Selecionada escrita por Rafaela


Capítulo 28
Capítulo 29 - A Escolha. Último Capítulo


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelo apoio nesses meses da fic, obrigada pelos comentários, pelos elogios, por tudo. Vocês são incriveis e eu gostaria que, mesmo com o término da fic, não me abandonem e leiam minhas outras fictions. Eu adoraria manter contato com vocês.

A música deste capítulo é Chances, do Five for Fighting.



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Chances are when said and done
Who'll be the lucky ones who make it all the way?

–Bom dia, povo de Illea! -Saudou Connor. Eu já estava quase passando mal de tanto nervosismo. Meu estômago estava se revirando e eu achava que iria por tudo para fora... Ou seja, nada. Nada, pois eu não comi nada o dia todo e não creio que tenha algo para por para fora do meu organismo neste instante.
Renata, Sabrina e eu estávamos sentadas lado a lado. Renata na ponta, eu no meio e Sabrina na outra ponta. Renata e eu apertávamos as mãos uma da outra, mas creio eu que possa estar esmagando os ossos da mão de minha amiga. Mesmo assim não consigo parar de apertá-la. A entrevista será em ordem alfábetica e eu serei a primeira.

–Hoje estamos com as três finalistas da Seleção. -Diz Connor, como se fosse a melhor coisa do mundo. A câmera passou em cada uma de nós, focando. E logo após passou por Andrew e seus pais. -Vemos três belas moças. Convenhamos que o Príncipe fez uma bela escolha. -Ele fez uma pausa. -Nesta semana as finalistas fizeram projetos para o futuro de Illea e iremos conferir algumas cenas delas durante o processo de trabalho. -Ele finalizou, e então uma tela branca se moveu para a frente e ligou-se, mostrando cenas de nós três trabalhando. Mostraram-me escrevendo em um cartaz, lendo e relendo pilhas de papéis. Sim, essa semana havia sido corrida e cheia, mas, achoq ue fiz um bom trabalho. Quer dizer, nunca chegaria aos pés do que a Rainha America fez em sua Seleção, mesmo dando tudo aquilo... Bem, colocando também o fato de que Illea melhorou muito depois que ela, America, e o Rei Maxon assumiram, não havia muitoo que fazer.
Trabalhei muito no meu projeto, para fazer que as crianças tivessem livros em suas escolas, livros de histórias. Toda a criança merece ter um herói fictício.

A primeira parte de nossa entrevista seria para falar de assuntos aleatórios, a segunda parte, disse-me Andrew, seria para apresentarmos nossos projetos e falar sobre assuntos mais sérios. Nós, Finalistas, treinamos nossas falas inúmeras vezes e como nos portariamos. Eu treinei muito na frente do espelho, repetindo para mim mesma e até chamei Andrew para me ouvir. A príncipio ele havia recusado, depois apareceu em meu quarto durante uma tarde. Não deu muito certo, eu ri diversas vezes no meio do primeiro paragráfo e depois acabamos nos beijando e já era a minha apresentação.

Hoje seria diferente, hoje tinha que apresentar não só na frente de Andrew, mas também na frente de toda Illea.

–Sem mais delongas, Rafaela, suba no palco para que possamos conversar. -Disse Connor tantando ser divertido. Senti minhas pernas moles. Respirei fundo e apertei mais uma vez a mão de Renata, levantei-me com certa dificuldade e eu tropecei, quase caindo de cara no chão.
Sabrina.
Olhei para ela com uma cara de 'qual o seu problema?' e percebi pelo canto do olho que Renata a fuzilava com os olhos. Endireitei-me ficando ereta e subi no palco.
–Olá, Connor. -Sorri, sentando-me na poltrona branca ao seu lado.
–Boa noite, senho... -Ele começou e eu o olhei repreendendo-o. -Rafaela. -Ele sorriu e eu também. -Vemos que você tropeçou agora a pouco. -Ele disse tentando quebrar o clima deste assunto, provavelmente ele percebeu o que se passou... Ou não
–Oh, sim. Quer dizer, eu estou nervosa e... Bem, tropeçar não é novidade para mim. Tropeço nas minhas próprias pernas e isso as vezes é constrangedor. -Falo brincando. Estava com um vestido verde, quase azul. Meu cabelo preso em um coque com mechas caindo e uma maquiagem leve.
Connor ri, e percebo Andrew sorrindo de um modo sapeca pelo canto do olho.
–Dando continuação a este assunto, então, você já se machucou feio por algum tropeço? -Questionou Connor. Por incrível que pareça, eu ri. E não foi de nervosismo. Lá em cima eu estava mais calma.
–Não. -Neguei com a cabeça. -Na verdade eu nunca me machuquei feio, só uma vez que eu tropecei no pé de alguém quando estava correndo... Mas eu esra criança, e não foi feio a ponto de quebrar ou torcer algo. -Falei.
–E, agora mudando de assunto, como foi rever seus pais e seus irmãos?
–Oh, foi ótimo. Quer dizer, depois com o tempo passando eu nem havia percebido o quanto estava sentindo falta deles. E foi ótimo vê-los novamente. -Sorri.
–E quando descobriu que eles estavam lá? Alguém lhe contou?
–Não, ninguém me falou nada. Eu descobri quando Mands, minha irmã, pulou na minha cama, me acordando.

