Todos, Menos Você! escrita por eai mandy


Capítulo 2
Capítulo 2




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– Oi - percebi alguém sentando do meu lado
– Você? - olhei revirando os olhos era o Henrique.
– O que você esta fazendo aqui sozinha? - ele parecia estar diferente.
– Vim pensar - disse seria - e você?
– Também - ele me encarou - Acho que estamos pensando na mesma coisa.
– Em que? - perguntei já sabendo a resposta.
Ele riu e logo voltou a ficar serio.
– No nosso terrível casamento, não que casar com você seja ruim - ele me olhou - você é gostosinha..
– Casar com você vai ser a pior coisa da minha vida - disse seria
– Você nem me conhece - ele riu com aquele sorriso torto.
– Você é igual aos outros - disse piscando pra ele - se não é pior.
– Eu sou diferente - ele riu - sou melhor.
– Não, você é ridículo - disse balançando a cabeça negativamente.
– Posso ser ridículo, mas você não tem muita escolha né Paula? - ele disse levantando uma das sobrancelhas.
– Você também não, vai se casar comigo, vai perder sua vida de solteiro - disse dando um riso irônico.
– Vai ser melhor pra mim, mulheres adoram homens casados.
– Isso não é mulher, é piranha amorzinho - disse cinicamente.
Ele ficou em silêncio e logo me encarou:
– Você prefere uma casar onde? - ele disse rindo
– No cemitério, estou caminhando pra morte mesmo - disse olhando pro mar.
– É serio, você vai curtir se casar comigo - ele disse todo convencido
– Impossível.
– A gente vai se divertir - ele me olhou com um olhar safado.
– Nosso casamento é de mentirinha - disse seria - se você tentar alguma coisa vai ser arrepender - disse o encarando
– Impossível é ficar sem fazer nada com a minha futura esposa - ele disse serio - morando na mesma casa, dormindo na mesma cama.
– Na mesma cama? Ai você acorda do seu sonho né? Eu vou dormir no quarto sozinha e de porta trancada - disse seria
–Você é sempre mal humorada assim?
– Ainda mais quando descubro que estou prestes a casar com um idiota - disse me levantando - Vou embora
– Eu te levo - ele disse se levantando também.
– Estou de carro, tchau - sai andando deixando ele parado lá.
Entrei no carro e fui pra casa. Já estava um pouco tarde, troquei de roupa e dormi.
Acordei no outro dia com a minha mãe batendo na porta.
– Paula acorda, seu irmão quer que vamos há um lugar. O motorista já esta esperando.
– Ta bom - disse de olhos fechados ainda.
Levantei e fui me arrastando ate o banheiro, tomei uma ducha rápida, coloquei uma calça jeans,uma blusa um pouco mais cumprida e um casaquinho amarelo. Passei perfume. Peguei uma maça e fui para o carro junto com a minha mãe.
O carro seguiu até um prédio em frente à praia. Chegando lá, vi o Henrique parado na entrada.
– O que estamos fazendo aqui mãe?
– Vamos conhecer sua nova casa - ela me parecia meio triste.
– O que foi mãe? - perguntei meio desconfortável.
– Depois a gente conversa - ela disse descendo do carro.
Desci do carro também e fui andando devagar. Quando cheguei perto do Henrique ele me olhou de cima a baixo e sorriu de lado. Reparei que havia uma mulher ao lado dele.
– Oi noivinha - ele disse sussurrando no meu ouvido enquanto me abraçava sem que eu retribuísse. - Essa é sua futura sogra Rosane.- Prazer querida - ela disse dando um sorriso.
– Essa é minha mãe - disse – Dulce.
Elas se cumprimentaram e foram andando em direção a portaria do prédio. Eu fui me arrastando logo atrás. Entramos no elevador e o Henrique apertou o ultimo andar, menos mal, pelo menos era uma cobertura. Quando chegou, ele tirou a chave do bolso e abriu a porta me dando passagem para que eu entrasse primeiro. Tenho que admiti, o apartamento era enorme e lindo. Depois de conhecer todo, sentei no sofá. Minha mãe e a mãe do Henrique estavam na sacada. - Gostou? - o Henrique chegou se sentando do meu lado
– É, gostei - disse sem admitir.
– Se quiser mudar alguma coisa fique a vontade
– Tem como mudar esse lance de casar com você?
– Não - ele riu
– Então, só isso que me incomoda.
– Mas falando serio agora - ele me encarou - a gente vai se casar no papel e só, cada um segue sua vida, claro que às vezes teremos que fazer coisas de casais.
– Enfim você disse uma coisa sensata - disse espantada.
– E mais uma coisa, seu irmão e meu pai apesar de serem desse ramo, tem uma imagem a conservar por causa das empresas licitas que eles possuem, então, por favor, vamos fazer um casamento direito.
– Direito? Nosso casamento é praticamente um enterro Henrique - disse ficando com raiva- eu quero coisas simples, sem festa, sem nada.
– Paula, vai ter uma festa pequena e a gente pode sair antes de acabar.
– Ah faz o que você quiser Henrique. - disse seria - Agora vou embora, tchau - disse indo chamar minha mãe.
– Não Paula - ele segurou meu braço levemente - vamos almoçar juntos, serio, a gente precisa tentar se da bem, vamos viver de baixo do mesmo teto.
– Não faço questão nenhuma de me dar bem com você - disse seria
–Cara é só um almoço - ele disse respirando fundo
– Tudo bem - disse me dando por vencida.

Despedimos da minha mãe e da minha futura sogra. Descemos e o carro dele estava parado na porta. Ele ia abrir a porta pra mim, mas me antecipei e abri a porta antes. Ele deu a volta e entrou no carro também. Ficamos o caminho todo em silêncio, ele me olhava de rabo de olho e abria aquele sorriso de lado. Chegamos no restaurante, por sinal ele tinha acertado, era um dos meus preferidos. Entramos ainda em silêncio e nos sentamos numa mesa mais no canto


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