, além de tudo, um estudioso – Emmett ia falar, mas ela o interrompeu. – Ele era biólogo.

- Naquele tempo isso já tinha esse nome? – Alice perguntou.

- O termo biologia apareceu um pouco antes disso, em 1766, no livro de… - Jasper ia dizer, mas foi interrompido.

- Deixa ela contiar a história, cara – Emmett pediu puto.

Ele bufou e se encostou novamente.

- Depois de muito conversar e também de comprovar que os fantasmas realmente existiam, ele nos contou que iria pra um lugar próximo ao que nós queríamos, em questões militares – a cada palavra que ela falava, os olhos de Emm brilhavam mais. – Edward e Everard…

- YEAH – o retardado gritou como se tivesse acabado de fazer um gol. Todo mundo olhou pra ele assustado. – Ah, qual é? Só faltava eu aparecer nessa história – ele disse animado.

- Meu Deus! Uma cópia exata – Johannes lamentava no canto.

- Como eu ia dizendo, Edward e Everard eram do exército de meu pai, então eles conseguiram entrar na guarda que levaria o Thomas – eu acho que ela já estava ficando sem paciência, mas deixa quieto. – Depois de trinta dias, eles voltaram com a pedra.

- Ela era enorme – Alma disse, se metendo. – Então o Thomas fez alguma bruxaria e conseguiu dividi-la em seis.

- Ele só cortou com diamante, Alma. Não exagera – pediu Belatrix.

Ela não pareceu se abalar, pois continuou sorrindo e prosseguiu com a história.

- Pra não perder e nem levantar suspeitas de que tínhamos essa pedra, nós fizemos uma jóia pra cada um – ela estava quase dançando enquanto narrava a história.

Lembrete: Nunca deixar Alma e Alice contarem uma história juntas.

- Depois disso nós ficamos muito mais poderosos. Eu via o futuro com mais nitidez, Rosi via tudo através das paredes, Edward se comunicava com a gente por pensamento, Bela expandia sua barreira e atacava com ela…

- Você o que?! – perguntei assustada. – Eu posso usar como ataque também? – perguntei expantada.

- Creio que não, querida – Dorothy disse desanimada. – Eu tinha os poderes deis de que nasci. Sempre conseguia me safar quando tropeçava, e coisas assim – ela riu. – Eu era uma princesa, mas se dependesse de mim, ia viver mais machucada que todo o exército junto.

Alma soltou sua risadinha, seguida de Johannes.

Tenho que dizer que a notícia me desanimou. Qual é? Eu também queria poder agredir os fantasmas quando eles viessem brigar comigo. Não era muito justo.

“Você é ótima, gostosa. Não se deixe abalar por isso” Edward pensou e deu um beijo em meus cabelos.

- Bem, esse pedra é rara e acho que hoje, depois de tanto tempo, talvez ela nem exista mais – Alma continuou com a história. – Os garotos demoraram cerca de 10 dias só procurando por ela.

- É Emmett, se você perder isso ta ferrado – Edward disse rindo, enquanto o gradão mandava língua pra ele.

- Essa pedra nos deu poder de ver os fantasmas a hora que quisessemos, e é por isso que vocês também podem – explicou. – Já os nossos poderes foram postos aí, por causa de uma magia que o Sr. Glow fez.

- Aposto que não tem magia nenhuma – Emm resmungou.

- Não, dessa vez foi magia mesmo – Johannes disse sorrindo.

Sabe, tenho a ligeira impressão que o Everard pegava muito no pé do coitado, já que ele fazia umas caras muito engraçadas quando o grandão falava alguma coisa.

- Bom, então é por isso que talvez alguns dos poderes não sejam tão eficiente – ela disse.

Alice levantou a mão e ficou quicando na cadeira.

- Fale, outra eu – Alma disse.

- Eu consigo ver os fantasmas nas minhas visões e nunca tive problemas – disse.

- Então eu fiz o dever de casa direito – a fantasma respondeu rindo. – Eu, Bela e Roisi passamos juntas. Já Edward e Everard fizeram o ritual em seus aposentos, e o John foi o primeiro que fez, com a ajuda do Glow.

- Por que não fizeram todos juntos? – Rosalie, até então quieta, perguntou.

Acho que essa não foi a pergunta certa, porque na mesma hora os três pareceram murchar.

- Bom, nós só passamos os poderes depois que a batalha tinha acabado – suspirou Dorothy. – Meu pai proibiu os garotos de chegarem perto de mim e de Roisia.

Emmett ia abrir a boca, mas eu dei um chute nele.

- AI, BELLA – ele gritou e eu o fuzilei com os olhos.

- Mais alguma pergunta? – Johannes olhou pra gente.

- Vocês ficaram sem poderes? – Alice perguntou.

- Quando ainda eramos vivos, eles dimuiam quando nós tiravamos o anel, mas não perdemos completamente – Johannes disse, e a baixinha quase babava nele. – Por isso que hoje, mortos, nós ainda temos eles.

- Na vez que o portal abriu, antes de vocês, não tinha nenhum humano? – Jasper perguntou.

Na minha opinião ele só fez isso pra tirar os olhinhos brilhantes da minha irmã, de cima do fantasma bonitão.

- Não – foi Alma que respondeu. – Se tivesse um humano do lado deles na primeira vez, provavelmente até hoje ninguém moraria aqui.

- Por quê? – perguntei sem conter minha curiosidade.

- O portal da força pros fantasmas, mas só isso. Eles não conseguem atravessar ele – Johannes voltou sua atenção pra mim. – Se eles conseguirem, não só vão ficar muito mais poderosos, como também esse poder não vai ser só quando o portal abrir.

Toc. Toc.

