Hoje acordei Super Tarde, me atrasei pro colégio, e acabei não indo. Que droga, eu detesto faltar aula... Fico com tédio em casa, resolvo entrar na internet, entro no facebook.

–... Será que Amaya tem facebook?

Digito o nome dela, e rapidamente a encontro, ela tem muitos amigos (é bem a cara dela). Dei uma passada pelas suas fotos e vejo uma que me chamou a atenção.

–Nossa, Uma foto da Amaya quando era criança! Na imagem havia Ela, um garoto (que eu não conheço), uma mulher, um homem e no fundo uma árvore de natal.

– que lindo... Deve ser bom ter uma família assim... Com um pai, uma mãe, e um irmão...

Olho aquela criança que não conheço e vejo que ela tem um belo par de olhos azuis, daí me vem à imagem do Ikuto na minha cabeça, AHHH que eu estou pensando?! Não pode ser el... Fico 20 minutos encarando aquela foto.

–Será que o ikuto é irmão da Amaya?! Caramba, eu não acredito!

Passado um tempo saio do computador e vou até a cozinha, lá pego um pote de sorvete de flocos e fico vendo televisão por um bom tempo. Quando me dou conta já são 2 horas da tarde.

Resolvo sair um pouco de casa e dar um volta, já são 14:30, a aula já deve ter acabado faz tempo, Começo a andar e me deparo com o caminho do colégio. Acho que vou lá... Não tenho nada para fazer mesmo...

Chego lá e todos saíram, Dou as costas e vejo Amaya saindo de lá, ela me parece meio tensa...

–AMAYAAA! Grito. Ela me olha e me da um sorriso forçado.

Nunca a vi assim antes.

–Oie! Amu-chan...! Por que você faltou? Eu fiquei... Preocupada com você.

–Amaya. O que aconteceu?

–Ela me olha com um olhar de tristeza.

– tsc... Vem, vamos voltar pra escola.

Entramos lá, e começamos a conversar.

–Amu... Eu, eu não disse nada, mas... Naquele dia, da brincadeira, eu vi o quanto você ficou incomodada.

–ohh... Era isso? Não se preocupe. Eu só fiquei assustada.

–Amu... Eu sei como é. Você tem algum trauma né?

– (fico em silêncio por alguns estantes)... Minha família... Passou por uma situação muito difícil há um ano atras...

–O que aconteceu?

–Meu pai... Ele se separou da minha mãe, quando eu tinha sete anos... Ele sumiu do mapa logo depois... Eu e a minha mãe fomos abandonadas!

–n-nossa... Sinto muito...

–Isso é só 1% da história (digo com um sorriso de canto.)

–Amu, você não pode deixar essas coisas prejudicarem a sua vida. Lembre-se que isso é passado! Okay? Fica bem.

–ok, obrigada Amaya, foi bom conversar com você.

–de nada, me sinto aliviada.

–eu também. Você foi a primeira pessoa que eu conheci nessa escola, e eu não sei nada sobre você, então...

–O que foi amu-chan?

–hm... Desculpa mas é que, como eu não vim pra aula hoje, eu acabei dando uma olhada no seu facebook...

–ahhh, sério? Hahahaha, e o que você viu lá?

–bom.. Uma foto.

(acho melhor perguntar se o ikuto é irmão dela... tenho que falar de um jeito que não pareça óbvio)

–que foto?

–Uma bem antiga... De quando você era criança...

–nossa! Muito antiga essa foto. Aquele foi um dia muito bom... Estávamos todos em família.

–família?

–Sim, meu pai, minha mãe, meu irmão haha

NÃO ACREDITO...

–Irmãos? Mas... Quem é o seu irmão?

–ah... É o Ikuto. (Ela ri)

NÃO PODE SER

–ahh, não sabia... Bom Amaya, já esta tarde, tenho que ir para casa...

–Mas já? Você não quer ir para a minha casa?

–ah... Não quero incomodar;

–Claro que não! Vamos!

–... Ta bom

Seguimos até a casa de Amaya... Enquanto isso conversávamos sobre a sua infância. Ela Teve uma infância muito boa.

Até que tenho um choque de realidade e percebo, que se eles são irmão, Então estou indo para a casa do Ikuto!

–Amaya, acho melhor eu não ir

–mas por que a gente chegou até aqui?!

–o... O I-I-Ikuto pode estar em casa.

–Sim, ele está, mas não tem problema, ele não se incomoda.

Ela me pega pelo braço e praticamente me obriga a entrar na casa. Entramos. A casa é Azul, com muitas janelas, e uma portão branco, Antes disso tem um jardim... Sinto-me encantada com a atmosfera daquele lugar.

Amaya me levou até o seu quarto, e lá nós conversamos, ouvimos musica, e fofocamos.

–Amu-chan eu comprei um vestido perfeito ontem com a hinamori-chan! Olha só

Ela se levanta e abre seu guarda roupa, de lá ela tira em meio a muitos vestidos, um Lilás, realmente muito lindo e bem curto.

