It Was Meant To Be escrita por Mi


Capítulo 7
Diabetes


Notas iniciais do capítulo

HEY HEY HEY!
Sentiram minha falta?
Não revisei, porque queria postar logo. Desculpa.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/404166/chapter/7

Capítulo VII: Diabetes

Mal amanheceu e Annabeth já estava de pé. O balanço do iate no mar não a deixava dormir e as lembranças do dia anterior contribuíam para isso.

Questionou-se milhares de vezes sobre o efeito em que Percy ainda causava nela. Não era possível que depois de todo esse tempo ela ainda sentia algo por ele. Não podia sentir ou então não seria imortal, seria?

Olhou a leste e viu o Sol nascendo. Ouviu passos se aproximando. Logo, Percy estava ao seu lado.

– É lindo, não é? – Annabeth disse, apontando com a cabeça em direção ao Sol.

– O Sol ou Apolo? – O Cabeça de Alga perguntou.

– Os dois. – Annabeth disse, rindo pelo nariz.

– Hum. – Percy disse, sentindo uma pontada de ciúmes.

Eles permaneceram em silêncio, apenas apreciando a vista.

– Então, você tem medo que eu morra? – Percy perguntou. A lembrança desse pesadelo da loira não saia de sua cabeça.

– Percy... – Respondeu Annabeth com as bochechas vermelhas. Devia ter imaginado que ele não esqueceria tão cedo sobre os pesadelos da ilha. – Não vamos falar sobre isso.

– Por que não quer falar sobre isso? – Perguntou irritado.

– Não tem importância. – Respondeu ríspida.

– Mas é claro que tem!

– Foi apenas um PESADELO, Percy.

– Os nossos PIORES pesadelos, Annabeth.

A loira calou-se. Foi Percy quem colocou um ponto final em tudo, então por que ele insistia nisso?

– Tudo bem... – Disse, com um suspiro. – É normal, não é? Termos medo de que nossos amigos morram. – Falou Annabeth, pedindo aos deuses para que o moreno acreditasse nisso.

– Amigo? – Percy perguntou intrigado e magoado. Depois de tudo o que eles viveram juntos, ela tinha medo de que ele morresse porque eram amigos?

– Sim, amigo. Assim como eu tive medo que o Luke morresse, quando mais nova.

“Annabeth estava realmente me comparando com Luke? Ela só podia estar de brincadeira, cadê as câmeras escondidas?” Pensou o moreno.

– Annabeth, eu realmente não te entendo.

– Eu que não te entendo, Percy! Eu também vi seus pesadelos, mas fique tranquilo... Caçadoras não podem namorar. – Concluiu.

– O quê...?

– Por favor, não vamos mais falar sobre isso. – Disse, virando-se para se retirar dali. – Tem algum dracma aí? – Perguntou, antes que se esquecesse. – Preciso fazer um contato.

Ele atirou para ela alguns dracmas que estavam em seu bolso. A loira distanciou-se de Percy para jogar o dracma na água.

“Ó deusa, aceite minha oferenda, me mostre Thalia, no acampamento Meio-Sangue.”– Pensou Annabeth e logo a imagem da amiga de cabelos negros repicados com mechas azuis apareceu.

– Pelos deuses, Annabeth! Como você está? – Perguntou Thalia.

– A beira de um colapso. – Lamentou-se a loira.

– O que? Onde você está? Está bem? Cadê o Percy? Não me diga que você o matou...

– Não, só está desacordado... – Os olhos de Thalia saltaram das órbitas. – Brincadeira, bobona.

– Então, já deram uns amassos ou algo do tipo?

– Devo lembrar-lhe sobre o juramento que fiz a minha ilustríssima deusa... – Thalia a interrompeu.

– Ta bem, está bem. Mas me diga, por que está à beira de um colapso?

– Ontem nós fomos parar em uma Ilha, Ilha do Pesadelo, já ouviu falar? É uma ilha onde seus pesadelos tornam-se reais, do tipo, não está realmente acontecendo, mas é como se estivesse. Você vive seus piores pesadelos.

– E quais foram seus pesadelos, posso saber? – Perguntou a punk curiosa.

– De novo esse assunto não... – Annabeth soltou um suspiro.

– Mas nós nem falamos sobre isso...

– Mas Percy e eu sim. Acontece que eu vi os pesadelos dele e ele... Bem, viu os meus.

– E o que tinha de tão comprometedor nesses pesadelos? - Indagou Thalia.

– Nada. – Afirmou Annabeth.

– Fala logo, loira.

Annabeth não percebeu quando Percy se aproximou para ouvir sua conversa. O Cabeça de Alga se sentia um criança por fazer isso.

– Um dos meus pesadelos era que ele morresse. Desesperei-me quando eu o vi ali, com a cabeça em meu colo, sem vida, mas logo lembrei de que eram apenas pesadelos. Foi horrível. – Abriu-se para a amiga. Não agüentava mais guardar isso para si. – E hoje ele veio me perguntar sobre isso.

– E o que você disse?

– Que eu tinha medo que ele morresse porque era meu amigo, oras! Como teria medo que qualquer outro amigo meu morresse, inclusive você.

