Inexplicável escrita por Pear Phone


Capítulo 25
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Bom, agora sim, é o fim...

Agradeço pelos lindos reviews que ganhei no último capítulo, foram poucos mas foram sinceros (amo todos vocês).
Quero agradecer pelos leitores maravilhosos que ganhei nessa fic, e logo postarei outra... podem esperar se quiserem. E podem me cobrar também, rs.

OBS: A carta do Freddie, no fim do capítulo, é a carta que ele escreveu para a Sam no capítulo 21 (quando ela descobriu que iria morrer, mas obviamente não morreu).



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"Você me prometeu, meu amor. Prometeu que nunca me deixaria. Prometeu que estaria ao meu lado e jamais fugiria das minhas palavras... que sempre me olharia com aqueles olhos."

Depois de meses da morte de Carly e sua filha, Joe ainda ouvia a voz da morena ecoar em seus ouvidos; não podia ver as fotos da mesma espalhadas por sua casa e sentia a presença dela em todo os lugares. Ele começou a frequentar um psicológo e, por ironia do destino, era Harold, o mesmo homem que havia relacionado-se com a doce viúva de madeixas negras no passado. Ele estava tentando ser solidário e resolver os problemas de Joe, mas todos eram em relação à ela e então, o loiro se deu por vencido, demitindo-se. Assim, sem possíveis ajudas médicas, o paciente decidiu internar-se em um sanatório. Desde tal momento, ele encontra-se lá. Às vezes, na solidão de seu quarto, mesmo que insano, ainda sente o toque de sua cúmplice e grita por seu nome nas mais inquietas madrugadas. Carly havia, de fato, vingado-se da maneira mais obscura.

Harold, após demitir-se da clínica em Seattle, resolveu seguir sua carreira e abrir um negócio em Backersfield. Antes disso, mantinha contato com sua antiga colega de faculdade. Ele não sentia mais nada por ela e, às vezes, chorava por lembrar-se de Carly. Ela era o seu amor correspondido que jamais veria outra vez.

E ele havia lido o documento que sua amada havia deixado em seu computador... Quase as mesmas palavras deixadas na carta que ela havia dado-lhe, antes de partir e nunca mais voltar.

[...]

— Pode repetir?

— Eu te amo, Fredward Karl Benson. — Ela desfixou seu olhar do moreno à sua frente, fitando a praia. Não qualquer praia... Era aquela praia. — E eu perdi a conta de quantas vezes disse isso nos últimos dois minutos.

— Eu queria ter certeza — ele se justificou, lançando-lhe um sorriso torto e a beijando em seguida.

O barulho das ondas intensificava-se e era como se os lábios deles dançassem uma melodia juntos, enquanto abriam espaços vagarosamente. Tudo para que fosse possível sentir o momento que os rodeava.

— Sabe... — ela começou, afastando-se. — Essa praia salvou o nosso casamento.

— Sabia que iria ser uma boa ideia desde que me veio em mente. Aos meus olhos você não é tão difícil assim.

— É melhor você tomar cuidado com suas insinuações, parte da minha agressividade ainda é incontrolável.

— Não foi isso que eu percebi quando você gemeu no meu ouvido, Samantha. Mas outras coisas não mudaram depois de dez anos...

— Claro, Fredward, mas eu não sou a nerd que nunca fez sexo com outra pessoa na vida.

— Ah, é? E você fez?

Eles entreolhavam-se e em cerca de segundos riam de tudo aquilo que estavam falando. Afinal, quem precisava explicar um amor como o deles? Quem podia explicar um amor como o deles?

— Eu te amo, Sam.

— Por que você me ama? — ela sussurrou bem perto de seu ouvido.

— Porque você é minha e eu sou seu.

Selaram seus lábios e fizeram amor mais algumas vezes naquela praia.

E eles sentiam como se tudo ali, naquele lugar, pertencesse a eles desde a primeira vez em que se amaram.

[...]

"Eu não sei como dizer-lhe da maneira mais sutil, mas eu não aguentaria perder o seu amor mais uma vez; eu não aguentaria deixar de sentir as suas macias mãos me segurarem e percorrerem o meu corpo da maneira mais leve possível. E os seus olhos que estão sempre me encantando da maneira mais serena e encantadora, a sua voz que faz os meus pelos se eriçarem... Eu vou sentir tanto a sua falta.

Eu vou sentir falta de tudo isso, de poder apertar o seu corpo contra o meu e entender que as nossas medidas se encaixam, porque vou sentir falta de tudo que existe em você. Eu vou sentir falta das suas grosserias e das suas ignorâncias, dos apelidos que você sempre insistiu em usar. Eu vou sentir falta do seu interior e exterior, vou sentir falta daqueles momentos que multiplicavam-se em inúmeras sensações... Eu vou desejar que tudo volte a ser como era e me arrepender de não ter lhe dito o que tanto pretendia dizer.

Meu amor, se você ao menos compreendesse metade do dilema em que me encontro, não sei o que você pensaria de mim. Eu descobri que iria perder a minha única razão de respirar; a minha razão sempre foi você, minha loira. E eu não conseguiria contar de outro jeito a não ser desse. Eu vou viver com o peso de perder o que mais considero no mundo, em poucos meses. Eu sou realmente um covarde por não dizer isso bem na sua frente, eu não seria forte o bastante.

Os nossos mundos vão se separar e talvez seja para sempre. Mas eu não me importo, você ainda estará viva de alguma forma, no meu coração.

Porque você, Sam, é a mulher dos meus sonhos que se tornou a mulher da minha vida.

— Freddie."

Irracional, irregular, indispensável, ilógico, inconveniente, inconsequente, improvável, intolerante, incrédulo, inerme, inútil, inválido, indecente, inegável, incapaz, indiferente, indescritível, impossível, inimaginável, imperdoável, impaciente, irresistível, ilimitado, irrestrito, inevitável...

E entre todos esses está o inexplicável.


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Notas finais do capítulo

Pois é, aqui é a nossa despedida :'(

Eu amei postar esse drama com todos vocês, não imaginam o quanto!



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