The Last Walk escrita por Graziele


Capítulo 6
Tudo é mais seguro, parte 2


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoal, como vão todas ?
Antes das explicações sobre o pq da demora, quero agradecer a Mary Pattinson, elispreta e Lili Swan que re comendaram a história *-* Obg, suas lindas :')
Bom, como eu havia dito no último capítulo, mudei de cidade novamente. E, preciso dizer, não poderia estar mais feliz, kkkk sinceramente, não suportava a cidade na qual estava morando. Era uma verdadeira tortura e, agora que voltei pra minha cidade natal, onde conheço tudo e já estou mto familiarizada, a vida está infinitamente melhor. Mas estou sem internet --' oq explica essa demora horrível para postar a segunda parte do capítulo. Entretanto, vou postar essa segunda parte e, logo em seguida, vou postar o próximo capítulo pq não posso fazê-las esperar mais.
Espero que gostem, boa leitura! *-*



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Leah sorriu tristemente ao ver a animação do homem a sua frente.

Sentada na cadeira da Sala de Visitas Agendadas, ela observava Edward Cullen entrando no recinto portando o maior sorriso que alguém poderia supor. Seus olhos estavam mais do que brilhantes a confiança chegava até a emanar.

Ele estava mais do que certo sobre o fim daquela história e Leah não poderia nunca recriminá-lo – também tinha certeza sobre sua inocência. No entanto, ela não abrira mão da cautela. Porque nunca se sabia o que se passava na cabeça dos juízes.

Leah Clearwater já havia passado por inúmeras situações em sua carreira de advogada. Desde defesas pequenas até julgamentos gigantescos com cobertura da mídia e tudo mais. Defendeu culpados e inocentes. E defendeu Edward Cullen.

Porque ela nunca havia se deparado com algo tão emocionante quanto àquela história daquele homem trabalhador tão injustiçado e o que acontecia com ele não se encaixava em nenhuma outra coisa que Leah já pudesse ter vivenciado em sua carreira.

Quando Bella entrou em sua sala contando-lhe o que queria fazer, Leah trepidou e pensou duas vezes antes de aceitar efetivamente o caso e não havia mais nada em sua vida do que ela se arrependesse mais; quando conheceu Edward e, logo depois, Mallory, ela percebeu que não tinha como aquele homem ser o vil e cruel assassino de quem tanto falavam. E que ele merecia que lhe depositassem toda a fé do mundo.

Era um homem honrado, gentil, honesto e Leah logo viu todas as qualidades de que Bella tanto falara e entendeu, sem maiores dramas, porque é que ela ficou tão encantada com ele.

Afinal, era um homem raro.

“Olá, senhorita Clearwater.” Edward cumprimentou polidamente, sentando na cadeira a sua frente e colocando as mãos algemadas em cima da mesa.

“Olá, senhor Cullen.” Leah sorriu. “Como está?”

“Estou muito bem” a sala foi iluminada pelo sorriso verdadeiro dele. “Um pouco ansioso, talvez. Isabella não quis vir junto?”

Leah alargou seu sorriso e se sentiu como a descobridora da energia elétrica ao notar a paixão que nenhum dos dois ainda havia notado. “Ela está um pouco atarefada com as coisas da escola. Mandou-lhe um beijo.”

Ele sorriu bobamente e Leah soltou um risinho ao ver como ele estava sendo a personificação do homem apaixonado e nem havia se dado conta disso.

“Senhor Cullen, eu vim aqui por um único motivo. Não gosto de rodeios, por isso serei muito direta.” Leah ajeitou sua coluna na cadeira de madeira e virou a advogada séria que sempre fora. “Preciso que o senhor me conte, detalhadamente, o que aconteceu naquele dia.”

Edward suspirou e remexeu-se em seu assento. Já havia contado aquela história inúmeras vezes e sabia de sua veracidade, entretanto, ele já fora desacreditado tantas vezes que lhe era impossível não ficar nervoso.

“Bem,” começou, empertigado “eu estava com Mallory na minha casa, por volta das oito da noite, que é quando eu costumo prepará-la para dormir. Daí eu ouvi gritos. Muitos gritos.” Seu corpo inteiro estremeceu-se com a lembrança. Eram gritos desesperados, chorosos, muito mais do que amedrontados. Quase que inumanos.

