The Last Walk escrita por Graziele


Capítulo 5
Tudo é mais seguro. parte 1


Notas iniciais do capítulo

Olá, meninas! Eu devo mil desculpas pelo atraso, eu sei ): mas minha vida está realmente tumultuada e eu não estou encontrando tempo pra escrever. Final de semestre no curso técnico e na escola, vocs devem imaginar minha situação. Minhas tardes e meus finais de semana estão se resumindo a trabalhos e a muitas (muitas mesmo) sonecas, pra tirar o sono acumulado durante a semana. Como dá pra perceber, essa é apenas a primeira parte do capítulo; eu achei que conseguiria conclui-lo hoj, pra poder postá-lo completo, mas só achei mesmo, porq acabou que eu só fui terminar uns trabalhos do curso e da escola quase agora. Mas eu achei que seria sacanagem demais fazê-las esperar mais, então resolvi postar essa parte e dps vii com o resto. Provavelmente, não demorará tanto - já que essa é minha última semana de aulas (o/) - mas não vou estabelecer prazos. Ah, preciso contar: vou mudar de cidade, dnv. --' Meu pai não se acostumou cm a tranquilidade da cidade nova, vendeu a casa e estamos voltando pra outra cidade que eu morava agora em dezembro. Não sei como vai ficar minha situação, mas prometo não demorar mto, afinal, a fanfic é pequena, está mto bonitinha e vocs são umas lindas *-* Quero agradecer àquelas fofas que mandaram MP perguntando pelo capítulo... Obg pela preocupação! E à todas vcs: obg pela compreensão!
Bem, espero que gostem do capítulo (:



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fVocê é tudo o que eu preciso para ser feliz

Porque cada vez que você está perto

Todas as lágrimas na face são gotas de chuva

Toda tristeza da minha alma vai embora

If You Stay – Backstreet Boys

“Daí a bola caiu lá do outro lado do muro e a Abbey rasgou a saia tentando pular! A Catherine ficou uma fera!” Mallory terminou sua história em meio a risos, batendo as mãozinhas gorduchas uma na outra.

“E você falou o quê para Catherine?” Edward perguntou do outro lado do vidro, sorrindo de forma plena e quase relaxada; Bella sorriu ao ver a interação entre pai e filha e o amor mais do que visível ali presente.

“Não falei nada! Fiquei quieta senão eu levava bronca também!”

“Mallory...” Edward riu e balançou a cabeça, encantado em ver como sua filhinha era muito inteligente e esperta, mesmo tendo só cinco aninhos, quase seis. Ela sempre fora uma criança muito saudável e nunca visitava médicos para tratar algo mais grave do que uma gripe, era extremamente sapeca e tinha energia para dar e vender. E, quando ela inventava de brincar de pega-pega com o pai, Edward quase vomitava o pulmão de tanto correr atrás dela, e nunca conseguia ganhar.

“É por isso que a pobrezinha da Abbey não queria levantar do sofá no sábado.” Bella pronunciou-se, rindo alegremente.

“Eu falei pra ela trocar de roupa, mas ela não queria, porque aquela saia era nova! Daí ela ficou com roupa rasgada o sábado inteiro!” Mallory riu também, curvando um pouco mais, e espalmando suas mãozinhas no vidro, tentando ficar um pouquinho mais perto de seu papai. “Papai, quando o senhor sair desse vidro, a gente podia brincar de esconde-esconde com a Bells! Nós três! Ela é muito boa, o senhor nunca ia achar ela!”

Edward sorriu tortamente e fitou a adolescente, que corou com a profundidade daquele olhar, mas não deixou de sorrir também. “Eu acho uma ideia ótima, mas seu pai aqui também é muito bom no esconde-esconde. Duvido que Bella consiga me vencer.”

Mallory bufou divertidamente. “O senhor é péssimo, papai! Bells, acredita só que teve um dia que ele ficou meia hora de procurando? E eu tava debaixo da cama!”

Bella riu. “É mesmo, meu amor? Que jogador péssimo que seu pai é.”

“Quem se esconde debaixo da cama? Ninguém pode me culpar por não pensar nisso.” Edward estalou a língua, fingindo-se de ofendido.

O clima estava leve, e os dois adultos faziam de tudo para se esquecerem de onde estavam. Edward estava mais esperançoso, visto que havia enxergado a luz no fim do túnel. Visto que Bella havia lhe mostrado a luz do fim do túnel. Ele sabia que, com um advogado bom, sua vida tornava-se infinitamente menos complicada, porque sua inocência era inquestionável e ele só precisava de alguém que organizasse as provas e o orientasse a falar as coisas certas na hora do julgamento.

