Inalcanzable escrita por Duda


Capítulo 21
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo para vocês, rs.
Sei lá, fiquei com dó do German nesse cap.
Enfim, boa leitura.



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01 de Agosto – Quarta-feira

POV. Angie

Acordei hoje com um sorriso no rosto. Havia uma mensagem em meu celular que dizia o seguinte:

Bom dia, meu amor. Eu estou ansioso para vê-la hoje, mesmo que eu tenha que fazer um esforço enorme para não te abraçar e te beijar na frente de todos. Olha o que eu encontrei no meu celular, espero que olhar para essa foto a faça bem. Eu te amo muito!

e em anexo havia uma foto de nós dois juntos, que eu o convenci a tirar. Eu sorri ao olhar aquela foto. Nós voltamos para a escola ontem e eu não o vi ainda...

– Angie! – O professor Matias me chamou. – Presta atenção na aula. – Eu assenti. Era a última aula do dia e eu precisava ver o German. No fim da aula, quando todos saíram da sala, eu fui falar com o professor.

– Professor.

– Sim!? – Matias me olhou.

– É... Se alguém perguntar, o senhor poderia confirmar que me mandou para a sala do Ge... do Sr. Castillo? – Ele me olhou sério. – É que eu preciso de um motivo para ir à sala dele.

– Angie – Ele suspirou. – eu acho melhor não... – Eu abaixei a cabeça. – eu juro que não é por eu não querer me comprometer, eu teria o maior prazer em ajudá-los, – Eu o olhei e sorri fraco. Eu sempre gostei do professor Matias, ele é daqueles que não se aproxima muito dos alunos mas inspira uma confiança enorme. – é que... na sala dos professores, hoje, voltaram a comentar sobre vocês dois – Ele suspirou e eu o olhava séria. – e dessa vez é sério.

– P-Por que? – Ele sentou-se e fez sinal para que eu sentasse, eu sentei.

– Alguns alunos chegaram na escola com uma história de que viram você e o German entrando na casa dele com um mala. – Eu franzi o cenho.

– E quem pode provar isso?

– É aí onde está o problema. – Matias suspirou. – Tiraram fotos. – Eu abri um pouco a boca em sinal de indignação.

– M-Mas... não estávamos fazendo nada de errado.

– Eu sei, Angie, mas o German fez alguns inimigos durante o tempo em que ele está aqui e essas pessoas não ligam se vocês estavam ou não fazendo algo errado. Saber disso só confirmou para eles que vocês tem algo.

– Eu poderia ter ido ver a Violetta.

– Os professores sabem que ela foi viajar com a professora Olga. – Eu abaixei a cabeça.

– O German já sabe disso? – Murmurei.

– Sim.

– E como ele está? – Eu o olhei.

– Com medo, Angie... Alguns professores não mostraram a foto ao dono da escola ainda porque não houve oportunidade – Matias suspirou. – mas assim que houver, eles mostrarão e não pouparão palavras para fazer a caveira do German.

– Droga. – Eu apoiei meus cotovelos na mesa.

– Há uma esperança... aquela foto não prova muita coisa e o dono da escola é uma pessoa justa e, fora isso, gosta bastante do German.

– Eu não sei, professor, eu não queria causar tudo isso ao German, ele não merece.

– Vai ficar tudo bem, Angie, só toma cuidado.

xxx

17 de Agosto – Sexta-feira

POV. Angie

German decidiu me evitar novamente... mas agora eu o entendo, porque eu também estou com medo. As meninas me disseram que o dono da escola veio aqui na semana passada, eu mandei algumas mensagens para o celular do German mas não obtive resposta, o professor Matias nunca podia falar e nem a Violetta aparecia aqui no terraço para me contar algo. Já estava anoitecendo e eu senti a necessidade de ir embora. Quando me levantei e olhei para trás, German estava vindo silenciosamente em minha direção.

