The Last Walk escrita por Graziele


Capítulo 3
Salve-me da escuridão.


Notas iniciais do capítulo

Obg a: AnnieMikaelson, LittleDoll, Lili Swan, DS Cullen, Gabriela Oliveira, Lu Nandes, Diulha, Vibella, Marcela, novacullen, Eclipse She, Renata, Elle Vedder, Regi, RoCullen, Tammy Kesher, Isa Salvatore Culllen, Evelyn cullen, Ana Candeo e bmasen por comentarem *o*
Olá meninas :) Como estão todas? Preparadas para mais um pouquinho dessa gracinha que é a Mallory? *--* KKK
Boa leitura! Nos vemos lá embaixo :)



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Uma definição não encontrada no dicionário:

Não ir embora: ato de confiança e amor, comumente decifrado pelas crianças.

A Menina que Roubava Livros – Markus Zusak.


Mallory Cullen sorriu enormemente ao ver que a porta aberta cautelosamente trouxera a figura de Bella para dentro de seu dormitório – o qual dividia com mais seis meninas. Rapidamente, sentou-se na cama, esperando que ela chegasse perto e a abraçando fortemente.

Bella sorriu tristemente e afagou as bochechas gorduchinhas da garota de forma terna, vendo que os olhinhos dela, estavam brilhosos, na expectativa de ver seu amado papai voltando pra casa. Seu estômago se retorceu ao lembrar-se de que não demoraria muito e ela estaria completamente desamparada no mundo, a mercê da própria sorte. Tão injustamente...

“Por que não está dormindo, querida?” Bella sussurrou amorosamente, embora não houvesse mais ninguém no quarto que pudesse ser acordado. “Passei rapidinho só pra ver como você está. Deveria estar descansando.”

“Não estou com sono.” Mallory estalou a língua, manhosa. “Eu queria mesmo é ir brincar no pátio.”

“Está se sentindo melhor?”

“Aham.” Mallory garantiu e Bella sorriu marotamente, bem sabendo que ela não havia sarado completamente da gripe, mas levando em consideração o dia ensolarado que despontava do lado de fora, ficar naquele quarto trancada deveria ser realmente insuportável,

“Olha só, eu estava planejando fazer um bolo. Você pode me acompanhar, que tal?” Bella sugeriu e o semblante da menina iluminou-se na hora.

“Eu topo!” Comemorou, quase quicando na cama.

Bella riu. “Então, tire esse pijama para podermos ir!” Bella nem precisou falar duas vezes e Mallory logo pulou da cama e abaixou-se na frente da pequena cômoda de marfim que ficava ao lado do beliche em que dormia.

“O que você acha desse?” A garota estendeu um vestido branco com bolinhas pretas para Bella e a adolescente sorriu, aprovando a escolha.

“Ficará perfeito com seu sapato preto.”

Mallory pediu que Bella a ajudasse a tirar sua blusa e sua calça de algodão e logo os substituiu pelo vestido; o cabelo extremamente liso e fino na garota ficou perfeitamente apresentável somente com duas passadas de mãos.

“Você tem sorte de ter cabelo bom e não precisar ficar horas na frente do espelho penteando de inúmeras formas diferentes.” Bella riu.

“Ainda bem mesmo.” Mallory concordou e riu também, enquanto se agachava para pegar os sapatos debaixo da cama. “Meu pai iria sofrer se não fosse assim, porque ele não sabe fazer essas coisas de menina, tanto que eu nunca vou pra escola com algum penteado legal, porque ele não sabe fazer...” Mallory parou por um momento, parecendo ponderar. “Ia ser melhor se você fosse minha mamãe e me ajudasse nisso.”

Bella arregalou os olhos. “Ah, Mallory...” Riu, balançando a cabeça; havia esquecido de como as crianças poderiam ser espontâneas.

“Seria legal.” Mallory insistiu. “A gente podia viver feliz pra sempre, eu, você e meu pai. Eu acho que ele gosta bastante de você. Não mais do que eu gosto, claro.”

“Mallory, pare de falar besteiras.” Bella repreendeu de brincadeira, não contendo o sorriso. Mesmo que soasse completamente insano, pensar que ela poderia formar uma família daquele jeito enchia seu coração de felicidade.

“Você sabe que eu gosto muito de você, não é?” Mallory indagou de súbito, como se já estivesse falando daquilo há muito tempo.

“Eu sei. E você sabe que eu também gosto muito de você, não é, pestinha?” Bella fez cócegas na barriga de Mallory e a garota de retorceu, gargalhando; mesmo que seu papai não estivesse consigo e que a saudade que sentia fosse esmagadora, Bella fazia-a sentir-se melhor.