Leah ouviu todo o relato calada, completamente atenta e absorta. Seu coração e sua mente enchiam-se, a cada palavra dita por aquele homem bom, da certeza de que ele não era nada mais do que puramente inocente e, quiçá, tão vítima das circunstâncias quanto Rebecca Delacroix e David Peters.

Ela já sabia que lutaria pela libertação de Edward Cullen com todas as forças que Deus pudesse lhe conceder, mas, ouvindo ele próprio contar sua versão dos fatos, com olhos lacrimejantes e tristeza na voz, Leah Clearwater prometeu a si mesma que o tiraria daquela prisão, que o livraria daquela injustiça, nem que isso fosse a última coisa que faria em sua vida.

Isabella Swan sentiu a tensão penetrar em seus poros assim que abriu a grande porta de madeira de sua casa e colocou o primeiro pé para dentro.

Mirando a sala de estar, com os sofás brancos prostrados elegantemente em seu perímetro e seu pai, Charlie Swan, sentado em um deles, Bella logo sentiu que estava seriamente encrencada.

Sorriu amarelo e aproximou-se, sabendo que aquela carranca que o grande empresário do ramo das joias assumia tinha obviamente a ver com Edward e Mallory Cullen. Mas não sentiu-se culpada ou tentada a dar pra trás, porque sabia que o que estava fazendo era absolutamente justo e estava disposta a enfrentar tudo para sair em defesa daquele homem mais do que bom e daquela menininha mais do que encantadora. Até mesmo sua própria família.

“Oi, pai.” Verbalizou, ainda na defensiva.

“Eu não acredito que você ainda está insistindo nessa ideia ridícula de contratar Leah Clearwater para defender um assassino.”

Bella engoliu em seco e, lentamente, depositou sua bolsa Prada no sofá, ponderando o que iria responder. Não podia discutir com seu pai, embora sua vontade fosse essa. Sabia que tinha que ser extremamente cautelosa e expor os motivos pelos quais Charlie deveria confiar que suas decisões era embasadas na mais pura justiça.

“Ele não é um assassino...” Começou pelo mais óbvio, mas foi interrompida por um bufo impaciente de seu pai. O empresário sentou-se pesadamente no sofá e massageou as têmporas, como se estivesse sob influência de um estresse profundo; levando em conta todos os conceitos preconceituosos de Charlie Swan a cerca de tudo, era bem possível que a informação de que sua filha estava se metendo em presídios estivesse realmente matando-o.

“Eu vi uma reportagem falando sobre ele, Bella.” Charlie levantou o olhar castanho e encarou profundamente a filha, com a fisionomia quase que torturada. “E falando sobre você também. Você está sabendo que seu rosto está estampando todos os jornais policiais? E que estão te chamando de ‘super heroína das avessas’?”

Bella quase riu, não fosse o choque de ter ficado sabendo que estavam falando sobre ela nos jornais. A vontade de sair processando todo mundo foi contida pela certeza de que todos seriam confrontados com a verdade em breve.

“Eu não gosto disso” Charlie continuou, agora enterrando o rosto nas mãos. “não gosto de ter nosso sobrenome envolvido com esse tipo de história. A opinião pública está caindo em cima de você, Isabella... A mãe da garota foi na televisão esses dias e disse que ‘Isabella Swan está matando Rebecca pela segunda vez’.”

“É só isso que importa pro senhor? A opinião pública?” Indignou-se Bella. “O fato de eu estar dizendo que ele é inocente não conta? O senhor não poder ter nem um pouquinho de confiança na sua própria filha?”

“Eu não confio em ninguém.” Disse secamente e no mesmo momento Renée entrou na sala, fazendo uma careta de desgosto ao ouvir as palavras do marido. “Muito menos numa adolescente que acha que pode mudar o mundo ao contratar um advogado pra um cruel assassino odiado pelo mundo inteiro.”

“Charlie...” Renée tentou apaziguar, percebendo que a filha fazia um imenso esforço para não chorar e permanecer indiferente as afiadas palavras do pai.