- É a Esme – Rose disse.

Me levantei e fui abrir a porta, afinal o quarto era meu.

- Olá querida – simpática como sempre. – Creio que estejam todos juntos, né? – sorriu.

- Sim – e abri um pouco mais a porta pra que ela visse.

A mesmo deu um tchauzinho pros outros e se virou pra mim. Só aí que eu percebi uma caixa enorme no chão, ao seu lado. E eu conhecia aquela caixa.

- Sua mãe mandou e pediu pra que entregasse pros garotos a caixa, e isso pra você – me entregou um envelope branco.

No verso dele tinha escrito com a linda letra de Renée:

Isabella, Alice e Rosalie.

- Esse ela disse que era pra vocês lerem antes de entregar a caixa pra eles – me deu um abraço e saiu cantado a música da noviça rebelde.

Tive que rir.

- Emmett, vem pegar essa caixa aqui – eu chamei enquanto eu ia entrando. – Olha o que a mamãe mandou – balancei a carta, mas os olhos de Alice estavam presos na caixa. – Vai tirando o olho que não é pra gente – avisei e ela fez uma cara triste.

- Abre logo essa carta, Bella – ela pediu.

- Rose, também é pra você – e ela arregalou os olhos.

- Ah, Renée Swan me mandou uma carta? Ninguém em Nova York vai acreditar – disse animada e veio pro meu lado.

- Vocês se ecomodam? – perguntei pros fantasmas que ainda estavam ali.

Eles sorriram e negaram com a cabeça. Ótimo.

Abri o envelope e tirei a carta. Era uma página só e nada muito grande.

 

Queridas meninas,

 

Sei que provavelmente Alice está chateada que as roupas não eram pra ela, então quero deixar prometido que quando você chegar aqui, filha, vou ter roupas exclusivas só pra você.

 

- Yes! Dale mamãe! – comemorou.

Fingi uma tosse, e ela pediu pra que eu proseguisse.

 

Como da última vez eu levei roupas de gala pras senhoras, dessa vez é para os garotos. Com aquelas roupas, seus acompanhantes tem que estar adequadamente vestidos. Espero as três pra um dia de compras aqui em Nova York!

Rosalie, foi ótimo te conhecer querida. Além de linda é muito simpática.

Bella & Allie, mamãe ama vocês queridas, NY fica vazia de mais sem vocês ligando toda hora, indo aos eventos comigo e aparecendo aqui de surpresa.

Meninos, cuidem bem dessas beldades.

Com carinho,

Renée Swan.

 

Alice tinha os olhos marejados, veio me abraçar e caiu no berreiro. Dei a carta pra Rose e a acudi, colocando-a sentada no meu colo.

- Vai ficar tudo bem, Allie. Você vai ver – fazia carinho em seu cabelinho repicado.

- Ta bem, Bellinha – ela fungou e me deu um beijo na bochecha, depois se levantou e foi pro colo do Jasper. Imediatamente ela já estava sorrindo e mostrando suas covinhas fofas.

- Eu posso abrir? – Emmett já estava abrindo a caixa quando perguntou. –Uau! – ele disse.

Arrumados em papéis de seda três smookings foram tirados la de dentro. Todos com nome de cada um deles. Minha mãe é fogo. Bem que eu vi que no dia do jantar ela tava encarando de mais os ombros de Emmett.

- Caramba – Edward pegou o seu. – Será que vai caber?

Alice começou a gargalhar.

- Minha mãe fez uma roupa pra Rose sem nunca ter visto ela antes – disse sorrindo. – Vocês acham que ela não saberia o tamanho de vocês? Aposto até que ela vai saber que a coxa do Emmett é grade de mais pra um corte reto – observou fazendo com que arregalasse os olhos.

- Meu corte não é reto? Ta louca! – ele jogou o smoking no sofá. – E agora Deus? E agora ursinha? – ele estava realmente preocupado.

Eu ri e ele me fuzilou.

- Você só ta rindo porque tem esses dois palitinhos que chama de perna, então seu corte deve ser reto – disse emburrado. – Rose, o que é um corte reto? – perguntou confuso.

Todo mundo riu da cara dele. Não é possível que alguém consiga ser tão tapado assim. Como ele sobrevive?

- Esquece isso ursão, esquece – Rose fazia carinho na cabeça dele como se fosse um bebê gigante.

Esse era o casal mais engraçado. Ela era tudo adulta, responsável e decidida, enquanto ele era um cara enorme com um cérebro de um girino. Pelo menos os dois eram lindos.

- Ah Jazz, agora nós vamos estar perfeitos no baile – Alice tinha os olhos brilhando. - Já posso até ver a nossa entrada triunfal!

- Allie, nós temos um trabalho a fazer antes do baile – eu disse.

- Ah Bellinha, deixa eu sonhar em paz – e cruzou os bracinhos com um beiço enorme e a cara emburrada.

- Bom, agora nós vamos nos retirar. Vocês tem que descançar e tentar descobrir quem é o traíra – Alma disse. – Até qual quer hora, queridos – e sumiram.

- Será que quando eu morrer, vou ser tão legal quanto eles? – Emmett pensava alto.

- Bom, podíamos tentar descobrir onde o seu fantasma morreu, e aí descobriríamos – Edward disse e veio me abraçar. – Agora todo mundo chispa daqui que eu quero aproveitar um pouco minha namorada – deu um beijo em minha nuca.

- Blá blá blá, quero aproveitar minha namorada – Emmett fez uma vozinha fina, imitando Edward.

Ele bufou.

- Vamos Ursão, que eu não estou muito bem – Rose arrastou Emmett, e Alice fez o mesmo.

- Enfim sós – ele disse me dando um beijo apaixonado.  


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