“Minha outra mãe não gosta de mim.” Mallory contou, de repente ficando melancólica. “Deve ser por isso que ela me deixou quando eu era desse tamanho assim, ó” demonstrou nas mãos pequenas e Bella mordeu os lábios, inquieta. “Eu não sei porquê ela fez isso. Eu acho que é porque ela não gostava de mim do mesmo jeito que você gosta. Mas sei lá...” Mallory deu de ombros, como se não ligasse, mas Bella via que os olhinhos dela enchiam de lágrimas. “Meu pai disse uma vez que, junto de mim, veio uma caixinha que tinha ‘responsabilidade’ dentro” continuou, enrolando-se com a palavra grande “e que a minha mãe não sabia o que fazer com ela. Por isso fugiu.”

Bella quase sorriu, vendo como o Senhor Cullen saiu-se bem na tarefa de explicar coisas complicadas para a menina, de um jeito que ela entenderia e que não dava espaço para mais questionamentos. Ele era, nitidamente, um bom pai. Um ótimo pai. E saber que os dias daquele pai e homem maravilhoso estavam contados fazia o coração de Bella chegar na boca.

“Mas seu pai te ama muito, Mallory. E eu também” Bella tentou consolar, sua voz já se afogava levemente ao pensar em Edward lidando com uma filha menina sem nenhuma ajuda feminina... Acordando no meio da noite para tratar dos choros... Preocupado em garantir um bom futuro para ela... E, de repente, sendo considerado um assassino hediondo. De homem simples e honesto, a estuprador e assassino, odiado por toda a sociedade. Injustamente.

“Eu não quero que você vá embora, Bella.” Mallory informou tristemente. “Sem meu pai comigo, eu só tenho você...” Fungou. “Me promete que não vai embora?” Os olhinhos verdes estavam suplicantes.

Bella engoliu em seco, apreensiva. “Eu prometo, querida... Claro que eu prometo.” A adolescente garantiu firmemente, puxando a garotinha para um abraço sufocante.

Como as pessoas podiam permanecer indiferentes ao sofrimento daquela garota? Como poderiam ficar caladas, sabendo que ela estava sofrendo tão gratuitamente?

Bella não entendia... Não aceitava! Como poderia achar que aquela história não era a dela, que ela não deveria se meter, quando uma atrocidade dessas acontece na frente de seus olhos? Com uma criança tão inocente... Com um homem tão bom e inocente...

Isabella Swan decidiu que não ficaria assistindo de camarote o fim daquela história. Decidiu que participaria dela. E que a mudaria.



Setembro de 2008

Edward Cullen olhou para o guarda que o conduzia e suspirou. Suas mãos de trabalhador honesto estavam retorcidas dentro de uma algema e seus braços estavam virados para trás, provocando uma dor insuportável nas articulações de seu ombro; mas jamais ousaria reclamar, afinal ele era um criminoso ali e o pior tratamento ainda era pouco.

O guarda grandalhão e gordo praticamente o jogou para dentro da Sala de Visitas Agendadas, fechando a porta de grades logo depois e ficando a espreita sem dizer nenhuma palavra.

Edward caminhou lentamente até a mesa de madeira que ficava no centro da sala bem iluminada e sentou-se em uma das cadeiras.

Há uma semana, as famílias Delacroix e Peters – pais das vítimas – solicitaram uma conversa íntima com Edward Cullen. Esse era um direito das famílias da vítima, desde que o preso aceitasse a visita. Edward aceitou. Afinal, não tinha porque temer encará-los. Não tinha matado aqueles jovens. Tinha Deus por testemunha de que, no momento do crime, estava devidamente sentado no sofá de sua casa, assistindo um filme infantil com sua filhinha.

Mallory... Edward fechou os olhos com força, segurando as lágrimas. O que seria de sua menina? Ele bem sabia que precisava lutar, que precisava provar sua inocência, por ela... Mas como faria? Não tinha dinheiro para pagar um bom advogado, não tinha família que pudesse auxiliá-lo nisso e não tinha nem o direito a um advogado público! Ele não sabia como poderia enxergar a luz no fim do túnel, estando nessas condições. Sentar e esperar a morte, como gado no abate, não lhe parecia uma atitude corajosa, entretanto ele sentia-se extremamente perdido e desesperançado, não sabia o que poderia fazer para evitar essa injustiça.

