Inalcanzable escrita por Duda


Capítulo 41
Capítulo 39


Notas iniciais do capítulo

Mano, vocês vão querer me matar com esse capítulo mas enfim...

Só para avisar, esse é o PENÚLTIMO capítulo, hein? Rs, sim, meninas, vou acabar com a fic e tals.

Mas então, tá bem triste esse capítulo, bem triste meeesmo... me desculpem ;)

Boa leitura.



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Dezembro

Os meses que passaram foram incrivelmente felizes para Angie, German e Violetta. Violetta entrara para o Studio e estava mais do que feliz no seu relacionamento com León. Angie e German tiveram que lidar com aquela fase do namoro onde há ciúmes e brigas por causa de ciúmes, contudo souberam lidar muito bem com isso pois, sempre que brigavam, acabavam fazendo as pazes na cama. Com isso, descobriram que fazer as pazes com sexo era a melhor coisa que existia no mundo. Com o início de Dezembro, a expectativa dos alunos do último ano da St. George estava enorme. Mês de formatura. Violetta praticamente alugou Angie para que pudesse organizar tudo perfeitamente. As duas passaram bons momentos juntas, organizando as coisas para a formatura, e German apenas observava, um pouco enciumado, mas completamente satisfeito. Tudo estava bem. Até que chegou o dia tão esperado. 

14 de Dezembro Sábado

– Boa noite – Angie falou no microfone – Eu recebi a maravilhosa tarefa de dizer umas últimas palavras aos formandos terceiranistas – Ela sorriu – Hoje é o dia oficial que marca o fim de um ciclo e o início de outro. O início de um ciclo tão bom quanto ou até melhor do que este que está se fechando. O início de um ciclo cheio de dificuldades, as quais, muitas vezes, farão vocês pensarem em desistir. É por isso que eu digo: nunca esqueçam dos dias que passaram aqui, pois quando vocês estiverem desmotivados, as lembranças os farão perceber o quão vitoriosos vocês são apenas por terem chegado onde chegaram. Todo o esforço que fizeram não foi em vão e foi isso que os trouxe até aqui. Eu espero, de todo coração, que essa vitória os impulsione a sempre correr atrás dos seus sonhos, mesmo que existam muitos obstáculos durante o caminho. Todos vocês são capazes, nunca deixem que digam o contrário. Para mim, como professora de vocês, foi um prazer ensinar-lhes e olhar por vocês durante este ano. Agora chegou o momento que vocês pensaram que nunca chegaria – Angie pausou e sorriu. Ela foi escolhida para fazer o discurso final da formatura do colégio – É com muita honra e muito orgulho que eu apresento a turma de formandos do ano de 2013 da St. George.

Os familiares e amigos dos formandos levantaram-se e começaram a ovacionar os alunos, enquanto estes jogavam seus chapéus para o alto. Alguns sorriam, outros sorriam e choravam ao mesmo tempo. Violetta abraçou León com toda a força que pôde, lágrimas de felicidade escorriam pelo seu rosto. Depois ela correu em direção ao German, pulou nos braços dele como costumava fazer quando era pequena e o abraçou.

– Eu estou tão orgulhoso de você – German falou emocionado – Parabéns, filha. Parabéns.

– Obrigada, papai. Eu estou tão feliz – Ela afastou-se um pouco dele e sorriu ao ver que Angie aproximava-se dos dois. Ela caminhou ao encontro de Angie e as duas se abraçaram – Obrigada por tudo, Angie – Violetta murmurou.

– Eu que agradeço, Vilu – As duas afastaram-se e ficaram olhando uma para outra. German aproximou-se e os três se abraçaram.

– Minhas duas princesas – German afastou-se e olhou sorrindo para as duas – As mulheres da minha vida – Ele deu um beijo na testa da Violetta e um selinho demorado em Angie.

xxx

Angie e German dançavam lentamente na pista de dança. Estavam com as cabeças encostadas e os dois olhavam para uma única direção, observavam Violetta junto com León e o quanto ela estava feliz.

– Eu acho que esses dois vão casar logo logo – Angie murmurou e German soltou um risinho abafado.

– Eu também acho – Angie sorriu e os dois afastaram as cabeças para se encararem.

– E como você vai reagir quando a Violetta chegar em você e dizer “papai, eu vou me casar”? – German sorriu.

– Eu vou ficar extremamente feliz por ela – Angie arqueou as sobrancelhas, ainda sorrindo.

– Então você aceitou que a sua menininha cresceu? – German voltou a olhar para Violetta.

– Olhe para os dois – Angie voltou a olhá-los – Violetta ama esse garoto e o que mais me deixa tranquilo é poder enxergar que é recíproco, que um dia se eu tiver que entregar a mão da minha filha, será para um rapaz que vai amá-la e cuidá-la – Angie voltou a olhá-lo sorrindo.

– Quem é você e o que fez com o German? – German a olhou sorrindo. Ele passou a acariciar o rosto de Angie.

– Tem coisa melhor no mundo do que estar com a pessoa que você ama? – Ele perguntou encostando sua testa à de Angie.

– Não mesmo – German sorriu e capturou os lábios de Angie. Um beijo lento e tranquilo, que para os dois tornava-se cada vez melhor. German finalizou o beijo com um selinho e voltou a encostar suas testas.

– Terça-feira fará seis anos que você partiu – German falou sério.

– Eu sei – Angie sussurrou – Eu também nunca esqueci essa data.

– Eu queria poder apagar todo o sofrimento que passamos e ficar apenas com os momentos bons na memória – German acariciava o rosto de Angie.

