It Was Meant To Be escrita por Mi


Capítulo 8
Azulão


Notas iniciais do capítulo

Finalmente apareci UHU
Feliz Ano Novo pessoal! Que as fics que vocês leem sejam atualizadas rapidamente hahahha
Gostaria de dedicar este capítulo a minha querida leitora Emmy, que deixou uma recomendação maravilhosa da fic.
E gostaria de dar os devidos créditos a minha mais nova leitora, Dudaa, que me deu uma ideia para este capítulo.
ME AVISEM SE TIVER ERROS, OBG. Não revisei porque queria postar logo hehehe
Espero que vocês gostem.



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Capítulo VIII: Azulão

Annabeth arrependeu-se minutos depois da sua brilhante ideia. Agora ela teria de ir ao baile acompanhada do Jackson. Soltou um suspiro.

– Já sei o que vai dizer, que não quer ir ao baile, blá, blá.

– Ei – deu-lhe um leve soco na barriga – Eu não uso “blá, blá” nas minhas frases.

– Acabou de usar. – Respondeu com um sorriso nos lábios.

– Idiota. – Falou emburrada.

– Ah, qual é, Annabeth. Temos a tarde toda, que tal irmos aos brinquedos?

– É Chase para você. E... Não acho que seja uma boa ideia.

– Você é quem sabe. Já que prefere ficar a tarde toda ai, faça bom proveito. – Disse, virando e indo em direção a montanha-russa.

Ele realmente não compreendia a loira. Uma hora eles estavam numa boa e na outra ela erguia novamente a guarda. Olhou para a imensa fila de casais a sua frente. Sorriam bobamente uns para os outros e trocavam carícias. Imaginou-se assim com Annabeth, principalmente ali, naquela ilha.

Percy não aguentava mais tê-la tão perto e não poder nem sequer abraçá-la. Queria dizer a ela o quanto a amava e que nunca quis deixá-la ir, mas sabia que se fizesse isso estaria comprando uma briga feia com a ex – e queria ele que futura – sogra.

Nunca fora de temer algum deus, pelo contrário. Mesmo depois de salvar o Olimpo, ainda não agradava a todos eles. Até mesmo quando Atena pedira que ele ficasse longe de sua filha pela primeira vez, ele não hesitara.

Annabeth não estava fazendo nenhuma faculdade, será que Atena só disse aquilo para afastá-los? E então, decidiu o que deveria ter feito há tempos, falado toda a verdade para Annabeth. Mas será que ela acreditaria? E se ela pensasse que ele quis jogar toda a culpa em sua mãe para que eles fizessem as pazes?

[...]

Como ele ousara deixar ela sozinha ali, Annabeth não sabia, mas sentiu ainda mais raiva do Cabeça de Algas.

Como seu orgulho era maior do que podia controlar, deixou que ele fosse e ficou ali parada, esperando o tempo passar. Seus calcanhares já doíam do tempo que ficara em pé, parada e odiava se sentir sozinha. Vencida, foi à procura de Percy.

[...]

A fila ia diminuindo aos poucos, e logo Percy poderia andar na montanha-russa.

– Onde está sua namorada, rapazinho? – Perguntou o carinha da portaria.

– Han... – Ele não tinha namorada.

– Não venha me dizer que não tem. Não se pode entrar na ilha sem ser um casal.

– É bem, nós brigamos... – Não era totalmente invenção, eles realmente haviam brigado, apenas não era um casal, mas esperava que aquela desculpa servisse. E então avistou Annabeth caminhando furiosamente em sua direção – Mas já vamos nos resolver, não é amor? – Disse, puxando a loira pela cintura e trazendo ela para perto de si. A mesma olhou-o confusa.

– Acho bom mesmo, já que apenas casais podem usufruir da ilha e isto inclui os brinquedos. – O homem disse olhando desconfiado para os dois. – Duas entradas? Ok. Podem subir.

– Que história foi aquela de “amor”? – Perguntou Annabeth olhando incrédula para ele. – Eu não vou no primeiro carrinho, Jackson!