Edward esquadrinhou a sala em que estava e viu que ela era bem maior do que a que costumava ficar para receber visitas normais. E sem aqueles compartimentos horríveis com divisórias de vidros blindados, que o afastava de qualquer tentativa de poder sentir-se minimamente digno, porque nem podia tocar em suas visitas.

Por que essa sala não poderia tornar-se a sala de visitas oficial?

Assim, ele poderia abraçar a sua menina e sentir aquele cheirinho característico de criança que ele tanto sentira falta... Sem mencionar que ele poderia também encarar aqueles dois olhos castanhos da senhorita Swan mais de perto... Talvez tocá-la no braço e agradecê-la mais formalmente por tudo o que ela vinha fazendo para si e para sua filha...

Edward não podia negar que Isabella Swan estava fazendo um bem enorme para sua garota; era realmente nítido que Mallory estava se sentindo bem menos perdida com a companhia de Bella. E ele também estava.

Obviamente, porque ele sabia que sua filha estava bem protegida sob os braços de Bella; e, também, porque Bella havia trago certo frescor para sua vida miserável dos últimos tempos. Com sua leveza e sua incrível capacidade de fazê-lo esquecer-se do quão ferrado ele estava, a adolescente fazia-o sentir-se leve... Quase como se estivesse em sua casa, sentado em seu sofá, conversando normalmente com uma amiga muito querida e não preso, acusado de um crime hediondo, praticamente condenado a pena de morte.

Letargicamente, passos ecoaram no corredor que levava a sala onde estava. Edward não se virou para as grades, quando as ouviu sendo abertas. Quando três pessoas muitíssimo bem vestidas entraram em seu campo de visão, ele soube logo que se tratavam dos pais das vítimas.

Quando ainda tinha um advogado, Edward ficou sabendo a história de cada um deles. Hope e Jamie Delacroix eram pais de Rebecca Delacroix – a garota de dezoito anos recém-admitida em Harvard, brutalmente estuprada e assassinada. Margot Peters era, por sua vez, mãe solteira de David Peters – o atendente de lanchonete de vinte anos, namorado de Rebecca, morto com dois tiros na nuca.

Não se sabia muito sobre o que Rebecca e David estavam fazendo dentro da propriedade de Edward Cullen, na madruga de um dia chuvoso, há quase um ano. A hipótese adotada pela polícia era a de que eles foram “comemorar” a admissão de Rebecca em Harvard, acampando no pequeno bosque que havia atrás da casa de Edward e que ele, furioso, fora – portando uma espingarda que nunca fora achada – arrancá-los de sua propriedade a força; David teria tentado lutar com Edward e este o amarrou numa árvore, estuprando e matando sua namorada em sua frente, para depois matá-lo também. Logo depois, Edward teria enterrado Rebecca por ali e teria arrastado o corpo sanguinolento de David por sete quilômetros, para poder enterrá-lo também. Depois, teria voltando tranquilamente para sua casa, feito mamadeira para Mallory e colocado-a para dormir.

O que ninguém parecia levar em conta era que nenhuma roupa de Edward fora achada com vestígios de sangue. E que ele nunca teve uma espingarda dentro de sua casa. E que o corpo de David foi arrastado por algum carro – porque não haviam rastros de sangue em lugar nenhum do bosque – e que Edward não possuía nenhum automóvel.

Edward Cullen, então, levantou seus olhos verdes para os pais dos garotos e os fitou profundamente. Hope Delacroix era alta, esguia, tinha aparência chorosa e se amparava nos braços de Jamie, um homem robusto, com um bigodinho branco, que contrastava com sua pele morena; já Margot era baixinha, roliça, de aparência gentil e muito forte.

Em sincronia, os três sentaram na frente de Edward e este quis gritar para que parassem de olhá-lo com tanto desprezo, porque não fora ele quem matara seus filhos. Quis gritar que o soltassem, porque sua filhinha precisava dele, porque ela estava sofrendo tanto quanto eles sofreram!

No entanto, ele apenas manteve o olhar nivelado com os deles e esperou pacientemente.

“Nós precisávamos vê-lo.” Hope Delacroix começou, já com a voz embargada. “Para ter a certeza de que seu olhar transpassa tanto medo quanto o olhar de minha Rebecca transpassava, quando o senhor a assassinou.”

Edward a encarou mais profundamente e viu que o sofrimento que o rosto daquela senhora transpassava era gigantesco. “Eu não matei ninguém, senhora.” Edward insistiu num fio de voz.

“Isso é o que todos dizem.” Hope escarneceu.