– Que desculpa mais esfarrapada, Annabeth. – Thalia revirou os olhos – E como você é meiga, sua fofura me deu diabetes.

– Ingrata. – Annabeth mostrou-lhe a língua.

– Posso dar-lhe um conselho? Mas pelos deuses, não deixe que Ártemis saiba disso nunca.

Annabeth gargalhou.

– Depende. Que conselho seria esse?

– Nós semideuses estamos frente a frente com a morte todos os dias. Você sabe disso melhor do que ninguém. Por que você não dá uma nova chance para o Cabeça de Alga? Ele pode morrer e aí... Não venha chorar pelo leite derramado.

– Ele não vai morrer Thalia. A menos que acertem seu calcanhar de Aquiles, não... E outra, foi ele quem terminou comigo, não vou correr atrás.

– Orgulhosa. – Disse Thalia.

– Sou mesmo. – Annabeth disse, empinando o nariz.

– Pensa no que eu te disse, Annie. Você sabe que eu só quero o seu bem.

– Eu sei, mas... – Antes que a loira pudesse terminar a frase, a imagem começou a tremeluzir e a imagem da Cara de Pinheiro desapareceu.

– ÍRIS! – Disse a loira irritada.

Percy tratou de sair dali antes que a loira o visse.

[...]

– Quantos dias você acha que essa missão ainda vai levar? – Perguntou Annabeth.

– Não sei. – Falou o moreno, mordendo um cookie azul. Além de lhes darem um iate, nele tinha comidas AZUIS.

“Quem for que seja, está mimando demais o Jackson.” – Pensou Annabeth ao observar a cena.

– Espero que não muitos. – Concluiu a loira, por fim.

– Olhe lá! – Disse Percy, apontando mais a frente.

– Uma ilha... Será que é esta?

– Só indo até lá para saber.

– Você disse isso da última vez e digamos que não foi uma boa ideia.

– A vida de semideuses é cheia de riscos, Annabeth. E nós aceitamos essa missão, não temos outra escolha.

– Você tem razão. Guie o iate para lá.

Ao contrário da ilha anterior, essa estava longe de ser assustadora. Assim que o iate se aproximou, eles puderam ouvir músicas alegres vindo do interior da ilha.

O Sol estava a pino, iluminando a ilha. A areia era tão branca que, se não fosse pela época do ano, poderia facilmente ser confundida com neve. As plantas eram cheias de vigor e o aroma vindo delas agradava Annabeth.

– Nem tudo é o que parece. – Lembrou Annabeth.

Uma placa mais a frente, na entrada da trilha para floresta, dizia:

“SÓ É PERMITIDA A ENTRADA DE CASAIS” Em letras personalizadas, de um rosa neon.

– E agora? – Falou Percy.

– Voltamos ao iate. – Disse Annabeth, já imaginando o que viria a seguir.

– Você é menina e eu sou um menino...

– É mesmo, você descobriu isso sozinho? – A loira disse irônica.

– Só queria dizer que nós poderíamos fingir ser um casal. O semideus pode estar ai.

Annabeth revirou os olhos. Por que Percy tinha que dar uma de esperto às vezes? Isso lhe irritava profundamente.

Percy aproximou-se dela, pegando-lhe na mão. Sentiram uma irritante sensação de pequenos choques em seus dedos.

Então eles adentraram a ilha. De início, nada viram. Mas após andar por alguns minutos, viram um enorme parque de diversões. Casais iam e viam com algodão doce nas mãos ou enormes ursos de pelúcia. O lugar era todo decorado por corações ou qualquer coisa que lembrasse o amor.

– Meu diabete. – Annabeth murmurou.

– O quê? – Percy perguntou.

– Nada. – Annabeth disse, soltando um risinho. Sabia que era exatamente o que Thalia falaria se estivesse ali.

– O que um semideus estaria fazendo aqui? – Percy perguntou.

– Não sei, namorando? – Falou como se fosse óbvio.

– Casal! Que tal convite para o baile que acontecerá hoje à noite? – Perguntou uma menina que passava por ali. Ela tinha um sorriso travesso nos lábios.

– Não iremos ficar até o anoitecer. – Respondeu Percy.

– Mas é claro que vão! Vocês não podem perder o baile, é sempre tããão romântico. – Disse a garota. – E, além disso, todas as pessoas estarão lá.

– Você disse todas as pessoas? – Annabeth perguntou.

– Isso mesmo.

Annabeth pediu que a garota esperasse um minuto.

– Se o semideus estiver aqui, poderemos encontrar ele lá ao em vez de ficarmos andando para lá e para cá aqui no parque, com chances dele mudar de lugar a cada instante. - Sussurrou Annabeth.

– Você tem razão. - Concordou Percy.

– E, então... Vão querer?

– Vamos sim. – Respondeu Annabeth.

– Aqui está! Divirtam-se. – A menina falou e saiu saltitante, parando outros casais para entregar os convites para o baile.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O semideus vai estar ai?
O que acham que vai acontecer?
"Mas o Percy não perdeu o calcanhar de aquiles no Filho de Netuno?" Lembrando que essa fic não envolve romanos, ou seja, nada do que aconteceu a partir do Herói Perdido esta valendo aqui.
TAN TAN DAN TAN
Até o próximo, beijos!