The Powerful escrita por rafa_s


Capítulo 2
Capítulo 1: A viagem.




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- Mary Alice Swan, se você não aparecer aqui AGORA a sua viagem está cancelada! – gritou Charlie, já irritado, da entrada da casa.

 

- Calma, pai. Você sabe como ela é, deve estar preparando mais uma mala e já vai descer – falei com ar descontraído.

 

- MAIS UMA MALA? – coitado do meu pai, estava com os olhos esbugalhados e assustados me encarando. Temi por um AVC.

 

- Calma, é brincadeira. Eu vou falar com ela – me dirigi agilmente escada acima em busca da Alice.

 

Bom, eu ainda não me apresentei. Sou Isabella Swan – Bella, – tenho vinte anos e faço faculdade de jornalismo. Minha irmã Alice, é um ano mais nova do que eu e é minha melhor amiga. Ela vai cursar moda na minha faculdade, seguindo os passos de minha mãe.

 

Chegando até a porta do quarto da baixinha, eu mal bati e saí entrando. Ela estava concentrada em frente ao espelho passando batom. Esperei, e assim que ela terminou me pronunciei.

 

- Allie, vamos logo. Nós vamos acabar chegando atrasadas no aeroporto – ela corria de um lado pro outro do quarto.

 

- Ok Bellinha, só achar... AQUI – disse pegando seu óculos escuros.

 

Corremos escada a baixo e passamos voadas por meu pai. Chegando ao carro sentei na frente e Allie atrás. A viagem até o aeroporto foi animada, cantamos – leia-se gritamos – o caminho todo, mas Charlie não parecia se importar.

 

Renée em congratulação em ter suas duas filhas agora ingressadas na faculdade, resolveu nos dar a viagem que qualquer um gostaria de ter. Iríamos para uma colônia de férias.

OK, não era uma colônia de férias qualquer. Começando pelo local que não era um camping ou uma pousada, e sim um castelo no extremo norte da Inglaterra em Northumberland. Nosso destino era o Castelo de Bamburgh.

A média de idade era entre dezoito e vinte e cinco anos. Então minha formiga atômica – Alice – só pensava em descolar uns gatinhos. Ela aparentemente podia parecer uma criança, mas eu sei a irmã que tenho e também sei que ela comprou uma coleção inteira de lingerie pra ela, e pra mim – é inútil lutar contra.

Fiquei perdida em pensamentos, e quando dei por mim meu pai já me abraçava e mandava eu cuidar do projeto de anjinho dele.

- Pode deixar pai, eu coloco um cinto de castidade nela – disse descontraindo o ambiente. Ou ao menos tentando.

Mas me arrependi instantânemente, meu pai me encarava e sua cara não era das melhores. Ele, inclusive, estava bufando.

- Pai, a Bella ta brincando – explicou Alice.

Então, depois de milhões de recomendações finalmente embarcamos. O avião estava cheio. Como era verão então os vôos para europa estavam praticamente lotados. Allie estava vendo um filme enquanto eu lia um livro.

Depois de um tempinho de vôo ela não parava quieta, ia no banheiro de quinze em quinze minutos. Quando já ia levantar pela décima vez eu me aborreci.

- Diabinha, senta essa bunda e tenta dormir, não é agradável você ficar perambulando pelo avião – disse fazendo os olhinhos dela encherem de lágrimas.

- Tá bem Bellinha – respondeu sentando. A expressão dela era arrasadora.

- O que foi Allie? – perguntei depois de ouví-la fungar pela segunda vez.

Ela virou pra mim e depois olhou pros lados pra ver se tinha alguém vindo.

- Estou apaixonada – disse séria.

- Apaixonada? Como assim? – perguntei aflita.

- É, eu o conheci lá atras no avião – contou com os olhinhos brilhantes. – Mas acho que ele nunca me daria bola – abaixou a cabeça e sentou direito em seu lugar.

- O que te faz pensar isso? Você é a menina mais linda que eu conheço – falei encorajando a maluquice dela.

Derrepente após abrir um lindo sorriso ela me puxou pra perto dela e sussurrou: “Vou te mostrar ele” assenti e então discretamente olhamos por cima das nossas poltronas: “Olha, o loiro”.

Ao passar os olhos pelo avião pude avistar somente um cara loiro. Ele sem dúvidas era divino, mas devia ter uns dez anos a mais que eu. Além disso, ele parecia entretido com uma mulher morena de cabelos ondulados ao seu lado.

- Allie, ele é muito velho – disse fitando-o novamente – e parece ser casado – acrescentei ao vê-lo beijar a mulher.

- Vida cruel – falou fazendo drama. – O que me consola são as carnes novas que vamos conhecer – completou com um sorriso bem malicioso.

Revirei os olhos e voltei a ler, sendo aos poucos vencida pelo sono. Sonhei que estava na praia em frente ao castelo tomando sol, e do nada vira noite. Quando olho pro castelo, vejo uma silhueta feminina. Mas não era uma pessoa, era branca demais e… transparente? Fui tirada do meu sono por Alice, que me balançava.

