Inalcanzable escrita por Duda


Capítulo 39
Capítulo 37


Notas iniciais do capítulo

Preciso confessar, eu percebi que só vou assistir Violetta agora por causa da paixão platônica que eu tenho pelo Diego Ramos (aliás, nunca vou superar o fato desse cara ser gay) (e eu preciso dizer que eu acredito em uma realidade paralela a qual ele não é gay e, ainda por cima, me pega de jeito, vdd vdd) (e também preciso dizer que eu descobri que, no teatro, ele interpretou um dos personagens que eu mais amo do cinema, o Capitão Von Trapp, de A Noviça Rebelde). Enfim, ainda estou depressive por causa da Angie.

Boa leitura, girls.



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03 de Julho Quarta-feira

Papai!? – German cochilava no sofá com um livro aberto sobre sua barriga. Ele abriu os olhos assim que Violetta o chamou e deu um fraco sorriso. – Posso falar com você? – Ele assentiu. Ela sentou-se ao lado dele, aparentemente tensa.

O que foi, Vilu? Aconteceu algo?

Lembra que – ela começou receosa – o León soltou que eu queria entrar em um estúdio de música? – German assentiu com uma sobrancelha arqueada. – Então, já tem um tempinho que eles abriram inscrições para o próximo semestre e... – Violetta suspirou – bom, eu quero muito entrar e eu ainda preciso da sua autorização.

É melhor não, Violetta.

Por que não?

Porque você vai acabar se decepcionando, Violetta. – Ela bufou.

Quer saber? Esquece, pai. – Ela levantou-se e o olhou. – Você nunca vai entender que trata-se de fazer o que eu gosto. – Ele ficou olhando-a sério, levantou-se e suspirou.

Tem muitas outras coisas que você pode gostar de fazer.

Me diz qual é o problema de eu viver de música, papai? – Violetta alterou-se. – Por que eu não posso fazer o que eu amo?

Eu não quero, Violetta. – German alterou-se. – Você não vai entrar nesse estúdio e nem vai fazer nada relacionado à música, entendeu? – Violetta estreitou os olhos. Nesse momento, Angie entrou em casa e franziu o cenho ao ver os dois bem tensos.

Eu pensei que você tinha mudado, pai – Violetta falou calmamente, embora por dentro estivesse com vontade de gritar –, mas você continua o mesmo ignorante de sempre.

Violetta! – Ele repreendeu-a.

Com ou sem a sua autorização, eu vou fazer isso, pai. – Ela saiu, deixou um German imóvel, olhando fixamente para o chão, e subiu para o seu quarto. Angie aproximou-se dele e colocou uma das mãos no rosto dele.

Ei – fê-lo olhar para ela –, o que foi? – Ele suspirou.

Violetta quer entrar para um estúdio de música. – Angie franziu o cenho como se estivesse perguntando “e o qual o problema?”.

E o que que tem?

Tem que ela vai se decepcionar com isso, Angie. – German falou um pouco alterado.

Amor, você não vai poder protegê-la das decepções a vida inteira. Você tem que deixá-la tentar ser feliz fazendo algo que ela gosta e se ela se decepcionar, ela verá que isso não é para ela. – Ele suspirou e voltou a olhar para o chão, estava bem nervoso. – German, é o sonho dela. – Ele voltou a olhá-la.

Me deixa cuidar disso sozinho, ok? – Ele falou ríspido. Angie retirou a mão do rosto dele, suspirou e retirou-se da sala, subindo até o quarto de Violetta.

xxx

Posso entrar? – Angie colocou a cabeça entre a porta e o batente, Violetta assentiu chorando. Angie entrou, sentou-se ao lado dela na cama e a abraçou.

Eu pensei que ele tinha mudado, Angie. – Angie suspirou.

Ele mudou, Vilu.

Então por que ele teve essa reação? Por que ele não consegue entender?

Ele só está com medo de que você se decepcione se as coisas não acontecerem do jeito como você espera. Às vezes quando colocamos expectativas demais em cima de algo, acabamos nos decepcionando demais, o tombo pode ser feio, Vilu, e ele tem medo de que você se machuque.