– Oi, meu amor. – Ele disse ao se aproximar mais de mim. Segurou meu rosto e me deu um beijo. Como eu estava com saudade daquele beijo.

– Oi. – Eu disse sorrindo após o beijo, ele sorria.

– Desculpa ter te evitado todos esses dias. – Ele acariciava meu rosto.

– Está tudo bem, amor. – Eu dei um selinho nele – Eu entendo.

– Vem, vamos sentar, precisamos conversar. – Ele disse e se sentou. Encostou em um muro de uns 60cm de altura que ficava há uns 2 metros da borda do terraço e esticou as pernas, eu sentei no meio das sua pernas, ele me abraçou e repousou o queixo em meu ombro.

– Como você está?

– Eu estou bem. – A respiração dele era pesada. – E você? – Disse me dando um beijo na bochecha.

– Eu estou preocupada, German, você não está bem. – Me afastei um pouco dele para olhá-lo. – Eu percebi que você não está bem, meu amor. O que aconteceu? Fala comigo. – Ele abaixou a cabeça.

– Jorge, o dono da escola, veio semana passada e nós conversamos. – Ele me olhou e eu percebi as bolsas em volta dos seus olhos, com certeza porque não havia dormido direito. – A maioria dos professores fizeram a minha caveira, Angie, ameaçaram divulgar essa história para alguns jornais sensacionalistas se Jorge não me tirasse da escola. – Eu fiquei de joelhos e me virei para ele, acariciei seu rosto, ele beijou a palma da minha mão. – A minha sorte é que outros professores me defenderam e disseram que se tratava apenas de amizade. – Ele abaixou a cabeça. – Jorge acreditou e convenceu os professores de que eu ia melhorar a minha conduta. Depois eu conversei sozinho com ele e... – German voltou a me olhar. – ele me conhece, Angie, sabe que não é só uma amizade, que eu nunca tive amizade com alunos...

– E o que ele disse? – Eu murmurei olhando-o.

POV. German

– E o que ele disse? – Angie me perguntou após eu contar sobre a conversa com Jorge.

Flashback On

– Castillo, eu o conheço perfeitamente e sei que você tem algo com essa menina. – Jorge falou e eu abaixei a cabeça. – Eu não posso permitir que as pessoas descubram sobre isso, imagina o que os pais vão pensar!? – Eu assenti de cabeça baixa. – Você se apaixonou? – Ele murmurou.

– Sim, senhor. – Eu sussurrei de cabeça baixa e ele suspirou.

– Então isso torna ainda pior o que eu vou dizer. – Eu o olhei.

– O-O que?

– Eu juro que não queria ter de fazer isso mas... você vai ter que escolher, Castillo, – Eu franzi o cenho. – ou essa garota ou a escola? – Minha respiração começou a ficar pesada e eu fiquei em estado de choque, completamente sem reação, eu perdi a cor. Aquilo para mim era mais ou menos como a morte. Eu olhei para baixo e deixei uma lágrima cair. Passaram alguns minutos. – Eu sinto muito, Castillo.

– Tudo bem, – Eu murmurei ainda olhando para baixo – a escola, eu escolho a escola. – Eu respondi olhando-o.

Flashback Off

– Ele disse para tomarmos cuidado. – Eu menti. Sim, menti porque quando ele me fez escolher, não foi a escola que eu realmente escolhi, eu escolhi Angeles.

– Ele não vai demiti-lo? Ele não se opõe a nós? – Angie me perguntou sorridente, eu acariciei seu rosto.

– Não, meu amor. – Eu esbocei um fraco sorriso. – Mas teremos que ficar escondidos. – Ela sorriu de orelha a orelha e só de receber aquele sorriso eu soube que fiz a escolha certa e fiquei bem, mesmo que apenas naquele momento em que estava com ela. Em seguida ela me abraçou bem forte.