- Bella dorminhoca pipoca – cantarolou com sua vozinha que pareciam mais sininhos tocando.

- Oi diabinha – falei sonolenta esfregando os olhos.

- Chegamos! – Gritou batendo palminhas.

Essas palavras me fizeram levar um susto, e quando voltei a terra vi que todos já levantavam e puxavam suas malas de mão dos compartimentos. Quando chegássemos ao aeroporto, deveriamos nos encontrar com um homem que estaría com uma placa escrito “Castelo de Bamburgh”.

Depois de dez longos minutos já achando que ninguém iria aparecer, vejo uma das cenas mais engraçadas da vida.

Era um homem, e deveria ter por volta dos trinta e cinco anos. Ele corria com uma roupa engraçada e uma placa na mão – justamente a que nós procuravamos – quando uma garota deixou a mala cair pra trás e o pobre homem tropeçou, saindo voando e caindo logo em seguida de cara no chão – levando a menina junto.

Por eu estar quase morrendo de rir, nem percebi que Allie havia corrido pra ajudá-lo. Quando vi, fui atrás dela arrastando o carrinho com as bagagens.

- O senhor está bem? – Ela perguntou ajudando o homem a se levantar.

- Sim... – respondeu esfregando a cabeça, e logo pareceu lembrar de algo. – Meu Deus, tenho que encontrar as meninas.

- Não se preocupe, - disse a diabinha – eu e minha irmã – gesticulou pra mim – estamos esperando você.

Mesmo assim o homem não relaxou. Pegou a placa no chão, prendeu no pescoço e tirou uma folha e uma caneta do bolso interno do paletó.

- Qual o nome de vocês? – Perguntou nos encarando.

- Isabella e Alice Swan – respondi automaticamente.

Agora sim ele pareceu relaxar. Escreveu alguma coisa no papel e depois o guardou com a caneta no bolso da calça.

- Bem vindas senhoritas – disse com um sorriso. – Meu nome é Willian Thomas, mas podem me chamar de Willie. Eu serei o motorista de vocês durante todo o mês.

- Prazer Willie – dissemos em coro, ganhando um sorriso dele.

- Com licença? – perguntou uma voz feminina atrás da gente. – Você é o motorista do Castelo de Bamburgh, né?

Quando me virei, dei de cara com a menina mais bonita que eu já havia visto na vida. Ela tinha um longo cabelo loiro e olhos cor de mel, era alta e esbelta. Pelas roupas dava pra ver que tinha tanto ou mais dinheiro que a gente.

- Sim, sou Willian o motorista – falou pegando novamente o papel. – O seu nome por favor senhorita.

- Rosalie Hale – disse parecendo entediada.

- Certinho, querida. Agora só temos que esperar mais três meninas – guardou novamente o papel e esticou o pescoço, olhando pros lados.

Passados cinco minutos silenciosos, Alice resolve se manifestar e andou em direção a menina que era do nosso grupo – ela se encontrava sentada em um banco um pouco afastado. – Quando a baixinha chegou lá, vi que a loira lançou um olhar mortífero pra ela, mas surpreendentemente assim que Allie começou a tagarelar a menina abriu um sorriso lindo e estendeu a mão para comprimentá-la.

Suspirei aliviada.

Logo depois de falar alguma coisa, Allie virou pra mim e me chamou acenando com a mão. Xinguei ela mentalmente e me arrastei em direção as duas.

- Bella! Venha logo quero te apresentar Rose – Rose?! O que eu perdi aqui?

Ao chegar finalmente em frente a elas, senti Rosalie me olhar de cima a baixo e depois soltar um meio sorriso pra mim, parecia desconfiada.

- Rose, essa é minha irmã mais velha Bella – disse sorrindo. – E Bellinha, essa é Rose, e ela tem a sua idade e um irmão da minha que também vai pro castelo.

Estendi a mão, e com meu melhor sorriso virei pra ela, murmurando um “prazer” tímido. Ela assentiu com um sorriso, dessa vez um pouco mais gentil e sincero.

Finalmente, depois de vinte minutos as outras três meninas que faltavam já estavam aqui. No trajeto Aeroporto/Carro eu, Allie e Rose – sim, agora eu não tinha mais tanto medo dela. – fomos conversando e rindo de várias figuras que passavam por nós.

Chegando lá fora vi a limosine branca com os vidros totalmente pretos. Minha mãe deve ter gastado uma nota nessa viagem pra nós duas. Até agora eu estava amando tudo – e olha que eu nem vi os garotos ainda.

Parei por ai o meu pensamento.

 “Estou andando muito com Alice" me repreendi. "Ok, ela é minha irmã. Eu moro com ela, não tem jeito".

Dentro do carro, já indo pra Northumberland, conhecemos as outras meninas. Uma era tão baixinha quanto minha irmã, mas tinha cabelos castanhos e era meio gordinha – ela parecia não perceber isso. – Seu nome era Jessica Stanley. Outra, que se achava demais, era Lauren Brown que era mais alta e mais magra que Jessica, tinha cabelo preto e ondulado. A terceira menina era Irina Denali, ruiva e com o cabelo liso na altura do pescoço – disparada a mais bonita das três.

