Dica número 5

Oi, aqui está o novo capitulo, esse veio mais rápido, e eu já passei outros que tinha pronto a limpo também. A dica de hoje é como NÃO agir quando algum boboca da em cima de você no meio da aula.

Era sexta feira a noite, e eu estava na torre mais alta do castelo, no meio da aula de Astronomia, a professora havia decidido que teríamos que fazer essa aula em duplas, um menino e uma menina, e teria de ser assim até o final do ano. Gaye tinha feito dupla com o Christopher (se lembram dele?). Bom eles haviam se aproximado no início do ano, e consequentemente, o Alex e o Lucas também, para minha total e completa infelicidade, parecia que o Alex fazia tudo e mais um pouco para me irritar, acredito que a única qualidade dele é a irmã, que se tonou nossa amiga também.

– Joan e Alex, vocês são a última dupla, podem ir para a decima bancada!

Olhei para ele e logo depois olhei para a bancada, era a mais afastada na torre, e a mais escura também. Olhei para Gaye pedindo ajuda com o olhar, mas a criatura estava completamente envolvida em uma conversa com a dupla dela. Tornei a olhar para a bancada, Alex já estava lá, me encarando com um olhar extremamente malicioso.

Contrariada fui para a bancada, apenas dez minutos de aula haviam se passado, mas parecia que estávamos procurando constelações há umas 5 horas, parecia não ter como piorar, até que o idiota do meu lado resolveu a usar cantadas extremamente trouxas para me irritar.

– Olha você não é um corpo celeste, mas tem uma força gravitacional extremamente forte que me puxa ate você!

– Serio mesmo isso? Você não tem mais nada pra fazer?

– Gata, você não é Expecto Patronum, mas o...

– Nem termina! Vai arrumar o que fazer.

– Nossa, eu aqui me declarando pra você, e recebo esse tipo de tratamento, gatinha? Então tá... Só mais uma coisa. - Ele fez uma pausa dramática, me olhou ternamente, colocou a mão no coração e disse- Você não é o sol, mas ilumina meu dia toda vez que aparece!

Eu ate que acharia fofo, se não fosse ele!

– Que fofo!

– Serio que você gostou, Joaninha?- perguntou incrédulo.

– Não. – peguei um dos telescópios da bancada e bati na cabeça dele, e continuei- Nunca me chame de Joaninha.

Como sou uma pessoa muito sortuda, notem a ironia, a professora estava passando pela nossa bancada na hora, e nos mandou direto para a diretoria.

Ao chegar lá a lindíssima diretora McGonagall disse:

– Joan e Alex, o que vocês aprontaram dessa vez?

– Eu meio que bati nele, com um telescópio. Mas só fiz por que ele mereceu!

– Mentira dela, diretora! Eu não fiz nada de mal pra ela!

– Logico que fez! Além do simples fato de ter nascido, você faz de tudo para me irritar, e hoje ao invés de ajudar a encontrar as constelações na aula você ficou me cantando!

– Tia Minie, não liga pra ela não! Ela deve ter caído de cabeça no chão algumas, muitas, vezes quando era criança.

– JÁ BASTA VOCÊS DOIS! Estou cansada das brigas de vocês pelos corredores e nas aulas, vocês foram colocados para fazer duplas para aprenderem a cooperar, não para cantar ou se espancarem! Vocês são uns dos alunos mais problemáticos que eu já conheci, isso porque dei aula para Tiago e Li...- Ela fez uma pausa com uma feição pensativa- tive uma ideia! Vamos ver se assim vocês aprendem a trabalhar juntos!

Ela fez uma cara completamente maligna ao meu ver. Alex parecia completamente amedrontado do meu lado.

– Vocês dois irão organizar e montar um baile de cooperação e amizade para todos os alunos da escola. O Baile será não neste sábado mais no próximo, no dia vocês terão a ajuda de todos os alunos que tiverem de detenção. Quero que até terça feira vocês tenham uma ideia base. Não será difícil, já que vocês são os maiores festeiros daqui, isso não é uma razão para orgulho, tirem esses sorrisinhos da cara. Agora boa noite, podem ir.

Saímos da sala e nos dirigimos para o salão comunal, preparar uma festa é fácil, mas um baile com esse estrupício sobre companheirismo e amizade... Isso já é impossível. Ao chegarmos ao salão, Alex foi em direção a um grupo de meninas, que em minha opinião, são bem fúteis. Andei em sua direção, engoli meu nojo e disse:

– Alex, temos que conversar.

Todos que estavam no salão pararam o que estavam fazendo e fizeram uma expressão de espanto para ter certeza se o que tinham acabado de ouvir era sério. As pessoas meio que descobriam nosso ódio mutuo, não sei se foram os berros pelos corredores, ou as azarações trocadas.

– Joaninha, o que lhe traz aqui?

– Primeiro, não me chame de Joaninha, segundo, temos que falar sobre a detenção, e terceiro, já te falaram o quanto você é patético? Essa última é mais uma indagação pessoal do que um verdadeiro item, mas não podia perder a oportunidade de falar!

– Há Há, falamos depois sobre tudo isso, Joaninha!

– Depois o caramba, AGORA! E mais, me chame de joaninha novamente, que eu faço sua vassoura entrar por um lugar bem desagradável que fara você sentir saudades de sentar.

A cara de assustado dele depois disso foi imperdível, devia ter tirado uma foto. Fizemos o planejamento do baile naquela noite mesmo, os dias se passaram, até que a data do tão esperado baile chegou. Como o prometido pela diretora, os alunos que haviam ficado de detenção nos ajudaram, e Gaye e o Christopher também, ou melhor ME ajudando. Mesmo com os 15 ajudantes que tínhamos, tudo estava um caos, alex e lucas estavam brincando de ser DJ’s, as comidas não haviam chegado, mas o bife já estava aqui, as bebidas estavam aqui, mas os barmens não. Em três horas o baile começaria, e nada estava dando certo.

O tema do baile era “Noite Entre Amigos”, tinha diversas cabines fotográficas espalhadas pelo salão, também teria um concurso de Karaokê, encontros, namorados e ficantes eram proibidos. Depois da guerra, as coisas dos trouxas ficaram muito famosas no mundo bruxo.

Mais uma hora passei me matando terminando a decoração, faltava poucas coisas para arrumar, logo ameacei o panaca para terminar de fazer as coisas e fui para meu dormitório me arrumar junto com a Gaye.

No final, tudo tinha ficado perfeito, todos estavam se divertindo muito. A diretora no meio da festa resolveu fazer um discurso de agradecimento, assim que ela terminou, o Alex, que eu descobri hoje se chamar Alexander, veio até mim.

–É, fizemos um ótimo trabalho.- ele disse- Mas tem algo que eu quero fazer antes da noite terminar. Promete que não vai me matar?

– Não!

Mal consegui terminar de falar, ele me beijou, no meio do grande salão, na frente de todos. QUEM ELE PENSA QUE É?

– Corro?

– Agora!

Depois disso ele fugiu de mim pelo castelo, consegui alcança-lo no terceiro andar, pois consegui estupora-lo, e mais uma vez tivemos que cumprir detenção juntos, limpar todo o corujal.

Nunca, agridam seus colegas na frente dos professores. E NÃO ME CHAME DE JOANINHA