When I Look In Your Eyes escrita por Pétala


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

O que dizer??? Bem, vamos lá,perdoem-me pela demora sei que exagerei dessa vez, mas esse mês no trabalho foi muito puxado pq teríamos férias coletivas então tivemos que fazer todo o trabalho na metade do tempo necessário. E meu curso puxou bastante tbm por estarmos finalizando o semestre. Juro solenemente me esforçar pra não deixar isso acontecer novamente.



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Flashback

Spencer havia nos levado ao cinema, pra variar ele comprou os ingressos errados “acidentalmente” e tivemos de assistir um filme infantil.

– Fala sério Spencer eu e a Sam já temos 14 anos, eu não quero assistir a esse filme bobo. – Falou Carly batendo o pé.

– Vai ser legal e depois Carlynha te levo naquela loja de bolsas que você adora.

– Ahhh! Promete.

– Claro e você Sam vai poder comer aquelas gororobas que você tanto ama.

Spencer tinha entrado numa onda de alimentação saudável, ele podia torturar apenas ai, mas não, nos forçava a comer essas coisas saudáveis também.

– Graças aos céus! – Falei imitando a dramaticidade da Carly.

Fomos para a sala de cinema e até que o filme não foi tão ruim. Depois, como prometido fomos recompensadas, Carly com uma bolsa e eu como Spencer não deixou de destacar com uma gororoba gordurosa. Mesmo com o contratempo “acidental” da troca do filme nos divertimos bastante. Quando estávamos juntos ficávamos em uma bolha só nossa, nada interferia.

Eu até havia esquecido a discussão que tive na noite passada com minha mãe. Marc havia recebido uma promoção na empresa em que trabalhava, ele iria gerenciar uma filial. O problema é que a filial ficava em Dubai. Eu disse a ela que eu não queria abrir mão da minha vida aqui e que teríamos de encontrar uma solução, na minha cabeça ela optaria por deixar o Marc ir sozinho e ficaríamos as duas aqui talvez indo visita-lo nas férias e nos feriados mais importantes. Mais tarde naquele mesmo dia ao chegar em casa encontrei todos os móveis cobertos e caixas com meu nome próximas a minha mala em cima de uma das caixas havia um envelope com meu nome, comecei a ler a carta, em seguida ouvi a porta sendo aberta e Spencer entrar com um envelope parecido em mãos. Ela havia deixado uma procuração passando a minha tutela para ele. Ela nem ponderou antes de trocar a única filha pelo homem que achava que amava. Ao chegar no apartamento dos Shays eles me acolheraram com toda a hospitalidade possível, sempre havia um dos dois de olho em mim insistindo para que eu comesse ou mesmo para que saísse do quarto, passei cerca de um mês assim, o que foi classificado por um psicólogo que Spencer me obrigou a frequentar como luto psicológico. Depois desse período nebuloso voltei a enxergar graça na vida novamente, foi nessa mesma época que conheci Antony Miller com seu bom-humor contagiante, nem se eu quisesse conseguiria ficar triste perto dele, ele era meu antídoto, o conheci quando fiz aula de violão um dos muitos hobbys que eu desenvolvi nessa fase, desde então nos tornamos inseparáveis. Todos os anos por ocasião do meu aniversário recebia um cartão de felicitação, que era devolvido junto com quantia exorbitante que Pamela insistia em me mandar, eu não queria nenhum tipo de ligação com ela, e foi assim por sete anos.

Fim do Flashback

Pov Freddie

Já era meio-dia, ainda sentia os resquícios de uma noite mal dormida passei a noite em claro por antecipação dos acontecimentos do dia seguinte não sabia o que ouviria da Sam e isso era angustiante. Nem mesmo fui na empresa deixei tudo a cargo do Nick e do Kevin que estavam se mostrando excelentes profissionais, faziam uma bela dupla e eu devia muito a Sam por tê-los indicado.

Sam...apenas pronunciar esse nome me enchia o peito de algo que eu não sabia definir. Organizei tudo para quando ela chegasse, depois peguei meu note e fui dar uma olhada nos contratos que havia fechado essa semana. Nem vi o tempo passar, quando dei por mim já eram duas da tarde e nada da Sam, tentei ligar, mas só dava caixa postal, ela disse que dormiria na Carly talvez ainda estivesse por lá ou ao menos Carly saberia onde ela estava. Disquei seu número.

–Alô, Carly?

–Oi Freddie o que você quer?- Ela perguntou ríspida.

– Você é sempre esse doce de pessoa?

–Não, só quando interrompem meu sono.