- Será que os meninos lá vão ser gatos? – Perguntou Jessica.

- Acho bom que sejam. Não quero ficar um mês na seca – respondeu Lauren.

Depois de um longo caminho do aeroporto até o castelo, finalmente chegamos. Eu já estava achando que era melhor ser surda a ficar mais um minuto escutando aquelas duas tagarelando.

 Mesmo sendo de noite o lugar era lindo. Ficamos embasbacadas com sua beleza e tamanho. Ao estacionar em um belo pátio, William fez uma breve chamada.

- Bom meninas, são sete horas da noite e a janta já era pra ter sido servida. – Falou olhando pra cada uma de nós. – Mas como hoje é o primeiro dia, vocês vão pra um grande lanche conhecer os colegas de vocês, que serão mais quatro meninas e os dez meninos.

Todas pareceram se animar ao ouvir falar dos “dez meninos”.

Apareceram então quatro homens, que tiraram as malas do carro. Eles foram na frente, seguidos por Willie e logo depois o nosso grupo.

 Quando passamos pela porta de entrada eu paralisei. Era sem dúvidas o maior e mais bonito lugar que eu conheci. Tinha um estilo rústico de época; com grades sofás de couro vermelho, tapetes medievais, quadros majestosos e uma mobília de madeira que parecia feita sob medida pro cômodo, e pra finalizar; um lareira.

- Boa noite meninas, pra que não me conhece, me chamo Esme Cullen – uma voz doce me tirou do transe. – Eu serei a orientadora de vocês – completou com sua voz amável. – Suas outras quatro colegas já estão acomodadas. Daqui a quarenta minutos vai começar o lanche e espero todas aqui em baixo pra explicar o cronograma, as regras e pra apresentar todo o grupo.

Allie levantou a mão e ficou chacolhando no ar. Ela prendia o lábio inferior com os dentes e estava extremamente ansiosa. Ao vê-la, Esme sorriu.

- Qual é seu nome querida? E o que deseja?

- Me chamo Alice Swan dona Esme. E... eu... gostaria de saber ondeéobanheiro! – Falou atropelando as últimas palavras.

Todos rimos, inclusive William e os guardas. Esme se virou pra um deles e disse.

- Todd, pegue as malas dela e a leve pro quarto onze – depois se voltou pra Alice. – Lá você vai ter o seu banheiro – Allie assentiu, mas antes que ela fosse. – Você tem uma irmã não é? – Completou olhando a lista com os nomes.

- A Bellinha – respondeu apontando pra mim e se xaqualhando no lugar.

Esme lançou um sorriso maternal pra mim.

- Querida, pode ir com eles, seu quarto é o doze.

- Obrigada Dona Esme – falei indo pro lado de minha irmã.

- Só Esme, meninas! – disse com um falso tom de severidade.

A medida que subíamos, eu me sentia como uma criança pela primeira vez na Disney. Olhava pra todos os lados tentando gravar todos os detalhes do lugar; quadros, enfeites e os desenhos de madeira que ficavam próximos ao teto. Só vi que havíamos chegado quando trombei com Todd.

- Desculpa senhor – disse me equilibrando.

- Que isso srta. Swan, eu que me desculpo.

Depois de ficar discutindo com Todd quem era o culpado, finalmente entrei no meu quarto – isso só depois de gritar um “desculpa eu” e bater a porta na cara dele.

O cômodo era igual a um quarto de princesa; com janelas enormes e cortinas pesadas, uma cama king-size com uns oito travesseiros, um armário de madeira que combinava com a penteadeira, e uma grande cômoda que tinha perto de uma porta que imaginei ser do banheiro. Além disso, haviam dois sofás de um lugar, com uma mesinha de centro e uma grande TV de plasma. Anotei em minha mente que deveria agradecer Renée pelo resto da vida.

Sem poder perder muito tempo, já que eram sete e vinte, peguei na minha mala uma calça jeans justa, uma camiseta listrada preta e branca sem manga que realçava minha cintura, e meu allstar branco. Depois fui tomar uma ducha rápida.

Sai do banho, coloquei minha roupa e olhei o relógio – sete e quarenta. Dei uma escovada em meus cabelos e alguém começa a bater na minha porta.

 Provavelmente William, para me chamar pra descer.

Abri a porta e lá estava minha irmã – totalmente linda, diga-se de passagem. – Estava com uma bota de salto preta que ia até a metade da canela, uma saia jeans curta, camiseta sem manga e decotada rosa e por baixo uma camisa de manga comprida preta.

- Vim te buscar por que eu não quero descer sozinha – disse como se eu tivesse perguntado alguma coisa.

- Eu não cheguei a te perguntar nada – falei.

- Mas já ia que eu sei! – acusou.

Sorri e sai do quarto com ela em meus calcanhares. Fomos andando com muita cautela para a sala onde haviamos entrado. De cima da escada circular já se ouviam vozes tanto femininas quanto masculinas. Respirei fundo e começei a descer as escadas.


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