– Eu te amo tanto. – Eu a abracei tão forte que pareceu que nossos corpos se juntaram. Eu não podia contar sobre a escolha pra ela, aquilo a deixaria preocupada e chateada. Desde aquelas duas semanas maravilhosas que passamos nas férias, eu fiz minha escolha e esta sempre seria Angeles.

– Tudo bem se nós nos encontrarmos aqui pelo menos uma vez a cada duas semanas? – Eu perguntei após nos afastarmos um pouco. – Ela deu um sorriso triste. – Desculpa não poder ser com mais frequência, meu amor. – Eu acariciei o rosto dela.

– Está tudo bem, German, na verdade, está ótimo. – Ela sorriu e virou-se, sentou-se de novo entre minhas pernas e eu a abracei. Eu dei um beijo em sua cabeça e repousei meu queixo em seu ombro. Passaram alguns minutos. – Violetta que disse para você que eu venho aqui né?

– Sim. – Eu murmurei. – Mais alguém vem aqui?

– Não, que eu saiba não, e eu venho aqui com bastante frequência.

– A vista é linda. – Eu falei olhando para o horizonte.

– É sim. Eu gosto desse lugar, me traz paz. – Eu sorri. – E agora eu gosto mais ainda, sabe por que?

– Por que? – Eu perguntei baixinho.

– Porque agora é o nosso refúgio. – Ao dizer isso, ela se aninhou mais ao meu abraço. Eu sorri triste e depositei um beijo no ombro dela.

– Eu te amo, minha princesa. – Sussurrei em seu ouvido. Dei um beijo na bochecha dela e coloquei meu queixo em seu ombro. Ficamos um bom tempo daquele jeito, em silêncio. E não se fez necessário que disséssemos algo, pelo menos não para mim, porque apenas poder estar com ela já me fazia bem. A questão é que eu não posso estar com ela mas isso já não faz diferença para mim, eu a quero, eu a necessito e eu a amo.

POV. Angie

Eu não queria que aquele momento acabasse nunca. Aquele abraço aconchegante, sentir a respiração quente dele e poder estar junto dele era tudo o que eu precisava para me sentir bem. Mesmo que estivéssemos em silêncio, não importava, a notícia de que nos encontraríamos pelo menos uma vez a cada duas semanas me fez a mulher mais feliz do mundo. Ele ia se arriscar por mim e aquilo não tinha preço. Quando ele foi embora, eu fiquei mais um tempo no terraço esperando que ele me mandasse uma mensagem me dizendo que eu já podia sair de lá. Voltei para o quarto e contei para as meninas.

– É sério? – As duas disseram em uníssono.

– Sim. – Eu disse sorrindo. – Ele me pediu desculpa por não poder ser com mais frequência mas eu o entendo.

– Uau. – A Cami soltou e Fran sorriu enternecida.

– Vocês tem noção do que é isso? – Eu as olhei. – Ele vai se arriscar por mim. – Eu sorri. – É claro, talvez eu esteja sendo egoísta... – Eu parei de sorrir e fiquei pensando. Não havia me ocorrido isso ainda. Ainda que estivesse feliz, ele estava preocupado e eu meio que nem liguei para isso.

– Angie, você não está sendo egoísta. – Cami disse. – Ele mesmo não disse que o dono da escola não se opõe à relação de vocês? – Eu assenti. – Então, não se preocupe, ele te ama e está fazendo isso porque ele também precisa de você. – É, Cami tinha razão. Eu esbocei um sorriso enorme.

– Agora tudo vai ficar bem, Angie. – Fran disse sorrindo. Eu não conseguia conter minha felicidade. Quando eu fui embora da casa dele nas férias, eu pensei que dificilmente ficaríamos juntos de novo, e agora ele me dá essa notícia. Eu demorei a dormir e quando o fiz, sonhei com ele. Agora eu esperarei ansiosamente pelo próximo encontro... mas eu realmente não ligo de esperar, porque é algo que vale à pena, é algo que me faz bem, que me completa e me revigora. É o efeito German Castillo em mim.   


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Notas finais do capítulo

;)



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