When I Look In Your Eyes escrita por Pétala


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Então, quanto tempo algumas coisas aconteceram e acabei ficando sem tempo. SURPRESA esse é o último Capítulo. acho que estavam esperando que ela demorasse bem mais, mas resolvi acabar por aqui, porém pretendo fazer uma segunda temporada muita coisa ficou sem explicação.



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Estacionei na Avenida, próximo ao prédio, e me dirigi até lá. Chegando no último andar eu paro pra me recuperar.

–Meu Deus, estou ficando velho para isso!

Quando finalmente me recupero, subo o restante dos degraus e abro a porta já na certeza que ela estaria lá. Minhas expectativas se confirmaram, e a mesma cena se repetia, encontrei a mesma figura loira abraçada aos joelhos e sentada no limite do terraço e da mesma forma como a conheci ela estava chorando, e como naquele dia eu não sabia o motivo, meu primeiro impulso é tentar confortá-la , porém me refreio pois eu posso ser o motivo pelo qual ela está chorando, então caminho lentamente até ela perceber a presença de mais alguém no terraço. Ela se vira me deixando confuso, sua expressão tinha mudado e então ela limpou o rosto com as mangas longas do seu casaco.

–Você não deveria estar aqui, sabia que dizem que aqui é mal assombrado?-Meio chorosa ainda me olhava. Sorri sem humor e ela percebeu - Você deve estar furioso comigo né?

–Digamos que eu estou mais preocupado que furioso. Você não apareceu, e não estava em lugar algum, eu e a Carly meio que piramos, você não deveria fazer isso e por falar na Carly...- Peguei me celular e mandei uma mensagem pra Carly avisando que eu havia encontrado a fugitiva. Sam virou o rosto com irritação.

–Vocês estão levando isso a um nível totalmente desproporcional. A Carly eu já sabia que era exagerada, mas você...

–Eu me preocupo com você e não acho que isso seja exagero, sinto muito. Você vai me contar o que aconteceu, porque eu sei que você só vem aqui quando está com algum problema.

–Pâmela- Ela falou com a voz embargada.

–O que tem ela?

–Está de volta e foi me fazer uma visitinha como se todos esses anos de ausência não significassem nada.

–E o que você fez? Saiu correndo?- Sorri pra ela, lembrando do nosso penúltimo encontro.

–Engraçadinho!- Sam baixou a cabeça sorrindo parecendo estar com vergonha pelo que aconteceu- Foi isso mesmo, eu a deixei falando sozinha e saí do prédio.

Eu me aproximei, e sentei próximo à ela tocando seu queixo e elevando sua cabeça para que seus olhos encontrassem os meus.

–Sam, a Carly me contou mais ou menos o que aconteceu com você- Ela baixou novamente o olhar para suas mãos. Então eu as segurei, o que dizer para acalentá-la, essa situação toda era muito complicada. -Sam, uma vez me disseram que ser franco e perdoar é a melhor maneira de seguir em frente, por que você se desprende daquelas emoções que te deixavam pra baixo.

–Freddie eu acho que no meu caso uma conversa com a Pâmela não vai adiantar, o que ela fez é mais difícil de perdoar do que qualquer coisa que já tenha me acontecido.

–Você nunca vai saber se não tentar.

–Não adianta, você não entende.

–Eu juro que eu tô tentando, mas seria mais fácil se você me explicasse.

–Tudo bem.- Ela respirou fundo, tomando fôlego e coragem- A mais ou menos sete anos atrás o Marc recebeu uma proposta pra gerenciar uma filial da empresa em que ele trabalha essa filial ficava em Dubai então no dia anterior a ida deles eu discuti com minha mãe porque eu não queria ir. Eu pedi a ela pra deixarmos o Marc só e ficarmos as duas aqui então no dia seguinte eu fui ao cinema com a Carly e o Spencer e quando cheguei em casa nada deles dois. Eles tinham ido embora ela me deixou uma carta fria dizendo que havia resolvido ir com ele e que eu fosse pra casa dos Shay, Spencer encontrou no pé da porta um envelope com uma procuração passando a minha tutela para ele.- Ela se calou. Nas milhares de vezes que eu imaginei o motivo por traz desse ato da Pâmela de deixar a Sam aqui eu não cheguei nem perto de imaginar que foi por isso. A abraçei firme, era a única coisa que eu poderia fazer.- Ela escolheu a ele e me deixou aqui, com alguém que apesar de ser uma pessoa maravilhosa ela nem conhecia direito.

