Todos, Menos Você! escrita por eai mandy


Capítulo 1
Capítulo 1




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Estava chegando no escritório do meu irmão . Ele andava meio estranho esses dias, então resolvi vim conversa com ele. Estava entrando na portaria do prédio. Quando vi a porta do elevador aberta, com dois homens dentro. Um mais velho e outro mais novo, que por sinal era lindo. Corri na tentativa de pegar a porta aberta, mas a mesma começou a fechar e ainda gritei:
- Segura pra mim, por favor!
Mas o rapaz mais novo me olhou e sorriu de lado enquanto a porta fechava. Nessa hora eu senti meu rosto queimar de raiva. 'Ridículo' pensei enquanto apertava o botão para chamar o elevador. Logo o elevador chegou e eu entrei. Desci no andar do escritório e me deparei com uma nova secretaria e pra ser bem sincera não fui com a cara dela e acho que ela achou o mesmo de mim. Mas como sou educada , tentei ser educada.
- Você é a ?  - perguntei sorrindo forçadamente
- Rafaela - ela me olhou com cara de tédio.
- O doutor Nilmar esta ocupado, então volte outra hora.
- O doutor Nilmar é meu irmão - disse sorrindo vitoriosa - E olha , é melhor você tratar melhor as pessoas querida , você  nunca sabe com que esta falando - pisquei pra ela e fui em direção a sala do meu irmão.
Bati na porta e fui abrindo de uma  vez. Os homens do elevador estavam sentados conversando com meu irmão. Quando meu irmão me viu se assustou mas logo abriu um sorriso.
- Oi Paulinha! - ele se levantou da sua cadeira e veio ate mim - O que está fazendo aqui?
- Vim conversar com você - disse sorrindo - mas se quiser volto depois.
- Eu ja estou acabando , se me esperar vamos almoçar juntos
- Ok, vou esperar lá em baixo, essa sua secretaria nova me enjoa  - falei alto pra ela ouvir
- Ta, vou descer então - olhei pro rapaz mais novo e ele deu um sorriso, mas eu revirei os olhos e sai dali.
 Cheguei do lado de fora do prédio peguei meu celular, coloquei os fones de ouvido, mas antes de colocar a musica , alguem puxou o fone.
- Oi - era o rapaz do elevador
Apenas revirei os olhos e coloquei os fones de volta. Ele voltou a puxar os mesmo
- To falando com você - ele disse me encarando
- Mas eu não quero falar com você , difícil perceber?
- E ai? Então você é a Paula?
- Por que quer saber? - perguntei sem olhar para ele.
- Não posso mais querer saber o nome das mulheres bonitas?
- Cantadinha barata a essa hora não cola né? - disse olhando pra ele um pouco irônica.
- Calma - ele disse rindo - era só um elogio 
- Obrigada - disse sorrindo sarcástica
- Isso tudo é por que não segurei a porta do elevador?.
- Você é muito mal educado sabia?
- Desculpa ai, fiquei sem reação quando te vi - ele disse rindo em tom de ironia.
- Como você consegue ser assim?
- Assim como? Lindo, é fácil ..
- Idiota - disse o interrompendo.
- Pronto, vamos? - meu irmão disse chegando perto de nós, ainda bem, estava quase voando no pescoço daquele idiota.
- Vamos Nil. - disse guardando meu celular dentro da bolsa
- Você se importa se eles nos acompanharem no almoço?
- Sinceramente? - disse olhando pro idiota, esse é o apelido dele já que não sei o nome. - Me importo, mas se você faz questão Nilmar - disse o encarando.
- Obrigado - ele deu um pequeno sorriso
- Vou no meu carro ta bom mano?
Ele fez sinal que sim com a cabeça e cada um caminhou para seu carro. Fui seguindo o carro do  meu irmão até um restaurante na beirada da praia. Estacionamos e entramos no restaurante. Quando já estávamos sentados , eu do lado do idiota
- Paula, esse é João - ele disse apontando pra mais velho e eu sorri - e esse é o filho dele, Henrique.