– Eu queria andar na montanha russa, e como ele quis saber da minha namorada e vi você vindo, acabei dizendo que tínhamos brigado, mas que já estávamos nos resolvendo.

– Belo modo de nos resolvermos, ein? Deixar-me sozinha.

– Você quem não quis me acompanhar. – Percy disse dando de ombros. – Está bom esse carrinho? – Disse apontando para um carrinho mais ao meio.

– Está ótimo. – Falou Annabeth sentando-se emburrada.

– Então estamos resolvidos, não é amor? – Falou Percy, sentando-se ao lado dela e apertando suas bochechas, quando viu que o homem se aproximava para checar se todos estavam em segurança. Annabeth apenas soltou um risinho debochado.

Mas esse clima não durou por muito tempo. Logo Annabeth estava aos berros agarrando-se ao Percy, enquanto o mesmo ria da cara dela. E quando desceram, eles riam juntos.

Eles estavam indo no último brinquedo, antes de irem a seus respectivos lados se arrumarem para a festa, como havia sido anunciado alguns minutos atrás.

– Duvido que você acerte os três! – Annabeth insultou.

– Aé? Fica só vendo então. – Percy disse, se posicionando para atirar.

E não, ele não acertou os três tiros, apenas um. E Annabeth começou a rir e zoar com ele.

– Fera, ein? Fiquei só vendo mesmo, e nada.

Percy deu-lhe a língua e decidiu jogar novamente, dessa vez com êxito.

– Pode escolher um daqueles ursos grandes ali. – O senhor da barraquinha disse, apontando para uma prateleira.

– Escolhe você. – O moreno disse para Annabeth.

– E-eu? – Ela gaguejou. – Vou querer aquele ali. – A loira falou apontando para um enorme urso azul.

– Aqui está. – Disse o senhor, entregando o urso a Percy.

– Para você, Sabidinha. – O Cabeça de Algas disse, estendendo os braços com o urso em direção a loira. Annabeth pegou-o e eles ficaram se encararam por alguns segundos. Percy adorava quando as bochechas de Annie enrubesciam.

– Preciso ir, Percy. – Annabeth disse, desviando o olhar.

– Nos vemos no baile, certo? – Ele perguntou.

– Claro. – Annie falou sorrindo e virou-se para sair dali. Quando já estava a uns quatro metros dali, Percy a chamou.

– Annabeth?

– Sim? – Ela respondeu, voltando-se para ele.

– Eu me diverti esta tarde. – Percy falou sincero.

– Eu também, Jackson. Eu também. – E então voltou a caminhar, desaparecendo no meio de tantos casais.

Percy estava nas nuvens. Tivera uma tarde maravilhosa com a sua Sabidinha e nem parecia que eles tinham brigado momentos antes. Por fim, foi arrumar-se.

[...]

– Por aqui, damas! – Falava uma mulher. – Olá minha querida, veio para se arrumar?

Annabeth assentiu.

– Pois então entre e aproveite. Saia belíssima daí, ok? – Falou, piscando para Annabeth.

A loira logo adentrou e ficou admirada com o tamanho do local. Era um imenso espaço de dois andares, cheio de mulheres arrumando os cabelos, as unhas, fazendo a maquiagem, escolhendo o vestido e o sapato.

– Você acha que este irá combinar com o vestido, Harry?

Harry? Mas não era um lugar só para as mulheres?

– Claro que sim querida, você vai AR-RA-SAR! – Harry respondeu e Annabeth logo entendeu tudo.

E então percebeu que não havia só Harry ali, mas também vários outros.

Por fim, foi se banhar.

[...]

– Vou fazer um penteado que vai ficar lindo em você! – Falou Rogério sorridente. – Sente-se aqui.

– Confio em você, Rô. – Disse Annabeth, sentando no lavatório vazio a sua frente.

Algumas mulheres conversavam ao seu lado, enquanto se produziam.

– Ah, se eu não estivesse namorando. Há tantos homens bonitos nessa ilha. – Disse uma loira de olhos castanhos.

– É mesmo, Alice. – Concordou uma morena.