– Os quais não foram poucos – Angie esboçou um fraco sorriso – Mas agora, olhando para o passado, eu percebo que talvez todo o sofrimento tenha sido necessário para nos fazer perceber que nós dependemos da felicidade do outro para sermos felizes.

– Eu te amo – German murmurou – e nunca vou cansar de repetir isto. Ainda que torne-se chato e cansativo, ainda que você esteja irritada comigo, eu prometo que eu nunca vou deixá-la esquecer que eu a amo e que eu estou do seu lado para o que der e vier – Angie sorriu e o abraçou.

– Fica comigo para sempre? – Angie sussurrou – Eu te amo tanto, meu amor.

– Eu vou ficar com você por toda a etern...

Angie escutou um estouro e, poucos segundos depois, sentiu um tranco no corpo de German, algo que o impediu de terminar de falar. As pessoas começaram a gritar na hora. Angie afastou-se um pouco dele para encará-lo. German ficara pálido e os olhos dele começaram a lacrimejar, Angie franziu o cenho e colocou uma das mãos sob o buraco que formara-se nas costas de German, depois retirou a mão e os olhos dela começaram a lacrimejar ao notar que sua mão ficara completamente coberta por sangue. Angie não foi capaz de escutar mais nada, ela e German encararam-se por mais alguns instantes e, então, ele caiu lentamente no chão.

– GERMAN – Angie ficou de joelhos ao lado dele e começou a chorar – GERMAN, NÃO – Alguém retirou o paletó e entregou-a para estancar o sangue. Ela colocou por baixo de German, tampando o buraco das costas dele – Vai ficar tudo bem, meu amor – Ela sussurrou.

– Angie... – German balbuciou e Angie colocou o dedo indicador sobre os lábios dele.

– Não fala nada... – Angie falou com a voz entrecortada.

– Eu... preciso... falar – Ele falou com dificuldade – Meu tempo... está acabando, amor – Angie balançou a cabeça como se não quisesse escutar – Olhe para mim – Angie o olhou – Nós... fomos felizes, não? – Angie assentiu sem que as lágrimas parassem de escorrer pelo seu rosto – Amor – ele sussurrou –, eu vou partir...

– Não – Angie chorou ainda mais e pegou uma das mãos dele.

– ...mas eu estarei sempre ao seu lado.

Nesse momento, chegaram os paramédicos e o colocaram na maca. Angie acompanhou-os até a ambulância. Violetta apareceu e ficou branca ao perceber que quem estava entrando na ambulância era o seu pai. Angie a abraçou.

– O que aconteceu? – Violetta começou a chorar.

– Ele levou um tiro, Vilu – Angie balbuciou aos prantos – Eu não vi quem foi, eu só sei que... – As duas choravam, desesperadas. Angie afastou-se de Violetta e a encarou. – Vilu, vai ficar tudo bem, vai ficar tudo bem.

As duas caminharam até a ambulância, Angie entrou e, quando Violetta foi entrar, o paramédico a deteve. 

– Deixe-a ir conosco, é filha dele – Angie balbuciou. 

​ Por favor – German falou com extrema dificuldade. O paramédico fez sinal para que Violetta entrasse e ela o fez. As duas sentaram-se ao lado da maca.

– Filha – Violetta o olhou chorando –, chegou a minha hora. 

– Papai... Não... Por favor, não... 

– Eu... vou feliz, Vilu – Ele balbuciou – Você ficará bem mas... cuide da Angie – As duas entreolharam-se e Angie balançou a cabeça como se tudo isso fosse um pesadelo e ela estivesse tentando afugentá-lo – Ela não... não ficará bem... cuida dela... por mim.

– Sim, papai... Eu te amo... Não vai, por favor – Violetta falou com a voz entrecortada.​ 

– Eu... Eu tenho que partir... – Ele olhou para o teto e depois voltou a olhar para a Violetta – Eu te amo, filha – Ele fechou os olhos

– German... – Angie repousou a cabeça no peito dele. 

– Angie – Ela o olhou. Ele olhou fixamente para o teto, como se estivesse sentindo que era hora de partir, e depois voltou a olhou-a – Eu sempre olharei por você, meu amor – ele falou com dificuldade –, mas agora eu tenho que partir – Angie chorou ainda mais. Ele demorou um pouco e, por fim, disse: – Nunca esqueça que eu te amei mais do que a mim mesmo e de que, ao seu lado, eu fui feliz – Um lágrima escorreu do olho dele e German fechou os olhos lentamente. 

​xxx

POV. Angie

Eu estou aqui, sentada em frente à sepultura de... não consigo dizer, não consigo me conformar com a ideia de que ele partiu para sempre, para longe de mim. Violetta está sentada ao meu lado e, assim como eu, observa fixamente o caixão descer vagarosamente campa abaixo. A diferença entre nós duas é que ela está chorando e eu não. Prometi à mim mesma que não choraria na frente da Violetta, ela precisa de uma Angeles forte que esteja preparada para estar ao lado dela. Era isso o que German gostaria, que eu estivesse ao lado dela. Contudo, em meu interior, sinto que parte de mim está sendo enterrada junto com ele. Uma parte vital do meu corpo partira com ele, algo que eu jamais irei recuperar. Eu sinto que nunca vou superar a morte dele. Nós tínhamos tanto para viver ainda. Tantos sonhos para serem realizados, tantos momentos felizes para passarmos, tantas aventuras que não poderemos curtir, tantas viagens para serem feitas, tantas músicas para tocarmos. Por que agora? Por que ele teve de partir agora? Involuntariamente, uma lágrima brota em meu olho esquerdo, a qual eu deixo escorrer livremente pelo meu rosto. Uma última lágrima que escorreu em nome do amor que eu perdi para sempre. 


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Notas finais do capítulo

Digam o que acharam.