E Edward seria, obviamente, eternamente grato por tudo o que Bella estava fazendo. Seria grato pela salvação, seria grato pelo carinho com o qual ela tratava Mallory, seria grato pela compreensão, pelo calor humano que ela havia trago... Seria eternamente grato por ela ter entrado em sua vida e por ter decidido que valia a pena fazer algo por ele.

“Mas, papai, o senhor não sabe brincar mesmo!” Mallory continuou, ainda muitíssimo animada por estar conseguindo conversar com seu papai por vários minutos ininterruptos; ainda sentia verdadeira falta dele fazendo sua mamadeira e embalando-a até que pegasse no sono, dele brincando “casinha” e colocando roupas horrorosas em suas bonecas... Entretanto, conseguia contentar-se com aquelas conversas super curtas, porque, afinal, era o único jeito de ver seu papai... E ela não conseguia entender porque aqueles homens maus não o deixavam ir para a casa!

“Talvez, então, Bella queira ensinar-me a jogar.” Ele pronunciou-se, mirando os olhos castanhos da adolescente de forma quase perfurante e sorrindo torto, achando inteiramente adorável o modo como as bochechas dela assumiram um tom carmesim intenso e como o sorriso tímido tomou conta dos lábios dela, ao passo que abaixava a cabeça, perturbada com a intensidade do olhar verde dele.

“Acho que seria tratar de uma causa perdida.” Bella gracejou.

Edward gargalhou gostosamente. “Obrigado por confiar tanto assim em mim.”

Bella pegou-se completamente fascinada com o riso dele, desejando ardentemente que esse fosse repetido inúmeras vezes, que nunca mais o abandonasse. Ela aumentou seu sorriso. “O senhor sabe que eu confio.”

Pareciam estar presos numa bolha particular, como se Mallory e todo o resto tivessem desaparecido. Estavam presos no olhar do outro, plenamente satisfeitos em mergulharem dentro daqueles mares de segredos e desejos. O verde e o marrom nunca se combinaram de uma forma tão perfeita.

“Ia ser legal se vocês fossem meus pais.” A voz infantil de Mallory quebrou o pequeno momento de interação dos dois, fazendo com que eles a olhassem, confusos. “É. Porque o senhor já é meu papai, e eu já acho que a Bells é minha mamãe, porque ela cuida de mim igualzinho uma mãe faz... Mas seria muito mais do que legal se vocês fossem meus papais estando juntos! Tipo igual passa na TV!” Concluiu ela, batendo palminhas de forma animada, seus olhinhos verdes quase saltando das órbitas de excitação.

Edward não se censurou ao pensar que a ideia não soava tão absurda assim. Na verdade, pensar em ter Isabella como sua esposa, acordando ao seu lado todos os dias, permitindo-o olhar aqueles olhos e admirar aquele sorriso era verdadeiramente uma ideia muito aprazível.

Por isso, ele sorriu largamente e a olhou nos olhos, quase flertando. “Se Isabella aceitar...” deixou no ar.

Bella corou tempestuosamente, quase em todos os tons de vermelho; estava adorando aquela faceta de Edward, mais relaxado e brincalhão, mas não podia deixar de constranger-se com todo o charme que ele possuía.

“Ah, é claro que a Bells aceita, pai!” Mallory disse, como se fosse óbvio. “Não é, Bells?” Mallory poderia assemelhar-se facilmente a um cachorrinho pidão naquele momento.

Bella apenas assentiu, sorrindo contidamente. Olhou para Edward por cima dos espessos cílios e viu-o gargalhando outra vez, tão verdadeiramente que ruguinhas formaram-se ao redor de seus olhos.

Decidiu, então, que admitir que estava irrevogavelmente apaixonada por ele não era algo assim tão recriminante.

Dezembro de 2009

“Isabella Swan?”

Antes de abrir o grande portão do orfanato naquela tarde friorenta de sábado, Isabella ouviu seu nome sendo chamado por uma voz decidida, que se fazia mais alta do que o uivo do vento; lentamente, virou-se na direção da voz e deparou-se com uma mulher alta e longilínea, com um casaco de pele que aparentava ser caríssimo sobre os ombros e com os cabelos encaracolados sendo movimentados pelo vento, que também deixava suas bochechas e seu nariz empinado mais avermelhados.

Discretamente, Bella franziu seu cenho e vasculhou em sua mente maneiras educadas de perguntar àquela senhora o que ela queria consigo. ”Posso ajudar?” Foi inquisitiva e claramente curiosa.

“Quero que fique sabendo que o que a senhorita está fazendo é desumano.” A mulher verbalizou, a voz sendo embargada e os lábios tremendo.