– Tinha um menino na fila da montanha-russa hoje, que meu Deus! Se meu namorado não estivesse comigo, eu tinha o agarrado ali mesmo. – Falou uma moça que Annabeth daria a mesma idade que a sua para ela.

E Annabeth sentiu-se incomodada, mesmo não sabendo se elas realmente falavam do Percy.

– Um moreno de olhos verdes? Eu também o vi. E ele estava sozinho. Será que é solteiro? – Alice falou.

Sim, era o Percy. E Annabeth sentiu uma súbita vontade de enfiar sua adaga em Alice. Infelizmente, bronze celestial não fere mortal. E o estômago de Annabeth revirou, porque Percy realmente era solteiro.

– Larga de ser boba, Alice. Claro que tem. O que mais ele estaria fazendo aqui, se não namorando? – Falou a mais nova.

– Ele pode não ter ciúmes, não é? Aí nós ficamos sem que meu namorado saiba, é claro. – Falou a morena.

ATREVIDA. Annabeth queria socá-la ali mesmo e gritar “Ele é meu”, mas o que ela estava pensando? Eles nem se quer namoravam. Ele tinha direito de beijar quem ele bem entendesse. E tentou concentrar-se nisso, mesmo que inutilmente.

– Mas o que é isso, dona Megan? – Falou Rogério. – Contente-se com o seu bofe.

E eles riram. Menos Annabeth.

– Há algo de errado, pequena Annabeth? – Perguntou Rogério, notando que ela não rira.

– Não. Claro que não. – Respondeu apressadamente.

Então, Rogério inclinou-se e sussurrou na orelha dela:

– Elas estavam falando do seu namorado? – E involuntariamente, Annabeth assentiu.

– Pois então, vamos terminar logo essa maquiagem e escolher um vestido lindo para você mostrar a todas que ele não precisa de mais nenhuma além de você. – Disse já em tom normal.

[...]

– Cuida do Azulão para mim, Rô? – Perguntou Annabeth.

– Azulão? – Ele perguntou confuso.

– Meu urso. – Annabeth fez cara de cachorro que caiu da mudança.

– Ah sim. Pode deixar, ele está em boas mãos.

– Eu sei que sim.

– Está na hora de ir, aproveite bastante o baile, ok?

– Vou aproveitar. – E então, depositou um beijo na bochecha de Rogério e seguiu para o salão de festas.

Por um momento se esquecera que não iria a festa para se divertir e sim procurar o semideus. E se ele nem estivesse nessa ilha?

Adentrou o salão e avistou Percy ao longe. Ele estava maravilhoso. Usava terno, embora os cabelos continuassem os mesmos, desgrenhados.

Assim que ele avistou Annabeth sorriu. Ela estava mais linda que o comum. Eram poucas as ocasiões em que a via toda arrumada, de vestido ou coisa do tipo.

– Boa noite, senhorita Chase. – Disse, pegando a mão da loira e beijando-a. E percebeu que ela se arrepiara.

– Boa noite, gentleman. – Ela respondeu.

– Me concede uma dança? – O Moreno perguntou galanteador.

– Por enquanto não.

– Annabeth! – Falou indignado.

– O quê? – Ela perguntou, fazendo-se de desentendida.

– Era para você me conceder uma dança. – Falou como se fosse óbvio.

– Achei que era uma pergunta e não uma ordem. – Ela disse simples.

– Há-há-há engraçadinha. – Percy falou, sorrindo debochado.

– Vamos ao que interessa Jackson. O semideus.

– Você é quem manda. – O moreno falou, batendo continência e saindo.

[...]

Já fazia quarenta minutos que estavam parando vários casais e fazendo perguntas mais estranhas o possível – para um mortal – e nem vestígio do meio-sangue.

Percy conversava com um casal, quando foi puxado para um canto.

– O quê? – Ele falou exasperado.

– Acalme-se bonitinho. Está sozinho? – Perguntou a morena bem próxima a ele.

Ela era bonita de fato. Os cabelos negros estavam presos a uma trança lateral, e assim como os olhos, contrastavam com sua pele clara.

– Estou acompanhado, me desculpe. – Disse empurrando ela para o lado e já saindo.