Mas, Angie, eu tenho noção de que posso acabar me frustrando mas a vida é assim, não é? É cheia de frustrações e decepções, por mais que ele tente - e eu sei que é pelo meu bem - ele não vai conseguir me privar disso. Ele tem que perceber que eu cresci e já posso me virar sozinha.

Ele já percebeu que você cresceu, Vilu, e ele vive dizendo que você se tornou uma mulher linda e responsável e que ele não poderia sentir mais orgulho de você. – Angie falou sorrindo e Violetta esboçou um fraco sorriso. – Ele só tem medo de vê-la machucada porque ele sabe que vê-la mal o deixaria mal também. – Violetta parou de chorar. Angie afastou-se um pouco e a olhou. – Vilu, olha para mim. – Violetta encarou-a. – Você tem, sim, que correr atrás dos seus sonhos, é claro que sempre com os pés no chão, mas vai atrás do que você ama. O German pode não aceitar a sua escolha mas ele nunca vai deixar de estar ao seu lado, nunca mesmo. O seu pai te ama mais do que tudo, Vilu, e uma hora ele terá de aceitar o que você quer para sua vida. – Violetta assentiu e sorriu.

O que seria de mim sem você, Angie? – Violetta abraçou-a. – Que bom que você entrou em nossas vidas, sério – Violetta afastou-se e encarou-a –, obrigada por tudo. – Angie sorriu e acariciou o rosto de Violetta.

Não me agradeça, eu é que sou feliz por vocês terem entrado em minha vida. – Angie deixou uma lágrima escorrer. – Perdi meus pais e, em troca, ganhei vocês. – As duas sorriram e ficaram em silêncio. – E como está com o León? – Violetta suspirou.

Você tinha razão, eu percebi que é só dele que eu preciso, Angie, e estou sentindo uma saudade enorme de tê-lo comigo. – Violetta havia dado um tempo com ele desde aquela conversa que as duas tiveram e isso clareou a mente dela, fazendo-a perceber que não existiria jamais outro garoto que a fizesse tão bem quanto o León. – Estava pensando em chamá-lo para ir viajar conosco na semana que vem mas não sei se papai vai permitir... por você, tudo bem, Angie? – Angie sorriu.

É claro que sim, Vilu, e... bom, quer que eu converse com o seu pai? – Violetta sorriu e assentiu.

Por favor, Angie.

Tudo bem, eu falo com ele. – Angie levantou-se. – Mas um outro dia eu converso com ele, hoje ele está nervoso demais. – Angie suspirou. – Eu vou tomar um banho. – Ela deu um beijo na bochecha da Vilu. – Ficarei lá no quarto, qualquer coisa me chama. – Sorriu e retirou-se.

Angie foi para o quarto e pensou na forma como German havia falado com ela, aquilo machucou-a um pouco. Tomou um banho para relaxar, pegou um livro e deitou-se na cama. Passou a tarde inteira lendo o livro. German, por sua vez, passou a tarde trancado em seu escritório pensando no porquê do fato da Violetta querer seguir carreira musical o incomodava tanto. Quando os ponteiros do relógio indicaram 18h30, ele subiu. Ele entrou no quarto e viu Angie deitada na cama lendo o livro, ela deu uma rápida olhada para ele e voltou sua atenção ao livro. Ele caminhou lentamente até a cama e deitou-se ao lado dela, sem dizer palavra alguma.

Desculpa ter falado com você daquela forma. – German murmurou após virar-se para olhá-la.

Está tudo bem. – Angie retrucou sem tirar os olhos do livro.

Não está, olha pra mim.

Eu estou lendo, German. – Ele suspirou. Pegou o livro das mãos dela, ao que ela revirou os olhos, fechou-o e colocou-o no criado-mudo ao lado da cama.

Me desculpa, eu não deveria falar daquele jeito. – Angie suspirou, cruzou os braços e o olhou.

Está tudo bem mesmo, German. Eu não tenho direito nenhum de me intrometer nos seus assuntos, só não consegui ficar quieta vendo você acabar com o sonho da sua filha. – Ele suspirou. – Mas tudo bem, eu sou apenas sua namorada, o que eu digo não tem importância. – Ela voltou a olhar para frente. – Prometo que, da próxima vez, ficarei calada ao ver você fazer merda. Resolva as coisas sozinho, já que você prefere. – Ele sorriu.