A entrevista foi confortável e engraçada, depois de mim foi Renata e eu fiquei sozinha ao lado de Sabrina, deixando que ela falasse sozinha sobre como eu não servia para ser princesa e 'de onde jáse viu uma princesa que tropeça nas próprias pernas?'. Ignorei tudo e prestei atenção em Renata, falando como se estivesse sozinha, só com Connor e como se fossem amigos de infância.
–Agora, mesmo eu sabendo qual a resposta, ou pelo menos acho que sei, se você não for a escolhida, quem você gostaria que fosse? -Questionou Connor.
–Rafaela. -Respondeu Renata, sem exitar. Ouvi Sabrina grunhir ao meu lado e logo após uma última pergunta e uma despedida, Renata desceu e quem subiu foi Sabrina.
Renata e eu conversamos discretamente enquanto Sabrina estava no palco, se gabando na frente das cameras.
–Como ela é ridícula. -Disse Renata revirando os olhos. -Juro que se Andrew escolher ela e não você eu parto para agressão. -Ela falou e sorriu.
–E enquanto a você? -Perguntei, notando que ela havia falado de mim.
–Oh, Rafa. Quem não sabe que ele irá escolhe-la? -Falou baixinho. -Desde o início ele só tem olhos para você. Muitas já haviam percebido isso, por isso Dieniffer fez o que fez, por isso Sabrina age como tal... Ou não, quer dizer, ela é nojenta assim desde o inicio.. Mas ela implica com você porque sabe que é uma forte concorrente. Além de aparecer nos comerciais do Jornal que você é uma das preferidas do público, não lembra não? -Ela revirou os olhos.
–Mas você também estava entre as preferidas. -Lembrei-a. Por duas vezes eu fiquei em primeiro lugar. Eles sempre passavam algo a ver com A Seleção no canal de Illea e algumas vezes eram enquetes sobre quem o público preferiria ver como a Princesa de Illea.
–Mas você sabe que estou certa. -Ela sorriu e se voltou para ver Sabrina descendo.

Nós ficamos vendo um pequeno documentário sobre como surgiu Illea e depois Connor voltou, dizendo que era a hora de nos apresentarmos. Agora começaria por Sabrina, depois Renata e eu seria a última.
O assunto do projeto de Sabrina era inútil, ela falou sobre a importância das modelos e de garotas bem vestidas e portadas -assim como ela, segundo a mesma- e sobre investirem mais neste ''ramo''. Ela falou bem, devo admitir, mas que o assunto era extremamente ridículo quando poderia haver vários outros mais importantes para se tratar, era.
Renata, por sua vez, falou da comida, dos direitos do trabalhador, de crianças jovens já estarem trabalhando... Eu me senti minúscula perto do projeto dela e do modo como apresentou, então comecei a ficar nervosa e pude ver pela câmera, que estava quase pálida.
–Agora é a vez da nossa doce e querida, Rafaela. -Falou Connor e eu subi no palco que estava preparado para nossas apresentações. Me preparei pegando os materiais necessários e peguei meu óculos de armação preta que estava em cima da mesa de madeira. Eu usava óculos para ler, não sei se já mencionei antes, e isso me fazia ficar com uma cara de nerd, não que eu me importasse. Nunca liguei muito para essas coisas de ser nerd ou não.
E então comecei. Falei da importancia da literatura nas escolas, falei que as crianças de ambas as castas deviam aprender a fazer uma redação e produções textuais, que a leitura deveria ser mais incentivada, pois, todas as crianças deveriam ter um herói ficticio, alguém em quem pensar quando fosse tomar decisões difíceis, porque pensaria ''Isso seria algo que aquele personagem faria'', alguém que as inspire. Falei e falei sobre algo que eu amava, dei mil e um motivos para que todas as crianças tivessem pelo menos um livro ficcional em casa, sobre como devíamos dar mais valor aos escritores... E quando terminei já estava rouca. Enquanto eu falava era como se eu estivesse no quarto, sozinha, falando com o espelho. E eu não me senti nervosa, porque era um assunto que eu gostava. E no fim eu me senti leve porque eu tinha passado por aquilo.
Connor me deus os parabéns, como fez com Renata e Sabrina e eu olhei para Andrew que assentiu com a cabeça erguendo os lábios em um sorriso.
E então desci e me sentei ao lado das garotas. Nós esperamos Connor finalizar o programa e então saímos. Cada uma para o seu quarto.