“Mas eu estou dizendo a verdade!” Edward subiu sua voz para um tom claramente desesperado. “Vocês estão condenando a pessoa errada... Pelo amor de Deus! O assassino verdadeiro pode estar em qualquer lugar deste mundo, rindo da cara de todos nós!”

“O senhor é desprezível, Senhor Cullen.” Jamie Delacroix cuspiu entre dentes. “Como pode nos encarar com essa cara deslavada e ainda ter a audácia de dizer que é inocente? Como pode dizer algo sobre Deus, sendo quem o senhor é?”

“Sendo quem eu sou?” Edward riu amargamente. “Eu era apenas um maldito pedreiro honesto, me ferrando debaixo de sol e de chuva, todos os dias da semana, pra conseguir algo minimamente humano para minha filha, até vocês resolverem me usar de bote expiatório!” Explodiu, levantando-se da cadeira e fazendo com que o segurança grandalhão logo se retesasse, preparando-se para detê-lo; Edward suspirou, tentando acalmar-se. “Não é tão difícil juntar as peças e perceber o quão errado é tudo isso...” Abaixou sua voz, suplicante.

“Nosso tormento só vai terminar quando não ouvirmos mais a sua respiração, senhor Cullen.” Jamie Delacroix manteve a voz embargada mais dura possível. “Não posso dizer nada sobre seu coração, porque sei que o senhor não tem um.”

Edward ia rebater, mas Jamie levantou-se e puxou sua esposa junto, lançando-lhe um último olhar de repulsa, antes de sair da saleta a passos largos e decididos.

Margot Peters permaneceu sentada, imóvel. Olhava para Edward com uma expressão indecifrável, sem saber o que dizer ou falar.

A senhora de cabelos encaracolados era contra a Pena de Morte até o dia em que teve que reconhecer seu filho morto, jogado num matagal como se fosse um indigente. Sua razão de viver, completamente sem vida, levando consigo toda sua vontade de continuar nesse mundo.

No entanto, a velha não conseguia odiar Edward Cullen, como faziam os Delacroix com tanta desenvoltura. Não conseguia, em absoluto, acreditar que aquele homem que trazia tanto amor no olhar ao falar de sua filhinha era o mesmo cruel assassino que ceifou a vida de David.

“Senhor Cullen...” Margot chamou timidamente, atraindo o olhar do homem para si. Ela engoliu em seco ao ver como os olhos verdes transbordavam angústia.

“Por favor, senhora Peters... Eu não matei ninguém...” Edward implorou aos sussurros, impotente.

“Eu acredito no senhor.” Margot garantiu, chocando Edward por completo. “Ninguém que mata duas pessoas tão cruelmente consegue falar de alguém com tanta admiração e carinho como o senhor, quando fala de sua menininha.” Margot explicou aos sussurros, sorrindo tristemente.

“Minha filha... Ela vai ficar sozinha se algo acontecer comigo, senhora Peters...” Edward estava transtornado, afogado em agonia e desesperança. “Por favor, a senhora não pode deixar que isso aconteça... Tem que dizer a eles que eu não matei seu filho... Eu entendo o sofrimento pelo qual a senhora e os Delacroix estão passando, mas estão condenando a pessoa errada... Estão deixando uma criança inocente no meio de tudo isso...”

“Senhor Cullen, eu...” Margot começou, mas foi gentilmente interrompida pelo guarda, que lhe disse que já estava na hora de ir embora.

Receosamente, ela levantou-se da cadeira, não desviando seu olhar do senhor Cullen nem depois de passar pelas grades e ver-se livre daquele clima hostil da prisão.

Edward soluçou encostando sua testa na mesa e chorando tempestuosamente.

Margot fora a segunda pessoa que dissera que acreditava em sua inocência, entretanto isso não mudava nem milimetricamente a sua situação. De que adiantava ter o apoio das pessoas, se isso não o livraria da condenação? Se isso não o levaria de volta para Mallory?



“Os pais das vítimas vieram me visitar na semana passada.” Edward verbalizou baixinho, fitando os olhos de Bella de forma profunda. “Eu pedi perdão à eles, mesmo sem ter razão... Eu entendo o sofrimento deles... Por Deus, eu entendo perfeitamente, mas... Por que ninguém consegue ver o meu lado por um instante?”

Bella mordeu os lábios, como sempre comovida com aquele homem alquebrado. Novamente, ia visitá-lo sem a companhia de Mallory. Ela admitira para si mesma que, de alguma forma, ver aquele homem toda semana tornara-se uma necessidade; ela precisava fitar aqueles orbes verdes, precisava ter um pouco da presença dele, precisava ouvir sua voz... Porque, do contrário, não conseguia passar a semana sem inquietações.