–Às duas da tarde? O sol já nasceu a muito tempo viu.

–Não enche e fala logo o que você quer!

–Você sabe da Sam? Ela ficou de vir pra cá e até agora nada.

–Ela dormiu aqui, mas foi embora bem cedo até deixou meu café pronto, um doce de pessoa essa minha amiga, você já pensou em tipo assim só talvez sabe, ligar PRA ELA?- Ela deu ênfase quase estourando meus tímpanos no “Pra ela”.

–Não precisa me deixar surdo não, e sim gênia, eu já liguei pra ela, mas tá desligado.

–Poxa eu vou ligar pro apartamento dela só um segundo- Silêncio do outro lado da linha – Não atende Freddie, vou ligar pra portaria do prédio dela, espera aí- Pausa – Alô, oi aqui é a Carly amiga da Sam do 8C, você sabe me dizer tá em casa? Ah tá ok! Tudo bem, se ela aparecer pede pra ela ligar pra Carly ou pro Freddie tá ok?- Pausa- Obrigada, tchau! Freddie?

–Oi, tô aqui.

–Freddie o porteiro me disse que trocou de turno faz pouco tempo e ninguém falou nada a respeito da Sam. Agora eu estou realmente preocupada, onde foi que aquela doida foi?- Carly estava tentando amainar seu nervosismo- Você tem como passar aqui pra me pegar? Aí a gente vai procurar juntos a Sam.

–Claro- E agora Freddie o que pensar a respeito da pequena e problemática Samantha? E mais uma vez ela me abandona com um bilhão de questionamentos, tenho que encontra-la e de alguma forma força-la a me dizer o que ela tem. O mais injusto de toda essa situação é que por sermos amigos ela deveria confiar em mim, é melhor eu colocar uma música e tentar não pensar não pensar nesse assunto, pelo menos até chegar à casa da Carly.

Já na casa da Carly eu a observei correr até o meu carro meio desesperada, o que só me fez ficar mais agitado, agora ela contorna o carro e entra.

–E aí ela te deu alguma notícia?- Disse me encarando esperançosa.

–Não, infelizmente não.

–Droga Puckett, só você pra me fazer sair desse jeito, eu estou um lixo!

–Pobre Shay, deve ser muito duro estar feia, sem a sua esplendorosa beleza!- Ela me fuzilou com os olhos, ela está de mal humor.

–Cala a boca Freddie- Ela disse sorrindo- Agora temos que nos concentrar nos lugares que ela frequenta- Ela já estava perdida em seus pensamentos.

–...Então me conta Carly, fala a verdade você deve saber por que ela é assim. Tudo que eu quero é ajuda-la a curar quaisquer feridas que ela tenha, mas ela só me trata mal, como se quisesse me afastar.

–Você não entende Freddie.

–Então me explica, eu sei que você quer o bem dela tanto quanto eu. E acho que posso ajudar, mas pra isso preciso saber contra o que estou lutando.

–Ninguém nunca fica.- Ela sussurrou entre lágrimas. Foi o suficiente para saber o quanto minha Sam já havia sofrido, e mais do que nunca eu queria protegê-la.

Nesse momento chegamos ao Quimera. Carly saiu do carro e entrou, como havia me dito, iria falar com Tony para obter alguma informação de Sam.

De repente me veio à mente o quanto ela deveria estar sofrendo, ainda por cima sozinha, então aquele dia tão alegre quanto trágico me veio a mente.

Flashback

Estava saindo do meu treino de futebol com o Gibby e vi uma garota entrar correndo no prédio abandonado que meus amigos falavam que era mal assombrado. Ela não parecia ser real, mas eu não acreditava em assombração e ela estava com uma expressão tão triste que eu queria ajuda-la. Pelo visto Gibby não a havia notado ou ela era fruto da minha imaginação.

–Poxa! Como eu sou desligado- Falei parando de repente. Ele parou também e me olhou confuso.

–O que foi?

–Eu esqueci minha chuteira no vestiário- Falei a primeira coisa que veio na minha mente. Ele ergueu a sobrancelha ainda mais confuso.

–Essa que vai no seu pé?- Ele perguntou zombeteiramente. Ops, não esperava essa. Pensei rápido.

–Claro que não! Minha chuteira da sorte, amanhã tem jogo na escola.

–Não sabia que você tinha essas frescuras. Você vai ter que jogar com essa daí, por que eu não volto lá nem morto, to cansado demais.

–Não precisa ir comigo, eu volto lá, depois vou pra casa, sem problema.