Vou para o banho mas logo alguém bate na porta. Praguejo baixinho e me enrolo na toalha. Saio do banheiro e quando chego perto a porta pergunto: -Quem é?
A pessoa abre a porta e coloca apenas a cabeça para dentro.
Andrew.
Ele tem sua camisa com o primeiro botão aberto, seu cabelo despenteado e está sem gravata. Seus olhos verdes me observam e eu me sinto corar.
–Entra e espera aí. -Eu digo já me virando e indo para o banheiro. Desenrolo a toalha do meu corpo e vou para de baixo da água. A água quente quebra a tenção dos meus músculos que só agora eu havia notado. Lavo também meus cabelos e logo saio do box, secando-me.
Praguejo novamente ao notar que não havia levado minha camisola de seda azul-clara para o banheiro. Mas quase festejo quando vejo que minha calcinha está ali. Abro uma pequena frecha da porta.
–Andrew! -Chamo.
–Oi? -Responde ele.
–Me trás a camisola que está em cima da cama? -Peço e, sem resposta, chamo-o novamente. Em pouco tempo Andrew chega com minha camisola na mão.
–Obrigada. -Agradeço e pego-a de sua mão, agradecendo por ele não estar próximo o bastante da frecha aberta da porta para me ver.
Seco-me e coloco a roupa, então caminho até a cama, onde Andrew esperava, deitado com as mãos atrás da cabeça. Agradeço, pois acamisola ia até, pelo menos, a metade da minha coxa e era constrangedor.
Deito-me ao seu lado, virada para ele.
–Você foi incrível hoje, nem parecia a garota nervosa da primeira entrevista. -Ele sorriu e se virou para mim.
–Obrigada. -Minha voz saiu quase como um sussurro.
Será que nunca me acostumaria a ficar próxima dele?
–Vi o que aconteceu com Sabrina, Els. -Ele falou, baixinho também.
–Não foi nada demais, como disse, estou acostumada a tropeçar. -Sorri fraco.
–Mas podia ter sido. -Ele suspirou. -Mas não posso tirar ela hoje. Se ao menos você... -Ele se interrompeu.
–Se ao menos eu o quê? -Questiono, mas acho que sei a resposta. Andrew passou o polegar delicadamente em minha bochecha
–Se ao menos você se decidisse logo, Els. -Ele suspirou e eu prendi a respiração em reação ao seu toque.

Though you say I could be your answer
Nothing lasts forever no matter how it feels today
...
Don't get me wrong I'd never say never
'Cause though love can change the weather
No act of God can pull me away from you

Então eu soltei o ar.
–Casa comigo, Andrew? -Pergunto. Ele me olha surpreso.
–Está brincando. -Ele logo suavisa a expressão. Eu o olho séria e pego sua mão.
–Eu não estou brincando, Andrew Calix Schreave.

I'm just a realistic man, a bottle filled with shells and sand

Afraid to love beyond what I can lose when it comes to you

And though I see us through, yeah
Andrew me olha surpreso novamente.
Chances are we'll be the combination
Chances come and carry me
Chances are waiting to be taken, and I can see

–Eu fiz minha escolha. -Falo. -E escolhi você. -E então ele me beija carinhosamente, tocando meus lábios de vagar até criarmos um ritmo só nosso. Meu cabelo molhado cai por cima de nós quando Andrew me faz subir em cima dele, segurando minha cintura. É quando nos afastamos para tomar fôlego.
–Aceita se casar comigo, Rafaela Annabelle Williams? Aceita se tornar Rafaela Annabelle Schreave? -Sorrio e o beijo.
–Aceito. -Digo no meio de um beijo e outro.

Chances are the fascinations
Chances won't escape from me
Chances are only what we make them and all I need


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Notas finais do capítulo

Agora é esperar pelo epílogo, pelo verdadeiro final.
Obrigada por todo o incentivo de vocês.



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