Eu já disse que quando você fica brava torna-se a coisa mais linda desse mundo? – Angie sentiu vontade de sorrir mas não o fez pois lembrou-se de que ainda estava magoada com German. Ela apenas suspirou. Ele ficou sério, colocou uma das mãos no rosto dela e a fez encará-lo.

Tudo o que você diz para mim é importante, me desculpa se eu fiz parecer que não. Eu não deveria ter falado aquilo sobre cuidar disso sozinho porque há muito tempo eu percebi que sozinho eu não consigo, eu preciso da sua ajuda, preciso de você me dizendo o que eu fiz de errado, preciso que você me guie, meu amor. – Ele deu um selinho demorado nela. – É sério, minha cabeça estava quente e... desculpa, mesmo. – Angie suspirou.

Tudo bem, German. – Ela falou calmamente e acariciou o rosto dele.

Então dá um sorriso. – Angie forçou um sorriso. – Ah, assim não vale, tem que ser um sorriso sincero. – Discretamente, ele colocou a mão na barriga de Angie. – Você não quer que eu a force a sorrir, não é? – Angie franziu o cenho.

E como você pensa fazer isso? – Ele abriu um sorriso arteiro e, apenas com uma mão, passou a fazer cócegas na barriga de Angie, fazendo-a soltar uma gargalhada gostosa. Após alguns minutos, ele parou de fazer cócegas nela, puxou-a para si, fazendo as costas dela grudarem em seu peito e barriga, deu um beijo no ombro dela e repousou a cabeça nele.

É sério, me desculpa. – Ele falou em um tom bem baixo.

Está tudo bem, amor – Angie passou a acariciar o braço dele –, eu não consigo ficar brava por muito tempo com você. – Ele sorriu e beijou a bochecha dela. – Mas agora é sério, meu amor – ela suspirou –, pense melhor sobre tudo.

Eu pensei bastante, Angie.

E?

Eu tenho medo de que ela sofra. – Angie afastou-se, virou o corpo para poder ficar frente a frente com ele e passou a acariciar seu rosto.

German, não a impeça de correr atrás do sonho dela. Você não pode impedir que ela sofra mas não percebe que, na tentativa de fazer isso, você mesmo acaba fazendo-a sofrer. Se não for para acontecer, então deixe-a perceber por si só, mesmo que ela sofra, a Violetta tem uma cabeça super boa, German, ela saberá lidar com isso. Mas se você quer saber, ela tem um potencial enorme para conseguir ser o que ela quer ser, eu acho que ela seria uma cantora brilhante. – German sorriu sem mostrar os dentes.

Eu sei. – Ele murmurou. – Ela tem uma voz linda.

E então? – Ele ficou sério e suspirou.

Maria também tentou seguir carreira, sabia? Mas logo no início ela teve um pequeno problema na voz. Nada grave mas ela jamais pôde cantar como antes. – German suspirou, Angie ainda acariciava o rosto dele. – Mesmo que ela pudesse dar aulas de canto, eu sempre soube que ela nunca esteve satisfeita com isso. Eu sei que ela foi feliz fazendo isso mas também sei que de vez em quando ela ficava pensando no “e se...” e aí ela ficava triste. – Ele pausou e abaixou a cabeça. – Eu não quero isso para a Violetta.

Mas só porque isso aconteceu com a Maria não quer dizer que vai acontecer com a Vilu, German. – Angie colocou a mão no queixo dele e o fez encará-la. – Amor, você está sendo o “problema na voz” para a Violetta. – Angie falou suavemente e ele suspirou. – Pensa nisso. – Angie deu um selinho em German e levantou-se.

Onde você vai?

Preparar algo para comermos, oras. – Ela sorriu e saiu do quarto. Ele permaneceu deitado na cama, olhando para o teto e pensando sobre tudo o que Angie falou.


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Notas finais do capítulo

Sabem? Só mais uma coisa: Eu não consigo aceitar o fato de uma série da Disney me frustrar tanto, caras. A Disney não deve frustrar as pessoas, ela deve mostrar que as coisas são possíveis e que a porra do casal que você shippa vai ficar junto.

Só isso, galera, bjks.



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