- Prazer - disse sem animo - Vamos pedir?
Eles assentiram, peguei o cardápio e comecei a olhar. De rabo de olho percebi o olhar do Henrique, ele estava com aquele sorriso de lado. Depois que terminamos o almoço , meu irmão me chamou:
- Você vai esta em casa a noite querida?
- Vou sim - disse sorrindo
- Quero falar com você - ele disse meio nervoso
- Tudo bem - não quis pergunta - Tchau - acenei pra todos eles e fui embora.
Cheguei em casa , vesti uma roupa mais confortável e fui ver televisão. Acabei dormindo , acordei com alguém batendo na porta. Era minha mãe.
- Paula , vem jantar - ela disse fechando a porta de novo
Levantei e fiz um coque. Dei uma olhada no espelho e desci. Meu irmão já estava na mesa , junto minha mãe. Jantamos em silencio, depois a Solange, a empregada da casa e meu anjo da guarda veio tirar a mesa. 
- A gente precisa conversa - meu irmão disse - vem comigo?
- Claro! - fiquei um pouco preocupada com a expressão de todos na mesa.
Fomos ate o escritório e ele ficou me olhando:
- O que você achou do Henrique?
- Ele é um idiota né ? - disse rindo - mas por que dessa pergunta?
- O pai dele é chefe da Jeito de Mato estamos fazendo um negocio - ele disse me encarando.
- Você sabe que eu não me interesso por esses assuntos- disse me sentando no sofá.
- Mas agora esses assuntos te envolvem - ele me olhou triste
- Como? – olhei espantada
- Ele quer uma garantia para fechar a sociedade.
-Garantia? - perguntei sem entender
- Ele quer que você se case com o filho dele - ele disse esperando minha reação
- O que? - disse me levantando do sofá - Isso não existe Nilmar, você ta praticamente me vendendo!
- Não é isso querida, os negócios andam de mal a pior e ele era nossa salvação
- Mas não tem outro jeito?
- Não, é isso ou nada - disse balançando a cabeça
Saí do escritório e fui correndo pro meu quarto. Eu não acreditava que estava sendo oferecida assim pelo meu próprio irmão. Ouvi alguém batendo na porta.
- Sai, não quero falar com ninguém - disse gritando
- Sou eu Paula – disse minha mãe abrindo a porta  
Ela entrou no quarto e veio ate mim, abracei ele forte.
- Por que mamãe? -disse entre soluços
- Não teve saída, juro que a gente pensou e propôs tudo que estava nosso alcance - ela me apertava nos braços dela - mas ele impôs essa condição.
 Olhei pra ela e passou mil coisas na minha cabeça.
- Posso ficar sozinha mãe? 
- Claro, qualquer coisa me chama - disse enquanto me dava um beijo na testa.
  Deitei na cama e fiquei lá pensando. Meu irmão sempre fez tudo por mim , eu não podia deixar minha família na mão. Fui ate o banheiro , lavei meu rosto e desci. Cheguei na sala e meu irmão estava quieto olhando para o nada.
- Podemos conversa? - perguntei sentando do lado dele.
- Claro!- ele me olhou triste.
- Então, vou ser direta - disse engolindo seco - eu aceito - respirei fundo - me casar.
- Paula, eu vou da um jeito - ele disse - eu estava louco em te propor isso.
- Não, tudo bem - disse seria - eu sei que se tivesse outro jeito você não iria me propor isso.
- Eu prometo que logo vou da um jeito de você se divorciar - ele disse segurando minha mão- obrigado querida.
- Ta bem- disse olhando para baixo - eu faço tudo por você, você sempre lutou pra me dar o melhor.
Ele me abraçou forte e eu retribui. Levantei e voltei pro meu quarto, tomei um banho e vesti uma roupa básica. Queria sair. Entrei no meu carro e parei na praia. Tirei meu sapato e fui andar pra perto do mar. De longe vi umas pessoas em volta de uma fogueira , parecia ser um luau. Resolvi parar antes, sentei na areia e fiquei sentindo a brisa do mar.


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