–Sua mãe vai ficar uma fera se souber que você voltou só.

–SE ela souber, e ela não vai saber.

–Ta ok, só espero que não sobre pra mim.

–Relaxa, depois do jantar eu passo na sua casa pra gente jogar videogames.

–Falou, tchau cara!

–Tchau!

Esperei enquanto ele dobrava o quarteirão, então me dirigi para a entrada do prédio. Procurei-a em todos os andares e nada dessa garota. Cheguei até o terraço com a impressão que o encontraria vazio, assim como o restante do prédio. Tamanha foi a minha surpresa ao encontrar uma figura loira abraçada aos joelhos e perigosamente no limite do terraço. O rosto erguido fitava o nada.

– Oi o que você faz aqui sozinha? – Perguntei com cautela, ela rapidamente enxugou as lágrimas antes de encarar-me o primeiro indício do quanto era orgulhosa já que se preocupava mais que não a vissem chorar do que com o perigo que eu poderia representar pra ela.

– Eu que pergunto o que você faz aqui. Esse lugar é meu.

Ela me encarava com uma expressão que deveria ser de fúria, porém eu achei encantadora. Resistir ao impulso de sorrir ela já estava irritada o suficiente não queria a irritar mais. Aproximei-me alguns metros e finalmente pude ver seus olhos eram azuis e me faziam pensar em um céu limpo sem nuvens, meus dias favoritos, sentei ao seu lado.

– Desculpa, eu não sabia que era seu, sabia que dizem que aqui é mal assombrado? Nunca tinha entrado aqui antes.

– São todos uns bobocas. Você também tinha medo?

– Claro que não, eu não tenho medo de nada. - Falei orgulhoso.

– Ah tá, até parece todo mundo tem medo de alguma coisa.

– Bem, como minha mãe costuma dizer, eu não sou todo mundo.

Ela sorriu cúmplice.

– E você, tem medo de alguma coisa? – Ela mudou a expressão instantaneamente. E eu me arrependi pela pergunta.

– Que os meus pais não ficassem mais juntos. – ela falou num sussurro.

– Ei não fica assim, eles vão ficar juntos para sempre.

– Quem foi que disse isso.

– Eu que tô falando.

– Então você é um mentiroso igualzinho a minha mãe ela me falou hoje que ela ia deixar meu pai.

Seus olhos se encheram de lágrimas. Com se o fato de falar aquelas palavras em voz alta tornasse tudo real. Ela não parecia ser do tipo que chorava fácil.

– Sinto muito mas você acha que eles são felizes?

– Eles já foram um dia. Os olhos da minha mãe brilhavam quando meu pai estava por perto. Mas hoje eles não conseguem nem ficar no mesmo lugar sem brigar.

– O que você acha que é pior? Que eles fiquem tristes juntos, ou felizes separados?

– Claro que eu quero que eles fiquem felizes, independente da situação.

– Então, se eles não conseguem mais ser felizes juntos, talvez consigam separados. Mas isso é coisa de adulto, a gente ainda não entende.

– Mas ela prometeu.

– Nem sempre conseguimos cumprir as promessas que fazemos, mas isso não quer dizer que ela não tenha tentado.

– Talvez você tenha razão.

– Ás vezes eu tenho. Qual o seu nome?

– Samantha mas pode me chamar de Sam. E o seu?

– Freddie, quantos anos você tem?

– Sete, e você?

– Acabei de fazer Oito.

Fim do Flashback.

– Claro como não pensei nisso antes. – Falei batendo no volante. – Pra onde mais ela fugiria? É claro que ela foi pra lá. – observo Carly contornar o carro e vir até a janela.

– Freddie, depois de conversar com o Tony eu tenho uma idéia de onde ela pode estar.

– Onde? – Meio impaciente vejo um cara sair do Quimera e entrar em um carro.

– Eu acho que ela pode estar na casa da Bree, é uma amiga nossa e como eu liguei e o telefone dela tá desligado pode ser realmente que a Sam esteja lá e não queira ser incomodada. Não consigo pensar em outro lugar.

– Calma tá, eu também sei de um lugar onde ela possa estar.

– Tudo bem então eu vou com o Tony na casa da Bree. – Ela falou apontando para o cara no outro carro que eu supus ser o Tony. – Mas onde é esse lugar que você vai?

– Longa história, depois te conto.

– Tudo bem, me mantenha informada.

–Ok

Então dei a partida e saí de lá ainda com aquele dia em mente.


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Notas finais do capítulo

Então, é isso, me digam o que acharam.



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