No capítulo anterior...

– Ela não é um Hanyou, caso estejam pensando isso... – Ele leva algum tempo para nos dizer, fica sério e então diz o que ela realmente é. – Ela é metade hanyou! – Ele diz me deixando quase que de queixo caído.

– C-Como assim? – Kaede-sama e eu falamos ao mesmo tempo.

– Eu sou filha de um hayou e um humano, então uma pequena parte do meu sangue é de youkai...só que...quando esse sangue toma conta...eu não consigo controlar por mais que minha mente esteja consciente eu não consigo controlar meu corpo... – Por um instante tive a sensação de entender o que ela passava, como se já tivesse passado por isso antes.

– E-Espera um instante! Você disse que tinha Shinjus na sua casa? – Perguntei.

– Então quer dizer que... – Começo.

– Existem outras Shinjus espalhadas por aí. Yume-chan...eu esperava não ter que chegar a esse ponto mas...está na hora! – Kaede-sama se volta para mim de forma séria, eu não entendi o que ela quis dizer, mas algo me dizia que isso iria dar em encrenca.

– D-Do que você está falando? – De certa forma eu tinha medo do que ela poderia dizer.

– Você deve seguir sozinha atrás das Denryoku no Shinju! – Ela diz num tom firme e forte.

– Entendi! – Respondo séria, então finalmente descobri qual era a minha missão...

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Já era de manhã, eu tinha dado uma passada em casa, peguei um quite de primeiros socorros, um pouco de comida e não podia esquecer meu caderno de desenhos e meu livro, levei também 3 mudas de roupa, não sabia quanto tempo passaria procurando as Shinjus.

– Yume-chan! – Kaede-sama me chama um pouco antes de sairmos da vila, iríamos eu, InuYasha, Tsume-chan e Kotaro atrás das Shinjus restantes.

– O que foi Kaede-sama? – Pergunto.

– Leve isso com você. É perigoso que isso permaneça aqui na sua ausência, só você pode proteger a Shikon no Tama e selar os poderes novamente. Conto com você. – Ela diz colocando o colar com a Shikon no Tama e mais 9 Shinjus no meu pescoço.

– Não vou decepcioná-la! – Digo colocando o colar por de baixo da gola da roupa que eu estava usando.

– Ei! Yume! Vai sair logo ou decidiu ficar? – InuYasha aparece de cara fechada como sempre, desde que eu dei aquela bronca nele ele tem dormido todos os dias nem que seja um pouco. Isso me deixou feliz já que ao menos uma vez ele me escutou.

– Já vou! Jya ne! – Me despeço de Kaede-sama e então sigo InuYasha para fora do templo onde Tsume e Kotaro nos esperavam.

– Tsume-chan...você se sente melhor? – Pergunto após chegar no pé do monte onde ficava o templo.

– Hai! A seção de purificação que a Kaede-sama fez em mim vai durar pelo menos um mês. Acredito que até lá eu já possa controlar melhor isso. – Ela responde sorrindo, eu tentei ajudar a Kaede-sama na seção, mas me senti fraca e quase desmaiei, minha pressão baixou bruscamente naquela hora.

– Yume-chan! Não faça nada que seja ligado a muita purificação isso pode te machucar e você pode até morrer! – Foi o que ela me disse depois que melhorei. – Tem uma coisa que é bom você saber antes de ir! – Ela segura na minha mão e olha bem em meus olhos. – Evite ter pesadelos perto da lua cheia ou da lua nova, se isso acontecer você...pode perder a memória outra vez como aconteceu da última vez. – Ela parecia preocupada, eu não entendi bem o porque, mas tinha que seguir sua ordem.

– Yume-san...Ei! Yume-san! – Ouvi Kotaro me chamar.

– Ah! Gomen...acabei me distraindo. – Depois disso andamos o dia todo até chegarmos em outra vila, lá encontramos um templo pequeno, havia apenas uma miko lá, e ela não podia fazer a purificação das Shinjus.

– Gomen ne! Eu fui a última sobrevivente do templo então não tive tempo de aprender a purificação. – Ela nos contou que o templo foi incendiado, todas as mikos do lugar foram mortas queimadas por conta das chamas fortes, ela foi a única que sobreviveu, era uma aprendiz e não tinha aprendido tudo ainda, como não havia outro templo muito perto onde pudesse ir para aprender o necessário acabou ficando por ali a pedido do povo, para que protegesse a vila.

– Não se preocupe com isso! Eu posso cuidar das Shinjus que você tem guardado. Será que eu poderia vê-las? – Pergunto séria.

– Hai! Me siga. – Ela me leva a um salão completamente fechado, o ar ali dentro era muito pesado.

– Que lugar estranho...parece um ninho de youkais! – Se até InuYasha estava reclamando então é porque estava bem pior do que eu imaginei.

– Tenho que concordar com você, as Shinjus que consegui não foram purificadas então a Jyaki dos youkais mortos ainda está por aqui, acredito que a raiva deles veio junto. – A miko comenta nos levando até um pequeno cofre de metal grosso, ela tira uma chave de um cordão no pescoço e abre o cofre.

– Isso é tudo o que eu tenho. – Dentro do cofre haviam 5 Shinjus acima de uma almofada, mas a Jyaki que vinha delas era mesmo muito potente.

– N-Não toque nelas! Eu já tentei e...bem... – Ela estava com a mão enfaixada, provavelmente se queimou com a força que vinha delas.

– Não se preocupe! Eu sei o que estou fazendo. – Digo pegando uma de cada vez, coloquei todas na minha mão esquerda e assim que eu as tocava ela tinham novamente seu brilho prateado, isso significava que estavam puras.

– S-Suggoi! Como você fez isso? – A miko perguntou.

– Eu aprendi um truque de purificação! Preciso pensar em coisas ou pessoas que eu goste para conseguir purificar. – Digo sorrindo e era verdade, dessa vez eu me lembrei da lenda, a lenda que eu acreditei por tantos anos, que agora havia se tornado real.

– Por favor! Passem a noite aqui na vila! Eu peço que me ensine a ser uma miko! – A senhora que aparentava ter quase 30 anos estava me pedindo para ensiná-la, isso seria bom, me ajudaria a treinar mesmo quando não estou com a Kaede-sama por perto.

Passei várias horas treinando com a miko...

Naquela noite peguei um caderno que eu trouxe na minha mochila e decidi fazer algo novo, escrever um diário.

“Minha vida é uma bagunça...primeiro eu sou do século 21, mas por causa de um poço estranho e uma lenda...e da minha okaa também...eu acabei vindo parar na Sengoku Jidai e aqui eu conheci o maior ídolo que eu já tive em toda a minha vida.

InuYasha, não é só uma lenda...”

Foi assim que eu comecei o diário logo depois que terminei de escrever acabei pegando no sono e só acordei no outro dia de manhã cedo...