“Não, Renée, Bella está precisando de rédeas. E, a partir de agora, sua mesada está cortada. Pode dizer a Leah Clearwater que ela vai ter que abandonar o caso, porque você não tem mais como pagá-la.”

Bella arfou, desacreditada. As lágrimas de raiva rolaram por seus olhos e ela teve uma imensa vontade de simplesmente gritar inúmeros impropérios. No entanto, em voz miúda, a única coisa que ela conseguiu pronunciar foi: “Eu vou usar meu fundo pra faculdade para pagar os honorários dela. Não me importo. Mas não vou deixar Edward Cullen desamparado.”

Charlie semicerrou os olhos, não acreditando que Bella estava desafiando-o. Ao que parecia, ele não conhecia a filha determinada e voluntariosa que tinha.

“Eu te proíbo de fazer isso.” Ele sibilou. Eles se encararam por alguns instantes e, embora os olhos de Bella estivessem anuviados pelas lágrimas, ela não trepidou em nenhum momento, manteve-se firme, para deixar bem claro para o pai que as ameaças dele não surtiriam nenhum efeito e ela faria até o impossível para ir até o fim com essa história. “Você vai se arrepender se me desafiar mais do que já fez, Bella.” E virou-lhe as costas.

Assim que o pai desapareceu escada acima, Bella desabou no sofá e deixou que os soluços e as lágrimas lhe subissem a garganta de forma copiosa.

Sentia-se inacreditavelmente exausta. Não por estar ajudando Edward, mas sim por estar tão desacreditada, por não ter recebido um voto de confiança de ninguém, por não ter o apoio de ninguém. Agradeceu silenciosamente a Leah Clearwater, pois não sabia o que seria de sua vida caso a advogada não tivesse apoiado-a.

Subitamente, Renée sentou-se ao seu lado e abraçou-lhe os ombros, também pesarosa. “Oh, Bella, eu sinto muito pelo seu pai... Você sabe que ele não é um homem ruim, só está assustado com toda essa história... E, pelo amor de Deus, eu também estou!”

Bella quase gemeu de desespero. Não iria aguentar ter o desprezo e a desconfiança também de sua mãe. “Mãe, pelo menos a senhora tem que acreditar em mim... Ele não é nenhum assassino! Isso é tudo uma grande injustiça! A senhora acha que eu me meteria nessa história se não tivesse plena certeza disso? Acha mesmo que eu seria maluca de auxiliar na possível soltura de um verdadeiro assassino?” Bella praticamente implorou.

Renée avaliou a situação por alguns breves segundos e, olhando nos olhos chorosos e infinitamente bondosos de sua menina, teve a cabal certeza de que ela estava certa em seus julgamentos e que aquele homem era realmente inocente. Isabella era muito boa, mas não era tola, tampouco injusta, e Renée sabia que ela jamais estaria lutando com tanto afinco nessa causa, se essa não fosse honrosa.

“Eu acredito em você, minha querida.” Bella suspirou de alívio e deixou que mais lágrimas caíssem ao passo que enterrava a cabeça na curva do pescoço da mãe, sentindo-se um pouco menos cansada, como se um peso lhe tivesse sido removido das costas. “E tanto acredito que não vou deixá-la sozinha, como seu pai está fazendo. Mesmo que seu pai corte sua mesada, você não vai desamparar esse homem e nem vai mexer no fundo de sua faculdade, porque quem vai arcar com as despesas de Leah Clearwater serei eu.”

Bella, então, não pode fazer nada mais do que simplesmente sorrir enormemente em meio as lágrimas e abraçar sua adorada mãe o mais forte que lhe fosse possível.

A questão ali não era o dinheiro – ela estava pouco se importando com sua faculdade; não pensaria duas vezes em torrar todo o dinheiro reservado, caso isso se fizesse necessário para salvar Edward –, o que realmente estava a comovendo era o fato de, finalmente, alguém mais estar confiando em si e em Edward. Em sua bondade e inocência. Sentir que mais alguém estava disposta a mostrar para o mundo o quão desonesto e abominável estava sendo tudo aquilo. A mostrar para o mundo como Edward Cullen era a pessoa mais apaixonante e digna que já havia pisado nesse mundo.


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Notas finais do capítulo

Até daq a pouco! Não deixem de comentar!