–Eu sinto muito, você já decidiu o que vai fazer?

–Ela fez essa escolha por mim há sete anos.

PDV Sam

Tentei de todas as formas juntar os cacos do que eu fui um dia e por melhor que tenha sido o resultado, não foi o suficiente e todo o esforço investido nessa batalha foi jogado fora quando a vi. Eu ainda era aquela garotinha que se sentia desprezada, pois não podia pensar em um laço mais forte que a ligação natural entre mãe e filho, mas ao que parece o amor que minha mãe sentia por mim não era forte o suficiente para fazê-la escolher a mim ou nem isso, por Deus eu só tinha 14 anos, ela podia simplesmente dizer “Você vai e pronto” eu espernearia, mas teria que aceitar. Me deixar aqui foi desnatural eu não podia simplesmente passar uma borracha por cima disso.

Como eu já havia constatado Freddie estaria sempre aqui por mim. Ele poderia me considerar um caso perdido querer distância, mas não aqui estava ele me abraçando protetoramente, mostrando o quanto se preocupa comigo. A quem eu queria enganar? Eu não o mereço nunca vou merecer nem em mil anos.

–Acho que a gente deveria ir embora né?

–Eu não tenho nada pra fazer, mas se você já estiver pronta para ir a gente vai.

–Tenho que ir trabalhar ainda.

–Então vamos, eu te levo lá. - Ele levantou e me ajudou a levantar nos encaramos sem nada falar até ele se pronunciar.

–A tarde não saiu como o esperado né?

–Pois é, acho que você nunca presenciou tanto drama até agora.

–É verdade- Ele falou sorrindo.

–Também não precisa concordar. – Fingi irritação. Ele mudou de expressão de repente algo indecifrável.

–Sam...

–Fala.

–Olha, eu vou ser bem direto enquanto eu estou com coragem, certo.

–Você está me assustando. – Falei tentando quebrar o clima tenso.

–Só me escuta. Bem desde que nos conhecemos eu desenvolvi algo em relação a você que sinceramente chegou a me assustar. Eu sentia que precisava estar aqui pra você e também precisava que você estivesse aqui pra mim, na minha cabeça enquanto estivéssemos próximos tudo estaria bem, poderíamos enfrentar qualquer coisa, mas não foi bem assim. A vida nos separou e madurecemos longe um do outro, cada um com seus próprios calos, alguns aparentemente indestrutíveis. E eu pensei por um bom tempo que essa dependência que eu tinha de você havia se esvaído, mas isso se mostrou falso no instante em que eu te vi naquela capela. Tudo o que aparentemente estava destruído estava apenas adormecido e voltou com força total, ali eu pude dar um nome para aquilo que eu sempre senti por você, mas não soube como denominar. É amor Samantha Puckett em estado líquido e escorre agora em cada palavra que eu te digo, em cada pensamento meu, que é sempre sobre você e em cada atitude que eu tome que é sempre motivada pelo que eu sinto por você. Eu não queria acabar destruindo nossa amizade, mas essas palavras estavam a tanto tempo entaladas na minha garganta que eu não esperaria nem mais um segundo externa-las.

Ele me encarava em expectativa, eu queria falar, sabia exatamente o que dizer, mas não importava o esforço que eu fizesse as palavras não saíam. A expressão dele agora era de terror então me obriguei a agir já que falar estava fora de cogitação me aproximei e fiquei na ponta dos pés para alcançar-lhe os lábios, senti suas mãos firmemente na minha cintura enquanto minhas mãos se apoiaram em seus ombros lentamente senti seus lábios chegarem aos meus, minhas pernas bambearam ele pareceu perceber e aumentou o aperto já férreo em minha cintura. Cessamos o beijo e ele me puxou para um abraço.

–Essa não era a resposta que eu esperava, mas foi bem satisfatória. Você pode me explicar o que ela significa?- Ele sussurrou no meu ouvido.

–Que é recíproco, que eu sinto o mesmo por você. Eu te amo Freddie Benson, sempre amei.


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Notas finais do capítulo

Então é isso, obrigada a todos que acompanharam quero saber o que acharam. Bjs, até a próxima.



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