Bella arregalou os olhos, aturdida. “Perdão?” Soltou debilmente.

“Sou Hope Delacroix. Mãe de Rebecca. A pobre moça que o senhor Cullen matou e estuprou.” Explicou ela, os olhos já ficando marejados e pose de justiceira sendo um pouco abalada pela voz que ameaçava trepidar.

Bella teve sua mente inundada por compreensão, assim que as palavras de Hope começaram a fazer-lhe sentido. Era óbvio. Ela estava chamando de desumano o ato de Bella ter contratado um advogado para defender Edward, que, segundo a percepção de quase todos, ainda era um vil assassino. A adolescente suspirou, reunindo forças. Quando tomou a decisão de defendê-lo, sabia que isso iria muito além do que aconteceria no tribunal, sabia que isso englobaria, inevitavelmente, estar preparada para inúmeros apedrejamentos de outrem, que nada sabiam – e nem queriam saber – sobre o homem maravilhoso e incomparável que Edward era.

“Desumano por quê?” Bella perguntou baixinho, o vento frígido cortando sua pele e fazendo suas vestes movimentarem-se ruidosamente. “Todo mundo merece defesa.”

“Ele não pensou nisso quando matou minha filha. Não pensou em deixar que ela se defendesse.” Hope acusou, engolindo em seco e praticamente fuzilando Bella com os olhos cor de mel.

“Ele não matou sua filha, senhora Delacroix.” Bella garantiu, sorrindo levemente e dando um passo na direção da mulher; suspirou ao vê-la recuar com nojo nos olhos. “É por isso que eu estou ajudando-o. Do contrário, eu realmente não faria. Confie em mim.”

“Ajudando-o...” Hope escarneceu da palavra. “Como se fosse ele a precisar de ajuda! Eu perdi minha filha da maneira mais brutal possível, senhorita Swan! Eu e a senhora Peters somos quem precisam de ajuda, senhorita Swan, não esse infeliz!” Exasperou-se ela, atordoada.

Bella engoliu em seco. “Senhora Delacroix, ele também vai perder a vida da maneira mais cruel possível, se eu não o ajudar. E ele tem uma filha tão adorável...” Bella sorriu docemente. “Pense no quão horrível seria se essa criança ficasse sem o pai...”

“Tão horrível quanto eu perder minha filha.” Hope sorriu amargamente, as lágrimas já sendo ruidosas ao marcarem sua bochecha murcha. “Por que está fazendo isso, senhorita Swan?”

“Porque ele é inocente, senhora Delacroix.” Bella garantiu, os olhos marejados. “Eu juro que, se a senhora der a chance de conhecê-los, a senhora vai perceber isso também.”

Hope bufou. “Todo dizem que são inocentes.”

“Certo,” Bella suspirou. “Mesmo que ele não fosse inocente, a senhora sabe o que Jesus pregou quando estava na terra? Ele disse que nós devemos amar nossos inimigos. Que todos merecem uma segunda chance.”

Hope pareceu balançar por um momento. Ela piscou repetidas vezes, até que conseguiu voltar a sua pose arrogante inicial. “O que me consola é saber que o que a senhorita está fazendo é completamente inútil. A justiça será feita, senhorita Swan. E Edward Cullen perecerá dolorosamente, assim como foi feito com minha filhinha.”

Hope a encarou por mais alguns segundos de forma áspera e virou-lhe as costas, indo embora com seus saltos ecoando pela calçada de paralelepípedos.

Bella deixou que as lágrimas que ela estava segurando descessem por sua bochecha, trazendo, juntamente, soluços sofridos.

Entendia o sentimento que acometia Hope Delacroix. Por Deus, entendia perfeitamente! Mas doía tanto vê-la ofender Edward daquela forma... Era quase como se todos os xingos e palavras hostis tivessem sido dirigidas diretamente a si.

Intuiu que precisava mais do que tudo provar a inocência de Edward – havia se tornado uma questão de honra. Não só para livrá-lo da morte, mas também para provar para todos o quão magnífico e digno aquele homem era. Para provar para todos o quão errados estavam em seus julgamentos precipitados. Para fazer com que todos se arrependessem de tê-lo rotulado como algo menos do que perfeito.


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Notas finais do capítulo

Bem, meninas, obg pelos comentários e pelas recomendações! Eu juro que, no próximo, qndo eu estiver cm mais tempo, eu agradeço uma a uma! E tbm juro que respondo aos reviews! Espero que me perdoem e que me entendam... está realmente mto corrido ):
Beijoos, obg por tudo, queridas!