–uau! É... Lindo. E bem curto...

– sim! Você quer provar?

–que? Eu? Não! Eu tenho vergonha, e esse vestido não combina muito comigo...

–isso é verdade, você combina com uma cor mais forte... hm... ah! Já sei!

Ela corre até o guarda roupa e tira um vestido vermelho lindo demais, é bem justo ao corpo, com um leve decote e com o mesmo comprimento que o outro.

– esse é perfeito, mas é curto dema- Ela me interrompe

–aah para com isso, Amu, você é linda! Para com isso! Você tem que se mostrar mesmo!

–obrigada, mas eu não me sinto muito bem...

–chega, você vai usar ele e ponto final. (ela fala com tanta autoridade, que acho melhor obedecer)

–o-okay.

Ela começa a me encarar, e eu a encaro, e assim ficamos por uns 15 segundos.

–ham... Amaya acho melhor você me dar licença... Eu não gosto de me trocar com outras pessoas assistindo...

– você é estranha, tudo bem, vou ao banheiro, enquanto isso se troque ai.

–ok.

Ela sai, e eu respiro fundo e começo a tirar a roupa, tiro meu tênis, meu short, minha blusa, e fico somente de calcinha e sutiã. Abro o extenso zíper do vestido que vai do final da cintura até em cima. Visto o vestido; Amaya aparece e diz:

–amu... Você está perfeita!

–ahm... Eu o adorei... E-

O celular dela toca parece que são suas amigas ligando e pedindo pra ela ir a algum lugar;

–OQUE? (Ela diz com um sorriso gigante) VAMOS AGORA! ME ESPERA OK ?! ... Amu-chan eu tenho que ir pr- A interrompo

–pode ir (digo com um sorriso discreto)

–obrigada, quando sair encosta a porta ok?

Ela sai rápido (eu não sei pra onde) e me deixa sozinha no quarto, eu encosto a porta e me olho no espelho, e realmente me achei bonita naquele momento... Não sei, mas acho que contar sobre o meu pai me deixou mais leve.

Paro de me olhar e começo a tirar o vestido, primeiro abro o zíper de trás, e desço-o até o final, antes de tirar tudo eu calço o tênis, enquanto amarro o cadarço, tomo um susto!

–AMAYA FOI VOCÊ QU- I-Ikuto?!

–AMU?!!!

Petrifico, e analiso a minha situação:

–1° Estou com o vestido só na parte de baixo, meu sutiã esta inteiro a mostra

2° o Ikuto esta me olhando como se não houvesse amanha.

3° eu vou matar ele agora!

Pego o meu tênis e jogo na cara dele:

–PARA DE OLHAAAAAAR!

–mas- mas o que está acontecendo?!

vou pra cama da amaya, e fico lá me cobrindo com o travesseiro.

–calma... Amaya me chamou pra vir aqui, e pra experimentar o vestido, ela saiu e eu estava me trocando! (não ficar vermelha, por favor)

–ah... Calma, olha desculpa, eu não sabia!

Ele me olha nos olhos

–calma amu...

–ok, agora sai daqui pra eu me trocar, rápido. Ou você quer me ver nua? Seu idiota.

–não seria má idéia.

Olho pra ele como quem fosse assassinar alguém.

Me levanto ( com o travesseiro cobrindo meus seios)

–sai. Tenho que tirar esse vestid- Ele corre até mim, com uma feição séria. Segura meus ombros e me encosta-se à parede.

–Q - -Q QUE É ISSO? IKUTO PARA COM ISSO!

–Não tira. Você está linda.

(não ficar vermelha, não ficar vermelha, na ficar vermelha)

–ele começa a se aproximar do meu rosto, e me fala no ouvido:

–se vire de costas.

–ikuto. Você esta pedindo para morrer!

Ele da um sorriso de canto e diz

–Depois você pode me matar (ele ri). (ele me força a virar de costas, pega o zíper do vestido, e fecha.

–i-ikuto...

(começa a chover)

Ele está muito perto de mim... Não consigo... Tenho que sair dali rápido!

Empurro-o e digo

–tsc... Tenho que ir embora, diga pra amaya que amanhã eu devolvo o vestido! (Saio correndo até a porta, Ikuto corre atrás

–Espere amu! Esta chovendo! Desculpa! Fica!

Abro a porta e saio correndo na chuva, e choro por que isso sempre acontece... Eu não consigo me relacionar com garotos, por que sempre me vem aquilo na mente...

Corro, e Ikuto também, ele me alcança. E me abraça na chuva.

–Amu! Calma!

Não recuso o abraço, e choro nos seus braços.

–Desculpa Ikuto.

–Vem, eu te levo pra casa.

Ele me leva pra casa de carro sem falar uma palavra, e eu também. Chegando lá, ele diz:

–Amanha teremos uma conversa.

Fico de Braços cruzados

–Eu não quero!

–Você não tem querer!

–tsc... Até amanha.

–Até.