“Mallory... Eu me preocupo demais com ela, Isabella... Você pode compreender, não pode?” Continuou, a voz soando combalida e inteiramente angustiada.

Bella acedeu. “Mallory te ama demais, Edward.”

Edward sorriu tristemente. “Eu também a amo. Tanto, Isabella, mais tanto... Não posso nem cogitar a possibilidade de perdê-la... Por isso eu orei a Deus ontem a noite, pedindo que Ele desse conforto aos corações dos pais das crianças mortas.”

Bella sorriu um pouco, admirada com a benevolência do homem – que, mesmo atrás das grades e condenado por algo que não fez, não deixava de se preocupar com o próximo. Como não conseguiam enxergar quão bom Edward era?

“Deus não o deixará desamparado, Edward.” Bella garantiu firmemente. “E eu também não deixarei. Vou ajudar o senhor e Mallory no que for necessário... Eu vou fazer com que a justiça seja feita de alguma forma.”

“Acho que a senhorita é um anjo mandado por Deus.” Bella corou, mas não desviou seus olhos dos de Edward. Ela sentia-se acalorada e podia apostar que seu coração iria saltar pela boca. “Eu queria poder abraçá-la...”

“Eu também queria...” A frase saiu sem passar pelo filtro do cérebro da adolescente que, quando percebeu o que havia dito, arregalou os olhos, constrangida. “Quero dizer... Senhor Cullen, eu...” Enrolou-se e suspirou, retomando a linha de raciocínio. “Eu gostaria de dizer ao senhor que vou contratar um advogado para defendê-lo.”

A adolescente viu que a centelha de esperança que perpassou por aqueles olhos o deixara muito mais bonito do que o usual, mas logo as pupilas verdes ficaram confusas, pedintes de maiores explicações.

“Eu sei que o senhor tem todo o direito de dizer que eu não devo me meter.” Bella continuou, antes que ele dissesse algo. “Mas eu não vou escutá-lo. Vou contratar um advogado competente para defender o senhor em seu julgamento. Não posso deixar que o condenem, sabendo como é injusto. Por favor, apenas aceite... Não vou deixar que tirem sua vida... Não posso deixar...”

“Isabella...” Ele disse depois de conseguir processar a informação. “Não estou entendendo porque está fazendo isso...”

“Não vou suportar vê-lo sendo condenado e executado sabendo que não é culpado de nada!” Explicou, alterada. Queria também dizer que gostaria de passar o resto de sua vida encarando aquele par de olhos verdes, que gostaria de ter aquele par de braços fortes abraçando-a, que gostaria de ter aqueles lábios junto dos seus... Mas, obviamente, calou-se.

O guarda do cassetete, responsável por supervisionar as visitas, gritou que o horário estava findado, sem dar tempo de Edward responder.

Bella foi obrigada a levantar-se da cadeira acolchoada e sair da sala sem olhar para trás. Ela não havia dito a Edward que contrataria um advogado para defendê-lo a fim de pedir-lhe permissão; havia apenas informado-o de sua decisão.

Porque ela sabia: faria qualquer coisa no mundo para que aquele brilho esperançoso voltasse a habitar os olhos de Edward Cullen.



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Notas finais do capítulo

Eaí, meninas? O que estão achando dessa atitude da Bella? Corajosa, não é? E como será que o Charlie vai reagir quando ficar sabendo doq a filha está fazendo? :o
Eu estou postando cm uma frequencia assustadora, não é ? KKKK Vocs estão sendo umas lindas nos reviews, então eu posto rápido pra recompensar :) Mas seria extremamente doce se eu recebesse uma recomendação agr *--* É uma fanfic pequenininha, vocs não precisam ter medo de recomendar o/ rsrs.
Ah! Antes que eu me esqueça... Uma amiga minha está começando a postar uma fanfic super lindinha, ambientada na Alemanha da época da Guerra Fria. Não deixem de conferir, meninas! Posso garantir que será uma ótima leitura :D Aqui vai o link: http://fanfiction.com.br/historia/406694/The_Wall_Between_Us
É uma ótima pedida pra quem gosta de História Mundial e um bom romance *u*
Bom, eu vou ficando por aq. Espero vê-las nos reviews e nas recomendações, sim? *u* E as fantasmas tbm! Por favor, manifestem-se para eu saber oq estão achando ^^
Beijoos, minhas lindas, e até o próximo o/