– Não, espera. – A morena o segurou pelo pulso. – Ela não precisa saber. – E inclinou-se para beijá-lo e teria conseguido se Annabeth não tivesse visto a cena e ido em direção aos dois.

Ela não se responsabilizava pelos seus atos. Era mais forte que ela. Por Hades, ela era uma caçadora, não devia sequer se incomodar pela proximidade de ambos. Mas não conseguiu.

– Percy, o que você...? – Ela não terminou a frase.

Eles a olharam assustados.

– Annabeth, não é nada disso que você está pensando. – Percy tentou explicar-se.

– Ah, então é com essa daí que você está? – Megan – que Annabeth reconhecera – falou, analisando a loira dos pés a cabeça. – Tem gosto para tudo mesmo.

– Não fale assim dela, Megan. – Percy interveio.

– Pelo menos eu não fico dando em cima do namorado dos outros, não é mesmo? – Annabeth falou.

– Se ele se contentasse com você, ele não estaria quase me beijando.

E aquele foi o fim para Annabeth.

Ela deu as costas e tratou de sair dali o mais rápido que pode. E mesmo não tendo nada com Percy, sentiu-se Ninguém, literalmente, não Ulisses. Percy havia terminado com ela e isso era fato. “E se ele fez isso porque não se contentasse comigo?” Ela pensava.

– Como ousa falar daquela maneira com ela? – Percy perguntou.

– Eu só disse a verdade.

– Com certeza não. – Falou bufando, indo atrás de Annabeth.

[...]

– Annabeth! – Gritou Percy.

– Me deixa Jackson. – Ela falou séria.

– Ah, qual é. Namorado dos outros? Não parece. – Falou irritado.

– Nós não estamos namorando.

– Então por que não deixou que ela me beijasse? – Estava se cansando daquele jogo duro da garota.

– Se queria tanto assim o beijo dela, por que não volta lá e pede? – Ela levantou o tom de voz.

– Era o que eu deveria fazer, já que NÃO estamos namorando.

– Ótimo. – Annabeth disse, virando-se de costas.

– Você é uma idiota. – Ele falou.

– Ainda não foi atrás da Megan?

– Eu disse que era o que eu deveria fazer e não o que eu quero fazer. – E Annabeth surpreendeu com a resposta. – Quem eu quero está bem na minha frente. – Ele disse quase que num sussurro.

Annabeth voltou-se novamente para ele.

– Me concede esta dança? – O moreno perguntou, estendendo sua mão para ela. Que não respondeu, apenas segurou em sua mão.

Ele depositou as mãos na cintura da loira, e ela colocou as mãos sobre seus ombros.

A música que tocava lá dentro era lenta e eles a acompanhavam, mesmo que lá de fora.

Apoiaram a testa uma na outra de olhos fechados. E ficaram assim, até a música cessar.

Quando finalmente os olhos se abriram, Percy encarou os lindos olhos cinza de Annabeth, e depois abaixou o olhar, admirando os lábios rosados da garota.

– Eu não posso. – Sussurrou a loira.

– Mas você quer. – E assim, Percy uniu seus lábios aos dela E sentiu uma onda de prazer inundar seu corpo. Quanto tempo esperou por aquele toque novamente. Para tê-la ali consigo. Ele pediu passagem com a língua e ela cedeu. Eles sabiam que não era apenas um beijo. Tinha saudade, paixão e desejo misturado. Ambos esperaram muito tempo por aquilo. Terminaram o beijo com vários selinhos.

Percy acariciava o rosto de Annabeth com o polegar e ela sorria timidamente.

– Eu nunca quis deixar você, Sabidinha.


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Notas finais do capítulo

Vou esclarecer algumas coisas:
— A Ilha não tem um perigo em si, ela apareceu simplesmente para que eu pudesse fazer um capítulo mais romântico
— O semideus NÃO está nesta ilha (mavá)
EH EH EH PRIMEIRO BEIJO DA FIC, o que vocês acharam? O capítulo foi meloso demais, ou estava precisando disso? Reviews? Recomendações?
Até o próximo meus amores, beijos!
Tita.



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